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Simbologia e

Projeto de Instalação Elétrica


Instalações Elétricas
TEM – Mód. II
Prof. Fabrício Saggin, MEng.
fabricio.saggin@ifsc.edu.br
Instalação Elétrica
O que é uma instalação elétrica?

Define-se Instalação Elétrica como um conjunto de componentes


elétricos, elétricos, associados e com características coordenadas entre
si, constituído para um finalidade determinada.

Um projeto de instalações elétricas visa atender a duas situações bem


distintas: (i) maneira de fornecer energia elétrica da rede de distribuição
até (ii) os pontos de utilização.

Energia elétrica na Projeto Energia elétrica


rede de distribuição no ponto de
(CELESC) utilização

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Projeto de
Instalação Elétrica
Projetar uma instalação elétrica consiste em:
- Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de
energia elétrica;
- Dimensionar e definir o tipo e caminhamento dos condutores e
condutos;
- Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de
proteção, de comando, de medição de energia elétrica e demais
acessórios.

Um projeto de instalações elétricas consiste basicamente em desenhos


e documentos.

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Simbologia
Normas vigentes para elaboração de um projeto elétrico:
● NBR 5410-2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
● NBR 5444-1989 – Símbolos Gráficos para Instalações Elétricas
Prediais;
● Telebrás – Norma 224 – 315 – 01/01 – Tubulações Telefônicas em
Edifícios;
● Normas das concessionárias locais (CELESC - Norma Técnica N-
321.0001 - Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária
de Distribuição).

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Simbologia

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Simbologia
Para a execução de uma instalação elétrica, dois aspectos são fundamentais
para o projetista:
1. Localização dos elementos na planta, quantos fios passarão em determinado
eletroduto e qual o trajeto da instalação;
2. Funcionamento: distribuição dos circuitos e dos dispositivos
Como não é possível representar ao mesmo tempo esses dois aspectos num
único esquema, a instalação é representada por dois esquemas: esquema
multifilar e esquema unifilar.

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Lâmpada Comandada
por Interruptor Simples

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Exemplo

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TRABALHO
Deverá ser entregue até às 22h30 do dia 20/06/17. Após a data, o
trabalho vale no máximo 6 pontos (conceito Suficiente) e não será
recebido após às 22h30 do dia 29/06/17. Nele, deverão constar:
- Memorial de cálculo contendo: (1) cálculo de demanda e divisão dos
circuitos; (2) dimensionamento dos condutores; (3) dimensionamento
dos eletrodutos; e (4) dimensionamento dos dispositivos de proteção;
- Planta baixa com diagramas unifilares;
- Detalhes: (1) Quadro de distribuição; e (2) entrada de serviço;
- Lista de materiais.
O trabalho é individual e cópias implicam em conceito Insuficiente (nota
zero) e encaminhamento ao NP de todos os envolvidos.

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Previsão de Cargas

A norma NBR 5410/2004 estabelece três principais categorias para definição


das cargas:
● Iluminação (lâmpadas incandescentes, fluorescentes);
● Tomadas de uso geral ou TUG (televisores, eletrodomésticos,
eletrodomésticos, etc.);
● Tomadas de uso específicos ou TUE (chuveiro, ar-condicionado).

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Previsão de Cargas
Iluminação (9.5.2.1)
A NBR 5410/2004 estabelece:

“Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um


ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor (9.5.2.1.1)”

Área do cômodo Carga mínima (9.5.2.1.2)


Menor que 6m² 100 VA
100VA para os primeiros 6m² mais
Maior que 6m² 60VA para cada aumento de 4m²
inteiros.
NOTA: Os valores apurados correspondem à potência destinada a
iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não
necessariamente à potência nominal das lâmpadas.
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Previsão de Cargas
TUGs (9.5.2.2)
A NBR 5410/2004 estabelece:

Cômodo Quantidade mínima (9.5.2.2.1)


Pelo menos um ponto de tomada a
Banheiro
mais de 60 cm do boxe.
Uma TUG a cada 3,5 m ou fração
Cozinha, Copa, Área de Serviço
do perímetro
Varanda*, Garagem, Sótão Pelo menos um ponto de tomada
Cômodo com área < 6m² * Pelo menos um ponto de tomada
Uma TUG para cada 5m ou fração
Cômodo com área > 6m² do perímetro, espaçadas tão
uniformemente quanto possível
* Dependendo das dimensões, a tomada pode ser posicionada em outro cômodo, respeitando
9.5.2.2.1.
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Previsão de Cargas
TUGs (9.5.2.2)
A NBR 5410/2004 estabelece:

