Dark Psychology The Practical Uses and Be James W. Williams

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Psicologia Negra
Os usos práticos e as melhores defesas do psicológico
Guerra na vida cotidiana
Como detectar e se defender contra manipulação, engano e escuridão

Persuasão e PNL secreta
PUBLICADO POR: James W. Williams
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ou outro, sem o consentimento prévio do proprietário
dos direitos autorais e do editor deste livro.

Índice
Seu presente grátis
Introdução
Por que escrevi este livro?

PARTE UM:
FATOS FUNDAMENTAIS SOBRE A PSICOLOGIA ESCURA
O QUE É PSICOLOGIA ESCURA?
OS EFEITOS E IMPACTO DA PSICOLOGIA ESCURA
EXEMPLOS DO DIA A DIA DE DIFERENTES ASPECTOS DO ESCURO

PSICOLOGIA
QUÃO VULNERÁVEIS SOMOS À PSICOLOGIA ESCURA?
PARTE DOIS:
ANÁLISE DA PSICOLOGIA ESCURA
MANIPULAÇÃO
DECEPÇÃO
HIPNOSE
COMPORTAMENTO PROBLEMÁTICO
PSICOLOGIA REVERSA
PARTE TRÊS
ÁREAS-CHAVE EM NOSSAS VIDAS QUE NOS TORNAM VULNERÁVEIS A

PSICOLOGIA ESCURA
AMOR E RELACIONAMENTOS
FÉ CEGA E CRENÇAS RELIGIOSAS
CONDICIONAMENTO SOCIAL
AMBIÇÃO E ASPIRAÇÕES PESSOAIS
CICATRIZES EMOCIONAIS
PARTE QUATRO:
RECONHECENDO E IDENTIFICANDO SUA REALIDADE
RECONHECENDO AS MENTIRAS QUE CONTAMOS A MESMOS
IGNORE AS MENTIRAS QUE OS OUTROS NOS CONTAM
MORANDO NO PASSADO
OTIMISMO CEGO
O CICLO VICIOSO
PARTE CINCO:
COMO SE LIBERTAR
ACEITE QUE VOCÊ TEM UM PROBLEMA
AJA RAPIDAMENTE
OBTENHA AJUDA RÁPIDO
NÃO SE COBRE
PERDOE Á SI MESMO
CONFIE NOS SEUS INSTINTOS
UTILIZE AS MELHORES PRÁTICAS EM TODAS AS SUAS NEGÓCIOS
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Dentro do livro você descobrirá:

O que é timidez e ansiedade social e a psicologia por trás disso
Estratégias simples, mas poderosas para superar a ansiedade social
Análise das características que tornam uma pessoa confiante
Características que você deve DESTRUIR se quiser se tornar confiante
Técnicas fáceis que você pode implementar HOJE para manter a
conversa fluindo
Lista de verificação de confiança para garantir que você está no caminho certo de
autodesenvolvimento
Introdução
Você se sente apenas um peão no jogo de xadrez de outra pessoa? Você está cansado
de ser manipulado a cada passo? Você gostaria de ser capaz de detectar e discernir
emoções genuínas nos outros para poder se proteger de abusos e manipulações
emocionais? Então este é exatamente o livro que você precisa. Psicologia Negra: os usos
práticos e as melhores defesas da guerra psicológica na vida cotidiana ajuda você
a compreender mais do que apenas os fundamentos do comportamento humano. Ele
leva você a uma jornada profunda que explora os recantos mais sombrios da mente
humana e fornece passos práticos e perspicazes sobre como construir suas defesas
mentais contra eles.
Dentro deste livro, você aprenderá
Fatos fundamentais sobre a psicologia negra

Como reconhecer e separar a verdade mesmo quando ela foi
mascarada com maestria em uma teia de mentiras
Aspectos do seu dia a dia que o tornam vulnerável às manipulações dos
outros
Um programa de cinco etapas para ajudá-lo a se libertar caso seja vítima
Como se proteger das influências da psicologia sombria
Se você ou algum de seus entes queridos sofreu emocionalmente ou está atualmente

vivendo um pesadelo que está diretamente relacionado aos perigos inerentes da psicologia
sombria, este é um livro que você deseja ler. E mesmo que você esteja
simplesmente curioso para saber como funciona a psicologia sombria e gostaria de
saber como se proteger, este é um livro que detalha esse fenômeno complexo nos
termos mais simples.
A psicologia negra não é um conceito novo, portanto, este livro não trata de
nenhuma descoberta inovadora. No entanto, isso sempre foi discutido em voz baixa e
ainda há tanta informação por aí que se perdeu em psicobabbles pouco compreensíveis
que o deixam mais perplexo do que informado.
Este livro faz um trabalho eficaz de desmistificar a psicologia sombria e fornece o

conhecimento que você pode usar para se proteger contra ela.
Então, se você estiver pronto, passe para a próxima página e prepare-se

para mudar sua vida.
Por que escrevi este livro?
Quando criança, moramos ao lado dessa senhora vibrante que só pode ser
descrita como a queridinha do bairro. Parece que ela sempre teve um sorriso no rosto
e uma palavra gentil para todos, sejam crianças ou adultos. Não consigo me lembrar de
um único encontro com ela que tenha sido minimamente desagradável. E isso foi mais do
que apenas uma impressão infantil de uma pessoa. Toda a vizinhança sentia o mesmo por
ela.
As únicas nuvens escuras que pude ver ao seu redor era o fato de que ela
estava sozinha. Sem filhos, sem namorados e sem muita família. Ela administrava uma
pequena loja de arte e artesanato que era muito popular na região e acho que ela
parecia satisfeita e feliz com isso. Quando minha avó faleceu, ela era uma das poucas
vizinhas que trazia comida todos os dias durante mais de uma semana.
Daquele momento em diante, ela foi mais do que apenas uma vizinha simpática.
Ela se tornou família.
Dois anos depois, ouvimos a notícia de que ela se casaria em breve. Minha mãe
e suas amigas tentaram consertá-la com alguns moradores locais, mas nada funcionou.
Portanto, a notícia de seu casamento iminente foi muito bem-vinda. Não sabíamos
muito sobre o pretendente, apenas que ele lutava na linha de frente e estava
perdidamente apaixonado por ela. Se foi possível que o sorriso desta doce mulher se
tornasse mais brilhante, certamente aconteceu. Lembro-me de minha mãe usando a
expressão “caminhando no ar” para descrever seu humor.
Um ou dois meses antes do casamento, ela colocou uma placa de venda em sua loja e
em sua casa. Disse que ela e o noivo estão trabalhando para pagar a entrada de
sua nova casa e queriam ter certeza de que tudo estava em ordem antes da data do
casamento chegar. Uma semana antes do casamento a casa e a loja foram vendidas.
Ela transferiu o dinheiro para o noivo e redirecionou seu foco para finalizar os
preparativos do casamento.
Meus pais a convidaram para passar os dias que antecederam o casamento em nossa
casa. Era para ser um presente da nossa família para ela. A poucos dias do
casamento, o noivo dela ligou e todos nós nos revezamos para falar com ele. Ele tinha um
sotaque estranho, mas não pensamos muito nisso depois que ela explicou que ele havia
passado mais de uma década no Oriente Médio. Além do sotaque, ele geralmente
parecia um cara legal. No dia seguinte, ela tentou
contatá-lo para descobrir seu paradeiro, mas ela não conseguiu passar.
Ela começou a se preocupar, mas minha mãe e meu pai a tranquilizaram e disseram
que ele provavelmente estava em um vôo de volta ao país. Ela tentou encontrar
conforto nisso, mas dava para perceber que ela estava preocupada. Cada vez que ela
tentava sorrir, ela vacilava. Ela se agarrou desesperadamente ao telefone e cada vez
que ele tocava ela pulava de medo. Na manhã do casamento, ainda não houve
nenhuma ligação dele. O que começou como um lindo dia estava começando a parecer
um pesadelo.
Meu pai ficava verificando as estações locais em busca de notícias sobre um desaparecimento.
vôo ou talvez um acidente de avião. Mamãe estava fazendo tudo que podia para
conter as lágrimas. Quando o dia terminou, o casamento não parecia nada diferente
de um funeral. A única coisa que faltava era o cadáver. Da noite para o dia, essa
empresária próspera e muito amada acabou falida, sem teto e com o coração partido.
Seu crime pelo castigo severo foi se apaixonar.
Nos dias seguintes ao seu casamento sem comparecimento, ela teve um
colapso psicológico. Ela ficou internada em uma ala psiquiátrica por alguns meses
antes de ser transferida para outro estado para morar com um parente distante. Nunca
mais a vi sorrir.
Quando criança, era difícil entender completamente o que havia acontecido. Tudo o
que ouvi foi que ela foi vítima de um golpe online. Mas a história dela deixou
uma impressão que me acompanhou até a idade adulta. Os golpes online ocorrem em
níveis diferentes, mas fundamentalmente os padrões são os mesmos. Os
perpetradores estabelecem uma teia obscura e intrincada de engano que aprisiona
suas vítimas usando todos ou a maioria dos marcadores associados à psicologia
sombria. Eles colocam a isca e, quando a vítima morde, criam uma falsa sensação de segurança.
Isso permite que eles manipulem ainda mais a vítima para que ela faça exatamente o
que deseja, antes de partir para a matança.
Apesar dos relatórios e da conscientização geral criada sobre golpes
online, muitas pessoas ainda são vítimas desses fraudadores todos os dias. Isso me
fez pensar. Não são apenas golpes online. Também vemos isso em nossa vida cotidiana.
Pessoas em relacionamentos disfuncionais com parceiros que os utilizam das formas
mais óbvias, mas continuam nesses relacionamentos porque parecem estar sob
algum tipo de feitiço. Vemos crianças fazendo amizade com pessoas que as influenciam
de maneiras terríveis e, apesar do sólido treinamento doméstico que recebem, elas
fazem escolhas erradas repetidamente. Deles
os pais estão desamparados e perplexos com o poder que esses chamados

amigos têm sobre os filhos.
Temos a tendência de nos concentrar mais nas ações e consequências terríveis
do que nos padrões que ocorrem antes que esses “crimes” ocorram. O que explicaria
o aumento das taxas de vítimas, apesar das amplas campanhas de sensibilização.
E foi exatamente por isso que escrevi este livro. Realizei muitas pesquisas e
examinei os relatórios dos criadores de perfis sobre os notórios perpetradores
desses crimes e fiz uma observação surpreendente. Havia um fator consistente
em tudo. Os jogadores mudaram, a tecnologia mudou, os tempos
progrediram, mas os padrões de jogo são quase sempre os mesmos. E todos
esses padrões são atribuídos à psicologia sombria.
Então, para ajudar você e quem você ama a se protegerem, e
consequentemente construir uma forte defesa mental e emocional contra tais
influências, nasceu este livro, Dark Psychology: The Practical Uses and Best
Defenses of Psychological Warfare in Everyday Life.
PARTE UM:
FATOS FUNDAMENTAIS SOBRE O ESCURO
PSICOLOGIA
O QUE É PSICOLOGIA ESCURA?
“Não pode ser visto, não pode ser sentido, não pode ser ouvido, não pode ser cheirado.
Ele se esconde atrás das estrelas e sob as colinas e buracos vazios que
preenche. Ele vem primeiro e segue depois. Acaba com a vida, mata o riso”
JRR Tolkien – O Hobbit
A mente é um dos aspectos mais complexos da natureza humana. O funcionamento

da mente é algo que intriga e intriga a humanidade desde que nos lembramos. Filósofos,
psicólogos e cientistas têm procurado desvendar os mistérios da mente. É uma crença
geralmente aceita que a mente humana influencia nosso comportamento e ações. Portanto, muito
trabalho de pesquisa foi feito para compreender o processo mental pelo qual uma pessoa passa
antes de agir, seja ele bom ou ruim.
Algumas tentativas de estudar a mente humana concentraram esforços no

cérebro. Esses estudos analisam os aspectos físicos do cérebro com foco em como as
informações são adquiridas, processadas, interpretadas e armazenadas. Essencialmente,
eles esperam compreender melhor como o cérebro pode afetar o modo de raciocínio de uma
pessoa. São estudos como estes que abriram caminho para o progresso na gestão de condições
debilitantes como Alzheimer, dificuldades de percepção e até mesmo perda de memória.
O aspecto mais familiar do estudo da mente humana é a psicologia. Em

algum momento de nossas vidas, consultamos um psicólogo ou conhecemos alguém
que teve que consultar um para navegar em nossas batalhas emocionais mais difíceis. Muitas
vezes, as experiências da vida nos quebram de maneiras que não conseguimos resolver
sozinhos. Às vezes, o colapso ocorre como resultado de certos marcadores biológicos que
herdamos de nossos pais. Emoções como depressão, ansiedade e medo obscurecem nossas
experiências diárias, dificultando o sucesso. Com uma combinação de medicamentos e
terapia, somos capazes de nos proteger da escuridão interior.
Mas, e quanto à escuridão nos outros?

Todos têm a capacidade de fazer um grande bem. Também possuímos a capacidade
de praticar grandes males. Por trás de emoções como tristeza, depressão, alegria e felicidade,
existe um desejo profundo e fervilhante que pode nos levar a prejudicar deliberadamente
os outros se esses impulsos não forem controlados. Esses desejos mais sombrios são
enraizado em instintos mais primitivos, como nossa resposta de fuga ou luta, que
promove nossa sobrevivência. Às vezes, há apenas uma palavra que qualifica a resposta
humana a essas emoções sombrias... malignas.
A psicologia negra é um estudo da condição humana em relação ao
natureza psicológica dos humanos para atacar os outros. Em termos leigos, a
psicologia obscura explora aquele aspecto da natureza humana que nos permite tomar
ações deliberadas e voluntárias que prejudicam nossos semelhantes. Veja bem, o uso de
presas neste contexto não se traduz necessariamente em danos físicos a uma
pessoa, embora exista um ramo da psicologia sombria que é inteiramente dedicado a isso.
Nos capítulos subsequentes, abordaremos brevemente essas áreas para obter uma
melhor compreensão do tópico.
Em filmes ou livros, você pode ter encontrado palavras ou frases
aludindo a “uma escuridão interior”. Até mesmo alguns dos filósofos mais
famosos fizeram referências a isso. O reverenciado livro dos cristãos fala sobre como
“o coração do homem é desesperadamente perverso”. Todos nós encontramos
aquele indivíduo que descrevemos como excepcionalmente calmo ou reservado em
ambientes sociais, apenas para que esse mesmo indivíduo comete um ato tão
tortuoso que achamos difícil associar esse ato ao indivíduo em questão. Às vezes, somos
esse indivíduo. Por mais surpreendente que possa parecer, não é totalmente chocante.
Esses casos são apenas respostas desencadeadas a situações externas. O

a panela foi mexida, por assim dizer, e aquelas emoções sombrias que se
escondiam embaixo vieram à tona. Geralmente eles recuam quando o controle é exercido.
Todo mundo tem uma tendência latente de ser um pouco travesso ou simplesmente
malvado se os “botões” certos forem pressionados. Alguns outros indivíduos, por outro lado,
estão totalmente no controle dessas emoções sombrias. Eles os nutrem, alimentam e
quando isso serve aos seus próprios propósitos, eles os libertam deliberadamente
às custas de outra pessoa.
Às vezes, essas emoções são cultivadas desde cedo. Uma criança aprende que
se chorar de uma certa maneira, os adultos em suas vidas correm para cumprir suas
ordens. Se os pais não impressionarem a criança com antecedência suficiente sobre o
erro disso, a criança crescerá pensando que as pessoas em suas vidas podem ser
manipuladas para cumprir suas ordens. O choro deixaria de ser uma arma à
medida que crescessem, mas continuariam em seus métodos manipuladores.
Onde não usam as lágrimas, usam as emoções para chantagear as suas vítimas.
Então, o que começou como um comportamento infantil inocente se torna uma necessidade sombria
de controle.
A extensão que esse indivíduo iria para exercer seu controle definiria a intensidade
de suas ações. A psicologia negra trata do estudo do processo de pensamento de uma pessoa
como essa. Ele procura compreender o motivo por trás dessas ações, os padrões exibidos desde
antes de esses atos serem realizados até depois e lança mais luz sobre como uma pessoa pode
voluntariamente ver essas ações até a conclusão, sabendo a dor que isso pode causar a outro
indivíduo. A psicologia negra ilumina o lado negro do ser humano
natureza.
OS EFEITOS E IMPACTO DO ESCURO

PSICOLOGIA
“Quando você acende uma vela, você também projeta uma sombra”
Úrsula K. Le Guin
Dado o pouco que sabemos agora sobre a psicologia das trevas, sabemos
que algumas das ofensas criminais mais chocantes estão enraizadas em certos traços de
personalidade relacionados à psicologia obscura. Mas esse é um efeito colateral mais amplo. Quero
trazê-lo para mais perto de casa, de você e de mim. Como essa psicologia sombria nos afeta... se é que
nos afeta? Posso assegurar-lhe que não há “se” nesta questão e em poucos momentos entenderíamos como.
Os efeitos da psicologia obscura são experimentados tanto pelo perpetrador quanto

pela vítima. Para conhecer os impactos, precisamos explorar alguns elementos da psicologia obscura.
Pessoas que apresentam certos traços de personalidade considerados sombrios, como narcisismo,
psicopatia e maquiavelismo, são propensas a enfrentar dificuldades em todos os
aspectos de seus relacionamentos. Se todas as três características estiverem presentes em uma pessoa, ela
terá maior propensão a cometer um crime. Os três traços de personalidade mencionados possuem
características específicas que são agrupadas sob eles.
O narcisismo, por exemplo, é caracterizado por um sentimento de direito,

sentimentos de superioridade, inveja profunda do sucesso dos outros e comportamento explorador.
A psicopatia tem ausência de culpa, falta de empatia, comportamento impulsivo destrutivo, egocentrismo e
incapacidade de aceitar responsabilidades como algumas das características. Egoísmo, crueldade
e comportamentos manipuladores são indicadores de traços maquiavélicos. Separadamente, essas
características são problemáticas, mas juntas podem significar problemas.
Especialmente no relacionamento de uma pessoa com outras pessoas. No local de trabalho, por
exemplo, essa pessoa faria;
Desempenho inferior no escritório, mesmo nas tarefas mais mundanas
Interromper o fluxo de trabalho devido à incapacidade de se dar bem com outras

pessoas
Seriam intensamente odiados pelos outros A sua

impulsividade levaria-os a tomar decisões questionáveis que não são éticas.
Se forem colocados em funções
administrativas, são mais propensos a cometer crimes de colarinho branco.

Mas não são apenas as suas
relações de trabalho que sofrem. Em seu pessoal

relacionamentos, eles certamente encontrarão os seguintes problemas
Sua necessidade constante de atenção e validação pode ser exaustiva
para o parceiro, resultando em datas de vencimento mais rápidas nos

relacionamentos
Recorrem a chantagens físicas e emocionais para manipular seus parceiros
Eles tendem a ser abusivos verbal, emocional ou fisicamente com seus

parceiros ou filhos
As pessoas que se relacionam com eles pagam um alto nível emocional
custo
Se você encontrou uma pessoa cujos relacionamentos são caracterizados por essas experiências,
pelo bem de sua sanidade e bem-estar geral, evite-as. Se por outro lado, é você quem vivencia
isso, procure a ajuda psicológica necessária para melhorar. Não importa quão profundamente
enraizados sejam esses problemas, você pode melhorar seu comportamento e suas
experiências com a forma correta de terapia. O primeiro passo é reconhecer a situação como ela é,
reconhecer que você tem um problema e procurar ajuda imediatamente.
Para o resto de nós, lidar com pessoas que possuem as características que mencionei acima
nos deixa emocional e mentalmente esgotados. Às vezes, o efeito pode ser físico e, em casos
extremos, fatal. A doce vizinha cuja terrível experiência me levou a escrever este livro perdeu
tudo fisicamente. A sua casa, o seu negócio, as suas finanças, mas a sua perda foi
muito mais profunda e maior do que estas. Não tínhamos relação com o autor do ato, mas também
nos tornamos vítimas. Nossas perdas não foram tão monumentais quanto as dela, mas também
sofremos perdas. Para começar, perdemos nosso querido vizinho. Ela não morreu, mas nunca se
recuperou da experiência. Perdemos nossa capacidade de confiar em estranhos. Até mesmo
nossos relacionamentos pareciam exigir uma camada adicional de confiança para
prosperar.
O maior impacto da psicologia sombria em qualquer pessoa é que ela produz um

forte sentimento de perda. Perdemos nossos objetos de valor, perdemos relacionamentos,
nos perdemos [explicarei isso daqui a pouco] e para aqueles que são extremamente
infelizes, perdem a vida. Considerando tudo isto, é seguro dizer que o impacto desta escuridão
é profundo.
Segundo especialistas, se uma pessoa apresenta um dos traços sombrios de
personalidade, há uma tendência muito grande de que a pessoa exiba os outros.
Na sociedade em geral, se os membros mais vastos da sociedade exibirem estas
características, é seguro dizer que as taxas de perpetração de crimes nessa sociedade
seriam significativamente elevadas. Isso não quer dizer que as pessoas que vivem em
cidades ou países com crimes mais graves sejam mais inclinadas à criminalidade.
Existem outros fatores contribuintes a serem considerados. Mas a perspectiva também
não pode ser totalmente descartada.
Uma coisa que não pode ser descartada é o efeito cascata de ações
diretamente relacionadas ou como resultado de traços de personalidade obscuros.
Existem certos comportamentos destrutivos que também transformam as vítimas em
predadores e este ciclo continua no futuro, até que alguém crie coragem e dê um passo
ousado para se libertar. Crianças de lares abusivos, por exemplo, muitas vezes crescem e
se tornam abusadores. Em alguns casos, na sua tentativa de romper com o molde parental,
encontram-se presos em relações igualmente abusivas, mesmo que não sejam eles
próprios os abusadores. É quase como se eles tivessem uma atração
gravitacional muito forte em relação aos elementos violentos que caracterizaram o lar
de sua infância.
Para alguns outros, tornar-se vítima pode ter um impacto tão tremendo em sua
psique que faz com que algo dentro deles se rompa. Eu li isso, o "estalo" pode ser
temporário. Em um breve momento, eles perdem todo o controle sobre seus instintos
primitivos e agem puramente com base na emoção mais forte que surge, que geralmente é a
raiva. Essa condição é o que faz com que algumas pessoas aleguem insanidade temporária.
Mas há pessoas que abraçam as emoções sombrias que surgem quando elas “estalam”. Todo
senso de moralidade sai pela janela. As consequências disso geralmente são devastadoras.
EXEMPLOS DO DIA A DIA DE DIFERENTES

