Você está na página 1de 6

04/03/2015 DFO­T14: Análise Preliminar do Projeto

Você acessou com o Flávio Rodrigues (Sair)

Página inicial ► Meus cursos ► DFO­T14 ► ► Análise Prelim inar do Projeto

Navegação
Análise Preliminar do Projeto

Página inicial Analisarem os agora o sistem a ideal para gerar o potencial energético adequado ao cliente. Cada
Minha página inicial tipo de projeto tem particularidades que devem ser observadas antes de se iniciar o
dim ensionam ento do sistem a.
Páginas do site
Em prim eiro lugar, deverão ser observadas as características da rede de distribuição local, pois
Meu perfil
isso determ ina as características do inversor interativo que será utilizado no sistem a fotovoltaico.
Meus cursos
DFO­T14 Características da Rede Local
Participantes
No que diz respeitos às redes de distribuição dom éstica no Brasil, o único valor padrão é a
Geral frequência, que é de 60 Hertz.

VÍDEO­AULA #01 ­ PRÉ­ Em algum as localidades com eletrificação m ais antiga, com o acontece na Região Sudeste do
ANÁLISE Brasil, a distribuição secundária (em baixa tensão) para os clientes residenciais e com erciais de
Introdução e pequeno porte, pode ser feita de três form as:
Perspectivas
1 ­ Sistemas monofásicos 127V (um a fase e o neutro) com tensão de 127 Volts;
Motivação
2 ­ Sistemas bifásicos 220V, com tensão fases de 220 volts, onde é com um a divisão das
Princípios para
cargas entre as fases e a residência possui tom as em 127 volts e tom as com tensão de 220
Planejamento
volts, geralm ente utilizadas para equipam entos de m aior potência, com o os chuveiros elétricos.
Análise Preliminar do
Projeto 3 ­ Sistemas trifásico 220V, com tensão entre fases de 220 volts e as m esm as características
citadas acim a.
Atividade Interativa 01 ­
Pré­Análise Outras localidades, com sistem a de eletrificação m ais recente, a distribuição secundária (em
RN­482/2012 ­ Acesso baixa tensão) é feita em da seguinte form a:
de Micro e Mini Geração
Distr...
Atlas Brasileiro de 1 ­ Sistema Monofásico 220V: um a fase com tensão de 220 volts entre esta e neutro. Não há o
Energia Solar popular 110 volts nas tom adas.
Atlas Solarimétrico do
Brasil 2 ­ Sistema bifásico 220V: com duas fases (com tensão de 220 volts entre esta e o neutro)
Banco de Dados de no padrão de entrada, e as cargas divididas entre essas fases e o neutro. Há apenas a
Radiação Solar ­ tensão de 220 volts nas tomadas
CRESESB Sundata
3 ­ Sistema Trifásico 380V: três fases (com tensão entre fase e neutro de 220 volts) no
Consulta ao CRESESB padrão de entrada da edificação com tensão entre fases de 380 volts. Haverá, portanto, a
possibilidade de duas tensões: 220 volts e 380 volts. Em sistemas residenciais não
é comum o uso da tensão de 380 volts, mas sim a divisão das cargas entre as três fases
combinadas ao Neutro.
Configurações
Devem os nos lem brar que os inversores interativos trabalham em 220 V, e que os inversores
sem transform ador não trabalham em configurações bifásicas. Ou seja, som ente os inversores
Administração do curso
com transform ador funcionarão em redes com 220 volts em bifásico.
Minhas configurações de perfil

Auditoria das Necessidades Energéticas

No caso de um projeto de sistem a fotovoltaico conectado à rede, para uso residencial ou


com ercial de pequeno porte, cujo foco seja o autoconsum o, analisam os as necessidades de
energia elétrica, por parte do cliente.

O m elhor m étodo de análise é o estudo das cargas de consum o, pois assim é possível saber a
eficácia do sistem a e sugerir usos m ais racionais da energia gerada pelo sistem a fotovoltaico,
com o por exem plo: usar um eletrodom éstico de alta potência, som ente durante as horas de
geração fotovoltaica.