Cômodo Carga mínima (9.5.2.2.2)


600 VA por TUG, até três pontos, e
100 VA por TUG para os demais.
Banheiro, Cozinha, Copa, Área de
Se houver mais de 6 TUGs no
Serviço ou Análogos
ambiente, admite-se:
(separadamente)
600 VA por TUG, até dois pontos, e
100 VA por TUG para os demais.
Demais cômodos 100 VA

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Previsão de Cargas
TUEs
Deve-se atribuir a potência nominal do aparelho a ser ligado.

Aquecimento elétrico de água (9.5.2.3)


A conexão do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve ser
direta, sem uso de tomada de corrente.
Exemplos de TUEs:

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Exercícios
Fazer a previsão de cargas da planta apresentada.
Localizar os pontos de iluminação e tomadas na planta.

Dimensões Iluminação [VA] Tomadas [VA]


Cômodo
Comp Larg. Perím. Área Calcul. Utiliz. 100 600 TUEs Descrição
Á. Serviço
Banheiro
Circul.
Copa
Cozinha
Dormit. 1
Dormit. 2
Sala

Sugestão de uma Tabela Cálculos


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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Levantamento da
Potência Instalada
A potência instalada (𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 ) é a soma das potências nominais (ativas –
em W) prevista para ser atendida pela instalação.

𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 + 𝑃𝑇𝑈𝐺 + 𝑃𝑇𝑈𝐸

Para a previsão de cargas, são utilizadas como parâmetro as potências


aparentes. Para o cálculo das potências ativas, utiliza-se o fator de
potência.
𝑃 = 𝐹𝑃 ⋅ 𝑆

Considera-se 𝐹𝑃 = 0,8 para TUGs, e 𝐹𝑃 = 1,0 para iluminação. Para


TUEs, o projetista tem a liberdade de determinar o FP, mas deve ser
justificado no memorial do projeto.

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Cálculo de
Demanda
A demanda pode ser calculada por:
𝐷𝑖𝑛𝑠𝑡 = 𝑆𝑖𝑙𝑢𝑚 + 𝑆𝑇𝑈𝐺 ⋅ 𝑓𝑑1 + 𝑆𝑇𝑈𝐸 ⋅ 𝑓𝑑2
𝑷𝒊𝒍𝒖𝒎 + 𝑷𝑻𝑼𝑮 [kW] 𝒇𝒅𝟏 Número de TUEs 𝒇𝒅𝟐
Até 1 0,80 1 1,00
De 1 a 2 0,75 2 1,00
De 2 a 3 0,65 3 0,84
De 3 a 4 0,60 4 0,76
De 4 a 5 0,50 5 0,70
De 5 a 6 0,45 6 0,65
De 6 a 7 0,40 7 0,60
De 7 a 8 0,35 8 0,57
De 8 a 9 0,30 9 0,54
De 9 a 10 0,27 10 0,52
Acima de 10 0,24 > 10 Consultar
04/04/2017 Fonte: http://wiki.foz.ifpr.edu.br/wiki/index.php/Projeto_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_El%C3%A9trica_Predial

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Fornecimento de
Energia
Em geral, a energia pode ser fornecida nos seguintes padrões,
dependendo da carga instalada (Tabela 01 – N-321.0001):

Monofásico 220 V
Dois fios
Até 15 kW Monofásico 440/220 V
Três fios
De 17 kW a 50 kW

Bifásico 380/220 V
Três fios
Trifásico 380/220 V De 15 kW a 25 kW
Quatro fios
De 25 kW a 75 kW
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Exercícios
Considerando um projeto com as seguintes cargas:

𝑆𝑖𝑙𝑢𝑚 = 1200 𝑉𝐴
𝑆𝑇𝑈𝐺 = 6800 𝑉𝐴
𝑆𝑐ℎ𝑢𝑣𝑒𝑖𝑟𝑜1 = 7200 𝑉𝐴
𝑆𝑐ℎ𝑢𝑣𝑒𝑖𝑟𝑜2 = 7200 𝑉𝐴
𝑆𝑡𝑜𝑟𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 = 4500 𝑉𝐴
𝑆𝑎𝑟𝑐𝑜𝑛𝑑1 = 1800 𝑉𝐴
𝑆𝑎𝑟𝑐𝑜𝑛𝑑2 = 1500 𝑉𝐴

Determine a potência instalada e a demanda considerados nesse


projeto. Finalmente, determine o tipo de fornecimento dessa unidade
consumidora.

