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Arqueologia Egípcia

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Como eram escritos os nomes dos faraós
27 DE FEVEREIRO DE 2020MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

Os hieróglifos egípcios foram desenvolvidos em algum momento entre o Período Pré-


Dinástico e a Época Tinita (também chamada de Arcaica). Em verdade, existe um
consenso entre os acadêmicos de que esta complexa escrita egípcia surgiu justamente
durante a época de unificação do Alto e Baixo Egito.

E os nomes próprios do Egito Antigo usualmente falavam de algum aspecto do


indivíduo como “A Bela Chegou”, “Aquele que Vive para Amon”, etc. Mas, os nomes dos
membros da realeza tinham um adicional especial: durante os primeiros séculos da
era dos faraós os nomes dos reis eram representados dentro de símbolos retangulares
chamados “serekh”. Com o tempo a tradição mudou e os nomes dos reis, assim como das
rainhas, princesas e príncipes passaram a ser escritos dentro do que nós
convencionamos a chamar de “cartuches” palavra francesa para cartucho.

Cartuche com o nome da faraó Hatshepsut.

Por que cartuche? Por que em francês?

Esse foi um apelido dado pelos soldados franceses durante a invasão napoleônica ao
Egito no século 18. De acordo com eles o símbolo oval com um tracinho em sua ponta
lembrava os cartuchos das balas de suas espingardas.

Já o motivo do seu formato provavelmente tem a ver com o “shen”, símbolo da


eternidade ou a amplitude do domínio real. Mas é certo que, ao contrário do que
dizem alguns, nada tem a ver com o ouroboros, serpente que morde a cauda.

Serekh com o nome de Djet.

— Saiba mais: Serekh: o mais antigo abrigo conhecido para o nome real

Tal como o serekh, a finalidade de se escrever um nome real dentro de um cartuche


era conferir proteção divina. Contudo, se fosse de interesse de um rival político
ou um desafeto destruir a memória de um faraó, era só apagar o seu nome, não
raramente juntamente com seu cartuche.

Mas o cartuche não era usado unicamente colocar um nome, mas como motivo
estilístico também. Como é o caso deste porta unguento encontrado na tumba do faraó
Tutankhamon:

A princesa Ahmanet de “A Múmia” existiu?


2 DE JANEIRO DE 2020MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

Em 2017 estreou um filme chamado “A Múmia”, que caso você não seja muito antenado
no mundo do cinema, faz parte de uma franquia quase centenária. Franquia esta que
se apoia em um enredo em que múmias egípcias, por algum acidente ou acaso do
destino, acabam sendo trazidas de volta à vida e caminham por aí espalhando o mal
ou a destruição.

O primeiro filme “A Múmia” foi lançado 1932 estrelando Boris Karloff e Zita Johann.
Nele o sacerdote Imhotep, por meio de um encantamento, acaba sendo trazido de volta
a vida e descobre que seu amor do Egito Antigo reencarnou. Nas décadas seguintes a
Universal Studios lançou vários filmes usando parte dessa premissa. Dois dos mais
famosos é o “A Múmia” de 1999 e “O Retorno da Múmia” de 2001. Neles vemos a
reutilização de parte da história e do nome do personagem Imhotep.

A franquia então ficou no congelador por um tempo até que foi anunciado o novo
filme. A proposta era que esse novo “A Múmia” seria a porta de entrada para o Dark
Universe; inspirado nas franquias de super-heróis, esperava-se que fosse criado um
universo de monstros clássicos da Universal Studios. O filme porém não agradou e o
sonho da Dark Universe parece ter descido pelo ralo.

Nele, temos a personagem Ahmanet interpretada pela Sofia Boutella. Trata-se de uma
princesa egípcia que após cometer assassinato é punida sendo enterrada viva.
Milênios depois seu sarcófago é encontrado por um uma dupla de soldados que fazem
bico como caçadores de tesouros (ou seja são corruptos, por que caça tesouros,
nesse caso artefatos arqueológicos, em alguns países é crime).

E já que falei anteriormente de Imhotep: o nome dele é inspirado em uma


personalidade do Egito Antigo e que ao contrário do filme, onde ele é um sacerdote,
na vida real ele foi um arquiteto. Mas e a princesa Ahmanet? Ela foi inspirada em
alguém que existiu?

A resposta é não. Em termos de egiptologia não conhecemos ninguém que tenha tido um
destino parecido com o dela, mas seu nome provavelmente foi inspirado no da deusa
Amonet, que era uma contraparte do Deus Amon, uma das divindades principais do
panteão egípcio. Por acaso cheguei a falar sobre Amonet em um vídeo lá do canal, já
que ela faz uma pontinha na série Penny Dreadful.

