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Anais do IV CoBICET – Trabalho completo

Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa


27 de agosto a 01 de setembro de 2023

BIOCOMPATIBILIDADE PRELIMINAR DE FILMES POLIMÉRICOS


BASEADOS NO EXTRATO TOTAL DE RIZOMAS DE TARO E PVA

Vitória Ribeiro Mantovanelli1, Elisabeth Maria López de Prado2, Jessyca Aparecida


Paes Dutra3, Rodrigo Rezende Kitagawa3, Juliana Aparecida Severi2,
Janaina Cecília Oliveira Villanova2
1
Laboratório de Desenvolvimento de Produtos Farmacêuticos, Universidade Federal do
Espírito Santo - UFES, Alegre, Brasil (vitoriarmantovanelli@hotmail.com)
2
Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do
Espírito Santo - UFES, Alegre, Brasil
3
Laboratório de Triagem Biológica de Produtos Naturais e Sintéticos, Universidade
Federal do Espírito Santo - UFES, Vitória, Brasil

Resumo: O taro é uma planta rica em amido, utilizada na medicina popular. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a biocompatibilidade de filmes poliméricos baseados em blendas com
extrato total de taro e PVA. O extrato puro bem como os filmes não apresentaram
citotoxicidade nas concentrações estudadas e, conforme índice de hemólise, os filmes se
mostraram ligeiramente hemolíticos. Tais achados sugerem que filmes de taro são
biocompatíveis e potencialmente úteis para o preparo de wound dressings.

Palavras-chave: Taro; filmes poliméricos; biocompatibilidade; wound dressings.

INTRODUÇÃO IFAs sintéticos ou naturais (Júnior et al., 2014; Dutra


et al., 2017).
Lesões cutâneas podem ser definidas como
interrupções no tecido cutâneo-mucoso, de origem No que diz respeito ao material empregado no preparo
multifatorial e, que tendem a se resolverem do wound dressings, uma gama de polímeros naturais
espontaneamente, em um curto período, dado tipo de e sintéticos são empregados. No entanto, o uso de
lesão. No entanto, lesões extensas, profundas e polímeros naturais sozinhos tem como limitação a alta
contaminadas, que demoram para cicatrizar, requerem taxa de degradação destes materiais na presença água
intervenções farmacológicas e não farmacológicas e fluidos biológicos, com redução da estabilidade
(Brasil, 2002). Entre os insumos disponíveis para o física das coberturas (Eskandarina et al., 2019). Uma
tratamento de lesões, grande atenção tem sido dada estratégia para contornar este problema é associar
para as coberturas bioativas, conhecidas como wound polímeros naturais e sintéticos, originando blendas
dressings. Estas, são colocadas diretamente sobre as cujas propriedades físico-químicas, estabilidade e a
feridas e atuam, simultaneamente, como barreira de funcionalidade, são superiores às dos polímeros
proteção e reservatório de insumos farmacêuticos sozinhos (Tabata, 2009; Eskandarina et al., 2019).
ativos (IFAs) com diversas finalidades, tais como anti- Entre os polímeros sintéticos seguros para uso
inflamatória, antimicrobiana, regenerativa, farmacêutico o poli(álcool vinílico) (PVA) se destaca.
proliferativa, entre outras. Esse tipo de curativo possui O PVA é um polímero hidrofílico, atóxico, e que
uma série de benefícios, com destaque para a redução apresenta boa estabilidade química e capacidade de
no número de trocas e o conforto do paciente formação de filmes. Ainda, possui boa capacidade
(Sampaio et al., 2018). filmogênica, originando películas de elevada
resistência mecânica e boas propriedades de barreira
Atualmente, muito tem se falado sobre o uso de filmes
(Faria et al., 2012). Devido a sua alta compatibilidade
poliméricos para o preparo de wound dressings ou
com diferentes tipos de amido, o uso da blenda
como o próprio wound dressing, devido à vantagens
PVA/amido é promissora para o preparo de cobertura
dessa forma farmacêutica, como transparência, maior
bioativas, que devem ser atóxicas, não alergênicas e
tempo de permanência sobre o local, facilidade de
não aderentes, além de serem de fácil aplicação e
aplicação e remoção, permeabilidade aos gases,
remoção (Muppalaleni e Omidian, 2013). Sendo
permitindo trocas, capacidade de absorção de
assim, os filmes produzidos através da associação de
exsudatos, possibilidade de formação de sistema
polímeros naturais e sintéticos têm sido alvo de
matricial de liberação prolongada e, incorporação de
inúmeros estudos.