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Criação dos
Circuitos
Um circuito é um conjunto de tomadas e/ou lâmpadas ligado ao mesmo par ou
trio de condutores e ao mesmo dispositivo de proteção (disjuntor). Numa
instalação residencial, distinguimos dois tipos de circuitos:
• Circuito de alimentação;
• Circuito de distribuição/terminal.

Fonte: LARA, A. M. L. Instalações Elétricas. Rede e-Tec, 2012.

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Criação dos
Circuitos
A norma recomenda que os circuitos terminais sejam individualizados em
função dos equipamentos alimentados, dividindo a instalação em categorias.
De um modo geral essas categorias são as seguintes:
• Circuitos de iluminação;
• Circuitos de tomadas (TUG);
• Circuitos para motores, chuveiros, condicionadores de ar (TUE);
• Circuitos auxiliares de sinalização, sonorização, vídeo, etc.
A NBR 5410 impõe circuitos distintos para pontos de iluminação e para
tomadas de corrente e circuitos independentes para cada equipamento com
corrente nominal superior a 10 A. Também é conveniente que as correntes dos
circuitos não sejam muito elevadas.

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Exercício
A partir da sua planta, determine os circuitos do seu projeto e preencha o
quadro de distribuição de circuitos, conforme sugestão abaixo:
Potência Proteção
Circuitos N° de
[VA] Corrente Seção
Cômodos circ.
[A] [mm²] N° Corrente
n Identif. Ind. Total agrup. Tipo
polos Nominal [A]
Sala 160
Ilum. Copa 160
1 620
Social Cozinha 200
Circul. 100
2
3

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Marcação dos
Eletrodutos
Para a marcação dos eletrodutos, devemos:
1) Posicionar o quadro de distribuição (“baricentro” de cargas, de fácil acesso e
bem ventilado);
2) Procurar os caminhos mais curtos e evitar cruzamentos de eletrodutos;
3) Não colocar mais que 5 eletrodutos em caixa embutida no teto ou mais de 3
nas caixas de parede;
4) Para trechos maiores que 12 m, prever caixas de passagem;
5) O número de curvas não deve ser maior que 2. Se necessário, prever caixas
de passagem;
6) Utilizar, preferencialmente, pontos de luz como caixa de passagem.

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Marcação das
Fiações
Para a marcação das fiações devemos observar a que elas se destinam, seu
circuito e seção (a ser calculada posteriormente), identificando fase, neutro,
terra e retorno.

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Exemplo

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Exercício
Agora marque a fiação no seu projeto!

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Dimensionamento
dos condutores
Primeiramente, lembramos que:
𝑆 =𝑉⋅𝐼
Assim, a corrente de projeto 𝐼𝐵 de um circuito pode ser obtida como:
𝑆
𝐼𝐵 =
𝑉
Logo, quanto maior a potência, maior a corrente do circuito.
Consequentemente, a seção dos condutores também deverá ser maior.
Há três critérios a serem respeitados para realizar o dimensionamento correto
dos condutores:
• Seção mínima;
• Capacidade de condução de corrente; e
• Limite de queda de tensão.
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Seção mínima
Respeitando os critérios calculados anteriormente, deve-se atender ainda as
seções mínimas prescritos por norma:

Utilização dos circuitos Seção (mm²),


em cobre
Circuito de Iluminação 1,5
Circuito de Força 2,5

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Capacidade de
condução de corrente
Num condutor, há diversos fatores que podem alterar sua capacidade de
condução de corrente, como temperatura, tipo de instalação e agrupamento
de circuitos. Para isso, calcula-se a corrente corrigida 𝐼𝐶 :
𝑆
𝐼𝐶 = ,
𝑉 ⋅ 𝑓1 ⋅ 𝑓2
onde 𝑓1 é um fator de correção devido à temperatura, e 𝑓2 é um fator de
correção devido ao número de circuitos agrupados.

Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.