Os egípcios antigos acreditavam em demônios?


16 DE NOVEMBRO DE 2019MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram
O medo de grandes forças ocultas acompanha a humanidade desde os primórdios. Nem
precisamos olhar com atenção para trás para observar representações do mal como
criaturas que abitam o plano espiritual. Cada cultura ao redor do globo criou uma
personificação dos seus temores e paranoias e com os antigos egípcios não poderia
ser diferente.

Recentemente anunciei em meu Twitter que estou me empenhando na pesquisa das


representações de seres malignos no Egito Antigo. Porém, ao contrário do que muitos
devem imaginar, eles não são demônios, ao menos não no sentido católico. A palavra
“demônio” vem do latim “daemon“, que por sua vez vem do grego “daímôn“, cujo
significado, no que diz respeito a definição de Platão, seria “ser intermediário”.
Porém, ao longo dos séculos a sua essência mudou, a exemplo da tradição cristã, que
transforma os demônios na contraparte dos anjos.

Assim sendo, a adoção do termo “demônio” para entidades do mal no Egito Antigo, ao
menos no sentido grego, não seria errada. Entretanto, o Brasil, apesar de ser um
país laico, tem raízes bastante católicas. Desta forma, para evitar desvirtuar do
que de fato eles eram, é mais válido chamar tais entidades de “espíritos malignos”
(e benignos), do que de “demônios”.

Como eles eram?

Não sabemos muito sobre aparência e nomes de espíritos malignos egípcios. Mas
sabemos, por exemplo, que existia um chamado “Sehaqeq” que é este menininho da
imagem. Ele causava fortes dores de cabeça em suas vítimas.

Em uma fórmula mágica entoada para afastar doenças de crianças, temos a dica das
características de outro destes seres: “Sai visitante das trevas, que te arrastas
com o nariz e o rosto atrás da cabeça, sem saber por que estais aqui” (STROUHAL,
2007, p 24).

Contudo, apesar de não termos muitas informações sobre estas entidades, podemos
identificá-las em antigos textos egípcios: tanto entidades malignas, como
enfermidades, usualmente eram mencionadas em textos grafados em vermelho.

Formas de afastá-los:

Bom, os egípcios adotaram uma série de medidas para tentar afastar estes espíritos
malignos. Infelizmente não conhecemos todas, afinal, muito dos significados da
materialidade egípcia está no campo da especulação. Mas, uma delas, aparentemente
era uma máscara do deus Bés.

— Veja também: Antigos feitiços egípcios prometiam trazer a pessoa amada

Bés era uma divindade egípcia representada por um homem com nanismo fazendo uma
careta. Sua função era proteger as crianças e mulheres (especialmente durante o
parto), afastar os maus sonhos e os maus espíritos.

Conhecemos a existência de amuletos representando Bés, assim como máscaras com o


seu rosto, como foi o caso de uma encontrada em uma estátua feminina. Esta estátua
foi descoberta no pátio do Ramesseum (Luxor), durante o século 19. Na mesma época
uma máscara propriamente dita — a qual alguns acreditam representar esta divindade
ou sua esposa, Beset — foi descoberta em Kahun (imagem).
A finalidade destas máscaras é uma grande incógnita. Alguns acadêmicos acreditam
que elas poderiam ser vestidas durante rituais mágicos para a invocação de
espíritos protetores. Estes protetores resguardariam as mulheres e as crianças
afastando delas os espíritos malignos.

Também existiram fórmulas mágicas e poções que entoadas acreditava-se que poderia
proteger, por exemplo, uma criança:

“Fiz uma poção que a protege, uma poção com a erva venenosa de afat e alho, que é
ruim para ti, com mel, que é doce para o vivo, mas amargo para o morto, com restos
e entranhas de peixes e bestas e com espinhos de perca.” (STROUHAL, 2007, p 24)

E Apophis? Ele era um espírito maligno?

Esta é uma pergunta bastante frequente sempre que comento algo sobre as entidades
malignas, afinal, Apophis é uma grande serpente que todas as noites tentava devorar
o deus sol, Rá. De acordo com alguns dos principais pesquisadores do assunto,
Apophis, que é a variação grega do nome egípcio Apep, não seria uma entidade
maligna e muito menos uma divindade. A posição dele na mitologia egípcia ainda é
meio confusa… Em verdade ainda temos muito o que aprender sobre o mundo religioso
egípcio.

Gostou deste tema? Então saiba mais sobre ele assistindo a este vídeo:

Fontes:

CASTEL, Elisa. Gran Diccionario de Mitología Egipcia. Madrid: Aldebarán, 2001.


