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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM

ORIGEM

 A Comissão dos Direitos Humanos criou um comité de 8 membros para elaborar a


Declaração;
 Foi aprovada em 10 de dezembro de 1948 sem nenhum voto contra, 48 a favor e 8
abstenções.

CONTEÚDO

 É o primeiro mecanismo internacional, com caráter geral e universal, com um elenco


de direitos reconhecidos a toda a pessoa;
 A DUDH contém um preâmbulo e trinta artigos;
 A DUDH divide-se em três grandes grupos: fundamento filosófico (art. 1.º); princípios
gerais (arts. 2.º, 28.º, 29.º e 30.º); direitos substantivos (arts. 3.º a 27.º).

NATUREZA JURÍDICA

 A DUDH é um desenvolvimento das obrigações assumidas pelos Estados membros da


ONU;
 Há vários entendimentos relativamente à força jurídica da Declaração, isto é, se ela é
vinculativa ou não para os Estados membros da ONU;
 O certo é que, como acontece no ordenamento jurídico português e tantos outros, a
Constituição inclui partes da DUDH, o que faz com que se apaguem as dúvidas sobre a
natureza jurídica da referida Declaração: a mesma tem caráter vinculativo.

DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA

 Apesar de a DUDH não se tratar de uma fonte stricto sensu de Direito da União
Europeia pois não se trata de um Tratado Internacional, mas sim, como o próprio
nome indica, de uma Declaração, a verdade é que a Carta dos Direitos Fundamentais é
uma verdadeira transposição da DUDH;
 A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia consigna direitos no âmbito da
dignidade, liberdades, igualdade, solidariedade, cidadania e justiça.

DIREITO PORTUGUÊS

 A Constituição da República Portuguesa consagra o princípio da amizade ao Direito


Internacional dos Direitos Humanos, este último intrinsecamente ligado à DUDH;
 Desde logo, no art. 7.º, é referido o princípio do respeito dos direitos dos homens e
dos povos;
 A CRP confere um papel muito importante à proteção internacional dos direitos
humanos;
 Observandos os arts. 12.º, 13.º e 24.º a 79.º da CRP, é notória a influência da DUDH;
 O art. 16.º, n.º 2 da CRP refere expressamente DUDH: “Os preceitos constitucionais e
legais relativos aos direitos fundamentais devem ser interpretados e integrados de
harmonia com a Declaração Universal dos Direitos do Homem.”
 Ora, é bom de observar o que na ordem jurídica interna existe o chamado primado das
normas de Direito Internacional dos Direitos Humanos.

RESUMO

 A Declaração Universal dos Direitos do Homem é sinónimo, em termos jurídicos, de


Direito Internacional dos Direitos Humanos (alcance internacional);
 O Direito da União Europeia transpõe, através da Carta dos Direitos Fundamentais, os
princípios consagrados na Declaração (alcance: estados-membros da EU);
 O Direito português é um resultado da transposição do Direito Internacional e do
Direito da União Europeia (entreligados entre si);
 Como vemos, a DUDH está no topo da hierarquia pelo que se rege o Direito português.

(Gorjão Henriques, 2014)

(Guerra Martins, 2012)

BIBLIOGRAFIA

Gorjão Henriques, M. (2014). Direito da União. Coimbra: Almedina.

Guerra Martins, A. M. (2012). Direito Internacional dos Direitos Humanos. Coimbra: Almedina.

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