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Hipnose Conversacional

Fala, Transformacional!

Nessa aula nós recebemos o Tomás Corrêa, que há 10 anos vem

estudando e aplicando a Hipnose nas mais diversas situações. Ele

compartilhou seus conhecimentos sobre a Hipnose Conversacional, que

é uma das raízes para o Movimento Transformacional.

O que é a Hipnose Conversacional?

Esse modelo de Hipnose deriva do trabalho realizado por Milton Erickson

entre os anos 1940 e 1980. Até então, os conhecimentos sobre Hipnose

eram quase todos ligados à teoria Clássica, visão na qual a Hipnose ainda

é um sinônimo de transe, e apenas algumas pessoas podem ser

hipnotizadas.

Romanni Souza - romannisouza@gmail.com - CPF: 095.254.946-83


Erickson defendeu e provou uma realidade oposta, mostrando que

qualquer pessoa pode hipnotizar ou ser hipnotizada. Ele também

percebeu que o estado hipnótico não depende das sugestões diretas, e

pode ser alcançado com uma abordagem mais sutil.

Podemos atingir esse estado com histórias, metáforas, gestos, ritmo de

fala e outros elementos de uma conversa normal. A Hipnose

Conversacional, nesse sentido, é considerada uma metodologia “de

olhos abertos” que foca em realizar intervenções com a pessoa

consciente e ativa.

Isso ocorre porque nossa mente é plenamente capaz de compreender e

responder a impulsos absorvidos de modo consciente. Você lê esse texto,

por exemplo, e reforça ou questiona o que sabe sobre Hipnose - eu não

preciso de elementos subliminares, e posso falar com a sua consciência.

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Eu acredito que você já tenha conversado com uma pessoa, e não viu o

tempo passar. Foi como se você estivesse hipnotizado, pela pessoa, pela

conversa, ou por ambos.

Situações desse tipo podem acontecer por acaso, e a pessoa não

precisou ser uma mestre da Hipnose para criá-la. Quando você aprende

a Hipnose Conversacional, no entanto, conquista ferramentas para ter

mais domínio e criar momentos assim.

A Hipnose já está acontecendo a todo momento, queira você ou não, e

o melhor que podemos fazer é aprender sobre essa dinâmica para ter

mais controle sobre ela.

Para que ela serve?

A Hipnose Conversacional tem várias aplicações, a começar pelo

atendimento terapêutico. Por meio dela, é possível aumentar as chances

de ter suas sugestões entendidas e cumpridas pelos clientes.

Isso significa que será mais fácil ajudar as pessoas a seguir uma rotina de

estudos, uma dieta ou um programa de treinamentos, por exemplo.

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Mesmo se você não for terapeuta, sabe que conselhos muito “diretos”

raramente são bem aceitos. Todos nós temos uma espécie de bloqueio,

que é ativado quando sentimos que alguém está tentando controlar a

nossa vida - mesmo que seja apenas utilizando palavras.

A Hipnose Conversacional permite saltar ou desviar desse bloqueio, por

usar uma linguagem que realmente é vista como sugestão, e não como

ordem, por quem está do outro lado.

Essa linguagem pode gerar mais compromisso no cliente que tem

comunicações opostas, aquela pessoa que deseja um resultado melhor,

mas ainda não está completamente decidida a construí-lo.

Ela também é uma ferramenta de empoderamento pessoal.

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Cada pessoa está o tempo todo “conversando” consigo mesma através

dos pensamentos. Podemos dizer que num lado dessa conversa está o

seu passado, com as crenças e ideias que aprendeu ao longo da vida, e

do outro está o seu presente, com as coisas que vem aprendendo agora.

Utilizando os princípios da Hipnose Conversacional, você pode fazer com

que essa “segunda versão” seja mais persuasiva, e convença seu eu do

passado a deixar hábitos negativos, superar uma crença limitante ou dar

aquele passo que sempre desejou, por exemplo.