Um m étodo de análise aceitável para sistem as fotovoltaicos conectados à rede é através da


fatura de energia elétrica, que dem onstra o percentual m edido pela distribuidora de energia.

Vejam os cada um dos m étodos.

Análise de Cargas

Para a análise de cargas, o m elhor procedim ento é a m edição direta do consum o dos aparelhos,

http://bluesoleducacional.com.br/mod/page/view.php?id=3924 1/6
04/03/2015 DFO­T14: Análise Preliminar do Projeto
que pode ser feita com o auxílio de um analisador de potência. Apesar de existirem m odelos
portáteis com baixo preço, um analisador de potência não é um dispositivo trivial.

A m aneira m ais usual, m as m enos precisa, de se fazer a análise das cargas é através dos
dados de consum o de potência elétrica, apresentadas nos próprios aparelhos. A im precisão
vem dos próprios fabricantes que, na m aioria das vezes, inform a valores de consum o em m édia
m áxim a. No caso de eletrodom ésticos com m otores (Ex.: geladeira, lavadora de roupas, etc.) o
consum o durante a partida tem que ser considerado, m as dificilm ente essa inform ação estará
disponível. É com um considerar o valor da potência de partida com valor entre 6 a 9 vezes o valor
da potência nom inal do aparelho.

Para estim ar o consum o m édio de energia, pelo m étodo de análise das cargas, farem os um a
tabela com todos os equipam entos eletroeletrônicos, sua potência em Watt e estim ativa de
tem po de uso em horas:

Potência Tempo de Consumo


Qt Descrição
Média Uso Diário

http://bluesoleducacional.com.br/mod/page/view.php?id=3924 2/6
04/03/2015 DFO­T14: Análise Preliminar do Projeto

16 Lâm padas 20W 6 horas 1.920 Wh

3 Televisores 120 W 6 horas 2.160 Wh

1 Geladeira Duplex 300 10 horas 3.000 Wh

1 Microondas 1700 0,2 horas 340 Wh

2 Chuveiros 5400 1 hora 10.800 Wh

4 notebooks 60 6 horas 1.440 Wh

1 outros 300 3 horas 900 Wh

Consumo Médio Diário Estimado 20.560 Wh

(20,56 kWh)

O consum o diário de um equipam ento é o produto da potência pelo tem po de uso. Por exem plo,
16 lâm padas fluorescentes de 20 W, ligadas por 6 horas em m édia:

16 * 20 * 6 = 1.920 Wh/dia

Ao final, som am os os resultados e encontram os o consum o m édio diário do cliente.

Em um SFCR não há necessidade de se preocupar com a Carga Instalada (a som a das


potências individuais dos aparelho consum idores), para o dim ensionam ento do inversor, pois é
a rede de distribuição que ab sorve os picos de potência. De qualquer form a é bom ter esse valor,
pois a m aioria das distribuidoras o pede, na hora de requisitar o parecer de acesso.

Análise da Fatura de Energia Elétrica

A m aneira m ais sim ples e eficiente para se saber a potência ideal de um sistem a fotovoltaico
para com pensação de energia é analisando a fatura m ensal de energia elétrica, a popular conta
de luz.

A m aioria das inform ações prelim inares de projeto pode ser obtida da conta de luz, com o a
localização (im portante para a análise do Recurso Solar), o m ontante de energia consum ida em
m édia m ensal, preço pago por quilowatt hora, tipo de ligação à rede (m onofásico, bifásico,
trifásico), etc.

http://bluesoleducacional.com.br/mod/page/view.php?id=3924 3/6
04/03/2015 DFO­T14: Análise Preliminar do Projeto

Exemplos de Cálculo

Podem os observar, na figura acim a, o consum o m édio anual da residência do Sr. Fulano
Pacheco, que é de 170 kWh/mês (som a­se todos os valores e divide­se por 12, m as a m aioria
das contas já tem o valor, que nesta é de 174 kWh/mês).