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Entre os polímeros naturais mais estudados para o dispersões poliméricas, com finalidade plastificante.
preparo de blendas com polímeros sintéticos, visando Para o preparo das blendas, foram misturadas
diversos usos, entre os quais, o farmacêutico, o amido diferentes proporções das dispersões sob agitação
se destaca (Garcia et al., 2020; Jiang et al., 2020). magnética (FISATOM, modelo 752ª), durante 60 min,
Porém, relatos do emprego do taro como fonte de a 40º C. A composição qualitativa e quantitativa das
amido, especialmente para o preparo de blendas blendas é dada na Tabela 1.
poliméricas e o preparo de filmes, são escassos. O taro
Tabela 1. Proporção das dispersões poliméricas nas
é uma planta herbácea, originária da Ásia, que cresce
blendas
em regiões tropicais e subtropicais, cujos rizomas são
comestíveis. O taro é um alimento de baixo custo e PVA Extrato ERT
Blenda
alto valor nutricional, contendo carboidratos, (8% v/v) (2,5% v/v)
proteínas, vitaminas, minerais, lipídios e compostos
fenólicos (Assefa; Admassu, 2013; Subhash et al., PVA:ERT 9:1 (A) 90,0 10,0
2012). O taro contém em média 16% a 24% de amido PVA:ERT 8:2 (B) 80,0 20,0
e, além do alto teor deste polissacarídeo, contêm até
25% de mucilagens com alta capacidade de retenção PVA:ERT 7:3 (C) 70,0 30,0
de líquidos, exibindo ação umectante e protetora que PVA:ERT 6:4 (D) 60,0 40,0
pode ser benéfica para a cicatrização (Mijinyawa et
al., 2018).
Os filmes foram preparados pela técnica de moldagem
Os rizomas do taro (Colocasia esculenta (L.) Schott), e evaporação de solvente (solvent casting): 10 mL de
também conhecido como inhame em algumas regiões cada blenda foi depositada em placas de vidro com
do Brasil, estão diariamente presentes na alimentação diâmetro padronizado (9 cm), que ficaram expostas ao
dos brasileiros por ser um tubérculo com alto valor ar por 72 h, até que estivessem completamente secas.
nutricional e baixo custo (Tarak et al., 2011). Alguns Filmes de PVA puro com 1% v/v de glicerina também
trabalhos já demonstraram a presença de flavonoides foram produzidos.
tanto nos rizomas quanto nas folhas, atribuindo uma
ação antioxidante (Leong et al., 2010; Simsek e El, Pesquisa da biocompatibilidade in vitro
2015). Também foram encontrados alto teor de O índice de hemólise foi determinado segundo
polissacarídeos, sendo 70% de amido e cerca de 25% metodologia adaptada (Batista et al., 2020). Filmes
de mucilagens, conferindo a ele ótimas propriedades com dimensões de 1 x 1 cm foram picotados e
filmógenas, ação emoliente e protetora de feridas inseridos em tubos Eppendorf contendo 0,9 mL de
(Mijinyawa et al., 2018). sangue e, posteriormente, foi adicionado 0,1 mL de
Neste cenário, o presente trabalho teve como objetivo, solução citrato dextrose (ACD). As amostras foram
preparar filmes a partir de blendas entre o extrato total incubadas em banho-maria (FANEM, modelo 1100) a
de taro e o PVA e, avaliar a biocompatibilidade 37° C, durante 3 h. Cada tubo foi invertido duas vezes,
preliminar dos filmes, empregando métodos in vitro. a cada 30 min, assegurando que o filme tivesse contato