Quando você lidera pessoas, pode usar a Hipnose Conversacional para

mostrar a importância de algo, e guiá-las nessa direção. É uma

habilidade poderosa para conduzir funcionários, alunos e até mesmo a

sua família aos resultados que já existem na sua visão.

Além disso, a Hipnose Conversacional ainda ajuda a quebrar objeções e

fechar com mais clientes, alavancando a sua carreira como terapeuta.

Como obter esse efeito?

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que na Hipnose

Conversacional os fundamentos e conceitos importam mais do que as

“palavras mágicas”.

Isso significa que não existe um script infalível, capaz de funcionar em

todas as situações. Ao invés disso, temos de compreender a outra pessoa,

e o contexto no qual a conversa acontece, para identificar a mensagem

ideal.

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Quem faz parte do Movimento Transformacional há algum tempo já

conhece a Metodologia ESCC, e ela tem tudo a ver com a Hipnose

Conversacional. Essa metodologia trabalha com quatro elementos para

garantir que a nossa comunicação seja entendida e aceita:

Emissor

O emissor é quem transmite a mensagem. A sua forma de falar, suas

roupas, o ambiente e a sua imagem (É uma autoridade? Um brincalhão?

Um amigo preocupado? Um desconhecido?) criam uma ideia na mente

da outra pessoa, e essa ideia influencia a comunicação.

Pense nessa influência como num óculos colorido. Se a lente é azul, você

vê mais azul, e se é vermelha, você vê mais vermelho. A comunicação

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emitida pelo mundo, através de luzes e cores, é sempre a mesma, mas a

sua percepção pode variar, assim como ocorre em relação ao emissor.

Sujeito

Cada pessoa é única, e responderá de forma única às suas

comunicações. Você deve levar isso em consideração, adaptando seu

conteúdo ao ser humano com quem está lidando.

Se o cliente (ou qualquer outra pessoa com quem você está lidando) é

um aprendiz atento, as chances de mudar sua mente com uma boa

ideia são maiores do que se ele for um “senhor da razão”, por exemplo.

Perceba também como você fala com seus pais ou seu chefe, e como

fala com um amigo próximo. A comunicação sempre muda para se

adequar, e esse comportamento é indispensável para a Hipnose

Conversacional.

Por esse motivo, o processo terapêutico começa numa avaliação sobre

o que o cliente pensa de si e do mundo, quais seus valores e

personalidade.

Contexto

Se você encontra um médico no consultório, ou no bar, a situação terá

completa influência no modo como a mensagem dele será recebida.

Isso é o contexto em ação, e cada mensagem deve fazer sentido de

acordo com a situação. Como estamos falando de processo

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terapêutico, o contexto será quase sempre uma relação cliente -

terapeuta. No entanto, ela é diferente a cada momento!

Se você acabou de levar o cliente numa imersão por experiências

traumáticas e desafiadoras de sua vida, temos um contexto. Se ajudou

ele a visualizar um futuro ideal, temos outro.

A mesma mensagem será interpretada de formas completamente

opostas em cada um, e por isso é fundamental estar atento ao contexto

atual - ou o que poderíamos chamar de “clima” da sessão.

Comunicação

Por fim, temos a mensagem de fato. Perceba como existem vários

elementos que preparam o terreno para ela chegar, e se não cuidarmos

deles, a nossa mensagem cairá com uma semente em terras secas.

A comunicação corresponde ao que realmente foi enviado do emissor

para o sujeito: suas palavras, seus gestos, olhares, tom de voz, e assim por

diante. Por meio da Hipnose Conversacional, podemos controlar melhor

todos esses fatores, e obter o efeito desejado com a nossa comunicação!

Elementos da Hipnose Conversacional

Agora nós vamos conhecer os elementos com os quais a Hipnose

Conversacional se preocupa, e como podemos ter mais domínio sobre

cada um para nos tornarmos comunicadores de alto nível!

