A reforma Protestante ou Reforma Europeia foi um movimento relevante dentro do
cristianismo ocidental na Europa do século XVI que representou um desafio religioso e político para a Igreja Católica e em particular para a autoridade papal, decorrente do que eram percebidos como erros, abusos e discrepâncias cometidos pelo clero. A Reforma foi o início do protestantismo, além de ser considerada um dos eventos históricos que marcam o fim da Idade Média e o início do período moderno na Europa. Houve movimentos de reforma anteriores a Martinho Lutero. Embora a Reforma seja geralmente considerada como tendo começado com a publicação das Noventa e cinco teses de Martinho Lutero em 1517, ele não foi excomungado até janeiro de 1521 pelo Papa Leão X. O Édito de Worms de maio de 1521 condenou Lutero e proibiu oficialmente os cidadãos do Sacro Império Romano de defender ou propagar suas ideias. A disseminação da prensa móvel de Gutenberg forneceu os meios para a rápida disseminação de materiais religiosos no vernáculo. Lutero sobreviveu após ser declarado fora da lei devido à proteção de Frederico, o Sábio. O movimento inicial na Alemanha se diversificou e surgiram outros reformadores como Huldrych Zwingli e João Calvino. Os principais eventos do período incluem: a Dieta de Worms (1521), a formação do luterano Ducado da Prússia (1525), a Reforma Inglesa (1529 em diante), o Concílio de Trento (1545-63), a Paz de Augsburgo (1555), a excomunhão de Elizabeth I (1570), o Edito de Nantes (1598) e a Paz de Westfália (1648). A Contrarreforma, também chamada de Reforma Católica ou Reavivamento Católico, foi o período de reformas católicas iniciadas em resposta à Reforma Protestante. O período histórico que representa o fim da era da Reforma ainda é contestado entre os estudiosos contra a reforma
Teólogo francês, pastor e reformador em Genebra, na
Suíça, considerado o sucessor de Martinho Lutero e aclamado como o reformador mais importante na segunda geração da Reforma Protestante.
João Calvino (Jean Cauvin), nasceu em Noyon, nordeste da
França, em 10 de julho de 1509. Seus pais, católicos praticantes, desde cedo instruíram os dois filhos, Charles e Jean, nos princípios da fé que professavam. Pelo fato de seu pai, Gérard Cauvin, manter ligações estreitas com o bispo da cidade, Calvino usufruiu de privilégios que lhe propiciaram uma excelente educação. Sua mãe, Jeanne Lefranc, oriunda de uma nobre família francesa, faleceu quando ele tinha 6 anos. Durante a infância, ele conviveu e estudou com os filhos das famílias locais. Sua inteligência e dedicação aos estudos lhe oportunizaram, já na adolescência, mudar-se para Paris, em 1523, onde estudou latim e humanidades. Em 1528, iniciou seus estudos na área jurídica em Orleans e depois em Bourges, onde também estudou grego. Nessa época, ele solidarizou-se com a causa da Reforma, pois simpatizava com as posições antipapistas.