Demons (benevolent and malevolent); Rita Lucarelli; UCLA Encyclopedia of Egyptology
STROUHAL, Eugen. A vida no Antigo Egito (Tradução de Iara Freiberg, Francisco
Manhães, Marcelo Neves). Barcelona: Folio, 2007.

Por que as pessoas do passado mumificavam?


26 DE OUTUBRO DE 2019MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

As múmias mais famosas do mundo certamente são as egípcias. Graças a elas sabemos
detalhes sobre a vida no Egito Antigo, tais como dieta, meio ambiente, causas de
morte comuns e taxas de mortalidade. E estas múmias só existem pelo simples e puro
fato de que os antigos egípcios acreditavam na vida após a morte e que os corpos
mumificados seriam uma “parte da existência” necessária para tornar esta
“continuação da vida” possível. A propósito: as múmias no Egito eram chamadas de
“Sah”.

Múmia egípcia

Mas, não existiram múmias somente no Egito, certo? Em vários lugares pelo mundo
múmias foram encontradas e as finalidades delas nem sempre eram parecidas as dos
egípcios — ou seja, vida após a morte —. Algumas não possuíam finalidade alguma,
sendo somente acidentes da natureza.

É onde entra aqui o que nós arqueólogos chamamos de “mumificação antrópica” —


também chamada de cultural — e “mumificação natural”. O primeiro tipo é aquele que
foi construído por pessoas e o segundo tipo o que foi feito pela natureza. Exemplo:
As antrópicas são aquelas múmias feitas com o uso de artifícios que visam preservar
o corpo tais como o “banho” de natrão, banho de vapor, etc… Onde pessoas pensaram
em alternativas para a conservação. Ótimos exemplos são algumas egípcias, chinesas
e amazônicas.

Múmia de Papua Nova Guiné

As naturais são aquelas que se formaram de forma acidental, porque o corpo foi
colocado em um ambiente propício para a conservação, ou seja, não existia um desejo
pela mumificação, ela simplesmente ocorreu. Alguns exemplos são as do Everest, as
de San Bernado e Otzi.

Homem de Tollund

Múmia de San Bernado

Já teve curiosidade em saber os motivos das pessoas terem mumificado seus entes
queridos ao longo dos séculos? Ou quantos tipos de múmias existiram? Assista a este
vídeo:

Descubra o que o Egito Antigo e Game of Thrones têm em comum


17 DE MAIO DE 2019MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

Game of Thrones trata-se de uma série produzida pelo canal HBO e que é uma
adaptação para TV de uma franquia de livros intitulados “As Crônicas de Gelo e
Fogo”. Seu enredo está envolto de várias questões e uma delas é que está ocorrendo
uma guerra civil dinástica entre várias famílias poderosas, que estão lutando pelo
controle dos Sete Reinos ou de ao menos uma parte dele.

Entretanto, o que tem a ver Game of Thrones com o Egito Antigo? Pois bem, e se eu
disser para vocês que no Egito ocorreu algo parecido — guerras civis dinásticas —
não uma, mas três vezes? Isso se passou durante os chamados “Períodos
Intermediários”.

A história da época dos faraós é dividida por nós acadêmicos em grandes conjuntos
de períodos dinásticos: Período Tinita, Antigo Reino, Primeiro Período
Intermediário, Médio Reino, Segundo Período Intermediário, Novo Império, Terceiro
Período Intermediário, Baixa Época e Período Grego.

E cada um destes grandes períodos eram divididos em várias dinastias, que por sua
vez são separadas pelos egiptólogos por famílias ou associações políticas. A
estrutura básica destas dinastias foi sugerida pela primeira vez por um estudioso
chamado Manetho. Ele era um sacerdote nascido no Egito no século III antes da Era
Cristã. A lista dele é complementada e corrigida até hoje pelos egiptólogos.

E esses citados “períodos intermediários” aconteceram três vezes na história do


país graças ao enfraquecimento do poder central — causado por diversos motivos indo
desde grande corrupção, desentendimentos dentro da família real e crises econômicas
—.
Durante os “Períodos Intermediários” a soberania territorial dos faraós foi
fragmentada.

Então, este enfraquecimento favoreceu a ascensão de poderes locais que certamente


estavam mais organizados tanto politicamente como militarmente. Talvez alguns fãs
de Game of Thrones já conseguiram realizar algumas associações: Na série quando
ocorre um certo acontecimento no final da 1ª Temporada, o caos político é
desencadeado, o que leva algumas famílias locais a cobiçar o Trono de Ferro e
consequentemente o poder central é enfraquecido.

O Primeiro Período Intermediário:


O Antigo Reino, que é aquela época em que foi construída a Grande Pirâmide, tem fim
com a fragmentação do poder dos reis no norte do país, onde ficava justamente a sua
capital, Memphis. Foi assim que teve início o Primeiro Período Intermediário.