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Espelhamento

Cada pessoa tem uma habilidade natural para entender e simular o

comportamento das demais. É assim que aprendemos a andar, falar,

comer e nos relacionar, espelhando as ações de outras pessoas.

O espelhamento é uma grande fonte de conexão entre os seres

humanos, pois em toda relação, ou até numa conversa casual, ao

mesmo tempo em que você “imita” a outra pessoa, ela faz isso com você.

Perceba como alguns casais parecem ter o mesmo jeito de se mover, por

exemplo, ou como amigos de lugares diferentes se comunicam numa

linguagem que tem gírias e expressões das duas partes.

Nós podemos usar o espelhamento na Hipnose Conversacional por meio

de um processo conhecido como acompanhar para conduzir. Primeiro

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você vai entrar no mundo da outra pessoa, de modo natural e suave,

sem parecer uma imitação forçada, e depois vai conduzi-la na direção

desejada.

Isso é útil quando um cliente está com a fisiologia fechada, ou usa muitas

palavras negativas para se referir a si mesmo, por exemplo. Ao invés de

questionar, e colocar o cliente na defensiva, você pode ir buscá-lo no

estado emocional em que ele se encontra.

De um modo mais geral, o espelhamento também aumenta a confiança

e facilita a transmissão das sugestões, porque num nível inconsciente a

outra pessoa estará sentindo que você se parece com ela, e portanto

merece um pouco mais de atenção.

História

Uma boa história é a melhor forma de transmitir ideias, e essa ferramenta

vem sendo utilizada há milhares de anos por todas as religiões e filosofias

que alcançaram um grande número de pessoas. Pense na Bíblia, por

exemplo. Com histórias como as de Jesus, Maria, Moisés ou Pedro, seus

erros e acertos, ela orienta ações que vêm sendo praticadas há mais de

2.000 anos!

Nada impede que você entregue a sua comunicação de modo direto,

sem usar as histórias, mas não podemos ignorar o poder dessa ferramenta

para atingir o coração das pessoas.

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As histórias nos permitem influenciar sem questionamentos. Se eu falar

que é preciso perdoar, talvez você até concorde comigo, mas pode ter

dúvidas e respostas sobre isso. Se eu contar uma história na qual perdoei

alguém, e me senti melhor, você só pode ouvir.

Essa facilidade para aceitar as histórias acontecem porque nós

entendemos que quem está contando sabe mais do que quem está

ouvindo, afinal essa pessoa viveu a situação.

A boa notícia é que não precisamos inventar muito. A sua própria vida é

uma fonte de histórias, afinal cada um dos seus aprendizados envolveu

pessoas, lugares e acontecimentos - basta saber como contar.

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Voz Hipnótica

A Voz Hipnótica é a capacidade de utilizar as habilidades não-verbais

para conduzir ao estado emocional desejado, reforçando ou até mesmo

dispensando as sugestões.

Se você fala de modo relaxante, por exemplo, pode fazer a outra pessoa

ficar mais tranquila, mesmo sem pedir isso para ela. A Voz Hipnótica é

uma ferramenta útil por dois motivos:

→ Ela intensifica o poder da indução a um novo estado emocional,

porque age o tempo inteiro sem que você precise repetir a sugestão

várias vezes;

→ Ela fortalece a sua conexão com a outra pessoa, pois cada vez que

você dá uma sugestão verbal corre o risco de lançar dúvidas ou

pensamentos aleatórios na mente dela.

Muitas habilidades utilizadas na Voz Hipnótica são estudadas por um

campo chamado de paralinguagem, ou vocálica, e elas podem

transmitir emoções, ao ponto de mudar o significado das suas palavras.

Se alguém diz “obrigado” de forma rápida e constante, podemos

entender como um agradecimento, mas se a pessoa fala “obrigado” um

pouco mais devagar e intensificando o “a” (obrigAdo), ela pode estar

sendo irônica.

