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PLANO DE ENSINO – 2018.

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CURSO DE DIREITO

Disciplina: CIÊNCIA POLÍTICA - TEORIA POLÍTICA Código:


Posição da grade do curso: 1º semestre Carga horária semestral: 80 H/A

EMENTA:
Estado e Sociedade; Teoria Política; Absolutismo; Contratualismo; Liberalismo Político; Concepções de
Estado; Elementos Constitutivos; Democracia: fundamentos e desafios contemporâneos.

OBJETIVOS:
1) Geral: Dotar o aluno de uma visão ampla e crítica de aspectos comuns à política, ao Estado e ao
direito. 2) Específicos: a) Iniciar o estudante de Direito aos conceitos e fundamentos básicos da teoria
política clássica e moderna; b) Proporcionar elementos para um posicionamento crítico face aos temas
estudados; c) Disponibilizar relações com áreas afins ao Direito, com a realidade e outras áreas de
conhecimento; d) Discutir a configuração do Estado e democracia brasileira.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (PLANOGRAMA):


1. Apresentação da disciplina e de sua importância para o aluno de Direito. Relações entre os conceitos
de Estado, Sociedade e Ciência Política. (WEFFORT (pp.7-10) e STRECK (pp. 13-14)).
UNIDADE I – O Pensamento Político Clássico e Medieval
2. A política na antiguidade: o pensamento grego. O surgimento da política na Grécia. O que é poder
político? A democracia ateniense. (BOBBIO (1992) - VERNANT (2000))
3. As formas de governo (Monarquia, Aristocracia e Democracia). República (Politéia): governo misto
das três formas puras, governo da lei, autogoverno dos cidadãos. O poder na Idade Média: subordinação
da Política à Religião, ausência de Estado soberano, os poderes locais. (BOBBIO (1997) - STRECK (pp. 17-
24 e pp. 166-168))
UNIDADE II - O Pensamento Político Moderno e Formação do Estado Moderno.
4 e 5. Autonomia da política e a teoria Política de Nicolau Maquiavel. O realismo na Política e o duelo

entre a fortuna e a virtú. Manutenção do poder; os dilemas da política moderna. (WEFFORT. (pp. 11-
50) - CHATELET, F. (1994)
6 e 7. Absolutismo e centralização do poder em Thomas Hobbes. O estado natural da humanidade como
situação imaginária. O pacto de submissão e o estado civil. O “Leviatã” e o “preço” da segurança em
Hobbes. O Estado Absoluto. Exemplificação da inexistência do “vazio de poder” ou situação semelhante
ao estado natural. (WEFFORT (pp. 51-78) - STRECK (pp. 30-45) - CHATELET, F. (1994)).
UNIDADE III - Pensamento Político Contemporâneo e Democracia
8 e 9. Contra o absolutismo: as revoluções liberais-burguesas. Os Direitos naturais e o contrato de
consentimento em John Locke. Estado e propriedade. O Estado Liberal. A doutrina do direito à
resistência e o individualismo liberal (WEFFORT (pp. 79-110) - CHATELET, F. (1994) - STRECK (pp. 46-
60)).
10 e 11. O Iluminismo; a teoria do Contrato Social e as origens da desigualdade entre os homens em Jean
Jacques Rousseau. Soberania popular, legitimidade do poder, contratualização dos atos e validade dos
atos em função da lei. (WEFFORT (pp. 187-241) - CHATELET, F. (1994)).
12 e 13. A teoria da separação dos poderes e o sistema de freios e contrapesos: as concepções clássicas
de Montesquieu e os Federalistas. Comparação entre a democracia antiga e a democracia moderna.
(WEFFORT (pp. 111-120; 243-255) - STRECK (pp. 158-165) - CHATELET, F (1994)).
14. Democracia moderna x democracia liberal. A Revolução Francesa e sua importância na formação da
democracia moderna. Democracia liberal e seus obstáculos: a "questão social" que emerge a partir da
revolução industrial e o crescimento da desigualdade e da incerteza. Respostas à "questão social":
movimento operário e socialismo. (STRECK (pp. 100-127) - CHATELET (1994)).
UNIDADE IV - Concepções de Estado no mundo contemporâneo
15. Estado do Bem Estar Social e Estado Democrático de Direito - principais características. Estado