Ele é composto pela 7ª, 8ª, 9ª e 10ª Dinastia, onde Memphis, Herakleopolis e Tebas
assumem o poder.

O Segundo Período Intermediário:


No Segundo Período Intermediário novamente a integridade territorial do país e
perdida, mas, ao contrário do Primeiro Período Intermediário, aqui temos a presença
de estrangeiros tomando o poder. Eles eram os hicsos, que se estabeleceram em
Avaris.

Temos a 13ª, 14ª, 15ª, 16ª e 17ª Dinastia, sem contar a Dinastia de Abidos. As
principais cidades envolvidas são Aváris e Tebas.

O Terceiro Período Intermediário:


Com o fim do Novo Império temos a chegada do Terceiro Período Intermediário. E mais
uma vez vemos a ascensão de diferentes dinastias paralelas que reinam em Tânis,
Leontópolis e Sais. Para variar também ocorre a invasão kushita. Estes governos
estão espalhados pela 21ª, 22ª, 23ª, 24ª e 25ª Dinastia.

Quer saber mais? Assista ao nosso vídeo:

Fontes:

ASTON, D. A. Third Intermediate Period, overview. In: BARD, Kathryn. Encyclopedia


of the Archaeology of Ancient Egypt. London: Routledge, 1999.

NAUNTON, Christopher. Libyans and Nubians. In: LLOYD, Alan, B (Ed). A Companion to
Ancient Egypt. England: Blackwell Publishing, 2010.

DESPLANCQUES, Sophie. Egito Antigo (Tradução de Paulo Neves). Porto alegre: L&PM,
2011.

GRIMAL, Nicolas. História do Egito Antigo (Tradução Elza Marques Lisboa de Freitas.
Revisão Técnica Manoel Barros de Motta). Rio de Janeiro: Forense Universitária,
2012.

Descubra como eram feitas as múmias egípcias


11 DE ABRIL DE 2019MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

Certamente as múmias são um dos elementos mais reconhecíveis da cultura da Era dos
Faraós. Elas são tão queridas e instigantes que acabaram se tornando o tema de
muitos documentários. Além de muito presentes na cultura popular: nós as vemos em
filmes, séries, literatura, histórias em quadrinhos, games, brinquedos e revistas.

E não é difícil encontrá-las em alguns museus de antiguidades. Até no nosso Brasil


possuíamos algumas. A maioria estava no Museu Nacional e foram destruídas no
incêndio ocorrido no dia 2 de setembro de 2018. Incêndio este que arrasou todo o
interior do edifício. E em Curitiba, no Museu Egípcio e Rosacruz, possuímos uma
cabeça feminina que foi apelidada pelos pesquisadores como Thotmea.

Mas, como é que eram feitas as múmias egípcias? Quais ingredientes eram utilizados?
E por que os egípcios passaram a mumificar? Estas e outras perguntas são
respondidas neste vídeo exclusivo produzido pelo Arqueologia Egípcia:

As múmias egípcias significam várias coisas. Desde um dos passos necessários do


morto para alcançar a eternidade a um vínculo do falecido com o mundo dos vivos.
Porém, a mumificação foi muito além.

E graças às pesquisas arqueológicas nós conhecemos alguns dos artefatos utilizados


durante a mumificação. Na imagem abaixo é possível ver uma cama para o descanso do
corpo no natrão, uma máscara do deus Anúbis e uma paleta de mumificador.

E nos dias de hoje é graças à boa conservação de muitas múmias que nós arqueólogos
podemos arrecadar dados que nos possibilitam ler detalhes sobre a vida no Antigo
Egito como doenças, alimentação, idade média de vida e causas comuns de morte em
uma determinada comunidade.

Fontes do vídeo:

AUFDERHEIDE, Arthur. The Scientific Study of Mummies. Nova York: University of


Cambridge, 2010.
BAINES, John; MALEK, Jaromir. Deuses, templos e faraós: Atlas cultural do Antigo
Egito (Tradução de Francisco Manhães, Maria Julia Braga, Michael Teixeira, Carlos
Nougué). Barcelona: Folio, 2008.
BIERBRIER, Morris L. Historical dictionary of Ancient Egypt. Maryland: The
Scarecrow Press, Inc, 2008.
HARRIS, James. “Scientific study of mummies”.In: BARD, Kathryn. Encyclopedia of the
Archaeology of Ancient Egypt. London: Routledge, 1999.
JIRÁSKOVÁ, L. Damage and repair of the Old Kingdom canopic jars: the case at
Abusir. PES XV, 2015.
MARIE, Rose; HAGEN, Rainer. Egipto (Tradução de Maria da Graça Crespo). Lisboa:
Taschen, 1999.
STROUHAL, Eugen. A vida no Antigo Egito (Tradução de Iara Freiberg, Francisco
Manhães, Marcelo Neves). Barcelona: Folio, 2007.