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Os elementos da fala mais usados para transmitir ou identificar emoções

sem depender das palavras são os seguintes: tom, volume, timbre,

velocidade de fala e pausas.

Tom

Ele pode ser mais grave, ou mais agudo. As pessoas tendem a possuir um

tom mais grave se estão comentando sobre algo que causa medo, por

exemplo, ou quando falam com raiva.

Um tom de voz mais agudo do que o normal pode ser tanto sinal de

entusiasmo, quanto de tristeza (“voz de choro”) mas é fácil identificar

qual dessas emoções está presente se olharmos outros pontos da

comunicação.

Volume

É difícil identificar claramente uma emoção pelo volume, mas ele indica

que o estado emocional é muito energético. A pessoa vai falar mais alto

se está com raiva, ou ansiosa ou empolgada, por exemplo.

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Já os estados emocionais com menos energia e mais “internos”, como

tristeza, seriedade, reflexão e medo, costumam abaixar o volume da fala.

Timbre

O timbre é a “assinatura” de uma voz. Ele permite identificar quem está

falando graças a traços como voz fanha, rouca, estridente ou suave. Se

o timbre de uma pessoa está fora do normal, existe uma chance de que

algum problema esteja preocupando sua mente.

Velocidade

Quem nunca viu uma pessoa agitada falando muito rápido, de forma

quase incompreensível? Essa é uma das variações que a velocidade da

fala pode ter: no geral, quando ela está mais lenta, transmite uma ideia

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de calma e relaxamento, sendo capaz de gerar esse efeito nas pessoas,

e quando está mais rápida, causa e transmite agitação.

Pausas

Quando queremos falar algo muito importante, de forma clara, é normal

parar um pouco e raciocinar para encontrar as palavras certas. Isso faz

com que as pausas sejam um sinal de seriedade, demonstrando que a

pessoa dá muita importância ao que vai falar em seguida.

A maioria das pessoas entende esse sinal, e pode entrar num estado

semelhante para dar mais atenção ao que está ouvindo, portanto ele é

um recurso interessante para você aplicar na sua comunicação.

Dicas para dominar a Voz Hipnótica

Para se tornar mestre em usar essa ferramenta, é muito importante

praticar. Você não vai sair por aí transmitindo estados emocionais

perfeitamente nas primeiras tentativas.

Durante uma conversa, a mudança de voz deve ser aplicada de modo

gradual, aos poucos, ou a outra pessoa vai se perguntar porque você

começou a falar de outra forma.

Pense na Voz Hipnótica como na inclinação que leva da praia ao

oceano, sendo descida um passo de cada vez até formar uma conexão

profunda com a mente da outra pessoa!

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Use a sua imaginação para entrar no estado que deseja transmitir, e faça

testes com seus amigos e familiares. Não diga para eles que você está

tentando fazer algo assim, e no final pergunte como eles estavam se

sentindo durante a conversa para saber se você está no caminho certo.

Fala Hipnótica

Enquanto a Voz Hipnótica é o uso da linguagem não-verbal, a Fala

Hipnótica está ligada às palavras e outros símbolos da nossa

comunicação, com o objetivo de fazer as nossas sugestões serem bem

recebidas.

Yes Setting

Isso começa pela construção de uma mentalidade positiva e aberta, ou

Yes Setting. Quando você diz algo que é uma verdade conhecida, faz a

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outra pessoa entrar nesse estado de concordância, e fica mais fácil fazer

ela concordar também com uma sugestão ou opinião que venha em

seguida.

Perguntas

Outra forma de gerar esse resultado é fazer perguntas como “Está

acompanhando o que eu disse? Entendeu até aqui? Você concorda

com isso?”. A pessoa vai dar uma resposta positiva, aprofundando o Yes

Setting, ou falar que não, e oferecer uma nova chance para você se

conectar.

