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artur felisberto
Figura 2: Hipnos1.
Tanatos < Thanat | < Tan-at > At-Tan > Adonis *Atumnu.
Iquelo < Hikelush < Ki-ker-ush, filho ctónico de Ker
Hipnos < Hypnos <?> proto-helênico *húpnos.
< proto-indo-europeu *supnós < *swep- (“dormir”) + *-nós???
Ou antes:
Hipno(s) < Ki-Pino (> Hit. Tele-Pino) < Kikino
> Greg. kúknos => «Cisne» > Herakles & Kyknos
> Ki-| Phayn < Phian > Phanos.
> Ki-Tan.
O problema do indo-europeu é que não nos dá pistas para saber de onde
vêm as ditas raízes indo-europeias, neste caso *swep- que parece não terem dado
origem a nenhum termo germânico ou eslavo para sono ou dormir.
Inglês médio sweven < inglês antigo swefn < proto-germânico ocidental
*swefn < proto-germânico *swefną < *swefnaz (“sono”) < protoindo-europeu
*swépnos , *supnós (“sonho”) < proto-indo-europeu *swep- (“dormir”).
Melhor ainda: como é que estas estranhas raízes do sono germânico
acabaram com um «ele» em cima de tal modo que *swefn > *slepaz!
Cognato com sânscrito व न (svápna); inglês médio sweven, do inglês
antigo swefn (“sono, sonho, visão”), do proto-germânico ocidental *swefn, do
proto-germânico *swefną, *swefnaz (“sono”), do protoindo-europeu
Sleep (n.) = Old English slæp "sleep, sleepiness, inactivity," < Proto-
Germanic *slepaz, from the root of sleep (v.); compare cognate Old Saxon slap,
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Restauro cibernético do autor.
Old Frisian slep, Middle Dutch slæp, Dutch slaap, Old High German slaf,
German Schlaf, Gothic sleps.
< Old English slæpan "to be or fall asleep; be dormant or inactive"
(class VII strong verb; past tense slep, past participle slæpen), < Proto-
Germanic *slēpanan (source also of Old Saxon slapan, Old Frisian slepa,
Middle Dutch slapen, Dutch slapen, Old High German slafen, German schlafen,
Gothic slepan "to sleep"), < PIE *sleb- "to be weak, sleep," which perhaps is
connected to PIE root *sleg- "be slack, be languid," the source of slack (adj.).
Se aceitarmos que os «caçapos» e «láparos», que podem ser caçados a
punho (> caçapos) porque ficam assolapados e acaçapados em covas e lapas
como se estivessem a hibernar podemos também aceitar que o sono foi
confundido com a hibernação de animais asolapados.
«So.la.par» = fazer cova ou lapa em; escavar < Su(b)-lapa => o que sulapa
> *su-lapanus > ??? > Germanic *slēpanan. Ou seja, a deriva linguística do sono
germânico aconteceu a partir da penetração da cultura egeia na Ibéria através dos
celtas e depois dos godos.
Figura 4: Neste cortejo pós mortem dum túmulo etrusco o único anjo que não é
negro deve ser o do sono profundo.
Morpheus (“o que muda de forma”), derivado do grego antigo: µορφή
que significa “fôrma, forma”, e é um deus associado ao sono e aos sonhos. Nas
Metamorfoses de Ovídio, ele é filho de Somnus e aparece nos sonhos em forma
humana. A partir da Idade Média, o nome passou a significar mais geralmente o
deus dos sonhos, ou do sono.
Μορφή < Desconhecido. Possivelmente de origem pré-grega.
Forma < talvez de um *morma etrusco ou do grego antigo µορφή
(morphḗ, “forma, moda, aparência, contorno, figura”); dissimilado, f-m < m-m,
como formīca e possivelmente como formīdo < cognato do grego antigo µόρµω
(mórmō), com a mesma dissimilação *morm- > forma-.
Muitas tentativas foram feitas para conectá-lo com a forma latina (veja lá
a teoria de sua origem), mas a relação proposta é problemática.