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Capacidade de
condução de corrente
Após o cálculo da corrente, utiliza-se a tabela abaixo para determinar a seção
dos condutores do circuito.

Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.


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Capacidade de
condução de corrente

04/04/2017 Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.


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Exercício
1) Considere um circuito de força cuja potência seja de 2100 VA. Considere
ainda uma temperatura de 35°C e que esse circuito compartilha o mesmo
eletroduto com outros dois circuitos. Dimensione os seus condutores para:
a) Tensão nominal de 220 V;
b) Tensão nominal de 127 V.

2) Qual a maior corrente que pode circular por um circuito com condutores
de 2,5mm²? Considere uma temperatura de 30°C, que ele compartilha
eletrodutos com um outro circuito e que a tensão nominal é de 220 V.

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Queda de tensão
A NBR-5410 recomenda que em instalações alimentadas por um ramal de
baixa tensão, a partir da rede de distribuição pública, o valor máximo tolerável
de queda de tensão seja de 4%. Porém, a queda parcial de tensão nos circuitos
terminais para iluminação e tomadas deve ser de, no máximo, 2%.

Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.


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Queda de tensão
Para esse método, utiliza-se o momento elétrico, dado por:

𝑀𝑒 = ෍ 𝑆𝑖 ⋅ 𝑑𝑖
𝑖

onde 𝑀𝑒 é o momento elétrico, 𝑆𝑖 é a potência de cada ponto do circuito, e 𝑑𝑖


é a distância em metros do QD até o ponto do circuito. A partir do cálculo do
momento elétrico, pode-se então utilizar a tabela abaixo para especificar o
condutor mais adequado.

Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.

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Dimensionamento
dos eletrodutos
Eletrodutos são os dutos por onde passam os condutores elétricos.
Dependendo do número de condutores, a norma especifica uma taxa máxima
de ocupação (sempre considerando eletrodutos de PVC).
Para 1 condutor = 53%
Para 2 condutores = 31%
Para 3 ou mais condutores = 40%

04/04/2017 Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.


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Dimensionamento
dos eletrodutos
A tabela abaixo apresenta o número máximo de condutores para cada seção.

Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.

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Dimensionamento
dos eletrodutos
Para o caso de condutores de seções diferentes no mesmo eletroduto, pode-se
adotar as correções abaixo:

Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.

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Exercício
Dimensione o eletroduto para cada caso:
a) 5 × 1,5 mm² + 3 × 2,5 mm²;
b) 4 × 1,5 mm² + 3 × 2,5 mm²
c) 3 × 4,0 mm² + 3 × 2,5 mm²
d) 6 × 1,5 mm² + 6 × 2,5 mm²

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos;

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Proteção
dos Circuitos
Os elementos de proteção dos circuitos (fio neutro, fio terra e os disjuntores)
são os dispositivos que protegem as pessoas e os bens materiais contra os
perigos da eletricidade.
Vamos dimensionar os elementos de proteção dos circuitos que, basicamente,
protegem de:
- Sobrecargas;
- Sobretensões;
- Curto circuitos; e
- Choques.

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Fio Neutro
e Aterramento
O fio neutro é um dos condutores provenientes da rede da concessionária que
estabelece o equilíbrio de cargas elétricas de todo o sistema, não devendo,
portanto, ser seccionado por qualquer dispositivo de proteção, exceto pelo DR.
É parte exclusiva de cada um dos circuitos e terá sempre a mesma seção do fio
fase. Para garantia da rede pública, a concessionária exige o aterramento do fio
neutro no padrão de energia.
O aterramento é um sistema de proteção formado por um conjunto de
componentes que interligam as partes metálicas com o solo, estabelecendo
com ele um referencial de potencial zero. Esse conjunto de componentes é
constituído por uma haste de aço revestida de cobre com 2,40 m de
comprimento e diâmetro entre 10 e 25 mm, que é cravada no solo. Ligado à
haste, o fio terra se estende até o quadro de distribuição. Dali ele fará parte de
cada um dos circuitos residenciais, tendo a mesma seção do fio fase. Pode,
entretanto, este condutor de proteção, ser comum a vários circuitos, se dentro
do mesmo eletroduto.
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Disjuntores
Termomagnéticos (DTM)
Os DTM’s são os dispositivos de baixa tensão mais comuns. São equipados com
um relé térmico, que atua em presença de sobrecorrentes moderadas, e um
relé magnético, para sobrecorrentes elevadas ou curto circuito. Para que a
proteção contra sobrecargas fique assegurada, as características de atuação do
dispositivo destinado a provê-la devem ser tais que:
𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝑍 𝐸 𝐼2 ≤ 1,45 ⋅ 𝐼𝑍

Onde: 𝐼𝐵 é a corrente de projeto;


𝐼𝑁 é a corrente nominal do DTM;
𝐼𝑍 é a capacidade de corrente do condutor;
𝐼2 é a corrente convencional de atuação.