ASPECTOS DA PSICOLOGIA ESCURA
Tenho pavor dessa coisa escura que dorme em mim;
Durante todo o dia, sinto suas suaves reviravoltas emplumadas, sua malignidade
Sylvia Plath, Ariel
Quando você pensa em comportamento sombrio, você seria perdoado por pensar que
ele só se aplica a qualquer crime que o leve à primeira página dos diários ou se torne
um longa-metragem no canal policial. Na realidade, também inclui um grande
número de coisas que geralmente se tornaram socialmente aceitáveis, mesmo
que não toleremos pessoalmente tal comportamento. Testemunhamos estas ações nas
nossas casas, escolas, escritórios e, graças à tecnologia inovadora, agora
vemos isso na Internet. Para ajudá-lo a obter uma imagem mais clara e,
esperançosamente, uma compreensão mais profunda deste assunto e para lhe dizer
o quão próximas são essas ações, vou compartilhar com você algumas das histórias
de crimes mais sensacionais e as ações aparentemente inconseqüentes que levaram
a um final terrível.
ESTUDO DE CASO UM
Notícias: Assassinato Brutal de um Garoto de 14
Anos Características do Perpetrador: Controlador, Abusivo, Manipulador, Recluso
Canal: Jogos Online Esta foi
a trágica história de um garoto de uma casa bem fundamentada. Ele tinha
os mesmos privilégios de qualquer adolescente da mesma idade e grupo social.
Ele tinha uma mãe que o apoiava e um pai que se esforçava para sustentar.
Sua mãe tomou todos os cuidados necessários para proteger seu filho do mundo invasivo
da internet. Os jogos online eram apenas mais uma coisa que qualquer adolescente faria.
Contanto que ele não gastasse mais do que o tempo apropriado nisso, ele ficaria bem.
Mas o perpetrador, que era apenas 4 anos mais velho, tinha planos sinistros.
Ao manipular cuidadosamente sua jovem e impressionável vítima com mentiras, ele
enganou o menino para que o visitasse na casa onde cometeu o crime cruel. Foi
um dos casos mais perturbadores. Especialmente quando você
considere a idade da vítima e do agressor. No entanto, independentemente da sua idade,

o perpetrador exibiu todos os traços predatórios ligados à psicologia obscura e
extinguiu a vida apenas para afirmar o controlo.
ESTUDO DE CASO DOIS

Notícias: Pior Caso de Violência Doméstica
Características do perpetrador: fisicamente abusivo, manipulador, controlador
Canal: Relacionamento
O amor, de fato, é uma coisa linda. Quando você entra em um relacionamento
com alguém, você entra com a esperança de que essa pessoa ame e cuide de você.
Que vocês nutririam e protegeriam uns aos outros. Na linguagem moderna do amor, é
você e a pessoa contra o mundo. E de fato, começou assim neste relacionamento.
Uma mãe solteira que trabalhava duro para cuidar e sustentar seu filho conheceu esse
homem encantador que era basicamente o que ela sempre desejou em um homem.
Ele era charmoso, atencioso e parecia amar o filho dela tanto quanto
tanto quanto ele a amava. Para estar totalmente disponível para esta jovem família,
ele largou o emprego e se dedicou a cuidar dela até que sua verdadeira natureza sombria
emergiu. Usando seu amor pela família, ele a manipulou para que se isolasse das pessoas
mais próximas a ela. Ele orquestrou a perda de seu emprego, o que resultou na perda
de sua casa. Isso garantiu que ela dependesse inteiramente dele. Ele a transferiu para
seu próprio apartamento, onde ela era constantemente submetida a torturas ininterruptas,
que envolviam alguns dos tratamentos mais desumanos.
Sua cuidadosa manipulação da mulher foi tão eficaz que, quando ele lhe deu a
opção de como ela gostaria de ser morta, ela realmente refletiu sobre o assunto porque
sentiu que não tinha escolha e não merecia nada melhor.
O acaso e um ato de bravura de sua parte levaram ao resgate e ao encarceramento do
perpetrador.
ESTUDO DE CASO TRÊS

Notícias: Um proeminente Ministro de Deus acusado de molestar membros menores
de idade
Características do perpetrador: manipulador, controlador, egocêntrico
Canal: Religião
Existe uma relação sagrada entre os líderes religiosos e os seus

seguidores. O líder deve ser a bússola moral que orienta os seguidores no caminho
certo para conduzir suas vidas. Durante anos, independentemente da religião, os
líderes abusaram da sua posição de poder, optando, em vez disso, por representar a
referência bíblica ao proverbial papel de ovelha e pastor.
Exceto que, em vez de serem pastores, eles escolhem ser lobos.
Tendo estabelecido a sua autenticidade ao afirmar ter comunicação direta
com Deus, este líder religioso enganou os seus membros com a sua visão. Em algum
momento, ele se autoproclamou Deus e afirmou que tinha o mandato de dormir com 7
virgens que também eram menores. Mais tarde, ele foi levado ao tribunal e condenado
pelo crime.
Esses três casos aqui são sensacionais mas é para a lição que quero chamar a
atenção. Esses crimes não foram do tipo aleatório e impulsivo. Envolveu uma orquestração
cuidadosa que preparou as vítimas e as colocou naquele falso estado de confiança e
segurança antes de atacarem. Na verdade, a forma como os acontecimentos se
desenrolaram traz à mente o papel desempenhado entre um predador e a sua presa.
Primeiro, a vítima é perseguida e observada.
Então, com base nas informações obtidas durante o processo de observação, o predador
faz um movimento. Só que este movimento não é para atacar, mas para encantar suas
presas. Faça-os se sentirem amados e cuidados. É como se usassem uma máscara e
retratassem características que sabem que agradam às suas vítimas.
Gradualmente, a confiança é estabelecida. O próximo objetivo é fazer com que
suas presas dependam deles. Quer se trate de dependência financeira, dependência
emocional ou dependência espiritual, o resultado é o mesmo. Eles querem se sentir necessários.
Em seguida, eles isolam suas presas e depois atacam. Nunca é como aqueles crimes
que você suspeita ou vê acontecer a um quilômetro de distância. É como uma rotina
de música e dança que dá vantagem ao predador e deixa a vítima vulnerável. No
próximo capítulo, discutiremos o quão vulneráveis somos.
QUÃO VULNERÁVEIS SOMOS À PSICOLOGIA ESCURA?
“Compartilhar sua fraqueza é tornar-se vulnerável; Tornar-se

vulnerável é mostrar sua força.”
Criss Jami
Se examinarmos os estudos de caso usados para ilustrar os efeitos da escuridão

psicologia em nossa vida cotidiana, a questão da nossa vulnerabilidade vem à tona. Os
canais utilizados por estes perpetradores são um tanto inocentes e não exatamente o que
se classificaria como um precursor da destruição. Portanto, é seguro dizer que foram as
premissas em que as plataformas foram utilizadas que levaram ao terrível resultado final.
No primeiro caso, você tem um filho em uma sala de bate-papo de jogos para seus
colegas. Sua paixão pelo jogo o trouxe até lá, mas foi sua necessidade de se conectar
com amigos que informou suas decisões e foi essa necessidade que o predador atacou.
No segundo estudo de caso, mais uma vez, foi uma necessidade humana
básica de se conectar com alguém num nível íntimo que foi vítima e as emoções da
vítima foram manipuladas para alterar a sua realidade. Do amor, ela desceu para um estado
emocional de inutilidade e o perpetrador infligiu-lhe ainda mais danos por causa do
seu estado vulnerável. E no terceiro caso, as vítimas depositaram a sua fé na divindade
errada, embora as suas intenções fossem certas e muito humanas. O predador
apresentava-se como um elo vital com o que desejavam alcançar espiritualmente, e esse
desejo tornou-se a premissa para a sua destruição.
Outros casos que estudei seguem esse mesmo padrão. Os desejos e

necessidades emocionais das vítimas foram distorcidos e voltados contra elas.
Isto dá credibilidade à crença de que são as nossas necessidades e desejos que nos
tornam vulneráveis a estes predadores. Essa linha de pensamento significa que devemos
nos fechar emocionalmente? Vamos refletir mais sobre isso.
Fomos preparados para mostrar força, para não ceder e nunca
deixe qualquer um ver nossos medos. Isso ocorre porque fomos ensinados que ir
contrariamente a essas instruções resultaria em pessoas que o considerariam fraco.
e vulneráveis. Ironicamente, é exatamente isso que nos separa de outras criaturas que
também se tornaram a fonte de nossa força e fraqueza. E essa coisa é a nossa
humanidade. Somos vulneráveis simplesmente porque somos humanos. Os nossos
desejos, as nossas esperanças, as nossas aspirações, a nossa busca por viver uma vida
transcendente são algumas das coisas que nos tornam vulneráveis.
Mas no dia em que deixamos de possuir qualquer uma dessas coisas, deixamos de
ser humanos e quando deixamos de ser humanos, nos tornamos aquilo contra o qual tentamos
nos proteger. Quando paramos de acreditar, quando paramos de nos importar ou quando
deixamos de ser vulneráveis, nos tornamos indivíduos aparentemente sem alma, cuja
única missão é satisfazer seus desejos desenfreados com crueldade, independentemente de
quem seria ferido no processo. Dito isto, embora reconheçamos que a nossa humanidade
nos torna vulneráveis, não devemos esquecer que também podemos tirar força dela.
Isso me leva à necessidade biologicamente arraigada dos humanos de se

conectarem com outras pessoas. Reconheça que essa necessidade é uma necessidade
humana emocional saudável. Sem uma conexão com outro ser humano, deixamos de
funcionar adequadamente. Na verdade, li sobre um estudo em que cobaias foram
isoladas e estudadas. Curtos períodos de isolamento aumentaram os níveis de ansiedade
e afetaram a produtividade. Longos períodos de isolamento tiveram efeitos colaterais piores.
Os sujeitos ficaram deprimidos e ficaram meditando em pensamentos sombrios por longos
períodos de tempo.
A saúde mental deles não foi a única coisa que sofreu. Fisicamente,
seus padrões de sono e alimentação mudaram. Eles perderam a noção do tempo e
gradualmente perderam o controle da realidade. Eles começaram a experimentar paranóia
precoce. A conclusão foi que precisamos de contato com outros humanos para prosperar.
Esta necessidade de nos conectarmos com outras pessoas nos torna vulneráveis
porque as pessoas têm agendas diferentes para estabelecer conexões com outras pessoas.
Alguns procuram genuinamente construir boas relações, outros apenas querem usar as
pessoas nas suas vidas para obter algum outro objectivo ou meta, como riqueza ou
influência. Para alguns outros, as suas intenções são ainda mais sinistras. O segredo para
navegar neste labirinto da agenda humana é o conhecimento.
Houve um tempo em que o ditado “a ignorância é uma bênção” era elogiado em
muitos círculos como um mantra para colocar ênfase no peso da responsabilidade que vem
com o conhecimento. Posso assegurar-lhe que o preço que você paga pela ignorância
é muito maior do que o fardo que o conhecimento traz. E se você quiser vencer esta guerra
mental contra as influências sedutoras das trevas
psicologia, você precisa de sabedoria e da aplicação correta do conhecimento

no que faz. Desistir de ter sentimentos pode parecer a solução ideal, mas há
casos registrados em que o tiro saiu pela culatra e resultou em perdas ainda
maiores. A escolha de ser desconfiado e tornar-se recluso tornou as vítimas
ainda mais vulneráveis e suscetíveis a um ataque predatório cruel.
Portanto, em vez de impedir oportunidades de construir relacionamentos

com outras pessoas, você deve permanecer aberto, mas ser cauteloso no que
diz respeito às suas necessidades e sentimentos. Também estou ciente de casos
em que as necessidades emocionais da vítima dominaram o seu pensamento
racional. E foi isso que os colocou em perigo. Nossos sentimentos podem atuar como
um sistema de navegação que o orienta em direção às suas necessidades e há
certos sentimentos que na verdade atuam como suas defesas biológicas contra
ameaças como as de que falamos. E à medida que explorarmos o assunto
detalhadamente, você entenderá quais são esses sentimentos; bem como como
treinar para reconhecer essas emoções. Até então, se você está tirando
alguma coisa deste capítulo, deve ser o conhecimento de que sim, você
está vulnerável. Mas, ao reconhecer e abraçar essas vulnerabilidades,
você pode transformar suas maiores fraquezas em sua maior força.
PARTE DOIS:
ANÁLISE DA PSICOLOGIA ESCURA
MANIPULAÇÃO
“A manipulação alimentada com boas intenções pode ser uma bênção.

Mas quando usado de forma perversa, é o início da calamidade cármica de um
mago.”
TF Hodge
Em termos simples, manipular alguém é controlar ou influenciar essa pessoa de

forma inteligente ou inescrupulosa. Goste ou não, todos nós manipulamos uma pessoa ou
situação para obter um resultado desejável. Parece sombrio, mas deixe-me aliviar o
clima com uma história da minha infância travessa.
Quando criança, eu tinha o hábito de adoecer convenientemente quando não
queria ir à escola. Inicialmente, meus pais me bajulavam sempre que isso acontecia. Depois
de duas idas de emergência à clínica, minha mãe suspeitou de minhas travessuras. Nas vezes
seguintes, não fui levado à clínica, mas tive permissão para ficar em casa. Durante um dos
meus episódios de barriga, meus amigos me ligaram entusiasmados para informar que um
ator local estava vindo à escola para uma visita. Corri até minha mãe implorando para
ser levada de volta à escola, esquecendo que estava com “uma dor de barriga
insuportável”. Minha mãe me disse que não iria correr nenhum risco e que eu deveria ficar
onde estava. Nenhuma quantidade de súplica ou súplica poderia fazê-la mudar de ideia.
Nem mesmo depois de admitir que fingia ter dores de estômago. Quando cheguei à escola
no dia seguinte, fiquei verde de inveja quando meus amigos me mostraram todas as coisas
legais que o senhor ator trouxe para eles. Basta dizer que nunca fingi estar doente para
sair da escola.
Esta história é apenas uma entre muitas quando se trata das coisas que fazemos
para manipular uma situação. Ainda conheço muitos adultos que fingem um resfriado para
tirar um dia de folga do trabalho. Isso não é totalmente ruim, não é? Às vezes, fomos
manipulados para fazer escolhas que são benéficas para nós. Um amigo lhe dá um belo
par de tênis de corrida e uma assinatura de um mês para uma academia local, e você
sabe que ele quer que você avance no departamento de fitness. Sempre
apareceu em um almoço com um amigo apenas para um encontro em potencial e

uma emergência repentina (para seu amigo, é claro) aparecer? Eu estive lá.
Curiosamente, quando nos sentimos ameaçados, uma das técnicas que
empregamos para sair dessa situação desagradável, se a força bruta não for uma
opção, também é a manipulação.
Ou seja, a arte da manipulação faz parte da nossa natureza. No entanto,
quando se trata de manipulação psicológica, as coisas ficam mais sombrias e
sinistras. Nesta situação, as ações ou pensamentos de uma pessoa são influenciados
pelo uso de táticas dissimuladas que são abusivas, enganosas ou mesmo ambas.
Neste contexto, a pessoa que está sendo manipulada não tem a opção de aceitar
ou rejeitar a vontade do manipulador. Eles são simplesmente coagidos a obedecer.
Os manipuladores têm suas razões para fazer o que fazem. Às vezes,

é algo tão básico quanto obter ganhos financeiros, como o soldado fictício que
enganou minha vizinha com todas as economias de sua vida. No local de
trabalho, estas pessoas estão empenhadas em promover a sua própria agenda
pessoal, mesmo que isso signifique bater algumas cabeças umas nas outras. O
princípio deles é muito simples; se você quiser, você tem que estender
a mão e pegá-lo. Nos relacionamentos, geralmente trata-se de obter poder e
permanecer no controle. A necessidade de estar no comando alimenta tudo o que
fazem e, às vezes, eles podem ir a extremos para conseguir isso. E então você tem
quem adora manipular as pessoas para fins recreativos. Eles estão simplesmente
entediados e usam seus jogos manipulativos para passar o tempo. É grosseiro e
cruel, mas é assim que eles pensam.
Uma das táticas mais comuns empregadas pelos manipuladores é a mentira.
Um mestre manipulador é hábil na arte do engano. Eles são adeptos de inventar
grandes histórias que não têm nenhuma relação real com a verdade. Ou recorrem
ao subterfúgio e mentem por omissão. Algumas pessoas são tão boas em mentir que
você quase nunca percebe a mentira até que seja tarde demais. Outra tática
empregada pelos manipuladores é a culpa e a vergonha. Quando confrontados por
algo que fizeram de errado, eles negariam instantaneamente e então imediatamente
virariam a situação, fazendo você se sentir mal por questioná-los em primeiro
lugar. Para reforçar ainda mais o seu domínio sobre as vítimas, eles difamam-nas,
transformando assim efectivamente a vítima no agressor. Você encontraria esse
tipo de técnica de manipulação em casos domésticos onde o agressor
alegaria que o caráter, as palavras ou a ação da vítima foram o que motivou seu
próprio comportamento em primeiro lugar.
Outras técnicas sutis utilizadas na manipulação incluem o uso de
respostas evasivas e não comprometedoras às perguntas feitas. Racionalizar ações
caso sejam capturadas e distorcer a realidade para corresponder à sua narrativa.
Alguns manipuladores empregam o sexo e a sedução para atingir seus
objetivos tortuosos. Quando pegos com as mãos no proverbial pote de biscoitos, a
raiva e a projeção de culpa são rapidamente usadas para manipular a situação a
seu favor.
No entanto, os manipuladores nem sempre são aleatórios na seleção das
presas. Existem características específicas nas suas vítimas que as atraem, e
certas vulnerabilidades também tornam mais fácil para o manipulador perpetrar
os seus crimes. Pessoas solitárias com baixa auto-estima e vontade de agradar são
mais fáceis de controlar do que o tipo social assertivo. Porém, há pessoas que
apresentam características semelhantes a estas que acabam sendo manipuladas
também. Para essas pessoas, os manipuladores estudam suas falhas e fraquezas
de personalidade antes de usá-las contra elas. Pessoas impressionáveis tendem
a ser enganadas pelas aparências. Indivíduos impetuosos que tendem a tomar
decisões compulsivas têm maior probabilidade de serem manipulados para tomar
decisões precipitadas que têm impacto a longo prazo. Pessoas
gananciosas e materialistas têm maior tendência a serem enganadas.
DECEPÇÃO
“Só porque algo não é mentira, não significa que não seja enganoso.
Um mentiroso sabe que é um mentiroso. Mas aquele que fala meras porções da verdade
para enganar é um artesão de destruição.”
Criss Jami
O engano é definido como o ato de esconder a verdade, especialmente para obter

uma vantagem. Isso pode parecer manipulação, mas há uma diferença distinta. O
engano é frequentemente empregado no ato de manipulação e é uma das muitas
camadas de um esquema de manipuladores. O objetivo do engano é enganar e enganar
a outra parte. Embora a manipulação seja muito mais profunda do que isso, ela não
nega os efeitos adversos do engano. Uma mentira pode levar muito tempo até ser
descoberta, mas quando o é, os danos e a destruição que deixa atrás de si podem ser
devastadores.
Conheço a história de um homem que estava casado há mais de 25 anos.
Esse casamento gerou três filhos com idades entre 11 e 17 anos. Tudo foi bom para a
família. As crianças frequentavam as melhores escolas, desfrutavam dos luxos da vida
graças à riqueza obtida ao longo de anos de muito esforço e resiliência por parte do
homem. Ele estragou seus filhos garantindo que ele fornecesse tudo o que eles
precisavam. E quem poderia culpá-lo? Durante os primeiros 7 anos de casamento, o casal
não conseguiu conceber. Procuraram a ajuda de especialistas, espíritas e até tentaram
algumas práticas pouco ortodoxas, mas sem sucesso. Num momento do casamento,
quando as coisas estavam em baixa, sua esposa engravidou. Ele ficou muito feliz. Quando
o casal acrescentou mais dois filhos à família, parecia que as coisas não poderiam
melhorar, mas melhoraram.
Sua riqueza cresceu exponencialmente e o momento foi perfeito. Um dia,

o casal recebeu uma ligação informando que o filho mais velho estava envolvido
em um acidente. Foi necessária uma operação de salvamento que envolveu a doação de
um órgão. No processo de doar seu órgão para salvar seu filho, ele descobriu o terrível
segredo que sua esposa guardou por muitos anos. A criança não era dele. Na verdade,
nenhum dos filhos era dele. Quebrantado, magoado e envergonhado, ele tirou a própria
vida, mas não sem cortar a riqueza da esposa e dos filhos.
Este engano começou como uma mentira para uma pessoa, mas no final das contas, 5
pessoas (incluindo o enganador) foram afetadas por ele. Sem falar na dor que seria vivenciada
por familiares, amigos e colegas.
Noutra situação, uma jovem empresa start-up recrutou os serviços de um contabilista
para tratar dos seus assuntos financeiros. O dono da startup rapidamente gostou desse jovem
contador. Era uma relação estritamente comercial, mas também havia um sentimento de
amizade. À medida que a empresa cresceu e expandiu suas operações, o empresário
passou a maior parte das responsabilidades administrativas para o contador. Ele
provou ser competente e recebeu ainda mais responsabilidades. Essas responsabilidades
trouxeram muitas vantagens e benefícios e, por um tempo, as coisas pareciam boas.
Mas quando uma transação falhada levou a uma rápida verificação dos registos da
empresa, o proprietário não estava preparado para a revelação que se seguiu. Ao longo dos
anos, ele e sua empresa foram sistematicamente roubados a ponto de as contas da empresa
ficarem no vermelho. O contador fugiu e ele foi deixado para limpar. Em poucos meses, a
empresa faliu. 43 pessoas perderam o emprego, o empresário perdeu todo o seu investimento
e a sua capacidade de
confiar.
O aspecto grosseiro do engano é que ele se baseia na própria emoção que

é essencial para o relacionamento humano: a confiança. Para que um ato de engano
funcione, é necessário estabelecer uma forma de relacionamento entre o enganador e a vítima.
Quanto maior a confiança, maior a traição. E quando há uma traição profunda, o impacto
destrutivo muitas vezes ultrapassa os dois indivíduos envolvidos.
No entanto, o engano nem sempre é algo feito aos outros.