Site:
A Pigment from the Depths: https://www.harvardartmuseums.org/article/a-pigment-
from-the-depths

Aliens construíram as pirâmides!


17 DE NOVEMBRO DE 2018MÁRCIA JAMILLE1 COMENTÁRIO
Esta é a minha tradução do texto Aliens built the pyramids!” (Aliens construíram as
pirâmides!) escrito pelo arqueólogo egípcio Zahi Hawass para o site Egypt
Independent. Aqui o Hawass discute sobre o fascínio de algumas pessoas em relação
às pirâmides egípcias e sobre a descoberta dos Papiros Wadi al-Jarf, que falam
sobre a construção da Grande Pirâmide.

Aliens construíram as pirâmides!

Por Zahi Hawass

Pirâmides do Paltô de Gizé. Foto: Ricardo Liberato.

As pirâmides ainda estimulam a imaginação das pessoas de todo o mundo e geram fãs
que ficam obcecados com elas dia após dia!

Muitos, especialmente nos EUA, acreditam que existem criaturas espaciais que vieram
de Marte e construíram as pirâmides. Isso não é científico de forma alguma. As
teorias ainda aparecem em um show transmitido e produzido pelo canal norte
americano History[1], intitulado “Ancient Aliens”[2].

Muitos cidadãos dos EUA e de outros países me enviam e-mails (como qualquer pessoa
pode fazer através do meu site). Acusam-me de mascarar todos os fatos que descubro
e que, no seu ponto de vista, mostram que os egípcios não são os construtores das
pirâmides! Eles erroneamente acreditam que sob a Esfinge estão evidências de
Atlântida! Todas essas mentiras levantam a muitas ideias falsas sobre as pirâmides
e os fatos reais e contos associados.

E eu escavo embaixo da Esfinge não apenas para saber o nível das águas
subterrâneas, mas para provar a ausência de qualquer evidência para essa bobagem.

Infelizmente, alguns egípcios também pregam temas infundados como a “mentira da


segunda Esfinge” e outras mentiras que distorcem a grande civilização egípcia
antiga, nas mãos de alguns de seus filhos que anseiam por uma fama que não é
baseada em trabalho duro, ciência e diligência. Deus salve o Egito e seus grandes
monumentos dessas pessoas imprudentes!

Há uma semana, fiz uma ligação para um canal estrangeiro. Expliquei que,
infelizmente, o público em toda parte não sabe nada sobre a maior descoberta
arqueológica do século 21, que é a descoberta dos papiros “Wadi al-Jarf” perto de
Suez.

É o maior e mais antigo papiro em todo o mundo, que remonta ao reinado do rei
Khufu, e a primeira descrição conhecida de como a pirâmide de Khufu foi construída.
Este papiro foi escrito tanto em linguagem hieroglífica como hierática, e publicado
com tradução. Atualmente está no Museu Egípcio em Tahrir.

Nela, o inspetor Merer transcreve o diário de seu trabalho na construção da Grande


Pirâmide. Merer era o chefe de 40 trabalhadores, que ele levou para as pedreiras de
Tora.

Por sua descrição, Merer preparou um grande barco para transportar as pedras pelo
Nilo. Ele descreve o método de transporte até as pedras atingirem a área de
construção em Gizé. Ele indica que o peso da pedra chega a 2,5 toneladas cada, e
registra que essas pedras, que foram cortadas, foram arrastadas para os barcos.

Então ele nos conta sobre o rei Khufu, e que ele estava morando em seu palácio em
Gizé – em vez de viver em Memphis, como alguns livros de história afirmam. Merer
aponta que ele tinha um chefe chamado Dede e que o principal responsável pela
entrada das pedras e itens alimentares era Ankh-Haf.
A área ao redor da pirâmide foi denominada “Ankh – Khufu”, que significa “a vida do
rei Khufu”, enquanto as áreas de sepultamento foram denominadas “Akht Khufu”, que
significa “horizonte de Khufu”.

O trabalho foi registrado durante o vigésimo sétimo ano do governo do rei Khufu, o
que pode indicar que Khufu governou por cerca de 32 anos.

Isso é o que a ciência nos diz sobre o maior edifício do Egito faraônico, a Grande
Pirâmide.