Democrático de Direito e Estado Neo Liberal – tendências atuais. (STRECK (pp. 61-99) (pp. 86-99)).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BARZOTTO, Luis Fernando. O positivismo jurídico contemporâneo: uma introdução a Kelsen, Ross e Hart.
2. ed., rev. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de Janeiro:
Campus, 2000.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
STRECK, Lenio Luiz.; MORAIS, José Luis Bolzan de. Ciência política e teoria do Estado. 7. ed. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2010.
WEFFORT, Francisco Corrêa (Org.). Os clássicos da política. 14. ed. São Paulo: Ática, 2012. v. 1
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ARISTÓTELES. Rodrigues, Carlos E. Obra jurídica. São Paulo: Ícone, c1997.
ARRUDA JÚNIOR, Edmundo Lima de. Razão e racionalidade jurídica. São Paulo: Acadêmica, 1994.
BARBOSA, Rui. Pires, Homero. Teoria política. Rio de Janeiro: W. M. Jackson, 1970.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do estado e ciência política. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. 12. ed. Brasília: UnB, São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,
2002. v. 1
BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. 12. ed. Brasília: UnB, São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,
2002. v.2
BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra,
2012.
BOBBIO, Norberto; Ferreira, João. As ideologias e o poder em crise. 4. ed. Brasília: Editora UnB, 1999.
BONAVIDES, Paulo. Ciência política. 10. ed., rev., atual. São Paulo: Malheiros, 2004.
CARNOY, Martin. Estado e teoria política. 11. ed. Campinas, SP: Papirus, 2005.
CASTELLO BRANCO, Elcir. Teoria geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 1988.
GADAMER, H. G. Nova antropologia: o homem em sua existência biológica, social e cultural. São Paulo:
EPU, 1977. 7 v.
GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a politica e o estado moderno. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1963.
GUIMARÃES, Ylves José de Miranda. Direito natural: visão metafísica & antropológica. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 1991.
HABERMANS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo
brasileiro, 2003.
HADDAD, Eneida Gonçalves de Macedo. Justiça e segurança na periferia de São Paulo: os centros de
integração da cidadania. São Paulo: IBCCRIM - Núcleo de pesquisa, 2003.
LEVY, Evelyn. Democracia nas cidades globais um estudo sobre Londres e São Paulo. São Paulo: Studio
Nobel, 1997.
MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia: uma introdução. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2001.
MENEZES, Aderson de. Teoria geral do Estado. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999.
MERLE, Jean-Christophe; MOREIRA, Luiz (Org.). Direito e legitimidade. São Paulo: Landy, 2003.
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Teoria do poder: sistema de direito político: estudo juspolítico do
poder. São Paulo: R. dos Tribunais, 1992.
MULLER, Friedrich. Quem é o povo?: a questão fundamental da democracia. [São Paulo]: M. Limonad,
2000.
OLIVEIRA, Eliézer Rizzo de. A revisão da república: Seminários "A Unicamp e a revisão constitucional".
Campinas, SP: Ed. da UNICAMP, 1994.
PISIER, Evelyne et al. História das idéias políticas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
SARNEY, José. Gilberto Amado: centenário. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1987.
TAMER, Sergio Victor. Fundamentos do Estado democrático e a hipertrofia do executivo no Brasil. Porto
Alegre: Editora Sergio Antonio Fabris, 2002.
TOUCHARD, Jean. História das idéias políticas. Lisboa: Europa-América, 1991. 4 v.
VIANNA, Luiz Werneck et al. A judicialização da política e das relações relações sociais no Brasil. Rio de
Janeiro: Revan, 1999.
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. 8. ed. São Paulo: Cultrix, 1996.

WOLKMER, Antonio Carlos. Direito, estado, política e sociedade em transformação. Porto Alegre: S. A.
Fabris, 1995.

METODOLOGIA DE ENSINO:
O professor deve substituir a aula-monólogo por exposições dialógicas e interativas, utilizando-se de
tecnologias que se comunicam por entre as diferentes mídias, promovendo reflexão e interpretação das
fontes do direito, bem como fomentando a pesquisa e a leitura de obras doutrinárias recomendadas.
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO:
A Avaliação de Aprendizagem das disciplinas ou unidades curriculares é composta por 2 (duas) notas
representadas numericamente, em escala de 0 (zero) a 10 (dez), oriundas de instrumentos que atendam
aos critérios pedagógicos de continuidade, cumulatividade, recuperação implícita de conteúdos e
interdisciplinaridade ao longo do currículo pleno do curso, identificadas como AV1 e AV2.

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