Às vezes, são as mentiras que contamos a nós mesmos. Justificamos certas ações com as
mentiras profundas que contamos a nós mesmos. Assim como a manipulação,
mentir também é algo que todo mundo faz. Alguns de nós talvez tenhamos desenvolvido
certos princípios morais que tornam difícil contar mentiras descaradas ou associar-nos com
pessoas que o fazem. Mas isso não nos impede de contar mentiras, mesmo que sejam
“pequenas” mentiras. Saber a resposta a uma pergunta, mas optar por negar o conhecimento
dela numa tentativa de preservar a graça social de alguém, é uma mentira.
Deixe-me explicar, digamos que você testemunhou seu chefe jogando o
projeto do seu colega [algo pelo qual eles trabalharam muito] no lixo e você ouviu enquanto eles
conversavam extensivamente sobre o quão horrível ele ou ela acha a ideia. Você cantarola e
presunto e depois sai do escritório apenas para ser
confrontado pelo referido colega que pergunta a opinião do chefe sobre o projeto.
Dizer a verdade neste caso faria mais mal do que bem.
E então, você mente. Sua intenção de enganar seu colega era por conta própria.
Na psicologia obscura, a intenção de enganar apresenta mais benefícios
para o enganador do que para a vítima. Como mencionado anteriormente, os
manipuladores usam o engano para fortalecer o seu domínio sobre as suas vítimas.
Para os enganadores, o engano dá-lhes uma oportunidade para desenvolver um
relacionamento com a vítima. O objetivo é explorar esse relacionamento em benefício
próprio. Uma das formas mais recentes de engano empregadas hoje é o afeto enganoso.
Pessoas que afirmam sentir mais amor ou emoção por você do que realmente sentem.
Não há muitas coisas que possamos usar para descrever a sensação de ouvir
que alguém te ama. Isto é especialmente gratificante para as pessoas que ansiaram
por esta experiência. O enganador obtém os benefícios de declarar esse
falso afeto na forma de confiança, sexo e às vezes dinheiro.
HIPNOSE
“O ditador científico de amanhã instalará as suas máquinas de sussurrar e os seus
projetores subliminares nas escolas e nos hospitais (as
crianças e os doentes são altamente sugestionáveis)
e em todos os locais públicos onde possam ser dadas audiências
num abrandamento preliminar da sugestionabilidade
– aumentando a oratória ou rituais”
Aldous Huxley
Era uma vez, a ideia da hipnose foi relegada ao mundo da

fazer crença. Que a mente de uma pessoa possa ser controlada pelo balanço de um
objeto e pelo estalar de dedos era considerado uma ideia incrédula. Meu primeiro
encontro com a hipnose foi em um show de mágica. O mágico chamou um membro
da plateia ao palco e depois colocou “ela para baixo”. Nesse estado, ela fez algumas
coisas estranhas que tenho certeza que ela ficaria mortificada demais para fazer em
seu juízo perfeito. Quando ele a tirou dessa situação, ela não tinha ideia do que
havia acontecido nos últimos 2 minutos. Reconhecer que alguém poderia ter
tanto poder sobre você e levá-lo a fazer coisas que normalmente não faria é
assustador. Então, entendo por que optamos por negá-lo.
No entanto, nenhuma negação pode mudar o fato de que a hipnose é

real e está sendo usado com muito mais frequência do que gostaríamos de
admitir. Na psicologia moderna de hoje, a hipnoterapia tem sido eficaz no
tratamento de certas doenças da pele e também é usada no tratamento da dor
associada ao parto, procedimentos odontológicos e até mesmo na artrite
reumatóide. Embora a hipnose certamente não seja o tipo de movimento comum do
tipo "tapinha na bochecha e faça o que eu digo", certas pessoas são mais suscetíveis
à hipnose do que outras. Mas não vamos nos precipitar.
A hipnose é psicologia descrita como uma interação cooperativa na qual
os participantes respondem às sugestões do hipnotizador. Ou seja, quando uma
pessoa é hipnotizada, suas ações são fortemente guiadas pelo hipnotizador. Nos
filmes, somos levados a acreditar que uma pessoa sob hipnose fica sonolenta
e desorientada. Na realidade, as pessoas reagem de maneira diferente sob hipnose,
mas não ficam tão incapacitadas quanto parecem. Na verdade,
os psicólogos referem-se a isso como um estado de hiperconsciência. Nesse estado, eles

experimentam atenção concentrada, maior sugestionabilidade e fantasias vívidas.
As pessoas são levadas a esse estado com o uso da visualização e da repetição verbal.
Isso nos diz que nem todos podem ser hipnotizados [claramente, você precisa
possuir uma grande capacidade de visualizar as coisas]. Um artigo que li coloca a
porcentagem de pessoas [adultos] que não podem ser hipnotizadas em 10%. Isso deixa
cerca de 90% de nós suscetíveis, o que é chocante, considerando o quanto muitos de nós
nos sentimos fortemente em relação ao hipnotismo. Suspeito que alguns dos sentimentos negativos
que temos sobre o hipnotismo se devem a crenças erradas sobre ele.
Aqui estão alguns dos equívocos mais comuns que temos:
1. O hipnotismo coloca você sob o controle total do seu hipnotizador Nos filmes, somos
levados a acreditar que uma pessoa que está deprimida teria suas ações controladas pelo
hipnotizador. Na realidade, isso não é verdade.
Embora a hipnose dependa muito de sugestões, se sua mente não concordar com essas
sugestões, você a rejeitará completamente. Então não.
Você não estará rastejando de quatro e mugindo como uma vaca... a não ser que você queira.
2. Você pode não conseguir sair da hipnose A mente é mais

complexa do que imaginamos. Os mesmos mecanismos de autoproteção que tornam
quase impossível para seus hipnotizadores controlarem suas ações também o mantêm alerta e,
se houver algum perigo imediato, você pode sair dele a qualquer momento.
3. A hipnose é algum tipo de magia negra ou evento espiritual. Desculpe

desapontá-lo, mas isso é pura ciência. Baseia-se no trabalho de pesquisa de psicólogos
renomados como Sigmund Freud. Existe um método e um processo para isso e nada disso
requer bonecos de madeira e velas vermelhas. Tudo o que é necessário é o seu consentimento.
4. Você pode ser hipnotizado contra a
sua vontade Mais uma vez, temos que agradecer a
Hollywood por esse tipo de pensamento. Um homem entra no palco e hipnotiza uma multidão
inteira e faz com que eles cumpram suas ordens?
Dado o que sabemos agora, não é provável. Como eu disse, eles precisam do seu consentimento.
5. A hipnose pode melhorar suas habilidades Isso
é um tanto verdadeiro e falso. Depende do que você está olhando.
A hipnose pode melhorar a sua memória, mas também pode lhe dar falsas
memórias ou distorcer essa mesma memória também. Portanto, os resultados não

são tão bons quanto você esperava. Também tem sido associado à melhoria do
desempenho, mas não espera correr a maratona de 5 km durante a noite.
Agora que analisamos objetivamente a hipnose ou o que ela é, posso
agora lhe digo que nas mãos de um psicopata ou de uma pessoa com
intenções obscuras, a hipnose também pode ser perigosa. A hipnose nem
sempre envolve você entrar em um estado de transe para ser eficaz. Os
elementos-chave da hipnose são o poder da sugestão e o uso repetitivo de palavras
que ressoam profundamente na vítima. Os políticos, por exemplo, exploram
isto nas suas campanhas. Eles usam palavras como mudar, fazer a diferença
e assim por diante. Essas palavras desencadeiam uma busca mais profunda dentro
de nós mesmos e, subconscientemente, nos encontramos desejando essa mudança.
Você tem situações em que parece que uma pessoa está
completamente encantada com outra. Algumas sugestões dessa pessoa e a
vítima correm para cumprir suas ordens. Em livros, artigos e até mesmo em
situações da vida real, você ouviria ou leria a descrição das pessoas de um
relacionamento específico como "estar enfeitiçado". Este é o poder da hipnose.
Esta hipnose aqui não se refere ao tipo conduzido no divã do psiquiatra.
Isto é mais íntimo e o efeito resultante pode ser igualmente devastador.
Os pais abandonaram seus filhos, entregando toda a sua riqueza a um
completo estranho por causa disso.
COMPORTAMENTO PROBLEMÁTICO
“O progresso tecnológico é como um machado nas mãos de um criminoso patológico”
Albert Einstein
O tema do comportamento criminoso não é o foco deste livro, mas é

não pode ser negligenciado porque constitui um aspecto da psicologia obscura.
Criadores de perfis, criminologistas e agências de aplicação da lei beneficiam-se imensamente
do estudo do comportamento criminoso. Em psicologia, o termo comportamento
criminoso não é frequentemente utilizado porque é consenso geral que o crime é um
comportamento, mas o envolvimento no crime não significa necessariamente que alguém
seja um criminoso. É claro que há muito debate sobre este tipo de pensamento, mas
deveríamos deixar isso para os especialistas. Nosso foco aqui está nos elementos que levam
uma pessoa a cometer um crime.
Especificamente, quero que exploremos por que as pessoas empregam o uso de dark
psicologia para machucar os outros. Essa dor pode ser física ou emocional.
Mas antes de prosseguirmos nisso, devo chamar sua atenção para algo importante
aqui.
Certas pessoas fazem coisas simplesmente porque podem. Não porque tenham sido
impulsionados por alguma mágoa de infância, pela necessidade de se vingar de uma ofensa
que você pode ou não ter cometido. Eles fazem isso simplesmente porque podem. Como
humanos, é da nossa natureza tentar entender o porquê. Queremos dar sentido à nossa
situação, em vez de acreditar que somos apenas vítimas de atos aleatórios. Mas também
devemos estar preparados para aceitar que, por vezes, a situação é exactamente o que
parece. Uma pessoa movida por seu desejo pessoal de machucar os outros. Se você
comprou este livro buscando respostas para perguntas como essa, você também deveria
se abrir para a possibilidade de que essa pessoa fosse simplesmente má.
Para que uma pessoa cometa um determinado tipo de crime, geralmente existem
certas características que ela apresenta que indicam que essa pessoa pode ser capaz disso.
Isso vai além de julgar um livro pela capa, porque criminosos prolíficos costumam ser
mestres em disfarces. Eles encantam você antes de desarmá-lo. Em nossas vidas cotidianas,
essas pessoas se mascaram como um de nós, fingindo que querem o melhor para você.
Dado o que agora
sabemos sobre manipulação, engano e hipnose, sabemos que os predadores nem

sempre são estranhos. Então, como você pode identificar as coisas que o ajudam a fazer
melhores escolhas no relacionamento com as pessoas? Neste capítulo, abordarei 4
características. À medida que nos aprofundamos, exploraremos essas características
com mais detalhes.
1. A Família e os Amigos Você

conhece aquele ditado, mostre-me seus amigos e eu lhe direi quem você é? Além de você
mesmo, examine os círculos em que essa pessoa pertence. Ela vem de uma família muito
unida? Como é o relacionamento deles com a família? Você conheceu os amigos deles?
Se essa pessoa não tiver nenhum amigo, pode ser um sinal de alerta. 2. História Gostamos
da ideia de
uma pessoa
ser completamente reformada e, com toda a franqueza, isso acontece. No entanto, você
não deve ignorar o fato de que uma pessoa com um histórico ruim tem maior tendência
de se tornar reincidente. Se a pessoa foi abusiva no relacionamento anterior, existe a
possibilidade de que ela aja da mesma forma com você. Não, a menos que tenham sido
submetidos ou estejam ativamente em tratamento. 3. Problemas de controle Pessoas que
não têm a capacidade de se controlar
em situações que as provocam
têm propensão a infligir danos aos outros. Da mesma forma, as pessoas que têm
problemas em abrir mão do controle têm a capacidade de atacar e atacar a vítima mais
próxima quando o perdem e essa pessoa pode ser você.
4. Valores antissociais
Em ambientes sociais, monitore suas interações com outras pessoas. Pessoas que
geralmente não são apreciadas por todos são sinais de alerta. Eles não precisam ser
apreciados por todos, mas se a pessoa geralmente for desagradável, rude e pobre em
se relacionar com as pessoas, você pode ter um problema nas mãos.
5. Abuso de substâncias
A dependência de qualquer forma de droga ou álcool é um indicador claro de que esta
pessoa está lutando com certos problemas. O abuso de substâncias anula a sua
capacidade de raciocinar adequadamente e de tomar decisões acertadas. Uma pessoa
que abusa de drogas ou álcool pode não estar em posição de tratar o seu relacionamento
como uma prioridade em sua vida. E a menos que eles tenham uma maneira de apoiar isso
estilo de vida, você pode acabar pagando por isso direta ou indiretamente. Isso pode levar
a anos de abuso e negligência.
Estes são apenas indicadores de elementos criminosos nas pessoas com quem
nos relacionamos. Como acontece com todas as coisas humanas, existem exceções e variáveis.
Mas o maior erro que você pode cometer é ver indicadores definidos e depois apenas
racionalizá-los. Temos a tendência de dar desculpas aos outros. A primeira coisa que
dizemos rapidamente a nós mesmos é que ninguém é perfeito. Mas essa ideologia pode
rapidamente levar-nos a águas quentes. Eduque-se, esteja atento e tome decisões
informadas. Isso não garante que você será capaz de evitar que esses tipos machuquem
e tirem vantagem de você. Mas você é capaz de se proteger deles 100% melhor do que se
estivesse agindo por ignorância.
Alguns de nós estamos inerentemente programados para querer consertar as

pessoas em nossas vidas. Vemos alguém que está obviamente quebrado e pensamos que
se o amarmos o suficiente, podemos trazê-lo de volta da beira de qualquer precipício em que
esteja e começar nossa jornada para um feliz para sempre. A partir de minhas experiências
pessoais, bem como da experiência compartilhada de outras pessoas, posso dizer com
segurança que é altamente improvável que isso funcione. O melhor cenário é que você
fique quebrado e passe a maior parte de sua vida se curando daquilo que poderia facilmente
ter abandonado antes.
PSICOLOGIA REVERSA
“Às vezes, eu afasto você… porque
secretamente espero que você me puxe para mais perto.”
Desconhecido
A psicologia reversa é uma forma mais refinada de manipulação.

Tecnicamente, é definida como uma técnica que envolve a afirmação de uma crença ou comportamento
oposto ao desejado, com a expectativa de que essa abordagem encoraje o sujeito da persuasão
a fazer o que realmente é desejado. A principal diferença entre a psicologia reversa e a
manipulação é que a pessoa que está sendo manipulada recebe uma ilusão de escolha. Eles
são levados a acreditar que estão realmente escolhendo fazer o que querem, mas, na
realidade, foram sutilmente coagidos a fazer exatamente o que o manipulador deseja. Muito legal
quando você pensa sobre o processo de pensamento necessário para fazer isso até que você se
encontre no mesmo lugar da vítima.
A psicologia reversa é uma técnica geralmente empregada pelos pais na criação dos
filhos. Funciona bem com crianças consideradas “resistentes” à autoridade. Superficialmente, isso
parece inocente, sem nenhum dano óbvio à criança ou à sua psique, mas também sabe-se que o tiro
sai pela culatra. No nosso dia a dia, utilizamos a psicologia reversa nas relações com os outros e nem
sempre ela nasce de más intenções. Deixe-me dar um exemplo usando um organizador de casamentos
e seu cliente.
Digamos que este cliente esteja muito determinado na escolha da cor que deseja usar
no dia do casamento. Nada de errado com isso, exceto que as cores em questão parecem
completamente berrantes e estranhas, especialmente quando comparadas com o local exótico
para o casamento e os convidados de prestígio. Obviamente, o organizador do casamento não pode
dizer ao cliente que suas escolhas de cores são muito ruins. Em vez disso, o que ele faz é
concordar com o cliente e depois contar educadamente uma história que sugere que um convidado
muito importante [que também foi convidado para este casamento] destruiu um evento anterior
por causa de uma cor semelhante, mas rapidamente acrescenta que tem certeza eles podem fazer
isso de alguma forma.
Isso dá ao cliente uma pausa. Eles repensam suas escolhas e pronto, o planejador consegue o
que deseja em primeiro lugar.
Os profissionais de marketing também empregam essa técnica para

vender seus produtos aos consumidores. Eles concordam com o seu mercado
consumidor sobre certas decisões e, ao reconhecerem o seu acordo, são capazes
de convencer os seus clientes a comprarem os seus serviços. Mas os pais e
empresários não são os únicos culpados de usar a psicologia reversa.
Também usamos essa técnica no namoro. A maioria dos especialistas em
relacionamento diria que estamos condicionados a querer o que não podemos ter.
Então, para fazer uma pessoa gostar mais de você ou te querer mais, você se torna
indisponível para ela. É realmente um paradoxo. Tal como acontece com
todas as formas de psicologia reversa, o tiro também pode sair pela culatra. Jogar duro
pode apelar aos instintos de caça de um homem, mas a menos que você planeje
ser esquivo para sempre, terá que parar de “correr”. Quando você para, o
caçador recua e você fica num impasse.
PARTE 3
ÁREAS-CHAVE EM NOSSAS VIDAS QUE NOS FAZEM

VULNERÁVEL À PSICOLOGIA ESCURA
AMOR E RELACIONAMENTOS
Aqueles que vão em busca do amor apenas manifestam a sua própria falta de amor.
E os sem amor nunca encontram o amor.
Somente os amorosos encontram o amor.
E eles nunca precisam procurá-lo, DH

Lawrence
Agora que descobrimos a parte horrível da psicologia sombria

a propósito, vamos trazer as coisas para mais perto de casa. Porque, vamos encarar isso.
Você leu tudo isso e provavelmente pensou: ei, isso não se aplica a mim; Eu nunca poderei
estar nessa situação. É verdade que as chances de as coisas ficarem tão horríveis são
mínimas. Mas nunca cometa o erro de presumir que você é imune aos poderes da psicologia
sombria. Sua influência está muito mais próxima de você do que você imagina. O lugar mais
comum onde os elementos da psicologia sombria se manifestam é em nossos
relacionamentos amorosos com nosso outro significativo.
O amor é uma linguagem universal. É uma emoção primordial que todos desejamos
instintivamente. Como humanos, fomos projetados para o amor. Queremos amar e nos sentir
amados. Ninguém é tão feliz quanto um homem ou uma mulher que está apaixonado e sabe
que também é amado. Algumas pessoas acasalam para fins de procriação.
Algumas pessoas acasalam para negar a pressão social. Alguns até acasalam para promover
a aliança entre famílias poderosas. Mas, a principal razão para os relacionamentos, também
conhecido como conseguir um companheiro, é o amor. Dito isto, é fácil que as coisas se
degradem a ponto de o amor ser usado como moeda de troca por mais poder sobre outro
indivíduo. E é aqui que entram em ação elementos da psicologia sombria.
Você já ouviu falar do ditado “use o que você tem para conseguir o que
deseja”. No mundo dos negócios, esse tipo de pensamento acompanha o terreno.
Mas nos relacionamentos isso se chama manipulação. Vamos explorar este exemplo.
Uma mulher sabe que seu parceiro a acha sexualmente atraente e irresistível.
Talvez ela desejasse algo dele há muito tempo, mas não conseguiu obter sua disposição
em obedecer, apesar das longas conversas que eles tiveram sobre isso. Digamos que
o que ela sempre quis dele foi sua contribuição física nas tarefas domésticas.
Sua postura obstinada a leva a encontrar uma maneira de fazer com que seu
parceiro se torne complacente. Ela tem que fazer isso sem ir até ele e dizer algo como
“aspirar a sala ou então não haverá sexo esta noite”. Embora se saiba que isso acontece
em certos lares, certamente o tiro sairia pela culatra, especialmente se você estiver
lidando com pessoas que têm uma aversão natural a receber instruções de outras
pessoas, não importa quão bem elas sejam formuladas. Então, em vez disso, ela espera
seu tempo. Quando ela o encontra no meio de uma tarefa aleatória, ela se lança sobre
ele. Dando-lhe elogios doces e dizendo coisas como ela o acha tão [ênfase no “s”]
atraente quando ele está fazendo [o que quer que ela o encontre fazendo] e então ela
satisfaz seu desejo sexual por ela.
O impacto desta tática é ainda maior se ele normalmente tiver que “trabalhar” para
deixá-la tão excitada. Se ela fizer isso de forma consistente, ele inconscientemente
receberá a mensagem de que fazer as tarefas domésticas pode significar que ele terá
um bom sexo mais tarde. Com o tempo, ele se torna programado para fazer as
tarefas que naturalmente teria se recusado a fazer por causa da motivação sexual que
seu parceiro oferece.
Este cenário é aparentemente inofensivo. Mas se você observar de perto, escuro
psicologia foi usada aqui. O cara foi manipulado para fazer coisas, embora de boa
vontade, para seu parceiro apenas por sexo. Ela entendeu a fraqueza dele e usou
isso com sua força para conseguir o que queria. O bom é que nesse caso todo mundo vai
embora feliz. Porque a mulher obtém do seu parceiro a contribuição valiosa que necessita
e o homem obtém o sexo que deseja com a mulher que deseja. Mas as coisas nem
sempre são mutuamente benéficas quando a psicologia obscura está envolvida.
Isso pode ficar muito sombrio para a vítima. Vejamos este outro casal.
Eu chamaria esse novo casal de Dave e Maya. Dave e Maya têm personalidades
muito contrastantes. Dave é um amigo de casa e Maya é uma pessoa extrovertida
e vivaz com muitos amigos. Superficialmente, parece que a diferença de
personalidades se complementava perfeitamente. Isso foi até Dave sentir a
necessidade de exercer mais controle sobre Maya. Mas ele sabe (provavelmente
porque já tentou) que não pode usar a força total para conseguir o que deseja.
Então, ele começa uma campanha para colocar Maya sob seu controle. Ele
começa criticando pequenos detalhes sobre ela, como sua escolha de
roupas, maquiagem, cabelo e até faz comentários sarcásticos sobre seu peso
sob o pretexto de amor, é claro.
Isso começa a afetar sua confiança e quando ela menciona seus amigos, ele usa
incidentes frágeis para ilustrar e respaldar sua teoria sobre alguma
rivalidade fictícia entre eles [coisas como eles têm ciúmes de você geralmente
funcionam]. Essas pequenas sementes de dúvidas crescem e florescem em uma
cunha que separa Maya e seus amigos ainda mais. Sem amigos e com
problemas de baixa estima graças à sua recém-descoberta baixa confiança, ela
sente que Dave é a única pessoa que realmente se preocupa com ela e a aceita
como ela é. Isso a leva a querer fazer tudo o que puder para agradar Dave,
colocando-a exatamente onde ele quer que ela esteja... sob seu controle e
totalmente sob seu controle.
Nos dois casos que usei como ilustração, vemos casos em que
relacionamentos que deveriam ser sobre as duas pessoas envolvidas
tornam-se um canal para satisfazer os desejos de um parceiro através da
manipulação e do engano. Ambas as relações começaram com boas intenções e
enquanto o resultado final da primeira se revelou uma situação satisfatória para
ambas as partes, na história posterior o inverso é o caso. A semelhança aqui é que
todas as vítimas fizeram o que fizeram devido aos sentimentos pelos seus
parceiros. Portanto, continua dizendo que nossos desejos de sermos amados podem nos deixar vu
Pode ser manipulado e explorado para ganhos de terceiros.
FÉ CEGA E CRENÇAS RELIGIOSAS
“Se buscarmos consolo nas prisões do passado distante A