Por outro lado, infelizmente, alguns falam palavras estranhas sem nenhuma evidência
científica, como a de que a pirâmide foi usada para gerar eletricidade! Existe quem
diga que o rei estava armazenando trigo dentro da pirâmide para uso em tempos de
fome! Essas alegações são inválidas, porque há evidências escritas indicando que a
pirâmide foi feita especificamente para enterrar o rei e transformá-lo em um deus
na vida após a morte.

Eu diria também que a pirâmide foi o projeto nacional do Egito, e que as pirâmides
construíram o Egito.

Alguém pode dizer então que existem aliens espaciais que construíram as pirâmides?

Eu digo a todos aqueles que estão obcecados com as pirâmides do Egito: você tem o
direito de se surpreender e até mesmo se impressionar com as nossas pirâmides
atemporais, mas não vamos permitir que você distorça nossos monumentos, que é a
nossa mais querida posse. Pare com esse absurdo. Deus te abençoe!

[1] Provavelmente ele está falando do canal History Channel.

[2] “Alienígenas do Passado”, aqui no Brasil.

Texto original:

Aliens built the pyramids! Disponível em < https://www.egyptindependent.com/aliens-


built-the-pyramids/ >. Acesso em 11 de novembro de 18.

Uma forma de encarar a morte: O que são múmias?


8 DE NOVEMBRO DE 2018MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

As milhares de comunidades espalhadas pelo mundo — do presente ou do passado mais


remoto — tinham cada uma a sua própria forma de tentar entender a morte. Muitas
sociedades ocidentais atuais, por exemplo, tentam torná-la “invisível”, excluindo-a
do dia a dia, tratando, consequentemente, os assuntos relacionados com ela como um
tabu.

Contudo, este não é um pensamento unânime e em algumas sociedades a dor da


separação pode ser contornada ou aliviada através de práticas funerárias distintas.
Uma delas é a mumificação de cadáveres.

Múmia do faraó Ramsés II. Fotografo desconhecido (Wikimedia Commons).

A adoção de estruturas funerárias tais como pirâmides ou jazigos costuma apontar


para uma resistência à morte e a tentativa de perpetuar, mesmo que simbolicamente,
a existência do falecido como uma figura social (SOUZA, 2015). E a mumificação
entra aqui como uma destas tentativas de permanência (RADLEY, 1992 apud SOUZA,
2015).
A mumificação pode ser definida como a paralisação do processo cadavérico antes da
esqueletização total ou parcial. A intenção de preservar os cadáveres é manter a
individualidade depois da morte e ter a pessoa falecido mais próximo do mundo dos
vivos.

Embora tenham se popularizado em filmes hollywoodanos e mesmo em documentários como


peças de curiosidades, as múmias, quando analisadas do ponto de vista biológico,
podem contribuir para o conhecimento arqueológico, proporcionando informações sobre
condições de vida, dieta, saúde, modificações corporais (utilização de alargadores,
tatuagens, estilos de cortes de cabelos ou penteados, etc), ou sobre produtos de
origem animal ou vegetal usados como ornamentos ou vestimenta (cores de tecidos,
padrões de costuras, padrões de desenhos, tampões vaginais, sapatos, etc) que por
ventura tenham sido conservados com o corpo.

Corpo com mais de 5.000 anos encontrado nos Alpes de Venoste. Estas marcas são
tatuagens. Foto: The South Tyrol Museum of Archeology.

Os envólucros de múmias egípcias, por exemplo, dão detalhes da manufatura têxtil.


Fotografo desconhecido (Wikimedia Commons).
Em termos simples, os tipos de múmias são divididos em dois grupos: múmias naturais
e múmias antrópicas (AUFDERHEIDE, 2010).

Múmias naturais:
Nesse grupo de múmia entram os corpos preservados total ou parcialmente de forma
natural devido a diferentes fatores que podem ter relação com o clima, o tipo de
solo, o tipo de morte ou mesmo o tipo de involucro. Alguns exemplos são as múmias
de Palermo (Itália), Otzi (Itália), as múmias do vulcão Llullaillaco (Argentina e
Chile), múmias Pré-dinásticas do Egito e as Sokushinbutsu (Japão).

O “Homem de Tollund” é um exemplo de múmia natural. Foto: Robert Clark; National


Geographic.

Múmias culturais ou antrópicas:


Tendo em vista que a própria denominação “cultura material” tem como objetivo
ressaltar os artefatos como resultado do trabalho humano (MATTHEW, 2004 apud SOUZA,
2015), as múmias culturais são consideradas artefatos arqueológicos, já que para
serem criadas necessitaram da manipulação humana (AUFDERHEIDE, 2010). São várias as
formas de se criar múmias culturais, mas os espécimes mais populares
indiscutivelmente advêm do Egito.