Sugestões Indiretas

A Hipnose Conversacional também investe muito nas sugestões indiretas,

transmitindo as informações como possibilidades ao invés de ordem.

Ao invés de falar “pense no seu aniversário”, por exemplo, você diria algo

como “pense num dia feliz, talvez o seu aniversário, talvez o dia em que

foi bem naquela prova difícil...”

Foi Milton Erickson quem percebeu que, se você dá uma sugestão direta

e a pessoa não aceita, a conexão é perdida e fica muito mais fácil

recuperar. Imagine o que ocorre quando você diz “lembre do seu

aniversário” esperando um momento feliz, mas ela pensa num dia triste,

por exemplo.

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Terapeutas no atendimento, líderes conduzindo suas equipe e pais

ensinando os filhos podem fazer dezenas de sugestões a cada dia, então

é quase impossível ter uma resposta positiva em todas elas.

Quando você deixa um espaço para a pessoa preencher, sugerindo

algo como “pense num dia assim, talvez esse, talvez aquele...” ela pode

rejeitar as suas opções, mas ainda vai buscar um momento que se

encaixe no pedido.

Suavizadores

Os suavizadores são padrões de palavras que facilitam a aceitação das

suas sugestões, favorecendo a conexão com a mente da outra pessoa.

Existem dezenas (talvez centenas) de padrões com essa função, e você

pode incluí-los aos poucos na sua comunicação.

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Alguns exemplos são:

Quanto mais você respira, mais relaxa. Esse formato de “quanto mais,

mais” fortalece uma sugestão, sem ter que repetir a mensagem o tempo

inteiro - você já deve ter visto o Romanni usando ela em sessões de

hipnose!

O que você quer fazer primeiro, uma sessão de regressão ou uma ponte

para o futuro? Perguntar dessa forma diz que as duas coisas precisam

acontecer, evitando questionamentos, enquanto faz a pessoa se sentir

no controle por escolher qual virá primeiro.

Felizmente, obviamente, infelizmente... indicam que uma verdade será

dita, e aumentam as chances da pessoa concordar. Profundamente,

altamente, extremamente... tem efeito semelhante. Use esses termos com

moderação, pois muitos deles em conjunto podem quebrar a conexão.

Você pode me entender, não pode? Quando falamos que a pessoa

pode fazer algo, talvez ela comece a pensar em justificativas para não

poder, e fechar esse padrão com a pergunta “não pode?” cria uma

segunda chance, um momento para ela convencer a si mesma de que

é capaz.

Imagine, perceba, sinta, escute, veja, lembre... são formas de usar os

sentidos e a percepção dentro da hipnose, fazendo a pessoa se

conectar melhor com os estímulos que você está sugerindo.

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Eu não preciso dizer para você usar os suavizadores, porque você já sabe

o quanto eles são importantes. Essa é uma forma “hipnótica” de falar

algo simples: use os suavizadores.

O não preciso dizer deixa a outra pessoa mais disposta a ouvir, pois é

como se eu não estivesse mais tentando convencê-la, e o porque

entrega a sugestão (você já sabe) como uma verdade, que é mais fácil

de ser aceita.

Você pode usar esse padrão nas suas vendas, “eu não preciso dizer para

você fechar a terapia, porque você já viu que ela pode transformar sua

vida” ou num aconselhamento do tipo “eu não preciso dizer para você

estudar mais, porque você já sabe que precisa disso”, por exemplo.

...

Ao usar estes ou outros exemplos de suavizadores, é preciso considerar a

importância do Yes Setting. Se a pessoa está desconectada, ou em

conflito com você, as sugestões e técnicas podem ser respondidas por

um esforço oposto - ela estará conscientemente agindo para rejeitar o

que você diz!

Além disso, tenha em mente que não existem palavras mágicas.

Podemos usar padrões facilitadores para a conexão, mas nenhum vai

funcionar em todos os casos ou com todas as pessoas (lembre-se da

metodologia ESCC!).

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