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Disjuntores
Termomagnéticos (DTM)
𝐼𝐵 é a corrente de projeto;
𝐼𝑁 é a corrente nominal do DTM;
𝐼𝑍 é a capacidade de corrente do condutor;
𝐼2 é a corrente convencional de atuação.

04/04/2017 Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.


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Disjuntores
Termomagnéticos (DTM)

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Dispositivos Diferenciais
Residuais (DRs)
O DR é um sensor que mede as correntes que entram e saem do circuito. As
duas, sendo de mesmo valor, mas de sinais contrários em relação à carga, têm
soma nula. Se a soma não for nula deve estar acontecendo fuga de corrente
para a terra ou alguém está levando um choque. Nesses casos, o dispositivo
desarma, desligando o circuito, e o usuário deve verificar o que provocou o
desligamento antes de energizá-lo novamente. Os DR’s são elementos cuja
principal função é proteger as pessoas contra choques elétricos, e não a rede
elétrica ou os equipamentos.
A NBR-5410 exige a utilização de proteção diferencial residual (disjuntor ou
interruptor) de alta sensibilidade (30 mA) em circuitos terminais que sirvam, a
Tomadas em locais úmidos ou que alimentem equipamentos em área externa;

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Dispositivos Diferenciais
Residuais (DRs)

Fonte: http://padteleletronica.blogspot.com.br/2013/10/interruptores-diferenciais-residuais.html

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Dispositivos Diferenciais
Residuais (DRs)

Fonte: LARA, L. A. M. Instalações Elétricas. IFMG, 2012.

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Exercício
1) Considere um circuito de força cuja potência seja de 2100 VA. Considere
ainda uma temperatura de 35°C e que esse circuito compartilha o mesmo
eletroduto com outros dois circuitos. Dimensione as proteções para:
a) Tensão nominal de 220 V;
b) Tensão nominal de 127 V.

2) Qual a maior corrente que pode circular por um circuito com condutores
de 2,5mm²? Considere uma temperatura de 30°C, que ele compartilha
eletrodutos com um outro circuito e que a tensão nominal é de 220 V.

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Exercício
Finalize a tabela abaixo, conforme exemplo abaixo. Utilize os critérios de
dimensionamento de condutores, eletrodutos e proteções.

Potência Proteção
Circuitos N° de
[VA] Corrente Seção
Cômodos circ.
[A] [mm²] N° Corrente
n Identif. Ind. Total agrup. Tipo
polos Nominal [A]
Sala 160
Ilum. Copa 160
1 620 2,82 3 1,5 DTM 1 10
Social Cozinha 200
Circul. 100
2
3

Pot. Inst e Vide Vide DTM 3


Distribuição 1 Vide N321
Demanda N321 N321 IDR 4
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Dispositivo Protetor
de Surtos (DPS)
O DPS protege a instalação e seus componentes com as sobretensões. Sejam
elas provocadas direta ou indiretamente por descargas atmosféricas, ou por
ligamento e desligamento de cargas nas redes de distribuição.
As sobretensões são responsáveis, muitas vezes, pela queima de
equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos.
Os DPS são classificados conforme sua capacidade de suportar maiores ou
menores sobretensões:
• Classe I: Edificações altas/horizontais;
• Classe II: Utilizado em residências, no interior do QD;
• Classe III: exclusivamente em equipamentos eletroeletrônicos.

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Dispositivo Protetor
de Surtos (DPS)

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Principais etapas para
o Projeto Elétrico
1) Previsão de cargas (iluminação e tomadas);
2) Cálculo de demanda e potência total;
3) Definição do tipo de fornecimento de energia (CELESC);
4) Divisão da instalação em circuitos;
5) Dimensionamento de condutores e eletrodutos;
6) Proteção dos circuitos;
7) Diagrama unifilar dos circuitos

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