A confecção de múmias possui vários motivos que vão desde o religioso ao prático,
como foi o caso de alguns dos corpos resgatados da área do naufrágio do Titanic,
que foram embalsamados para que pudessem ficar reconhecíveis o maior tempo
possível, facilitando assim a sua identificação. Ou dos soldados mortos durante a
Guerra Civil Norte-americana.

Homem da época da Guerra Civil Norte-americana sendo embalsamado. Foto: Library


Congress.

E nos dias atuais a mumificação ainda é empregada, seja para fins científicos — as
múmias feitas durante as pesquisas de Arqueologia Experimental —, para uso estético
ou higiênico — fazendo uso da Tanatopraxia — ou para manter a memória do falecido
viva, a exemplos de líderes políticos ou religiosos.

Evita Peron. Foto: Getty Images.

Referências bibliográficas:
AUFDERHEIDE, Arthur. The Scientific Study of Mummies. Nova York: University of
Cambridge, 2010.

SOUZA, Camila Diogo de. As práticas mortuárias na região da Argólida entre os


séculos XI e VIII a. C. Tese (Doutorado em Arqueologia) – Museu de Arqueologia e
Etnologia, USP, São Paulo, 2010.

SOUZA. Camila Diogo de. Aportes arqueológicos na produção do conhecimento


histórico. Vol. XII | n°24 | 2015.

VIDAL, Irma Ason; OLIVEIRA, Claudia; VERGNE, Cleonice. SOUZA, Sheila Maria Ferraz
Mendonça de. Mumificação natural na Toca da Baixa dos Caboclos, sudeste do Piauí:
uma interpretação integrada dos dados. Canindé, Aracaju, v. 2, p. 83-102, 2002.

Uma entidade maligna do Egito Antigo na série “Penny Dreadful”?


5 DE NOVEMBRO DE 2018MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

“Penny Dreadful” é uma série de terror e fantasia que se passa durante a Era
Vitoriana. Seu enredo faz várias analogias a personagens de histórias literárias
clássicas de horror tais como “Drácula” de Bram Stoker, “Frankenstein” de Mary
Shelley e “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde. O seu nome vem de publicações
de terror e horror que eram vendidas no século XIX na Inglaterra por centavos;
Penny Dreadfuls: “centavos do horror” (DAVINO, 2014; MOREIRA, 2017).

Mas, além de tirar inspirações nestas publicações, a produção também se inspirou em


algumas das coisas que eram vistas como instigantes para os ricos da Era Vitoriana,
como era o caso do ocultismo, onde a ele poderia ser misturado um pouco de
mitologia egípcia, isto graças a Egiptomania.

Egiptomania e o ocultismo:
São várias as formas de apropriação do passado egípcio. Algumas delas são através
de movimentos sociais, outras por meio da espiritualidade. Esta insistência em se
ter um pedaço do passado egípcio para si têm levado muitas pessoas desde o século
XIX a criar narrativas onde os antigos mitos egípcios se encaixavam com suas
crenças pessoais. Nisso criaram novas roupagens para o Egito Antigo. Estas novas
roupagens são tema de estudo da Egiptomania a qual, falando de forma bem básica, é
a apropriação de elementos das antigas sociedades egípcias — tais como imagens,
gramática, mitos, etc — mas, dando a ela uma nova vida ou um novo uso (BAKOS,
2004).

Fotos: Penny Dreadful (Divulgação)

E é um dos ramos da Egiptomania que estuda o fascínio dos ocultistas em se misturar


em suas sessões elementos da antiga civilização egípcia. Durante o século XIX essas
sessões costumavam ocorrer em salões particulares ou em gabinetes de pessoas ricas.
E é em um desses salões que os personagens principais de Penny Dreadful se
depararam com o nome Amonet. Referida no enredo como “A Oculta”, Amonet é tomada
como um demônio bastante perigoso e que se cujo poder foi libertado trará
catástrofe. Mas, será que era isto mesmo?

Amonet: um demônio egípcio?


No Egito Antigo uma das tradições que existia era empregar a dualidade. O deserto
versus o Nilo, a ordem versus o caos, a vida versus a morte. E também algumas
divindades possuíam sua contraparte. É o caso dos deuses da “Ogdóade de
Hermópolis”. Este grupo de deuses têm esse nome porque o “ogdóade” refere-se ao
número 8 (LESKO, 2002).

Assim temos Nun e Naunet representando as águas primordiais, Kuk e Kauket a


escuridão, Hu e Hauhet a ausência de forma e Amon e Amonet que representavam o
ocultamento. O “ocultamento” de Amon e Amonet não é porque eles eram demônios que
espreitavam no escuro, mas, pelo motivo de serem divindades cuja natureza
expressava conceitos da criação de acordo com a concepção religiosa egípcia (LESKO,
2002).