segurança nos sistemas humanos, dizem-nos, sempre, sempre durará As
emoções são a vela e a fé cega é o mastro Sem o sopro
da verdadeira liberdade, não chegaremos a lugar nenhum rapidamente.”
Picada
Vou apenas lançar isso e dizer que a fé cega não

não se referem apenas à crença em um Deus supremo ou divindade superior.
Algumas pessoas escolheram acreditar na ciência. Independentemente da fé que você
pratica, há um fato de que nossa fé às vezes cria um ponto cego que distorce a realidade,
fazendo-nos tomar decisões que provavelmente não tomaríamos se estivéssemos em
nosso estado mental correto e adequado. Mas antes de entrarmos no quê, vejamos o porquê.
Quando falei sobre vulnerabilidade em um capítulo anterior, eu disse que

as mesmas coisas que nos tornam humanos são algumas das coisas que nos tornam
vulneráveis e suscetíveis às maquinações da psicologia sombria. Para algumas
pessoas, essas influências são mais evidentes do que para outras. Nossas crenças em
divindades são anteriores até mesmo à civilização mais antiga. O homem sempre
considerou a sua existência como uma pequena fração no esquema universal das coisas
e por isso acreditamos que existem forças que são maiores, maiores e divinas. Se
você examinasse as coisas de forma lógica, esse tipo de pensamento fazia sentido
porque ajudava nossas mentes a lidar com as coisas inexplicáveis que acontecem ao redor.
nós.
Você vê uma linda flor e fica maravilhado ao ver como algo tão requintado
e delicado pode simplesmente ser... sem pensamento, sem padrão, simplesmente é.
Olhamos para a grande extensão do céu e nos perguntamos o que há além.
Isso dura para sempre? Ou simplesmente termina em um fim sem fim?
Quando você ouve o rugido poderoso da cachoeira ou os sons estremecedores
produzidos por um trovão, mesmo com os avanços e conhecimentos
disponibilizados para nós, ainda trememos de medo e admiração. Naquela época, suas
escolhas eram deixar o medo te levar à loucura ou racionalizar
a situação atribuindo-a a um ser soberano que é maior que você.

Algumas das pessoas mais corajosas optaram por usar a ciência para explicar.
Mantendo esta mesma linha de pensamento, quando alguém que amamos morre,
somos forçados a confrontar nossa própria mortalidade. Nossa dor é agravada por questões
relacionadas à vida e à morte. A jornada termina aqui ou continua na vida após a morte?
Esta tem sido uma forte força motivacional por trás dos sistemas de crenças atuais. O medo e a
consideração dada à vida após esta vida estimularam muitos a fazerem as “escolhas certas” aqui,
para que, quando a morte chegar, a vida que esperamos que continue depois de nós seja
favorável para nós. É a nossa própria maneira de manipular o resultado final, por assim dizer,
porque a alternativa que nos é apresentada é muito sombria. Algumas pessoas se
aproveitam do nosso medo da vida após a morte e o usam para nos manipular para conseguirmos
o que desejam.
querer.
Se tivermos tanta estima por essa teoria da vida após a morte, você pode imaginar
como tratamos as pessoas que são consideradas porta-vozes das divindades que controlam
a vida após a morte. Pastores, Imames, Rabinos e todas as outras formas de líderes religiosos
são tidos em tão alta reverência que as suas palavras são consideradas as palavras da
divindade em questão. De um modo geral, estes líderes religiosos devem aplicar princípios
moralmente sólidos de acordo com os seus respectivos cargos e agir no melhor interesse
dos seus membros. Se não por qualquer outra razão, pelo menos para promover os princípios
da fé que afirmam representar. No entanto, nem sempre é esse o caso, como percebemos.
Muitos líderes religiosos abusam dos seus papéis e influência, enganando os seus membros
para que tomem decisões que apenas servem as suas agendas egoístas.
A tática comum é usar o nome da divindade principal para distorcer
as palavras extraídas do manual sagrado da religião significam coisas novas que corroboram
qualquer história que eles estejam inventando, a fim de ajudá-los a manipular as pessoas com
sucesso. Muitas pessoas foram enganadas, feridas fisicamente e até mesmo obrigadas
a cometer crimes atrozes sob este pretexto. Outro método usado por esses falsos líderes é
afirmar ter uma visão ou percepção espiritual sobre uma necessidade específica da vítima.
Eles criam uma história elaborada que é uma mistura de mentiras intercaladas com a
verdade (geralmente obtida inconscientemente da vítima ou de terceiros) e o objetivo
principal é extorquir a vítima por dinheiro, favor ou apenas jogo de poder.
Algumas vítimas são coagidas a abrir mão de mais dinheiro do que jamais poderiam esperar
Ter. Em alguns casos, jovens vítimas impressionáveis sofrem lavagem cerebral para viverem
com medo em situações semelhantes ao ocultismo.
Mas cenários como estes não terminam apenas nas casas religiosas. Há
pessoas que não são filiadas a nenhuma religião, mas gostam de se considerar
espiritualmente abertas. Essas pessoas encontrariam falsos médiuns e médiuns que
afirmam ter uma forte conexão com o submundo.
Mais uma vez, o nosso apego às pessoas que morreram, bem como as nossas preocupações
com o que acontece após a morte, obscurecem os nossos julgamentos e deixam-nos
abertos a bandidos que gostariam de manipular a situação em seu benefício. Eles empregam
o mesmo truque dos falsos líderes religiosos, usando engano e mentiras para manipular as
suas vítimas. As vítimas fazem uma leitura psíquica de 10 minutos de seus horóscopos e
palmas das mãos, apenas para ficarem presas durante anos com promessas,
realidades alteradas e falsas esperanças. Fazendo-os gastar milhares e milhares
de dólares em busca da ilusória “verdade”.
As pessoas que depositam a sua esperança na ciência não estão
imunes às manipulações. Se você está pensando que, porque sua fé está ancorada em
ciência legível e factual, você não pode ser influenciado, pense novamente. Quando há
uma crise, as pessoas voltam àquilo em que acreditam. Para quem acredita na ciência, você
naturalmente se volta para a ciência. Há casos em que pessoas com condições médicas
debilitantes procuram medicamentos não convencionais na tentativa de sobreviver à doença.
Sabendo que o melhor da medicina convencional falhou, recorrem a estes valores
discrepantes que afirmam ter a solução com os seus medicamentos experimentais e
procedimentos médicos nunca antes realizados. Infelizmente, estes procedimentos são
demasiado arriscados, demasiado caros e muitas vezes não têm seguro. Mas a pequena
chance de vida vale cada centavo e é isso que as pessoas fraudulentas exploram.
E não está apenas em crise. Você faz com que as pessoas encontrem soluções
maravilhosas para um problema em massa, como perda de peso e assim por diante.
Eles afirmam que a última moda da dieta, a pílula milagrosa ou a tecnologia podem
nos transformar usando teorias científicas que não foram testadas e verificadas. Muitas
pessoas aceitam a promessa desta transformação com base em informações que foram
especificamente manipuladas para extorquir vítimas. A principal diferença entre os
vigaristas religiosos e estes fornecedores de ciência falsa é que, em vez de uma divindade,
eles usam a ciência para enganar as suas vítimas. E, infelizmente, a maioria das pessoas não
percebe, até que seja tarde demais, o quanto estão sendo afetadas.
Quando se trata de crença, aqueles que usam a psicologia sombria

identificam suas necessidades mais profundas e as exploram. Eles usam aquilo que
você considera sagrado para manipular seu processo de pensamento. E às
vezes, a sacralidade disso realmente não importa. Contanto que seja importante
para você, eles consideram isso uma espécie de mina de ouro. E não há melhor
momento para mim e para o indivíduo, por assim dizer, do que quando esse
indivíduo está passando por uma crise. Isso ocorre porque, em seu momento
de crise, você está mais fraco e mais suscetível às influências dos outros e
sabe-se que as pessoas manipulam as coisas em seu próprio benefício.
CONDICIONAMENTO SOCIAL
Onde a justiça é negada, onde a pobreza é imposta

Onde a ignorância prevalece e onde qualquer classe é levada
a sentir que a sociedade é uma conspiração organizada para oprimi-
la, roubá-la e degradá-la, nem pessoas nem propriedades estarão
seguras.
Frederico Douglas
Numa discussão em grupo quando eu estava na escola, ouvi uma

discussão em que alguém declarou veementemente que somos um produto da nossa
sociedade. Eu queria contestar isso aqui porque tive o privilégio de conhecer muitos
indivíduos de sucesso que desafiaram sua sociedade e se distinguiram por
realizar feitos impressionantes. À medida que fui crescendo e experimentando mais a
vida, percebi que esses indivíduos eram os “excepcionais”. É um facto inegável
que a sociedade em que vivemos desempenha um papel tremendo que nos molda de mais
maneiras do que podemos imaginar. A dura verdade é que a maneira como pensamos,
vivemos e funcionamos pode ser atribuída às influências da nossa sociedade e estas
são algumas das coisas que a psicologia obscura explora.
O condicionamento social refere-se ao impacto que a sociedade tem em sua vida

como um todo. Embora o condicionamento social olhe mais para o seu estatuto social
em termos de rendimento, condições de vida e assim por diante, o seu alcance pode ser
mais profundo do que isso. Sua sociedade pode influenciar e influencia suas crenças
e religião. Você pode não ser um praticante direto dessas crenças, mas é
indiretamente afetado por elas. Em certas culturas, determinados dias são considerados
sagrados. Isso significa que realizar negócios nesses dias pode ser considerado uma ofensa.
Mas visto que acabamos de discutir a religião no capítulo anterior, vejamos outros aspectos
do condicionamento social que podem ser facilmente influenciados pela psicologia obscura.
Existe um equívoco geral de que fazer parte de uma sociedade mais avançada o
torna imune às influências da cultura. E eu entendo esse tipo de raciocínio. Como pode
uma sociedade que deu origem a pessoas como Albert Einstein e Neil Armstrong ser
impactada por algo tão ridículo
como cultura, certo? Bem, você está errado nesse aspecto. Na verdade, você está
ainda mais vulnerável, e falarei sobre isso em breve.
O maior avanço que nossa sociedade fez hoje está na área de tecnologia.
Vivemos em um mundo onde as coisas são feitas num piscar de olhos. As transações
monetárias são concluídas com o apertar de um botão. Um empresário pode fechar
um negócio na China, motivar sua equipe na América do Sul, conversar com seu
parceiro sobre uma crise em casa e fazer um discurso de marketing impressionante em
Dubai, tudo antes do final da manhã, apenas pressionando alguns botões. Este é o
mundo em que vivemos hoje. Se você está elaborando um plano de negócios nesta
época, seus produtos e serviços devem corresponder à mesma velocidade que todos
nós estamos acostumados, caso contrário você estará se preparando para o fracasso. E isso é muito bom
Porque tenho quase certeza de que ninguém sente falta dos bons e velhos tempos,
quando demorava um mês inteiro para receber uma correspondência de todo o país ou
três nuvens de fumaça preta subindo no céu para dizer que sua amada também te
ama. Não. Agradecemos o ritmo com que as coisas são feitas hoje em dia.
Infelizmente, esta velocidade que caracteriza a nossa vida quotidiana torna-nos

vulneráveis a esquemas de enriquecimento rápido. Ouvimos todas essas histórias
incríveis de pessoas que se tornaram milionárias da noite para o dia e, em algum nível
subconsciente, desejamos a mesma coisa. Algumas pessoas exploraram estes desejos
em seu benefício com o que hoje conhecemos como esquemas Ponzi. Nomeado em
homenagem ao infame Charles Ponzi, um esquema Ponzi é uma forma diabólica de
realizar roubos durante o dia com total consentimento da vítima. Os golpistas criam
uma empresa fictícia que promete enormes retornos sobre o investimento.
Depois de a vítima assumir um compromisso inicial, ela é recompensada com “retornos”
que a arrastam ainda mais para a armadilha que os perpetradores prepararam,
levando-a a investir mais fundos. Para maximizar ainda mais seus lucros, a vítima é
manipulada para trazer mais amigos para fazer investimentos. Quanto mais amigos ele
trouxer, maiores serão seus retornos. Isto constrói uma pirâmide de investidores, todos
investindo seus fundos neste empreendimento que não existe. Na realidade, o que
os golpistas estão fazendo é simplesmente roubar Peter para pagar Paul. E então eles
se pagam também. Isso continua até que um dia a empresa simplesmente desaparece
no ar, deixando muitas vítimas perdidas e sem seu investimento inicial ou retorno.
A única explicação lógica que podemos dar para uma situação como esta,
em que uma empresa com quase nenhuma documentação registada da sua existência
chega e engana pessoas que trabalham duro e geralmente são inteligentes em seus
negócios é um condicionamento social. Aconteceu em 1800, em 1900 e ainda acontece até
hoje. E apesar do conhecimento da sua existência, as pessoas ainda caem em
esquemas Ponzi. É como se estivéssemos programados para fazer isso. E não se
restringe apenas a uma determinada classe de pessoas. Tanto os ricos quanto os
pobres caem nessa. Isto diz-nos que o perpetrador se aproveita de algo que estas duas
classes de pessoas têm em comum: o desejo de ganhar mais dinheiro e rapidamente.
Mas não termina aí. Para cometer este crime com sucesso, eles
confiar em nosso senso de comunidade. É mais provável que você patrocine os
serviços ou produtos de uma empresa se receber uma indicação direta de alguém em
quem você confia do que as recomendações de um estranho aleatório. Se sua irmã
aparece dizendo que ganhou uma quantia xyz de dinheiro em um investimento e lhe
mostra uma prova disso, instintivamente, sua confiança faz com que você baseie sua
decisão quase inteiramente na referência dela. E quando você recebe seu próprio
pagamento, você automaticamente se torna um embaixador da marca. Isso faz com que
você divulgue suas próprias notícias para outras pessoas da sua rede e a corrente
continue. Este é um comportamento muito humano e muitos manipuladores tirariam
proveito disso. Assim que conseguem o que precisam, desaparecem ou são consumidos pela
ganância e são apanhados.
Você pode argumentar que esse cenário provavelmente não acontecerá com
você porque você é muito inteligente para isso, então deixe-me trazê-lo para mais perto
de casa usando a tecnologia com a qual vamos para a cama e acordamos todos os dias.
A mídia social é a mania do nosso tempo. As pessoas se tornaram sensações “da noite
para o dia” graças às plataformas de mídia social como YouTube, Instagram, Twitter e
Facebook, entre outras. Isso fez com que alguns de nós nutrissemos sonhos
semelhantes, mas até que isso aconteça, estamos dispostos a nos contentar com as
curtidas e comentários que recebemos. O problema é que nosso desejo natural de nos
conectar com as pessoas pode se tornar um tanto obsessivo se o foco estiver em
nossos relacionamentos virtuais nas redes sociais. Isso se transforma em um processo de
pensamento perturbador, onde o sentimento de realização é equiparado ao número de
curtidas, seguidores e comentários que se pode obter em uma postagem.
Indivíduos que começam a pensar assim param de prestar atenção aos seus
relacionamentos reais da vida real. Em vez disso, levam vidas falsas e pretensiosas
apenas para obterem uma aprovação que, de uma forma triste, valida a sua vida quotidiana.
vidas. Em sua busca por relevância, eles passam fome emocionalmente e se

sujeitam às opiniões às vezes cruéis e desaprovadoras dos outros. Esse tipo
de comportamento tem sido associado ao aumento do comportamento suicida
em pessoas que utilizam as redes sociais. É bastante irônico que a mídia social,
que foi projetada para nos ajudar a nos conectar com outras pessoas e
construir nossa rede, tenha quebrado muitas pessoas devido às suas influências sombrias.
AMBIÇÃO E ASPIRAÇÕES PESSOAIS
Grande ambição é a paixão de um grande personagem.

Aqueles dotados dela podem realizar atos muito bons ou muito ruins.
Tudo depende dos princípios que os norteiam Napoleão
Bonaparte
Todos nós temos uma lista de tarefas. Às vezes, essa lista é apenas um grupo de
tarefas destinadas a nos ajudar a passar o dia. E às vezes é um roteiro para onde gostaríamos
de estar no futuro próximo. Por exemplo, sua lista de compras de supermercado ajuda você
ao longo do dia, pois você consegue o que precisa para fazer o jantar e, possivelmente, os
itens básicos que o ajudam a se tornar um membro melhor da sociedade (seu velho sabonete
comum mantém os maus odores longe e a sociedade agradece por isso). Mas, traçar um plano
de negócios para sua startup? Esse é um jogo totalmente diferente. Você está tentando se
preparar para o futuro financeiramente e, muito possivelmente, fornecendo um produto ou
serviço que impacte positivamente a vida das pessoas. Na terminologia atual, chamamos isso
de “movimentos do chefe”.
A ambição é o que o leva em direção aos objetivos que você estabeleceu para si mesmo.
Você quer algo? Você se esforça para alcançá-lo e, para as pessoas mais ambiciosas,
quando alcançam seus objetivos, elas simplesmente se esforçam um pouco mais.
A ambição é uma característica atraente em qualquer ser humano. A aspiração de ser melhor
do que quem, o que e onde você está agora muitas vezes o coloca no volante que dirige sua
vida. Ninguém quer estar com pessoas que se contentam em ficar sentadas no sofá o dia todo,
sem fazer nada além de comer batata frita e folhear os canais. As pessoas querem estar com
alguém que esteja realmente entusiasmado com o belo futuro que imaginam para si mesmas e
que esteja trabalhando meticulosamente para alcançá-lo.
No entanto, por mais atraente que seja a ambição, quando é colocada em excesso,
pode atrair o tipo errado de pessoa para sua vida porque o deixa aberto e vulnerável. Isto
pode soar como uma afirmação contraditória porque as pessoas ambiciosas são descritas como
tudo menos vulneráveis. Mas, como você aprenderá neste livro, o que você permite consumir
ganha controle sobre você e quando você não tem controle, você se torna vulnerável. Nos
capítulos anteriores, falei sobre como os predadores usam as fraquezas de suas vítimas
contra eles. Tendo isso em mente, você concordaria que a ambição é uma
característica admirável em uma pessoa e, como um ponto forte, pode ajudá-lo a
navegar no caminho para o sucesso. Mas, como fraqueza, pode facilmente ser o
arquiteto da sua destruição.
Onde a ambição impulsiona os seus objetivos, as suas aspirações pessoais no
por outro lado, podem ser vistos como seus indicadores de sucesso. Existem
muitas semelhanças entre aspirações e ambições, mas a principal diferença é a
magnitude e a intensidade destas últimas. Sua ambição pode ser subir na hierarquia
gerencial antes do final do ano e sua aspiração pode ser abrir mais oportunidades de
emprego quando você atingir essa posição.
A ambição é mais concreta em seus desejos, enquanto as aspirações são aquelas
noções nobres que nutrimos para nos fazer sentir melhor conosco mesmos. Por si só,
nem a ambição nem as aspirações devem causar-lhe danos, mas quando outros
elementos entram em jogo, podem ser usados para manipular e enganar você.
A maioria das organizações acredita que a ambição é uma das qualidades mais
desejáveis num potencial funcionário. E isso geralmente ocorre porque pessoas
ambiciosas estão mais dispostas a fazer o que precisa ser feito para o avanço
da empresa do que suas contrapartes aparentemente mais dóceis. Pessoas como
essas são muito focadas e têm uma mente focada quando se trata de cumprir suas
responsabilidades; às vezes sem pensar no que seria necessário para fazê-lo, mesmo
que isso significasse pisar no calo de alguns colegas. Em certos contextos, isso
pode ser bom. Afinal, o local de trabalho e o mundo em geral não são um parque onde
se aplicam as regras do que é justo para todos.
Mas esta atitude pode criar rapidamente um ambiente de trabalho hostil que dificulta o
sucesso dos funcionários. Os objetivos da organização podem ser alcançados de forma
consistente, mas em detrimento dos seus colaboradores. Mas este não é o
perigo imediato, embora isso não signifique que uma situação como esta também não
seja motivo de preocupação.
Uma pessoa que não controla a sua ambição pode ser persuadida e manipulada
a fazer coisas que são moral e eticamente erradas apenas para que possa atingir os
seus objetivos. São as pessoas com ambições e aspirações elevadas que têm
maior probabilidade de cair em técnicas de manipulação que envolvem chantagem.
Por exemplo, um jovem profissional com uma excelente reputação e uma boa
posição numa empresa terá maior probabilidade de fazer qualquer coisa para
manter esse status quo se for ambicioso. Mesmo que essas coisas que se espera que
ele faça possam manchar ainda mais a sua reputação se o conhecimento de
essas ações alguma vez vieram à tona. Isto não quer dizer que o resto de nós tenha
menos probabilidades de se tornar vítima de chantagem e outras formas de manipulação.
Manipulação não significa empunhar fisicamente um grande machado perigoso
sobre uma pessoa para forçá-la a fazer algo que normalmente não faria. É um jogo de
subterfúgios e enganos. O manipulador age como um espelho que captura os desejos,
ambições e aspirações da vítima e depois ameaça a concretização dessa visão ao mostrar
também a fraqueza da vítima. A vítima é levada a acreditar falsamente que sua única
esperança de salvar seus sonhos é cumprir os desejos do manipulador. Quanto mais
forte for a ambição, maior será a probabilidade de a vítima cumprir, especialmente se
estiver convencida de que pode fazê-lo impune.
Os atos que eles poderiam ser manipulados para realizar podem ser qualquer
coisa, desde minar a figura de autoridade em suas vidas, cometer um ato que possa ser
ofensivo ou qualquer outra coisa que o manipulador possa ter em mente. Deixe-me reduzir
isso a proporções relacionáveis. Em todos os nossos relacionamentos com as
pessoas, existe uma certa medida de confiança. Não importa o quão paranóico
você seja, até mesmo o relacionamento comercial que você tem com seu alfaiate é
uma indicação de algum nível de confiança, pois você confia nele para ajudá-lo a cobrir
sua nudez sem ser ferido no processo. Mas na medida em que existe confiança, também
existe desconfiança. Mas nos esforçamos para trabalhar esses sentimentos na
esperança de manter o vínculo/ponte entre as pessoas envolvidas.
Na melhor das hipóteses, aspiramos manter a civilidade com aqueles que