O Sr. Pacheco tem ligação bifásica, conform e o apresentadao na conta de luz, por isso o custo de
disponibilidade será de 50 kWh/mês. Sendo assim , devem os subtrair o valor do Custo de
Disponibilidade do valor da Média de Consumo, obtendo­se assim , o valor de Energia de
Com pensação:

http://bluesoleducacional.com.br/mod/page/view.php?id=3924 4/6
04/03/2015 DFO­T14: Análise Preliminar do Projeto

Onde:

EC = Energia de Com pensação: valor, em kWh/m ês, que o SFCR deverá gerar;

FMM = Consum o Médio de eletricidade, em kWh/m ês. Média dos consum os m ensais no intervalo
de um ano.

CD = Custo de disponibilidade da rede, em kWh/m ês. O valor será de 30 kWh/mês, para ligações
monofásicas; 50 kWh/mês, para ligações bifásicas; 100 kWh/mês, para ligações trifásicas.

Para o Sr. Pacheco, o valor da Energia de Compensação será:

EC = 170 kWh/mês ­ 50 kWh/mês = 120 kWh/mês

O sistem a fotovoltaico conectado à rede deverá gerar, então, 120 kWh/mês.

Valor de Compensação Diário

Para encontrar a potência­pico ideal para o sistem a fotovoltaico, é necessário encontrar dois
valores:

1 ­ Energia de Compensação Diaria: valor m édio, em kWh, que deverá ser gerado diariam ente;

2 ­ Radiação Solar da localidade: que pode ser obtida do CRESESB ou do SWERA.

A Energia de Compensação Diária é dada pela seguinte equação:

Onde:

ECD = Energia de Com pensação Diária, em kWh/dia.

30 = núm ero m édia de dias do m ês

Para o Sr. Pacheco, o valor da Energia de Com pensação Diária será:

Agora é necessário descobrir o valor m édio da Radiação Solar, na localidade onde m ora o Sr.
Pacheco, e para isto podem os utilizar o banco de dados do CRESESB; necessitam os apenas do
seu endereço, afim de se obter a Latitude e Longitude do local.

Com o o Sr. Pacheco é um exem plo sem endereço realm ente definido, vam os supor que ele
reside no Rio de Janeiro, que tem os dado de radiação solar, extraídos do CRESESB,
apresentados abaixo:

http://bluesoleducacional.com.br/mod/page/view.php?id=3924 5/6
04/03/2015 DFO­T14: Análise Preliminar do Projeto

Para o dim ensionam ento de sistem as fotovoltaicos (isolados) autônom os utilizam os o m enor
valor da Radiação Solar, no plano do painel fotovoltaico. Para o dim ensionam ento de sistem as
fotovoltaicos conectados à rede utilizam os o valor da m édia anual da Radiação Solar, tam bém no
plano do painel fotovoltaico.

Ainda não fizem os a Inspeção Técnica na residência do Sr. Pacheco, por isso utilizarem os o
valor da m édia anual da Radiação Solar no plano horizontal, que é de 4,04 kWh/m².dia ­1 .

Potência Pico do SFCR

De posse dos valores da Energia de Compensação Diária (em kWh/dia) e da Média Anual da
Radiação Solar (em kWh/m².dia ­1 ), podem os calcular a potência­pico do sistem a fotovoltaico
para o Sr. Pacheco, através da seguinte equação:

O sistem a fotovoltaico ideal, para a com pensação de energia da residência da fam ília Pacheco,
deve ser de 1 kWp (um quilowatt­pico), de m aneira a gerar a energia que cubra o consum o, m as
abaixo do valor cobrado com o taxa m ínim a, que m esm o que não seja consum ida, será cobrada.

Esta foi apenas um a análise prelim inar, onde não consideram os nenhum dos vários fatores que
determ inam a geração de um sistem a fotovoltaico conectado à rede. É apenas para verificar a
viabilidade do sistem a perante o cliente.

Em tem po farem os todas as análises necessárias, e que são o foco deste curso, até a
finalização da proposta de projeto ao cliente.

Você acessou com o Flávio Rodrigues (Sair)

http://bluesoleducacional.com.br/mod/page/view.php?id=3924 6/6

Você também pode gostar