Problemática onde e porquê?
Grec. mor-phḗ < mórmō < *morma > phor-ma > Lat. forma.
Afrodite Morfo, a deusa polimorfa por excelência garante a estabilidade
semântica destas linhas étmicas.
Afrodite = Morfo < Ama-Ur-Ka > Amorca.
Quanto a Orfeu, várias etimologias foram propostas. Uma sugestão
provável é que derive de uma hipotética raiz de PIE *h₃órbʰos 'órfão, servo,
escravo' e, finalmente, a raiz verbal *h₃erbʰ- 'para mudar lealdade, status,
propriedade.' Cognatos podem incluir grego: ὄρφνη ( órphnē; 'escuridão') e
ὀρφανός (orphanós; 'órfão, órfão') de onde vem o inglês 'órfão' por meio do
latim. Fulgêncio, um mitógrafo do final do século V ao início do século VI dC,
deu a etimologia improvável que significa "melhor voz", "Oraia-phonos".
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«Crisântemos» < Lat. chrysanthemu < Gr. Chrysánthemon = pampilho de oiro, ou lírio amarelo =>
Antemon = pampilho, lit. lírio dos campos? Dito de outro modo é bem possível que o crisântemo tenha
sido nome de um lírio selvagem amarelo.
morte pois que, em vez de escolherem para a morte um nome que estivesse
próximo das variantes próxima de Afrodite Morfo, nem mesmo procuraram na
deusa Kera da morte negra o nome da sua morte vulgar a que chamaram
Tánatos. A única deusa grega mortífera que manteve esta etimologia marinha foi
Moira (deusa que com o tempo e as necessidades formais do panteão grego
acabou tridiva!), filha da Noite primordial e seu irmão Moro (< Ma(u)r >
Moira)e que, por ser “o quinhão que cada homem receberia em vida”, andava
perto da morte.
Moro era o demónio masculino (ou Espírito) da destruição, a força que
dirigia os homens à morte predestinada. Moro era irmão de Tánatos e de Kera,
os vários aspectos de morte e, por isso filho da noite. Kera era a deusa da morte
negra resultante de violência ou de doença, enquanto Tánatos era um deus
calmo, personificação da morte como um sonho de passagem para o além.
Obviamente que a trilogia Moro, Kera e Tánatos deveriam ter sido uma
trindade cretense muito arcaica que a introdução do neo-panteão hitita de
Tudália, adaptado por de Hisíodo e outros poetas, veio a subverter com a
introdução das Moiras, inicialmente apenas Moira, una como a Deusa mãe
primordial mas onde, por necessidade ritual, se veio a enxertar a trilogia das
deusas gregas do «destino».
«Detino» < Lat. Destinu = Dis Tin, deus supremo dos etruscos
< Deus *Atumnu | = Ti-Minos, lit. deus Min |
> Tan / Dan, o deus “cobra-d´água” dos cretenses
≡ Nep-Tuno ≡ Posei-Dan.
A variante genitiva ou diminutiva carinhosa seria Tunis no norte de África
e... Tan-atos na Grécia clássica! A arcaica Moira, Virgem Mãe do mar
primordial (que, por excelência terá sido sempre o Mar Mediterrâneo), deusa da
vida e da morte, foi então substituída pelo filho morto, o sol posto, e também
outrora deus do mar. As vicissitudes da mitologia helénica, ou a cada vez maior
continentalidade dos gregos antigos, fizeram esquecer a relação da morte com o
mar e com a deusa mãe mas mantiveram a sua relação com o destino. Em Roma,
cidade que, por herança dos etruscos, manteve maiores ligações com a arcaica
tradição minóica, o destino permaneceu ligado etimologicamente ao mar e à
morte.
Em Roma, as Parcas determinavam o curso da vida humana, decidindo
questões como vida e morte, de maneira que nem Júpiter (Zeus) podia contestar
suas decisões. Nona tecia o fio da vida, Décima cuidava de sua extensão e
caminho, Morta cortava o fio.