nos rodeiam. Um predador com intenções maliciosas pode expor a desconfiança
semeando sementes de discórdia para permitir-lhes obter os resultados que desejam, que
podem ser a sua lealdade ou a do seu homólogo, ou às vezes até ambos. Pequenos
incidentes são desproporcionais e as tensões aumentam no processo.
Eventualmente, o relacionamento é rompido irreparavelmente. Você, por um lado, fica
magoado com as acusações e seu colega fica magoado com as contra-acusações.
Nenhum de vocês percebeu que um terceiro se aproveitou das aspirações emocionais
um do outro (e sim, existe tal coisa) e manipulou você para o estado atual em que se
encontra.
Isto significa que as nossas aspirações e ambições nem sempre têm a
ver com as coisas materiais que desejamos. Também se reflete em nossas
percepções e expectativas em relação aos relacionamentos em nossas vidas. Escuro
a psicologia é empregada pelos predadores entre nós para alterar essa

percepção e manipulá-la em seu próprio benefício.
CICATRIZES EMOCIONAIS
Já foi dito que “o tempo cura todas as feridas”.

Eu não concordo. As feridas permanecem.
Com o tempo, a mente, protegendo a sua sanidade, cobre-
os com tecido cicatricial e a dor diminui.
Mas ela nunca desaparece.
Rose Fitzgerald Kennedy
Um dos maiores efeitos residuais de cada experiência que temos são as

emoções. Dizem que na vida a experiência é a melhor professora. Tendo passado mais
de uma década tentando compreender a natureza humana, estou inclinado a
concordar. Deixe-me compartilhar uma das minhas experiências mais memoráveis de
viagens nos últimos tempos. Acho que ilustra melhor o que estou tentando defender.
Todos os anos, faço as malas e viajo para explorar lugares que não são muito procurados
pelos turistas, mas que são exóticos mesmo assim. Nesta viagem em particular, eu
estava viajando com uma tribo de nativos em sua jornada anual de peregrinação para
prestar homenagem a uma divindade específica. Eu não era um adorador, mas eles
tiveram a gentileza de me deixar viajar em sua companhia e observar suas rotinas.
À noite, enquanto estávamos sentados perto da fogueira, aproveitando o brilho quente no
escuro depois de uma boa refeição, eu os ouvia conversando em uma língua que não entendia.
Meu tradutor ocasionalmente interveio quando houve uma risada geral ou
uma pergunta dirigida especificamente a mim. Mas na maior parte, apenas observei.
E foi então que vi essa criança, não mais que 8 ou 9 meses, eu acho. Eu realmente não
posso dizer nessa idade. Só que a criança estava rastejando em direção ao fogo.
Olhei ao redor do fogo, mas ninguém parecia estar prestando atenção. Então, fiz
menção de interceptar a criança, mas fui imediatamente repreendido. Tudo
o que o intérprete me disse foi que a criança estava prestes a aprender uma lição valiosa.
Eu estava preocupado. A fogueira não estava muito quente, mas parte da madeira
ainda tinha fogo e havia brasas espalhadas que ainda brilhavam. Eu observei
atentamente.
A criança fascinada pelas pequenas chamas aproximou-se e parou. Talvez
o calor do fogo o tivesse feito parar. Mas então o corajoso rapaz decidiu enfrentar o calor
e prosseguir. Ele parou em um cofre
distância e então estendeu a mão em direção à chama que ele prontamente retirou.
Seu rosto registrou uma expressão chocada e pude ver seu lábio inferior tremendo.
Eu queria ir até ele, mas o homem ao meu lado deve ter percebido minhas intenções
porque me fez sinal para esperar. A expressão do pobre bebê mudou de mágoa
para confusão. Era como se ele estivesse falando telepaticamente com a
chama e perguntando por que doía. Ele tentou usar a mão novamente e desta vez
chorou. Os homens aplaudiram e riram. Uma mulher, muito possivelmente sua
mãe, que devia estar muito perto, rapidamente se aproximou e o levou embora.
Fiquei furioso. Perguntei ao tradutor o propósito disso. O chefe, através do

tradutor, respondeu com palavras que me lembro até hoje. Ele disse que é difícil olhar
para o fogo à distância e argumentar contra os olhos que uma coisa tão gloriosa também
poderia ser mortal. Às vezes, a mão precisa convencer quando os olhos falham. Isso
se chama experiência. Ele continuou me garantindo que ninguém teria deixado nada de
perigoso acontecer à criança, mas tenho a sensação de que sua definição de perigoso é
muito diferente do que imagino que seja. Agora, antes de nos desviarmos em justa
indignação (e com razão) sobre as suas práticas de cuidado infantil, não devemos
negligenciar a verdade absoluta nas suas palavras. Existem lições de vida que só a
experiência pode lhe ensinar e cada experiência deixa uma cicatriz emocional.
Há certas experiências na vida que prontamente induziriam a

nunca mais reação nossa. Essas experiências estão tão profundamente gravadas
em nossas mentes que imediatamente interpretamos certos sinais como precursores
do evento que nos assustou em primeiro lugar. E na segunda observamos estes
sinais; nossos instintos de luta ou fuga atuam especialmente se essas experiências
representam uma ameaça para nós. Esse padrão previsível de comportamento tem
como objetivo nos proteger em momentos de perigo percebido. Pense nisso como uma
defesa biológica contra o que pode nos causar danos ou aquele exercício de
emergência que seu corpo sofre, seu cérebro sente que você está em perigo. O que
descrevi aqui é a reação do corpo ao medo, mas o medo não é a única emoção que
pode ser desencadeada pelas suas experiências. Existe um longo espectro de emoções,
que vão da raiva ao zelo, que podem ser desencadeadas por uma experiência.
Uma mulher apaixonada memoriza o perfume de seu amante. E cada vez
que ela sente o cheiro desse perfume, seu humor muda. Às vezes, induz alegria e,
em certas ocasiões, pode desencadear luxúria. Se esse relacionamento acabar, os
cheiros podem induzir tristeza ou raiva, dependendo da gravidade do rompimento.
foi. Tudo o que estou dizendo é que as emoções fazem parte da experiência humana.
Quando nos sentimos de determinada maneira, agimos de determinada maneira. Certos eventos
podem desencadear emoções que nos fazem reagir de forma anormal. Minha experiência de quase
afogamento quando adolescente me faz entrar em pânico toda vez que fecho os olhos debaixo do chuveiro.
Essas reações são desencadeadas pelas cicatrizes emocionais que carregamos. Agora, deixe-me
explicar a ciência disso. Quando ocorre um evento, seja bom ou ruim, seu cérebro identifica esse
incidente com uma emoção específica. Isso explicaria por que algo tão simples como o cheiro
de pão recém-assado pode transportá-lo à sua infância (se esta foi a sua experiência).
Muitas empresas de marketing e agências de publicidade empregam esse conhecimento

em suas estratégias publicitárias. Eles tentam identificar seu produto com coisas, experiências ou
eventos que sabem que agradam a você ou a outras pessoas como você (seu público-alvo).
Subconscientemente, seu cérebro identifica essas atividades ou experiências com seus produtos
ou serviços. Para vender uma churrasqueira, eles não chegam e dizem: “ei, aqui está nossa
churrasqueira incrível. Compre". Em vez disso, eles alimentam você com imagens de um
divertido churrasco familiar no quintal de 4 de julho. Você veria crianças correndo alegremente,
avós sorridentes conversando com algum membro da família e os adolescentes fazendo algo legal.
Tudo isso intercalado com um belo corte de carne fervendo na grelha. É quase como se dissessem
que se você comprar esta churrasqueira, você também compra essa experiência. Em
outras palavras, você foi manipulado visualmente para fazer uma compra.
Isto não é necessariamente sinistro por si só. Mas as pessoas comuns que
encontramos em nossa vida cotidiana podem se aproveitar dessa fraqueza. Se você é facilmente
desencadeado emocionalmente, pode ser manipulado para tomar decisões precipitadas sobre
qualquer coisa, desde a compra por impulso até se apaixonar por pessoas apenas com base
no princípio emocional. As pessoas podem se disfarçar e se transformar em algo que não são. Eles
usam roupas e perfumes que fazem parecer que são ricos e, como você tem uma forte ligação
emocional com a riqueza, você ignora outros sinais de alerta e toma uma decisão
arrependida. Sejam boas ou ruins, suas cicatrizes emocionais podem torná-lo vulnerável ao
engano e à manipulação.
PARTE QUATRO:
RECONHECENDO E IDENTIFICANDO SEU

REALIDADE
RECONHECENDO AS MENTIRAS QUE CONTAMOS

NÓS MESMOS
Acima de tudo, não minta para si mesmo.

O homem que mente para si mesmo e ouve a sua própria mentira
chega ao ponto em que não consegue distinguir a verdade dentro de si ou ao seu redor
e assim perde todo o respeito por si mesmo e pelos outros.
E não tendo respeito, ele deixa de amar.
Fiodor Dostoiévski
Existem tantas formas de mentiras que ouvimos todos os dias. Às vezes, as mentiras são
contadas para protegê-lo de alguma coisa. Pode ser algo tão trivial como manter o conhecimento de
algo que você não está pronto para saber, por exemplo, uma festa surpresa de aniversário.
Às vezes, as mentiras são mais complicadas, mas não são contadas inteiramente
por maldade, como contar a uma pessoa sobre seu cônjuge traidor. A questão é que, para o
bem ou para o mal, todos nós contamos mentiras, mas nenhuma mentira é mais grave do que
as mentiras que contamos a nós mesmos. Há mais perigo nas mentiras que contamos a nós
mesmos do que nas mentiras que outras pessoas nos contam (isso será discutido extensivamente
no próximo capítulo) e aqui está o porquê.
No capítulo anterior falei sobre a defesa biológica do corpo quando o cérebro sente perigo ou
situações que nos ameaçam. Esses impulsos, por mais irracionais que possam parecer, têm
como objetivo nos proteger. Mentir para si mesmo amortece esses instintos e nos abre para possíveis
perigos. É como ver um carro em alta velocidade vindo pela estrada e decidir atravessar a rua
correndo de qualquer maneira. Instintivamente, seu corpo sabe que esta situação é precária. Um
pequeno erro de cálculo pode resultar em um acidente fatal. Mas em vez de esperar o carro passar,
você se convence de que é mais rápido que o carro ou que o carro está mais longe do que
parece, ou não está.
acelerando tão rápido quanto parece. Esse é o tipo de mentira que contamos a nós
mesmos.
O autoengano ocorre de muitas formas. Mas a forma mais popular de autoengano é a

negação. Convencemo-nos de que a ameaça não é real ou iminente, por isso fazemos
escolhas arriscadas das quais rapidamente nos arrependemos. A negação nem sempre é um
caso claro de admissão de que algo existe ou não. Às vezes, é mascarado de otimismo diante
de uma situação muito terrível. E em alguns casos acontece exatamente o contrário.
Você está em uma situação boa, mas optou por ser pessimista e negar as possibilidades. De
acordo com uma escola de pensamento, os humanos são mais suscetíveis ao autoengano
porque optam por manter certas crenças. Digamos, por exemplo, que você conheça uma
pessoa incrível que parece atender a todos os seus critérios ao lidar com essa pessoa. Mas por
baixo dessa camada, você pode sentir uma retenção ou até mesmo saber abertamente que está
sendo enganado, mas em vez de agir de acordo com esse instinto, você escolhe agir com
base na esperança de que as pessoas possam ser o que parecem ser.
Ouvimos falar da expressão lobo em pele de cordeiro o tempo todo. Lá

Não há dúvida de que o lobo pode ser realmente bom em se disfarçar para as ovelhas, assim
como não há dúvida de que as ovelhas, em algum nível primitivo, estavam cientes do lobo
entre elas, mas optaram por negar a existência da ameaça porque queriam acredito que o lobo
era um deles. Todos nós podemos imaginar como essa história se desenrolou. Esse padrão
de comportamento ao longo do tempo diminuiria os alarmes que disparam em nossos
sentidos sempre que surge uma crise por causa do que dizemos a nós mesmos.
Ao lado da negação está a racionalização. Negação e racionalização são ferramentas
do mesmo comércio. Eles trabalham habilmente juntos no autoengano.

A racionalização é essencialmente como você explica a situação. Tive amigas (e alguns dos
meus amigos homens também no mesmo barco) que estão em um relacionamento que não é
muito saudável para elas, mas em vez de encerrar as coisas saindo da equação, elas de
alguma forma sempre parecem vir apresente mais razões pelas quais eles deveriam
permanecer nesse relacionamento. Mulheres em relacionamentos abusivos sabem que
um homem que levanta a mão contra você está demonstrando a mais elevada forma de
desrespeito. Mas ouvi dizer que estes homens violentos foram descritos como afetuosos e
que a sua violência ocasional é apenas uma das suas formas de mostrar à mulher que se
importam.
Esse comportamento não se aplica apenas aos relacionamentos.
As pessoas acabaram trabalhando em um lugar que sabem que as explora.

Mas dizem a si próprios como é difícil encontrar emprego e como não conseguiriam pagar as
contas se saíssem. E assim, continuam a trabalhar nessas condições terríveis, recusando-
se até a protestar porque passaram a aceitar a situação como normal graças às suas
racionalizações e negações. Seja na nossa carreira ou nos nossos relacionamentos normais,
muitos de nós levamos vidas tristes e insatisfeitas porque nos convencemos de que
não podemos fazer de outra forma, e este é o nosso destino. Algumas pessoas vão um passo
além e dizem que merecem o que estão recebendo por causa de algum delito no passado. Por
outras palavras, optaram por abrir as portas das suas próprias celas, trancar-se e depois
agir como carcereiros. O autoengano é algum tipo de prisão mental, mas também tem méritos.
Quando confrontados com desafios que ameaçam nos sobrecarregar, um pouco de

auto-engano pode ajudar a reforçar a sua confiança e até mesmo o campo de jogo. Você pode
escolher uma frase mais positiva além de autoengano para descrevê-lo, mas isso não
muda o que é. As pessoas gostam de chamar isso de conversa sobre criminosos, ficar empolgado
ou aumentar o moral ... como você escolher chamar, ainda se resume a você se convencer de
algo que você não é. Um homem que deseja se aproximar de uma mulher muito bonita
que ele sente estar fora de seu alcance tem que se convencer de que ele é tudo isso. Ele
age com mais confiança do que realmente sente para se convencer de que está realmente
confiante. Então, você vê, a questão da autoconfiança pode oscilar nos dois sentidos. Mas
para evitar ser vítima de pessoas que usam elementos da psicologia obscura para conseguir
o que querem, você precisa reconhecer a verdade pelo que ela é.
Se seus instintos estiverem agindo, em vez de negar, faça perguntas.

Descubra por que você se sente assim em relação à pessoa e tente obter mais respostas.
Quando você aprende a confiar em seus instintos, você fica mais apto a se proteger. Se
uma situação não está funcionando favoravelmente para você, em vez de escolher ser
impotente em relação a ela (porque sim, é uma escolha), você deve procurar ativamente
uma saída para a situação. Não minta para si mesmo.
A verdade pode não ser o que queremos que seja, mas você não deveria ter que viver uma
mentira dolorosa apenas para negá-la. Reconheça as mentiras que você conta a si mesmo pelo
que elas realmente são.
IGNORE AS MENTIRAS QUE OS OUTROS NOS CONTAM
Mentiras e segredos…
são como câncer na alma Eles corroem
o que é bom E deixam apenas
destruição para trás Cassandra Claire
Todos nós somos vítimas de mentiras em algum momento de nossas vidas. Isso
não significa que todos que entraram em nosso círculo e mentiram para nós estavam tentando
nos usar para executar algum plano maligno deles. Na verdade, existem verdades que,
quando contadas com más intenções, podem ter o mesmo efeito que uma mentira terrível, se não pior.
Quer as mentiras venham do seu melhor amigo, dos pais ou mesmo de alguém do
trabalho, o efeito pode ser devastador. Em alguns casos, não é a mentira em si que dói. É
saber que alguém em quem você confia fez a escolha deliberada de inventar uma história e
convencê-lo de que ela é real.
Certas mentiras são contadas simplesmente não se dizendo nada sobre elas. As pessoas
pensam, se eu não disse nada, não menti sobre isso. Mas, na realidade, isso é chamado de
mentira por omissão.
É quase impossível começar com apenas uma mentira e deixar por isso mesmo.
Uma mentira leva a outra mentira, que leva a outra mentira, até que tanto a pessoa que
conta a mentira quanto a pessoa para quem está mentindo fiquem presas em uma teia
emaranhada de mentiras. Esta teia pode ser tão emaranhada que se torna
impossível desenredar a verdade. As mentiras conseguem mudar você e essa mudança nem
sempre é boa. Isso ocorre porque você está sendo alimentado com uma versão fabricada da realidade.
Contrariando o nosso melhor julgamento, aceitamos estas mentiras e a raiva que sentimos
quando a verdade é revelada não é inteiramente dirigida ao mentiroso em questão. Nós nos
culpamos por acreditar nessas mentiras.
Quando descobrimos que estão mentindo, reagimos não apenas à pessoa e ao que ela
representa, nossa identidade também é questionada. Sua perda de fé não é apenas pessoal,
mas também em você mesmo. A perda da fé resulta em dúvidas. E as dúvidas levam à
desconfiança. Mas antes de entrarmos no efeito das mentiras, vamos primeiro explicar por
que caímos nas mentiras.
Vou começar com a população em geral e depois prosseguir para
trazer as coisas para mais perto de casa. Se você estiver ativo on-line, você
repare que as histórias mais lidas e acompanhadas são as peças sensacionais. Nos
últimos tempos, tem havido um aumento na pedalada de histórias que não contêm
nenhuma verdade. Até a prestigiada Rolling Magazine, que sempre foi conhecida pelas
suas excelentes capacidades jornalísticas, publicou uma história (que acreditavam ser
verdadeira) que se revelou falsa. Então, você se pergunta: como é que pessoas com
anos de habilidade e experiência conseguiram cair nesse tipo de mentira? Se você está
esperando algum tipo de grande revelação da verdade, lamento desapontá-lo. A razão
é bastante simples e, naturalmente, uma resposta muito humana. Eles queriam acreditar.
Da mesma forma, caímos nas mentiras que as pessoas nos contam porque queremos
acreditar que são verdade. Isto acontece a vários níveis e nem sempre está ligado a
pessoas que nos são muito próximas. Por exemplo, se você compartilha uma determinada
visão ou opinião política, é mais provável que você siga ou leia artigos ou postagens
que apoiem sua crença. Se alguém contar uma mentira que apóie sua crença, você estará
mais inclinado a cair nessa mentira porque deseja que ela confirme suas próprias crenças
ou teorias pessoais. Isso também se aplica em nossos relacionamentos. Você
acredita que o amor deve ser de uma certa maneira e porque uma pessoa exibe
padrões que correspondem ao que sua ideia de amor deveria ser, você opta por ignorar
os outros sinais reveladores e, em vez disso, acreditar em suas mentiras.
Outra razão pela qual acreditamos numa mentira é porque temos um interesse
pessoal na mentira. Um manipulador apresenta-lhe uma realidade alternativa que você
suspeita ser falsa, mas como o seu interesse pessoal entra em conflito com a verdade,
você optou por aceitar a mentira. O interesse pessoal pode não ser apenas um ganho
pessoal. Podem ser seus sentimentos especiais em relação à pessoa.
Você gosta da pessoa e criou esse halo ao redor dela. Então, você prefere se ater à sua
versão dos eventos (autoengano em ação aqui) do que enfrentar a possível realidade
de que essa pessoa pode ser mais sinistra do que parece e que seus motivos
ocultos podem não ser do seu próprio interesse. de forma alguma.
Mentiras que resultam de uma realidade alterada de eventos não são o único tipo
de mentira que pode ser usada para nos manipular. Quando pensamos em pessoas
mentindo para nós, estamos mais focados em eventos que foram fabricados para o benefício
do mentiroso, mas existem outros tipos de mentiras por aí que podem ser tão cruéis,
se não mais, do que a realidade alterada. Estou me referindo às mentiras contadas
para mudar a percepção que você tem sobre si mesmo. Ao longo de cada capítulo deste livro, eu
enfatizaram fortemente que somos mais vulneráveis quando nossas emoções vêm à
tona. Especialmente quando essas emoções estão fora de controle. Quando um
manipulador conhece uma pessoa que parece ser emocionalmente estável, ele sabe
que seria difícil usar seus encantos tortuosos em tal pessoa. Portanto, a primeira linha
de ação deles é desgastar a base emocional dessa pessoa.
Eles procuram brechas na proverbial armadura da pessoa e começam a