Fontes:

BAKOS, Margaret. Egiptomania. O Egito no Brasil. 1a.. ed. São Paulo: Paris
(Contexto), 2004.

DAVINO, Vanessa. Penny Dreadful: Rastros de clássicos góticos em palimpsesto


televisivo de horror; Davino (UFBA); BABEL: Revista Eletrônica de Línguas e
Literaturas Estrangeiras; ISSN: 2238-5754 – n.07, ago/dez de 2014.

LESKO, Leonard. “Cosmogonias e Cosmologia do Antigo Egito”. In: SHAFER, Byron;


BAINES, John; LESKO, Leonard; SILVERMAN, David. As religiões no antigo Egito
(Tradução de Luis Krausz). São Paulo: Nova Alexandria, 2002.

MOREIRA, Maria Elisa Rodrigues. Penny Dreadful: a literatura e o cinema nas telas
da TV. In: Anais do XV Congresso Internacional da Associação Brasileira de
Literatura Comparada. ABRALIC. Rio de Janeiro: UERJ, 2017. v. 3. p. 5324-5332.

Quais são os principais deuses do Egito Antigo


14 DE JUNHO DE 2018MÁRCIA JAMILLE
Por Márcia Jamille | @MJamille | Instagram

Certamente você já ouviu falar de Anúbis, Ísis, Osíris e Hórus. Mas sabe quem é
Atum? Hapi? Khepri? Veja este post até o final e conheça algumas das mais
importantes divindades do Egito Antigo.

Entender a função de cada deus e deusa ajuda e conhecer mais obre o pensamento de
uma determinada sociedade. No caso da Antiguidade egípcia, por exemplo, só de dar
uma simples olhada na composição dos deuses, formas e funções já podemos arrecadar
várias informações. Uma delas é que certamente os egípcios eram bastante ligados à
natureza e outra é que não tinham tabus em relação a morte, tentando até dar algum
significado para ela.
No nosso episódio piloto da série “Deuses do Egito Antigo” explico de uma forma
geral e didática sobre o surgimento e aparência das divindades egípcias. Também
ensino como é que os egípcios chamavam os seus deuses:

Rá, Atum, Khepri

Estas três divindades eram relacionadas com o Sol. Atum era um deus criador,
nascido no Mar Primordial e quem iniciou a criação de todas as outras divindades e
os humanos. Khepri era a manifestação do sol nascente, representado por um
escaravelho e Rá a manifestação do Sol do meio-dia.

Sekhmet, Thot, Amon

Sekhmet era filha de Rá e deusa da cura e das artes bélicas, sua forma era a de uma
mulher com a cabeça de uma leoa. Já Thot um deus lunar, senhor da sabedoria e
escrita, sendo assim o padroeiro dos escribas. E Amon, outrora um deus menor, foi
transformado em divindade suprema do Egito a partir do Novo Império.

Tefnut, Shu, Nut, Geb

O casal Tefnut e Shu eram filhos de Atum. A primeira era a representação da umidade
e o segundo o deus do ar. Ambos eram os pais de Nut e Geb. Nut era a divindade do
céu noturno e Geb o deus que representava a terra. Os dois eram os pais de Ísis,
Osíris, Néftis e Seth.

Ísis, Osíris, Seth e Néftis

Estes quatro deuses fazem parte de um dos mitos mais importantes do Egito. Ísis e
Osíris era um casal, assim como Seth e Néftis. Os primeiros eram governantes do
Egito, até que Osíris foi assassinado por seu irmão invejoso Seth. Para reverter
isso Ísis ressuscita o seu esposo que passa a ser o deus do mundo dos mortos.

Hórus, Anúbis, Hathor

Hórus era o filho de Ísis e Osíris e a representação do faraó. Já Anúbis filho de


Néftis e Osíris. Seu papel era o de ser o senhor da mumificação e guardião dos
cemitérios. Hathor era a deusa do amor, das festas e do desejo sexual.

Maat, Hapi

Maat era a personificação do equilíbrio de tudo. Era a ela quem o faraó deveria
responder, assim como todos os humanos. Inclusive está presente durante a pesagem
do coração, onde a sua pena deveria ser pesada contra o coração do falecido. Hapi
era a divindade que enviava as cheias do Nilo.

Saiba mais: Para uma lista mais completa adquira o livro “Uma Viagem pelo Nilo”. Lá
você encontrará um glossário com dezenas de divindades, inclusive as estrangeiras
que foram cultuadas no Egito.

Acesse este link para comprar: www.arqueologiaegipcia.com.br/compras/

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Márcia Jamille é arqueóloga especialista em antigo Egito. Administradora do site


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