explorá-la. Digamos que você normalmente seja uma pessoa confiante, mas tenha
algumas inseguranças em relação ao seu corpo. Um mestre manipulador
entenderia essa preocupação e a distorceria, amplificando seus medos. Pode não
parecer um insulto directo, mas seria estrategicamente utilizado para sugerir que o
problema é pior do que realmente é. Comentários sarcásticos sobre o quão grande
você parece hoje e como você precisa reduzir os carboidratos são dicas sutis, mas
eficazes, do problema que eles esperam amplificar. Quando você começar a aceitar
essas mentiras, você se verá refletindo sobre problemas que realmente não são
problemas. E gradualmente, a proverbial toupeira se torna a montanha e você é
imediatamente enterrado sob inseguranças que corroeram sua confiança até que você
seja exatamente o que o manipulador quer que você seja. Uma pessoa com baixa
auto-estima e pouca confiança que pode ser facilmente manipulada.
Se zombar da sua auto-estima não produz os resultados desejados, eles tentam o

caminho negativo. Dizer que você não pode fazer algo e usar suas experiências e
emoções passadas para apoiar essa mentira até que você acredite nela.
Às vezes, o inverso é o caso. Você é levado a um estado em que se sente seguro,
embora a realidade seja diferente. Essa tática é frequentemente usada quando o
perpetrador deseja extrair algo como dinheiro ou um favor de você. Eles usaram reforços
positivos enraizados em mentiras para dar uma falsa sensação de segurança e
então atacaram. É preciso clareza mental e esforço para enxergar através das
mentiras que as pessoas contam, independentemente da forma em que aparecem.
MORANDO NO PASSADO
Aprendi que se você precisa deixar um lugar onde viveu e amou
e onde todos os seus anos anteriores foram enterrados
profundamente, deixe-o de qualquer maneira, exceto de uma
maneira lenta, deixe-o da maneira mais rápida que pude
Nunca volte atrás e nunca acredite que uma hora da qual você se lembra é
uma hora melhor porque está morta.
Os anos passados parecem seguros, vencidos,
enquanto o futuro vive numa nuvem, formidável à distância.
Beryl Markham
Em uma corrida de pista, os atletas são treinados para manter o foco e se

firmarem no presente. Não há como olhar para trás figurativa e literalmente. Seus
sentidos estão sintonizados com o momento. Quando a corrida começa, o que importa são
eles, a pista e a linha de chegada. Isso ocorre porque, no momento em que eles começam a
prestar atenção em qualquer outra coisa que não seja a corrida, eles começam a perder a corrida.
Mesmo em uma corrida de revezamento onde o atleta tem que olhar para trás e pegar o
bastão de seus companheiros de corrida, seu olhar retorna prontamente para a pista à sua
frente assim que o bastão troca de mãos. A vida é como uma corrida e olhar para o passado
pode distrair e impedir você de ser o melhor que pode ser. E o mais importante, esse tipo de
distração é o tipo de coisa que um manipulador adoraria usar contra você.
Quando o cérebro não está desencadeando ativamente emoções provenientes de

memórias, nossa mente faz um excelente trabalho ao trazer todas essas emoções para o
primeiro plano. Tentei pensar na melhor forma de explicar o domínio firme que o nosso
passado pode ter sobre nós e uma cena de um dos meus filmes favoritos ilustra isso.
Sem entrar no enredo do filme [Pacific Rim], deixe-me definir o cenário para você. Mako e
Raleigh se unem para experimentar o Jaeger [uma máquina projetada para destruir os
alienígenas] pela primeira vez e para manipular a máquina é preciso haver uma conexão
mental através do que eles chamam de elo mental. O processo de conexão leva você
através de uma série de memórias [seu passado] antes de você estar enraizado no
presente. Mako's
a lembrança de seu passado é tão vívida que ela fica presa nele. Isso resulta
em seu distanciamento da realidade presente. Esse distanciamento quase resulta
na ativação de uma arma nuclear que poderia ter destruído o presente. Trazendo-
o de volta para nós, a nossa reconexão com o nosso passado pode não ser tão
vívida, mas a ameaça psicológica que a permanência no passado representa é
igualmente potente.
Quando falamos anteriormente sobre cicatrizes emocionais, exploramos
as dores/emoções desencadeadas pelos acontecimentos e o foco estava nos
nossos mecanismos de defesa biológica. Sabemos que o cérebro interpreta certos
sinais do nosso ambiente como ameaças e, ao fazê-lo, ativa reações que nem sempre
conseguimos controlar. Isso é um pouco semelhante a isso, exceto que desta vez
estamos ativamente engajados em uma experiência negativa ao pensar
consistentemente sobre ela. E nesse processo, desencadeamos uma avalanche de
emoções que podem nos abater. Os psicólogos referem-se a isso como ruminação.
Assim como uma cabra [ou vaca] regurgita a comida que comeu horas antes e a
mastiga, temos a tendência de regurgitar nossas experiências e insistir nelas.
Mas não é apenas ao passado negativo que nos apegamos, às vezes, o
passado traz muitas lembranças positivas que nos confortam. Isso torna difícil
abandoná-lo. Infelizmente, é tão fácil ficar desiludido com o passado
positivo como com um passado negativo. Todos nós conhecemos alguém em nossa
vida que gosta de usar a frase “os bons e velhos tempos” e sabemos como pode
ser doloroso vê-los agarrados aos restos dos chamados dias de glória. Você
pode não usar essa frase, mas seu carinho pelo passado pode deixá-lo rapidamente
preso nessa memória e colocá-lo em um caminho que destrói suas chances no
presente. É claro que você pode querer argumentar que, se lembranças ruins
trazem à tona emoções ruins, então boas lembranças trazem à tona emoções
boas e isso não pode ser ruim. A verdade é que, enquanto isso estiver
desconectando você da realidade presente, será ruim. E é isso que a psicologia
obscura explora.
Quando você vive sua vida no passado, você se enraíza em uma
situação que o atrasa ou o impede de seguir em frente. O medo é uma das emoções
mais poderosas que nossas memórias podem ativar. E não é apenas o famoso medo
do bicho-papão [ou o que quer que inspire sério medo em você] que o mantém
deprimido. O medo da incerteza também pode impedi-lo. Você pode estar se
apegando a um determinado relacionamento, trabalho ou estilo de vida
simplesmente porque tem medo do que aconteceria se aquela coisa ou pessoa
não está mais em sua vida. E esse medo o mantém ali mesmo quando a
situação não é ideal para você.
Isso não é negação porque você está ciente do erro da situação.
Você acabou de decidir focar no que era e se distanciar ou pior, aceitar o que é
porque tem medo do que será/poderá ser.
E é melhor você acreditar que os manipuladores e sabotadores em sua
vida capitalizariam esse medo e usariam sua desonestidade para explorar
esse conhecimento até conseguirem o que desejam. O seu modus operandi
seria, de alguma forma, fortalecer o controle que este passado exerce sobre
você e convencê-lo de que a realidade presente é uma necessidade. Eles
usam sua insistência em focar no passado para desacreditar seu presente e
roubar seu futuro. A ironia aqui é que você está pelo menos parcialmente
consciente do que está acontecendo, mas tomou uma decisão consciente ou
subconsciente de se retirar da equação e justificar sua decisão com um evento
que já aconteceu.
Em essência, você mesmo criou esta ilusão de ausência de escolha e
deu as rédeas da sua presença aos outros. Isso não quer dizer que olhar para
trás seja completamente errado. Os espelhos retrovisores foram criados
especificamente para esse fim. A questão aqui é que, se você realmente deseja
separar a verdade das mentiras, permanecer enraizado no presente é uma
maneira de fazer isso. Os psicólogos dizem que as pessoas que vivem no
passado têm maior probabilidade de ficar deprimidas do que outras. A depressão
é uma daquelas emoções sombrias que o deixa vulnerável. E se você entrar em
tratamento para a depressão, um dos passos para superá-la é refazer seus
passos no passado, aceitando a realidade da situação e depois aplicando as
lições aprendidas com o passado revisitado antes de deixar ir.
Se você tiver problemas para se desapegar, só precisa se lembrar de
que não tem absolutamente nenhum controle sobre o que aconteceu. Não importa
o quanto você revisite e pense nisso, você não pode mudar o que aconteceu.
O mesmo pode ser dito do futuro. Existem muitas possibilidades. Claro, as
medidas que você toma agora podem, até certo ponto, determinar o que
acontecerá amanhã, mas há muitas variáveis para prever com precisão o futuro.
O que você possui e sobre o qual tem total controle é o que você faz agora.
Desapegue-se do passado e dos medos do futuro e concentre-se no “agora”.
OTIMISMO CEGO
Não estou interessado no otimismo cego, mas
estou muito interessado no otimismo que é conquistado com dificuldade.
Isso assume a escuridão e depois diz: “isso não é suficiente”.
Colum McCann
Quando assumimos responsabilidades na vida, fazemos isso com gosto e entusiasmo.

E como acontece com tudo na vida, encontramos desafios que podem variar de obstáculos leves
a tempestades violentas que parecem estar voltadas para a destruição... a nossa destruição.
Nesses momentos, seu zelo e entusiasmo podem diminuir. O que o impede de desistir
e o ajuda a superar essa fase difícil é o otimismo. Mas existem diferentes níveis nessa
coisa chamada otimismo e nem todos têm o mesmo impacto positivo em nossas vidas. Existe
um tipo de otimismo que parece desconectar você da realidade e esse tipo de otimismo é
conhecido como otimismo cego. Mas antes de entrarmos nisso, vejamos aquele aspecto da
natureza humana que nos faz querer acreditar num resultado alternativo, mesmo quando
enfrentamos uma situação muito terrível. Assim como o autor da citação acima, estamos
interessados no que nos torna inabaláveis diante da escuridão.
Como todas as facetas do comportamento emocional humano, parece que estamos

simplesmente programados para sermos otimistas. E não é apenas diante do perigo.
Esse comportamento está presente em nossas atividades simples do dia a dia. Você tem
um produto que talvez já tenha passado alguns dias do prazo de validade, mas continua a comê-
lo de qualquer maneira, na esperança de que não lhe cause nenhum dano. Ou você está se
aproximando do semáforo no momento em que ele muda de cor e, em vez de diminuir a
velocidade até parar, você acelera na esperança de conseguir passar pelo semáforo sem ser
pego. Ou até mesmo aproveitar a oportunidade para convidar uma pessoa para sair, na esperança
de que ela sinta o mesmo por você, em vez de estrangular seus sentimentos expostos no
chão com uma marreta. Faz parte do seu reflexo emocional. Apesar da Lei de Murphy, você é
otimista porque é humano.
No entanto, algumas pessoas levam um pouco longe demais essa abordagem

otimista em suas negociações. Em vez de apenas ultrapassar os limites como ilustrei
com os exemplos acima, eles depositam fé absoluta na possibilidade de que o bom

resultado que esperam superará a probabilidade de as coisas darem errado. Esse tipo
de pensamento inspira um comportamento imprudente que poderia ter um final
doloroso se a emoção não fosse xeque-mate. Ser otimista traz muitos benefícios
mentais e de saúde. Se você já leu o livro O Poder do Pensamento Positivo, de Norman
Vincent, sem dúvida está munido de informações sobre como o pensamento positivo
pode lhe servir bem. Estudos médicos mostram que as pessoas otimistas têm maior
probabilidade de se recuperar de doenças potencialmente fatais do que as pessoas que
são o oposto. No geral, o otimismo pode cegar você.
O otimismo cego é uma forma de autoengano. Neste caso, você não está
apenas pensando que você tem uma boa chance de obter o resultado positivo
desejado. Você se iludiu ao pensar que as coisas aconteceriam da maneira que você
espera e, como eles estão apostando nos aspectos positivos da situação, eles não
tomam nenhuma medida para se protegerem no caso de as coisas darem errado, porque
eles nem sequer estão entreter qualquer noção negativa. Quando você está cego
pelo otimismo, você tem uma tendência maior a racionalizar e explicar a realidade
da situação. Mesmo quando você se depara com a gravidade da situação, seu
otimismo cego o impede de tomar qualquer ação que possa mitigar os efeitos
negativos.
resultados.
Como eu disse antes, caímos numa mentira porque queremos. O
otimismo cego é um tipo de mentira que também funciona para nos distanciar da
realidade das coisas. Você se vê confrontando uma mentira diretamente na cara, mas
talvez porque aceitar a realidade de que essa pessoa ou situação não é o que parece
ou parece ser pode ser muito doloroso, ligamos o interruptor do otimismo um pouco mais
alto. A nossa necessidade de querer acreditar que as pessoas não são tão terríveis
como podem ser faz-nos ceder a exigências que têm um impacto negativo sobre nós.
Portanto, substituímos esse instinto negativo por uma reação brilhante saída
diretamente das páginas do livro do otimismo cego. E muitas vezes fazemos isso
porque queremos nos sentir bem com a situação ou com a pessoa.
O otimismo cego afeta sua capacidade de avaliar com precisão as armadilhas
e áreas problemáticas em qualquer situação. Isso coloca você em um estado mental em
que você está quase andando nas nuvens e lhe dá uma falsa sensação de segurança.
Você se sente invencível aos riscos e deixa de tomar precauções. O lado positivo do
otimismo cego é que é mais provável que você assuma riscos do que a maioria. Em
negócios, as pessoas que são cegamente otimistas geralmente estão na

categoria dos primeiros a adotar. Quando um novo produto chega ao mercado, enquanto
outros estão ocupados calculando os riscos e tentando avaliar suas chances, esses caras
mergulham primeiro. Muitos novos negócios contam com pessoas assim.
Na vida cotidiana, o otimismo cego cria um distanciamento perigoso
da realidade. É como uma pessoa que acorda de manhã e decide que quer saltar de
paraquedas. Sem se preocupar com altitudes, condições climáticas ou paisagem, ele
apenas coloca o pára-quedas e mergulha. As chances de eles atingirem uma pedra
antes de serem capazes de abrir o pára-quedas são tão altas quanto chegarem inteiros
ao solo. Mas escolheram preparar-se apenas para a realidade que estão dispostos a
aceitar. Você não pode lidar com as pessoas da mesma maneira e não esperar algum
tipo de reação negativa. Existe a ignorância e também existe a disposição de ver o perigo
que está por vir e optar por não fazer nada a respeito. Não importa se essa pessoa
é sua melhor amiga, sua mãe ou seu companheiro. Se você detectar sinais que
podem indicar que algo mais está acontecendo, desejar e torcer para que você esteja
errado não irá protegê-lo se você estiver certo. Claro, isso poderia manter
temporariamente esse relacionamento em um bom lugar, mas no longo prazo, mesmo
isso também se desintegraria. Tirar a venda exigiria que você fosse sincero
consigo mesmo.
Há um ditado comum que diz que a verdade é amarga. Eu gostaria de poder

dizer que não foi esse o caso. Quando se trata de seu relacionamento com as pessoas,
amargo é um eufemismo na descrição da verdade. Enfrentar a realidade da situação
pode gerar uma dor que você nunca imaginou e por um tempo vai doer. Numa situação
em que suas emoções estão sendo aproveitadas, você não pode se dar ao luxo de enterrar
a cabeça na areia porque não quer enfrentar a realidade de sua experiência. Mesmo uma
revelação gradual não ajuda. O que você precisa fazer é arrancar o band-aid e enfrentar
as emoções de frente. A verdade dói, mas também libertaria você. Você só precisa
se lembrar de que toda essa dor faz parte do processo e a dor o aproxima um passo da
cura.
O CICLO VICIOSO
Uma vez que você acredita que as coisas são permanentes,
você fica preso em um mundo sem portas.
Gênesis P. Orridge
As quatro paredes que nos aprisionam numa teia de engano são as mentiras que contamos
nós mesmos, as mentiras que os outros nos contam, pensando no passado e no otimismo
cego. Cada um deles é uma faceta das falsas realidades que nos aprisionam e, por si só, podem ter
um impacto terrível sobre nós, mas quando todos os elementos trabalham juntos, os resultados
podem ser devastadores. Pessoas que escaparam ou viveram uma vida onde foram manipuladas
incessantemente podem identificar pelo menos três desses elementos em ação quando as
manipulações estavam no auge.
Tal como acontece com todas as formas de engano, tudo começa com uma mentira. A
mentira não é facilmente discernível no começo. Talvez, em um nível instintivo, você tenha a
sensação de que algo não está certo, mas não há quase nada de concreto em que basear seus
sentimentos, então você decide mentir. A decisão de mentir nem sempre acontece por si só. Você
não aceita apenas a mentira. Em um nível pessoal, você teria que se convencer a acreditar na
mentira e isso geralmente exige que você minta para si mesmo. Você diz a si mesmo que não é tão
ruim quanto parece. Você diz a si mesmo que essa pessoa não tem motivos para mentir para você.
Basicamente, você diz a si mesmo tudo o que precisa para se convencer de que seus instintos
estão errados. Para ajudar a dar substância à mentira que você está contando a si mesmo, você lança
uma boa dose de expectativas irrealistas sob o pretexto de ser otimista. Esse otimismo prejudica
ainda mais o seu bom senso e o deixa ainda mais vulnerável do que estava inicialmente.
E para eliminar quaisquer dúvidas, você recorre a uma experiência passada para validar suas escolhas
atuais e a partir daí as coisas vão por água abaixo. A situação nem sempre acontece assim. Às
vezes, um vem antes do outro, mas o objetivo é o mesmo. Para prender e enganar você.
Quando este ciclo está em jogo, o manipulador se torna o marionetista

e você se torna o fantoche. As cordas que eles usam para puxá-lo seriam suas emoções. Eles
brincam com você para cumprir suas ordens.
Agora é importante lembrar que a capacidade de uma pessoa de manipular outra

com sucesso não a torna um planejador diabólico. Esses eventos geralmente ocorrem
de acordo com uma ordem natural das coisas. Quando você deixa algo de
valor fora de sua casa e um ladrão aparece e o rouba, você não pode dizer que ele
planejou o incidente. Por natureza, essas pessoas se prepararam para serem tomadoras.
Quer tenham ou não o consentimento do proprietário, eles tendem a aceitar,
especialmente quando isso é oferecido para eles. Na mesma linha, um manipulador
tende a virar as emoções dos outros contra ele para trabalhar em seu benefício
pessoal.
As emoções são para um manipulador o que uma varinha é para um mágico. E eles
usam isso a seu favor.
Existe um amplo espectro de emoções que o ser humano médio
experimenta. E saber que as emoções são as ferramentas que os manipuladores usam
para nos explorar pode fazer com que você queira desligar instintivamente
suas emoções. E posso me identificar com essa linha de pensamento. Mas a
verdade é que entorpecer as emoções pode ter um efeito negativo adverso. Para
começar, entorpecer suas emoções pode levá-lo a tentar encontrar uma fuga em
outros lugares, como drogas e álcool, o que lhe dá a ilusão de não estar sentindo
quando, na verdade, amplifica seus sentimentos. Além disso, a escolha de entorpecer
as emoções [se tal fosse possível] significaria não experimentar também as
coisas boas. Porque, embora você queira acabar com emoções negativas como
ganância, raiva e tristeza, você também deseja experimentar alegria, felicidade
e paz. As emoções são algumas das coisas que tornam a nossa existência humana
mais valiosa e livrar-se dessas emoções seria o mesmo que viver em um mundo sem cor.
Em vez de tentar entorpecer essas emoções, podemos exercer mais controle sobre elas
e usá-las para nos ajudar a crescer como indivíduos.
E isso nos leva ao próximo tópico importante. Ao controle. Embora os

manipuladores trabalhem com nossas emoções contra nós, sua maior arma é nos
fazer acreditar que não temos controle. Esta grande ilusão nos faz pensar que
somos impotentes e indefesos e que não há nada que possamos fazer a respeito.
Mas se você repassar esta seção do livro, se você voltar ao início, perceberá algo
muito interessante.
O denominador comum em tudo isso é você e, para que os planos deles funcionem, é
necessária alguma forma de consentimento de sua parte. Não estou dizendo que o que
aconteceu ou está acontecendo com você é culpa sua. Não, longe disso. Tudo que eu sou
tentando dizer é que você não é tão indefeso quanto parece. Uma das razões pelas
quais escrevi o livro é ajudar aqueles que estão sob a influência da psicologia
obscura a escapar e superar seu domínio. E o primeiro passo para conseguir isso
é abraçar os poderes que você possui. Suas emoções podem torná-lo
vulnerável, mas com a aplicação correta do conhecimento, suas emoções podem
igualmente se tornar suas maiores aliadas nesta batalha.
Você tem uma escolha e uma voz. Não deixe ninguém convencer
você de outra forma. No próximo capítulo, examinaremos em profundidade como
nos libertar do todo. Neste momento, quero que você olhe para dentro como se
estivesse se olhando no espelho. Abrace suas emoções. O medo, a raiva, a dor.
Tudo isso faz parte de você. Pode não pintar um quadro perfeito, mas por um
momento, coloque suas expectativas de perfeição na prateleira. Em vez
disso, concentre-se no que você sente agora. Quer essas emoções sejam boas
ou ruins, escolha querer o melhor para si mesmo. O céu não se abriria, não
haveria música celestial tocando em algum lugar dos céus e a sua situação não
mudaria da noite para o dia. Pelo contrário, as coisas poderão ter de piorar antes
de melhorarem. Mas quando você faz essa escolha, você está se preparando
mentalmente para o que está por vir.
E se você precisar de uma razão mais tangível para impulsionar essa
mudança repentina daquilo que você passou a aceitar como sua zona de conforto,
lembre-se de que você é razão suficiente para que isso aconteça. Você merece o
melhor, suas opiniões são importantes e não há outra pessoa mais poderosa e mais
instrumental para influenciar essa mudança que você deseja do que você. Até este
momento, você cuidou dos outros. Você adaptou suas necessidades para atender
às expectativas dos outros, deixou de lado seu senso de identidade nos outros para
acomodar as necessidades dos outros e, por muito tempo, permaneceu na prateleira
de trás e perdeu valor. Mas não mais. Agora é a hora de zelar pelo seu próprio
interesse e não há vergonha nisso. Aquela voz negativa ou o manipulador em sua
vida gostaria de dizer que você está sendo egoísta.
Neutralize esta mentira óbvia com a verdade. A verdade é que sua capacidade de
cuidar e cuidar dos outros começa com a escolha de cuidar primeiro de si mesmo.
Portanto, ser “egoísta” neste momento é o melhor passo que você pode dar para
se tornar altruísta.
PARTE CINCO:
COMO SE LIBERTAR
ACEITE QUE VOCÊ TEM UM PROBLEMA
Muitas vezes, não se trata de se tornar uma nova pessoa,

mas de se tornar a pessoa que você deveria ser, e que
já é, mas não sabe como ser.
Heath L. Buckmaster
Muitas vezes nos concentramos mais na opinião dos outros. De como o mundo
nos vê ou como queremos que o mundo nos veja. A tendência de estilo de vida da era atual
tem seu próprio slogan, “finja até conseguir”. Esse tipo de abordagem da vida faz
com que tenhamos uma relação rápida e frouxa com a realidade. Estamos tão
envolvidos em fingir que não conseguimos tirar a máscara, mesmo quando estamos
sozinhos. Esta forma de auto-engano pode enraizar-se tão profundamente nas nossas
vidas que podemos acordar um dia e encontrar-nos numa situação que contradiz
enormemente a falsa realidade que trabalhámos tanto para preservar e que por vezes nos
choca profundamente. Se quisermos ser totalmente honestos, nem sempre somos
apanhados desprevenidos pelas mentiras que nos são contadas. Em algum nível, nós
sabemos. O que nos deixa desprevenidos é o quanto ficamos magoados com isso. E é
essa dor que nos faz fugir do problema em primeiro lugar. Para se libertar, o primeiro
passo é enfrentar a situação e romper com quaisquer ilusões. Você não pode ir mais
longe se não destruir as ilusões que o cercam. Arme-se com o conhecimento de que você
tem uma escolha. Em seguida, faça a escolha consciente de ver as coisas
como elas são. Aquele negócio que parece bom demais para ser verdade pode na
verdade ser apenas isso... bom demais para ser verdade.
Em seguida, confie em seus instintos. Há momentos em que uma mentira foi tão
magistralmente fabricado que parece ser verdade. Mas, em algum nível instintivo,
você pode sentir um desequilíbrio entre o que deveria ser, o que é e o que está sendo
projetado para você. Pode não haver nenhum sinal físico para mostrar que algo está
errado, mas você tem a sensação de que algo está
errado. Em momentos como esse, é fácil simplesmente descartar esses sentimentos e

seguir o que está sendo dito. Você pode não querer parecer rude ou ser visto sob uma
determinada luz, então cede e ignora essa voz interior. Aprender a confiar no seu
instinto requer prática ao longo do tempo. Você começa treinando em coisas pequenas e
simples. Talvez você esteja prestes a sair de casa e sinta vontade de voltar e verificar
alguma coisa. Ou talvez você apenas tenha pensado em alguém e sentiu necessidade
de ligar para essa pessoa. Esses são casos minúsculos e podem não levar a grandes
recompensas, mas aumentam sua confiança em seus instintos, de modo que,
quando surgirem situações de verdadeiras consequências, você seja mais capaz de
discernir o que seus instintos estão dizendo e agir de acordo com elas. Se você já
está em uma situação e não tem tempo para treinar sua capacidade de confiar em
seus instintos, não perca a esperança. Seus instintos existem para proteger seus
melhores interesses. E enquanto você estiver vivo, você terá instintos que querem
ajudá-lo a permanecer vivo. Nessa situação, você só quer sair dessa.
Então, o que seus instintos estão lhe dizendo?
Essa pergunta o levaria ao próximo passo. Faça as perguntas certas.
Comece por você mesmo. Tente descobrir por que você se sente assim.
Observe sua situação atual e descubra por que você não está mais satisfeito com o que
sente. Pergunte a si mesmo por que você se sente assim e veja se consegue ser mais
específico sobre seus sentimentos. Eu disse que as emoções tornam você vulnerável,
mas elas também podem servir de guia quando você se sente perdido. Quando você
não for capaz de fornecer de forma satisfatória as respostas que procura, olhe para
fora de si mesmo. Olhar para fora de si mesmo não significa necessariamente que
você deva enfrentar o predador, embora isso possa eventualmente chegar a
esse ponto. Não recomendo seguir o caminho direto imediatamente, pois você
dará ao perpetrador a oportunidade de apresentar uma defesa que pode atrapalhar ainda
mais o seu julgamento e não obter os resultados desejados. Também pode indicar à
pessoa que você pode estar atrás dela. Isso pode ativar sua própria resposta de luta ou
fuga. Em vez disso, olhe para as pessoas dentro do seu ciclo de confiança. Dado que
você está atualmente tentando navegar por uma situação que envolve quebra de
confiança, pode ser difícil decidir repentinamente em quem confiar. Se você está realmente
preocupado com isso, procure alguém que tenha pouco ou nenhum interesse
pessoal na equação. Alguém que não esteja diretamente relacionado a você ou à(s)
pessoa(s) envolvida(s) pode ser o melhor. É mais provável que essas pessoas sejam
honestas com você.
Quando você faz as perguntas, a próxima coisa importante é ouvir as

respostas. Isso pode parecer um tanto incrédulo porque, duh, você estará
ouvindo as respostas. A realidade é que nosso autoengano pode fazer com
que sejamos seletivos quanto às respostas que obtemos. Dizemos a nós
mesmos que estamos ouvindo, mas na verdade só prestamos atenção às
respostas que queremos ouvir, e não às respostas que realmente estamos
obtendo. Você pode ter destruído as ilusões ao seu redor, mas ainda há uma
parte de você que se apega ao conforto que essas ilusões trazem. A dor de
confrontar a realidade da situação impediria você de ouvir as verdadeiras
respostas às perguntas que fez. Ouvir de verdade requer algum senso
de desapego, mas desta vez não da realidade. Você precisa se desligar
de suas emoções.
Seu desapego de nossas emoções o levaria ao próximo passo
que está processando as novas informações logicamente. Agir irracionalmente
pode complicar as situações mais do que já são. Deixar todas as emoções
ferverem e virem à tona torna sua estratégia de saída muito difícil. A parte
irracional de você, quando confrontada com a verdade, pode querer que
você simplesmente deixe tudo ir para o inferno. Sua raiva, justificada com
justiça, pode estimulá-lo a tomar medidas que ajudem a pacificar suas emoções
no curto prazo. Mas, a longo prazo, você poderá se arrepender dessas ações.
Não estou dizendo que você deve negar suas emoções, estou dizendo para
não agir com base nessas emoções. Lide primeiro com as situações e depois com suas emoçõe
AJA RAPIDAMENTE
É a ação, e não o fruto da ação, que é importante.

Você tem que fazer a coisa certa.
Pode não estar em seu poder,
pode não estar em seu tempo que haverá algum fruto.
Mas isso não significa que você pare de fazer a coisa certa.
Talvez você nunca saiba quais resultados vêm de sua ação.
Mas se você não fizer nada, não haverá resultado.
Mahatma Gandhi
Você confrontou a realidade da sua situação e isso geralmente é

a parte mais difícil. No entanto, não termina aí. Você não pode esperar que a
situação desapareça sozinha. Lembre-se, você tem uma escolha nisso. Até a sua
inação é uma escolha deliberada que você fez e, como disse o grande Mahatma
Gandhi, se você não fizer nada, não haverá resultados.
Libertar-se de uma teia de engano pode ser estimulante no início, até que você tenha
que lidar com a onda de emoções que se seguirá. A intensidade das emoções
vivenciadas pode fazer com que queiramos entrar em negação. E este é um
processo normal. Nos cinco estágios do luto, o primeiro estágio é a negação.
Quanto mais você demora para agir, mais profunda e rápida sua negação se instala.
E quando a negação se instala, há uma probabilidade muito alta de que você volte ao
ciclo vicioso que caracterizou esta fase da sua vida. Evite isso tomando medidas
imediatas agora. Não precisa ser nada grandioso.
Algo tão simples como informar o seu amigo próximo da realidade da situação
pode desencadear uma série de eventos que acabarão por libertá-lo.
Depois de tomar a decisão de agir, você deve saber que o tecido do

a ilusão é feita de um material mais resistente que o vidro. Embora eu tenha
usado o termo “destrua sua ilusão”, o que realmente acontece é uma separação gradual
entre fatos e ficção. Com suas emoções em alta velocidade, a ilusão pode
estar voltando ao seu coração, usando fragmentos de suas emoções para consertá-
la. Quando um mentiroso é pego mentindo, ele ou ela pode tentar recrutar outras
pessoas para reforçar essa mentira quando sentir que não tem mais controle sobre ela.
você. Um parceiro enganoso com quem você rompeu recentemente procuraria,

neste momento, usar os outros relacionamentos mútuos em sua vida para influenciá-
lo a mudar de ideia. A pessoa que eles usam pode não estar ligada a eles. Eles
provavelmente são apenas manipulados para fazer as coisas que fazem. Os
mentirosos não têm problemas em usar amigos, familiares e até mesmo um líder
religioso para conseguir o que desejam. Você tem que defender a escolha que fez
e decidir levá-la até o fim.
Quando a estratégia para manipulá-lo por meio de outras pessoas
falha, a próxima coisa que eles fazem é recorrer ao antigo método, que é sugar suas
próprias emoções. Em situações de divórcio, os cônjuges usam as preocupações
emocionais do parceiro com os filhos para arrastá-los. Ameaças como se você for
embora e nunca mais ver as crianças são usadas. Nas negociações comerciais,
geralmente há uma ameaça implícita de cortar o contato da outra pessoa sem
qualquer forma de pagamento. Este é um último esforço do manipulador para tentar
controlar sua vítima. Eles sabem que seus chars não são mais eficazes e se sentem
ameaçados pela perda de controle, eles usam jogos de poder como esse para tentar
ganhar vantagem. Os jogos de poder geralmente envolvem formas de chantagem
que vão desde coisas mesquinhas até segredos profundos que lhes foram
confiados quando o relacionamento era bom. O chantagista pode querer
obter pagamentos financeiros, mais influência no acordo de negociação e, para
os indivíduos mais sinistros, apenas quer o controlo.
Nesse ponto, as ações deles podem deixá-lo encurralado, fazendo com
que você queira atacar e reagir. Eu desaconselho fortemente isso. Você precisará
de sua lógica e de seus instintos se quiser sair ileso dessa situação.
Embora a verdade da situação seja que quando você descobre que lhe mentiram
consistentemente, você fica emocionalmente assustado, então a questão de
sair ileso da situação fica muda. No entanto, deve-se dar prioridade a seguir o
caminho que lhe permita sair daquela situação tóxica sem se prejudicar ainda mais.
Emocionalmente, você está em todo lugar. Raiva, raiva, mágoa e decepção são
apenas a ponta do iceberg. Mas você precisa pensar logicamente. Mantenha a
cabeça acima da água e esteja alerta.
Dizem que um animal é mais perigoso quando se sente encurralado.
Para um humano, é pior. Quando uma pessoa é pega na teia de engano que
ela mesma teceu, ela quer fazer de tudo para se proteger. Nesse momento,
seus instintos egoístas de se manterem protegidos entram em ação e eles estão
dispostos a fazer qualquer coisa para evitar
enfrentando as consequências de seus atos. Tal como acontece com a natureza

humana, não é possível prever até que ponto estão dispostos a ir para evitar isso.
Portanto, em vez de acenar com a sua agenda para levá-los à justiça na cara deles, a
sua prioridade deve ser garantir que você está seguro. Se for possível, eu recomendaria
uma separação física, mesmo que temporária, da pessoa que você sente que está
manipulando você. Isso não apenas ajuda a lhe dar espaço para pensar com
clareza, mas também pode ajudar a enfraquecer o controle que eles exercem sobre
você. Porque estar na mesma proximidade, especialmente se eles estiverem em seu
próprio território, pode torná-lo mais vulnerável a mais manipulações.
Muitos mentirosos e manipuladores ativam seus encantos quando são pegos.
Eles pareceriam profundamente arrependidos, arrependidos e podem até fazer de
tudo para tentar convencê-lo de seu remorso.
Mas não caia nessa, pois isso pode ser apenas mais um ato e mais uma manobra
para manipulá-lo para que tome medidas menos drásticas que eles podem não
achar favoráveis. Se você sentir que sua determinação está enfraquecendo, pelo menos
saia. Essa ação por si só pode fazer a diferença.
OBTENHA AJUDA RÁPIDO
A melhor maneira de não se sentir desesperado é levantar-se e fazer alguma coisa.

Não espere que coisas boas aconteçam com você.
Se você sair e fizer acontecer algumas coisas boas, você
encherá o mundo de esperança, você se encherá de esperança.
Quartel Obama
Quando você se vê preso pelas manipulações dos outros, um

Uma das emoções que você experimentaria seria a confusão. Isso contribui para
turvar o seu pensamento racional, deixando-o com uma sensação de desamparo.
Neste ponto, você pode até estar questionando a realidade do que está enfrentando.
Se você continuar a ter essas dúvidas, isso o levará à negação. Você
provavelmente vai querer concluir que entendeu toda a situação errada.
Que você interpretou mal certas coisas e chegou à conclusão errada.
Esse tipo de pensamento levaria de volta aos braços do manipulador.
Resista à tentação de ceder obtendo uma segunda opinião. Numa crise de saúde,
as pessoas procuram outro médico para obter uma segunda opinião. Isso é para
eliminar qualquer dúvida que você possa ter sobre o primeiro diagnóstico e afirmar
o melhor tratamento para você. Da mesma forma, obter a opinião de outra pessoa
pode ajudá-lo a discernir a verdade da situação e quais serão os seus próximos
passos. Lembre-se de que é melhor procurar alguém que já provou inúmeras vezes
que tem o melhor interesse para você.
Agora que você tem a confirmação necessária, não tente enfrentar o desafio
sozinho. A situação pode não ser algo que você queira que alguém além de você
saiba. Você pode estar preocupado que as pessoas o considerem ingênuo por estar
onde está. A verdade é que provavelmente o farão. Mas eles têm direito às
suas próprias opiniões. Não deixe que o medo do que as pessoas possam dizer
arruíne sua chance de criar uma vida melhor para si mesmo. Você não precisa
provar nada para ninguém além de si mesmo. O mundo pode pensar o que
quiser. No momento, sua prioridade é sair da situação e sobreviver o suficiente para
prosperar. Uma mentira pode ser pequena e mesquinha, mas quando é contada
com o objetivo de fazer algo que você não queria, dói. Isso faz você questionar tudo
sobre
você mesmo e provoca essa batalha interna. Você não deve atiçar as chamas desta
batalha lançando opiniões de pessoas que não têm ideia do que significaria estar no
seu lugar. Se precisar de ajuda extra, procure-a e esteja disposto a aceitá-la. Se você
puder lidar com a situação sozinho, por favor, faça-o. Apenas tenha certeza de que, seja
qual for a decisão que você tomar, o objetivo é tirá-lo e não colocá-lo nos bons livros de
outras pessoas.
Você merece mais que isso.
Quando você tiver a ajuda necessária, o próximo passo é enfrentar o
autor. Eu sugiro que você escolha a cena ou local para isso. Escolha um lugar
que você sabe que lhe dará vantagem. Isso exigiria algum planejamento cuidadoso
de sua parte. Se o perpetrador existir no mundo cibernético, você terá que envolver
a polícia e as autoridades relevantes, especialmente se a pessoa roubou seu
dinheiro. Faça sua própria investigação preliminar. Existem aplicativos de software que
executam reconhecimento facial em sites populares de mídia social como Instagram
e Facebook.
Procure pistas sobre a verdadeira identidade da pessoa nas conversas que você teve
e somente quando estiver munido de evidências suficientes você a confrontará. Se o
confronto acontecer antes de você ter provas, você corre o risco de assustá-los e
mandá-los para seus esconderijos. É claro que, com as autoridades envolvidas, você
ainda as pegaria eventualmente, mas poderia levar mais tempo do que normalmente
levaria se você tivesse se preparado pacientemente antes de fazer o confronto.
Quando é alguém que mora perto de você, as coisas podem ter que ser feitas
de forma diferente. Se você teme por nossa vida de alguma forma, por favor, não
confronte essa pessoa sozinho. Em relacionamentos abusivos, é melhor evitar
totalmente os confrontos. Basta dar o seu tempo e procurar a melhor oportunidade
para escapar. Não ceda às exigências de ter “uma última conversa”. E se você
precisar consentir em uma reunião como esta, certifique-se de não estar sozinho.
Notifique as pessoas que se preocupam com você e tenha pelo menos uma pessoa
presente durante esta reunião. Sua segurança é a prioridade. Se você estiver em uma
situação abusiva, é isso que eu aconselho você a fazer;
1. Entre em contato com uma organização local que atenda vítimas de abuso
em sua área. Este é provavelmente o melhor e mais importante passo a
ser dado, pois eles têm profissionais que estão lá para orientá-lo e aconselhá-
lo sobre seu próximo curso de ação.
2. Saia enquanto pode. Não espere por esse grande pagamento, o certo
momento ou algum evento significativo. Quando você tiver a oportunidade,
aproveite-a e use-a. Lide com as consequências mais tarde. E se
a oportunidade não se apresentar, tenha um plano de segurança que leve
à sua fuga. Faça tudo o que puder para permanecer vivo e, assim que o
momento se apresentar, interrompa-o.
Depois de confrontar o agressor e tomar as medidas necessárias para sair da situação,
você precisa iniciar o processo de cura imediatamente. Não importa a escala e a
gravidade com que você foi ferido, manipulado ou abusado.
Você precisa ser capaz de superar isso e esperar o tempo para “curar” suas
feridas exige mais do que sentar no sofá e reviver o passado.
O tempo lhe daria distância suficiente de sua experiência, mas se você aprendeu
alguma coisa com este livro é o fato de que as cicatrizes emocionais quase nunca
cicatrizam. Se você não fizer algo a respeito, uma crosta prejudicial à saúde poderá
se formar sobre a ferida, deixando-o tão vulnerável, se não mais, do que quando
estava vivendo a experiência. Converse com um conselheiro, faça terapia,
seja o que for que você escolha fazer, tenha um papel ativo na facilitação do
processo de cura. Isso não acontecerá da noite para o dia, mas você tem certeza de
que a cada dia e a cada passo que dá na terapia, você está mais perto de melhorar.
NÃO SE COBRE
Não é o escândalo original que coloca as pessoas em maiores problemas...

é a tentativa de encobrimento.
Tom Petri
Passar por algo tão difícil e traumático como viver com o

mentiras de alguém em quem você confia podem ter um efeito psicológico profundo.
Quando comecei este livro, meu objetivo era ajudar as pessoas a filtrar as mentiras em
seu ambiente cotidiano e a viver acima das manipulações dos outros. Todo o foco
deste livro foi 80% em ajudar a olhar para dentro e o restante foi dedicado a ajudá-lo a
entender o que realmente é a psicologia sombria. Mas há um aspecto que não abordamos
e é algo que vocês terão que vivenciar por conta própria. Esse aspecto são as pessoas
que perpetram esses atos. Forneci informações básicas para ajudá-lo a decodificar
elementos e características da psicologia sombria, mas isso é o mais longe que posso ir.
Isso ocorre porque as pessoas com maior probabilidade de usá-lo e

manipulá-lo são pessoas que você ama e confia. A duração do relacionamento que você
teve com eles não garante que eles sejam incapazes de machucá-lo. Às vezes, o
tempo que passamos com você ajuda a consolidar sua confiança neles, tornando
você mais vulnerável e mais suscetível aos seus encantos. Isso não quer
dizer que todos os relacionamentos que você tem levariam a alguma forma de
manipulação no futuro ou que estranhos de repente representem uma característica
menor. O que quero dizer é que não há como simplesmente determinar que
essa pessoa vai machucar você. O melhor que você pode fazer é ficar atento aos sinais
que mencionei e manter a mente aberta, porque você pode lutar mais com a ideia
de que essa pessoa em quem você confiou o machucou dessa maneira do que com a
coisa real que foi feita a você.
Em tal situação, o seu primeiro impulso seria negar. Esta negação
te machuca mais do que ajuda. Em vez de encobrir, você deveria encarar a verdade
embaraçosa de frente. Reconheça a situação como ela é. E tente não permitir que suas
emoções atrapalhem sua capacidade de tomar decisões racionais.
Porque sim, ser manipulado é uma droga e as pessoas que fazem isso merecem algum
tipo de punição, mas todos nós sabemos que as coisas geralmente são mais
complicado do que isso. E se a pessoa for sua irmã, irmão, cônjuge, melhor amigo,
líder espiritual? Como então você lida com isso?
Eu começaria dizendo que o status deles na sua vida não
automaticamente os torna imunes às consequências de suas ações. Mas existem
outros fatores que podem ser afetados negativamente por qualquer decisão
que você tome. Então, a primeira coisa que você precisa fazer é enfrentar a verdade
embaraçosa. Que eles falharam com você e machucaram com suas intrigas e
ações. Em seguida, decida se vale a pena continuar o relacionamento deles. Seu
parceiro te traindo e mentindo sobre isso o tempo todo é terrível, mas você
realmente quer ser o fim desse relacionamento? Há crianças envolvidas? O que
acontece se você interromper repentinamente seu parceiro? Você precisa saber
que, numa situação como essa, interromper a pessoa não é a única resposta.
Portanto, pergunte-se as perguntas certas. Eu começaria perguntando, salvo a
ofensa que cometeram, como era o relacionamento? Foi bom? Vale a pena salvar?
A pessoa está pronta para dedicar a quantidade de trabalho necessária para
consertar as coisas novamente? Você está pronto para trabalhar?
Se você decidir desistir, precisará descobrir como gerenciar os
relacionamentos que estão ligados às consequências disso. Se não houver vínculos,
passe para o próximo capítulo sobre como perdoar a si mesmo. Se houver
vínculos, dependendo da natureza dos vínculos, ambos poderão ter que apresentar
uma narrativa sobre como desejam proceder. Se esses laços forem instáveis,
você pode simplesmente optar por seguir caminhos separados, sem fornecer a
ninguém qualquer informação adicional, pois não lhes deve nenhuma explicação.
Faça o seu melhor para curar e seguir em frente sem prejudicar nenhum outro
relacionamento, a menos que seja necessário. Se você decidir continuar com
seu relacionamento com a pessoa, terá um trabalho difícil porque será uma batalha
difícil e longa e difícil. Você vai superar isso, sem dúvida, mas não sem vontade e esforço.
Ambas as partes teriam que mostrar sua disposição de curar o
relacionamento. Pedir desculpas profusamente é um bom começo, eles precisariam
fazer mais do que isso. A estrutura da confiança foi rasgada e consertá-la exigirá
tempo, esforço e comprometimento. Vocês dois devem ser realistas nas
expectativas um do outro. A pessoa que inadimplente teria que trabalhar duro
para reconquistar sua confiança. E a pessoa ferida teria que trabalhar duro
para aprender a acreditar naquela pessoa novamente. Haverá falhas inicialmente,
mas o que manteria as coisas fortes seria o compromisso renovado de continuar
diariamente.
Para começar, você pode querer dar espaço um ao outro após o primeiro
crise. O espaço pode durar de alguns dias a algumas semanas, mas não deve exceder um
mês. Use esse tempo para processar seus sentimentos sobre o incidente. Tente separar
a pessoa de suas ações porque, por mais prejudiciais que tenham sido suas ações, há muitos
fatores que podem ter contribuído para isso. Pode parecer dar desculpas, mas não é.
As circunstâncias podem levar as pessoas a tomar certas ações, mas essas ações não definem
inteiramente o seu caráter. Se você tomou a decisão de consertar esse relacionamento,
talvez seja necessário adotar essa abordagem em seu pensamento.
Em seguida, mantenha a linha de comunicação aberta. Eu não estou dizendo que você
tenho que analisar cada pensamento entre vocês dois. Apenas não excluam um ao outro.
As conversas podem parecer abafadas no início, mas com o tempo vocês podem voltar ao
ritmo. Seja honesto em suas conversas, mas tente não falar por despeito. Evite trazer à tona o
passado sempre que tiver uma discussão. Apegar-se ao que aconteceu torna difícil superar
isso e crescer até onde você deseja estar. Fique enraizado no presente. Lembre-se de que viver
no passado não traz nenhum benefício real.
Acima de tudo, confie que você tomou a decisão certa. Quando você descobre
que foi manipulado e mentiu, não é apenas a confiança nos outros que é quebrada. É
confiar em você também. Você questiona seu julgamento a cada passo. Fique enraizado
no presente e confie que tomou a decisão certa e racional para consertar as coisas. Mas não
aumente a pressão sobre si mesmo, tornando obrigatório que o novo relacionamento funcione.
Esforce-se, invista tempo. Mas não fique desapontado se as coisas não funcionarem como você
esperava.
PERDOE Á SI MESMO
Dê um passeio pelo jardim do perdão e colha uma

flor do perdão por tudo que você já fez.
Quando chegar a esse momento que é
agora, faça um perdão total e pleno de toda a sua vida e
sorria para o buquê em suas mãos porque é realmente lindo.
Stephen Richards
As pessoas presumem que, quando você foi injustiçado, a principal parte

que exige perdão é a pessoa que cometeu a ofensa em primeiro lugar. Geralmente,
eles estão certos. Mas numa situação como esta, em que se estabeleceu
uma relação com o agressor e este se aproveitou da relação, uma das
pessoas improváveis que exigem perdão é a vítima. Há uma razão pela qual,
mesmo quando os laços com o agressor são rompidos, você ainda experimenta
emoções como depressão, raiva, irritabilidade, ansiedade, alterações de humor, entre
outras coisas.
Essas são emoções normais de se experimentar, mas você pode não estar
experimentando-as pelos motivos que pensa. Existe uma possibilidade muito forte
de que a razão de todas essas emoções seja a culpa e a vergonha. Essa culpa não
decorre de algo que você acha que fez de errado. Está enraizado no pensamento
de que você fez algo que não deveria fazer.
Você se sente culpado por ser ingênuo, vulnerável e por geralmente
se colocar em uma situação em que foi facilmente manipulado. Você está se
sentindo culpado pela dor que acha que causou a si mesmo. Todos nós já
estivemos nessa situação em algum momento. Sentimo-nos culpados porque as
nossas ações ou omissões causaram sofrimento a outras pessoas, mesmo que não
estivéssemos diretamente envolvidos na perpetração do ato. A primeira coisa que
você precisa fazer é lembrar-se de que, independentemente do que aconteceu,
a culpa não é sua. Talvez você não consiga mudar essa percepção da noite para
o dia, mas com o tempo, ao lembrar-se constantemente desse fato, você
começará a acreditar em si mesmo. Para afirmar ainda mais essa crença, você
também deve se lembrar de que as lições que aprendeu com isso o colocaram em uma situação melh
posição para se proteger contra qualquer incidente semelhante que ocorra no

futuro.
O próximo passo é aceitar que o passado não é algo que você possa
mudar. Aconteceu, você aprendeu e seguiu em frente. Não há necessidade de
ficar revivendo as experiências que você teve. Ficar pensando no que
aconteceria, no que poderia ter sido, no que você poderia ter, deveria ter feito
e teria feito, não pode de forma alguma mudar um único segundo do que já
aconteceu. O melhor que você pode fazer é pegar as lições que aprendeu e
moldá-las nos novos princípios pelos quais viver. Você aceitou corajosamente
a realidade da situação, apesar das mentiras que lhe foram contadas. Agora é o
momento de aceitar que este negócio foi concluído no passado e lá permanece.
Você pode estar lidando com as consequências da crise, mas isso não significa
que ela ainda esteja acontecendo. Aceite cada dia como ele chega e encontre
mais motivos para olhar para frente em vez de olhar para trás. Se você está
tão ansioso com o passado, pode tirar um dia para reconstituir o passado. Uma
maneira de fazer isso é refazer mentalmente. Escreva o que você acha que
poderia ter feito para mudar as coisas, dando tudo o que você sabe agora. E
então siga em frente. O objetivo deste exercício é dar-lhe algum tipo de controle
sobre o que aconteceu. Recupere seu poder e passe para a próxima coisa.
Agora que você reescreveu o passado, é hora de virar a próxima página
e começar o próximo capítulo de sua vida. Comece enfrentando seus
arrependimentos. Eles têm uma maneira de agravar nossos sentimentos.
Aceite que você fez o melhor que podia nas circunstâncias e dê espaço para
crescer. Lembre-se, o seu não foi um crime. Você apenas teve a infelicidade de
confiar na pessoa errada. Atribua a culpa à pessoa certa. Usar afirmações
como “Sempre me apaixono pela pessoa errada” ou “Sou tão ingênuo” é muito
autolimitante. Aprofunde-se em si mesmo para descobrir exatamente de onde
vêm esses pensamentos. Somente quando você identificar a emoção
subjacente é que poderá superar essas afirmações negativas.
E quanto mais você aceitar essas frases negativas, mais agudos serão seus
níveis de ansiedade. Isso ocorre porque você pode ficar um tanto
paranóico em relação ao seu relacionamento com as pessoas, vendo que os
inimigos são apenas amigos e interpretando o significado errado em cada ação.
Finalmente, há a questão do amor. Podemos ser duros ao lidar com os
outros, mas a pessoa com quem somos mais duros somos nós mesmos.
Achamos mais fácil perdoar o perpetrador do que perdoar a nós mesmos e o custo de
esse comportamento são padrões autodestrutivos que são evidentes em nossos

outros relacionamentos. Sabotamos esses relacionamentos antes mesmo de começarem.
Usando o pretexto de impedir outro relacionamento manipulador, destruímos novos
relacionamentos. O verdadeiro motivo desse comportamento é a perda do sentimento de
amor próprio. No fundo, você não sente que merece amor, mas porque prefere ouvir isso de
si mesmo, você queima pontes. Existem pílulas para ajudá-lo a lidar com a ansiedade e a
depressão, mas não existem pílulas para ajudar a chegar a esse ponto onde você se
apaixona completamente por si mesmo. Isso exigiria algum trabalho e no final das contas
valeria a pena. Não existem regras rígidas ou rápidas sobre como iniciar esta jornada para
a autodescoberta.
Porém, acredito que acordar diariamente com afirmações positivas como “Eu me amo e
mereço ser amado” é um começo. Extravagante no início, mas no longo prazo é muito eficaz.
E quando você tiver resolvido seus problemas com o passado, perdoado a si

mesmo e iniciado o processo de aprender a amar a si mesmo, agora é hora de deixar ir. Toda
essa dor, toda essa negatividade, toda essa raiva... reconheça isso por um momento e
depois deixe ir. Todos os passos listados neste capítulo são excelentes, mas o processo de
cura só é concluído quando você se desapega.
CONFIE NOS SEUS INSTINTOS
Confie em seus palpites.

Geralmente baseiam-se em fatos arquivados logo abaixo do nível consciente.
Irmãos Dr. Joyce
Em um dos capítulos anteriores, abordamos isso brevemente. Decidi dedicar um

capítulo inteiro a isso porque quando você está lidando com as forças da psicologia sombria,
sua principal defesa contra ela é o seu instinto.
Enquanto seu cérebro interpreta sinais com base em fatos, lógica e, às vezes, experiência, seu
coração trabalha na extremidade oposta, peneirando informações através de um filtro de
emoções. Seu instinto é a única coisa que capta vibrações que nem o coração nem o
cérebro conseguem captar. E se você conseguir se preparar a ponto de reconhecer sua
voz interior e ser treinado para reagir a ela, reduzirá suas chances de ser seduzido por
pessoas que tentam exercer sua vontade manipuladora sobre você.
Para começar, reconhecer essa voz é difícil. E isso é porque acabou

ao longo das nossas vidas, permitimos que vozes de dúvida, auto-
discriminação, bem como as vozes altas dos críticos internos e externos, abafassem a nossa
voz autêntica. Essa voz ou instinto depende da sua sobrevivência. Portanto, confie que,
quando ele entrar em ação, ele sentirá coisas nas suas imediações que os neurônios do seu
cérebro ainda podem processar. Algumas pessoas chamam isso de intuição, e outras
se referem a isso como instinto, são sem dúvida a mesma coisa, principalmente quando
se trata de relacionamentos. Para começar a confiar em seus instintos, você precisa
aceitar que nem sempre isso faz sentido lógico. Se você já esteve fazendo alguma coisa e
de repente experimentou a sensação de estar sendo observado, então sabe a que
estou me referindo. Você não tem olhos na nuca, não há mais ninguém na sala com
você, mas você sente um pequeno arrepio que percorre sua espinha e um “conhecimento
repentino” de que está sendo observado. É exatamente disso que estou falando.
O primeiro passo para se conectar com seu instinto é limpar sua mente das vozes
que você deixou entrar. Você pode fazer isso com meditação.
Esqueça a conversa “ele disse, ela disse”. Concentre-se no seu centro. Aquela voz que
você sabe que é você. Em seguida, preste atenção aos seus pensamentos. Não descarte
simplesmente aqueles monólogos ecléticos que você tem na cabeça. Em vez disso, siga o
fluxo dos pensamentos. Por que você pensa de determinada maneira sobre determinada pessoa?
Por que você se sente tão profundamente por essa pessoa, embora só se conheçam há alguns
dias? Qual é esse sentimento incômodo que você tem em relação a essa outra pessoa? Ao
explorar seus pensamentos, você fica mais sintonizado com sua intuição e entende quando
seus instintos entram em ação e como reagir a eles. Se você é o tipo de pessoa que prefere
tomar decisões impulsivas, talvez precise aprender a dar um passo atrás para fazer uma
pausa e pensar. Este momento de pausa lhe dá a chance de realmente refletir e avaliar suas
decisões.
A próxima parte é difícil e poucas pessoas seriam capazes de

siga em frente. Infelizmente, esta não é uma etapa que você possa pular ou navegar.
Esta parte envolve confiança. Para poder confiar no seu instinto, você precisa estar aberto à
ideia de confiar em si mesmo e nos outros. Sua incapacidade de confiar nos outros apenas o
deixaria paranóico e, quando você está paranóico, não são seus instintos que atuam. É o
seu medo. O medo tem a tendência de transformar cada montículo em uma montanha.
Você tem que abandonar o medo, abraçar a confiança e deixar que isso conduza seus novos
relacionamentos. Sem os obstáculos colocados pelo medo em sua mente, você será mais capaz
de ouvir a voz interior.
Finalmente, você precisa reavaliar suas prioridades. Se o dinheiro e os bens

materiais estiverem em sua mente, talvez você não consiga enxergar além deles. Cada
interação que você tem com as pessoas seria interpretada como pessoas tentando
tirar vantagem de você e se você insistir nisso com bastante frequência, logo se tornará sua
realidade. Você sabe como atrai o que pensa para sua vida. Se você pensa constantemente
na riqueza material, só atrairá pessoas que pensam da mesma forma que você.
Usando isso como guia, visualize todos os seus relacionamentos; o velho, o novo
e a perspectiva com esta nova retrospectiva. Não entre em um relacionamento esperando
ser enganado. Quer se trate de um relacionamento comercial, romântico ou até mesmo de
um relacionamento regular, seja aberto ao abordá-los. Dessa forma, você pode obter o
feedback correto da sua intuição sobre eles. Além disso, não pense que seu instinto lhe dirá
para correr na direção oposta quando encontrar pessoas suspeitas. Seria um pequeno e
simples empurrão.
Lembro-me de uma experiência que tive durante uma de minhas viagens. eu entrei
esse táxi. Não havia nada fisicamente que eu pudesse apontar para dizer que isso
me desencadeou. Só sei que tive uma repulsa repentina pelo motorista. Fiquei
impressionado com esse cheiro de axilas suadas. Não gosto muito de odores corporais,
mas já fui pego em situações em que simplesmente tive que sorrir e aguentar [alguém anda
de elevador?]. Mas neste caso, eu só queria sair do táxi. Assim que chegamos a um local
proeminente e bem iluminado, pedi para descer, embora não fosse minha parada. Assim que
desci, uma viatura parou ao lado dele. Aparentemente, eles foram notificados de seu
envolvimento no caso de roubo e sequestro. Não sei se ele tinha os mesmos planos para
mim. Tudo que eu sabia era que no momento em que entrei não conseguiria sair rápido o
suficiente. Meu instinto não me disse para correr ou que ei, seu motorista é um
sequestrador. Isso apenas me fez sentir como se houvesse algo errado em estar no
carro. É tão simples.
Da mesma forma, seus instintos falariam com você usando uma linguagem que
você entende. Quer sejam arrepios na espinha, arrepios ou apenas uma súbita necessidade
de vomitar, você reconhecerá esse sentimento quando o experimentar e, com a prática,
aprenderá a confiar nele.
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SUAS NEGÓCIOS
Bom melhor melhor.

Nunca deixe descansar.
Até que o seu bem seja melhor e o seu melhor seja melhor.
São Jerônimo
Os cristãos têm um ditado: “você colhe o que planta”. É mais

do que apenas uma frase bíblica. Ele encapsula a ordem natural das coisas. É claro que
sabemos que às vezes coisas ruins acontecem a pessoas muito boas e vice-versa. Mas nunca
acredite, nem por um momento, que as pessoas não recebem o castigo. Porque eles fazem.
Quando você foi maltratado na vida, você naturalmente quer se fechar e se fechar para as
pessoas. E se você tiver que lidar com pessoas, você deve sempre se posicionar onde possa ter
vantagem. O problema com esse tipo de pensamento é que, devido às suas experiências, você se
torna uma vítima que tomou a decisão [pelo menos no nível subconsciente] de tornar outras
pessoas vítimas.
Você pode encontrar prazer temporário em distribuir a mesma carta

que outras pessoas o entregaram a pessoas inocentes, mas o dano a longo prazo pode ser
devastador. Além disso, você pode acabar desencadeando uma cadeia de eventos com um
efeito dominó que pode voltar para você. Mesmo quando lhe for apresentada a oportunidade,
não a aproveite. Em vez disso, inverta a situação optando por encerrar o ciclo de dor com você.
Como alguém que já esteve aqui, posso dizer que não é fácil. Quando adolescente, eu era
extremamente tímido. Achei difícil conversar com as pessoas. Mesmo quando estava com
pessoas como meus pais e irmãos, que conheci quase toda a minha vida, não saí totalmente da
minha concha. Mas tudo isso mudou quando conheci Debbie. Ela era meu sonho de colégio e
lembro-me de estar dolorosamente apaixonado por ela.
Foi necessária muita energia mental para finalmente criar coragem para convidá-la
para sair. E quando o fiz, fiquei ainda mais impressionado com o fato de ela ter dito sim. Andei
na luz do sol pelos próximos 3 meses até descobrir que era apenas uma aposta. Sim, eu sei que
parece muito com aquele filme adolescente
isso foi um golpe naquela época, exceto que desta vez, eu fui a vítima. Doeu mais
do que as palavras podem dizer e essa não foi a pior parte. Fui humilhado da
pior maneira que uma pessoa como eu pode ser. Você conhece aquele sonho que
todos nós temos onde você está no palco na frente de toda a escola e de
repente se vê nu? Isso foi muito pior do que isso.
Não tenho certeza de como consegui passar aquele mês na escola e
muito menos todo o ano letivo, mas consegui. Avançando para meus anos pós-
faculdade, conheci Debbie novamente. Digamos apenas que eu estava em
uma posição mais vantajosa e tinha a opção de usar meu escritório para dificultar
a vida dela, mas optei por não fazê-lo. Inicialmente, ela interpretou isso como
significando que eu ainda sentia algo por ela e tentou tirar vantagem disso. Eu
educadamente informei a ela que estava apenas fazendo meu trabalho. Se eu
tivesse mantido os sentimentos que tive por ela no passado, teria reagido de
forma diferente. Ou ela teria tido sucesso em suas tentativas de me seduzir ou
eu teria sido seduzido a usar os poderes que minha posição oferecia para “puni-la”.
Mas eu não fiz nenhum dos dois. E nessa decisão, encontrei a verdadeira liberdade.
A vida tem uma maneira engraçada de se resolver. Não
assuma a responsabilidade de ser o dispensador de justiça. Em vez disso, arme-
se com as lições que aprendeu e use-as a seu favor. Como São Jerônimo
disse na citação introdutória, dê o seu melhor... mesmo quando for posto à prova.
CONCLUSÃO
Tenho ouvido pessoas emitirem advertências dizendo: “o coração do homem é

desesperadamente perverso”. Não sei quem disse isso ou onde ouvi, mas está gravado na minha
cabeça e acho que é verdade. Não existem dispositivos ou aplicativos de software que possam
ser usados para decifrar os pensamentos de outra pessoa.
O melhor que você pode fazer é compreender seus próprios pensamentos e sentimentos e fazer o
melhor para viver de acordo com seus princípios e valores. Mas só porque você não sabe se seu
novo melhor amigo está traindo ou não, não significa que você deva passar seus dias obcecado por
isso.
Porque sim, as verdadeiras intenções do coração de um homem estão ocultas.
Contudo, a capacidade do homem de fazer o bem é tão grande quanto a de seguir o outro
caminho, e esta não é a melhor parte. A melhor parte é que para cada pessoa que te machucou no
passado, há mais cem que querem fazer o bem a você. Pode parecer incrédulo, mas esta é a
realidade da situação. Este livro não foi escrito para assustá-lo e fazê-lo recuar para dentro de
sua concha e evitar lidar com outras pessoas. Pelo contrário, escrevi-o para ajudá-lo a fazer
melhores escolhas nos seus relacionamentos.
Ao compreender os truques e ferramentas que alguns empregam ao lidar com os

outros, você estará mais bem equipado para se proteger de tais vícios. E se você foi magoado por
outras pessoas, este livro pretende ajudá-lo no processo de cura. Nada na vida é concluído.
Podemos ter chegado ao final do livro, mas isso não significa que o seu processo terminou. Se
você levar a sério as lições que compartilhei com você, poderá se abrir com sucesso para as
perspectivas maravilhosas que a vida reserva para você. A jornada para obter uma compreensão
mais profunda de si mesmo e descobrir a si mesmo é uma experiência muito gratificante.
Portanto, feche este livro, mas mantenha o coração e a mente abertos. Alguns dos
os clichês da vida têm um impacto tremendo em nossas vidas. Ame muito, sorria mais e o mais
importante, deixe ir. A vida é preciosa e maravilhosa demais para ser vivida de outra maneira. E
sempre acorde com a lembrança de que você merece o melhor que a vida tem a oferecer. Obrigado
por me levar nesta jornada com você.
Obrigado
Antes de você ir, só queria agradecer por ter adquirido meu livro.
Você poderia ter escolhido entre dezenas de outros livros sobre o mesmo assunto,
mas arriscou e escolheu este.
Então, um ENORME obrigado por adquirir este livro e por ler até o fim.
Agora eu queria te pedir um pequeno favor. Você poderia considerar postar um

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Dark Psychology The Practical Uses and Be James W. Williams

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Como detectar e se defender contra manipulação, engano e escuridão

PUBLICADO POR: James W. Williams

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