íntimo com o sangue. Após 3 h de incubação, os tubos
MATERIAL E MÉTODOS foram centrifugados a 3000 rpm por um período de 20
Pesquisa da fração cristalina do amido no extrato min (centrífuga HETTICH, Mikro 200). O
seco total do rizoma de taro (ERT) sobrenadante de cada tubo foi transferido para placa
de 96 poços e realizou-se a leitura da absorvância em
O padrão difratométrico do extrato seco total de espectrofotômetro (THERMO FISHER, Multiskan
rizomas de taro foi registrado em difratômetro de raios GO) a 540 nm. Como controle positivo foi utilizado 1
X SHIMADZU (XRD-6000), em temperatura mL de água destilada e, como controle negativo
ambiente, operando a 40 kV e 30 mA, com radiação tampão PBS. O teste foi realizado em triplicata. A
Cu-Kα (λ = 1,5418 Å). O ângulo de difração (2θ) foi porcentagem de hemólise foi calculada seguindo a
variado de 5° a 70° com passo de 0,02° e taxa de Equação 1, onde A = absorbância da amostra; CN =
varredura de 0,50°.min-1. absorbância do controle negativo; CP = absorbância
do controle positivo.
Preparo das dispersões poliméricas e obtenção dos
filmes (𝐴−𝐶𝑁)
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 ℎ𝑒𝑚ó𝑙𝑖𝑠𝑒 (%) = 𝑥 100 (1)
(𝐶𝑃−𝐶𝑁)
Foram preparadas dispersões de PVA (8% p/v) em
água purificada, sob aquecimento (90-100º C) e Os ensaios de viabilidade celular do extrato de taro e
agitação mecânica (FISATOM, modelo 713D) a 350 dos filmes foram executados conforme metodologia
rpm. Já a dispersão do extrato do rizoma de taro (ERT; descrita por Mosmann (1983), empregando linhagem
2,5% p/v) ocorreu por gelatinização, sob agitação de macrófagos murinos RAW 264.7 (ATCC® TIB-
mecânica a 350 rpm, até 85º C, durante 40 min. Após 71™), obtida no Banco de Células do Rio de Janeiro,
o resfriamento, adicionou-se glicerina (1% v/v) nas Brasil (BCRJ). As células foram mantidas em meio
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Dulbecco Modificado (DMEM) suplementado com perfil de difração da amostra ERT é mostrado na
10% de soro fetal bovino (SFB) e, incubadas a 37° C, Figura 1.
com atmosfera de 5% de CO2, até atingir a confluência
de 70 a 90%. As células foram dissociadas usando cell
scraper e contados em câmara Neubauer, para obter a
concentração necessária para o ensaio. Alíquotas (0,2
mL) da suspensão celular contendo 50x105
células.mL-1 foram adicionadas em placas de 96
poços. Em seguida, as placas foram incubadas em
atmosfera modificada (37ºC; 5% de CO2) por 24 h
para aderência. Após este período, o meio foi
removido, as células foram tratadas com meio
modificado contendo extrato de rizoma ou filmes, em
concentrações entre 8 e 0,125 mg.mL-1) e, incubadas Figura 1. Perfil difratométrico do ERT a 2θ.
por 24 h sob as mesmas condições. Em etapa posterior
ao tratamento, o meio foi removido e a viabilidade O grau de cristalinidade para o amido presente no ERT
avaliada pelo método do MTT-tetrazólio (Mosmann, foi calculado como 19%. A maioria dos amidos
1983). Meio Dulbecco Modificado (DMEM) nativos tem, aproximadamente, entre 14% e 45% de
suplementado com 10% de soro fetal bovino (SFB) e cristalinidade (Dome et al., 2020). Aboubakar et al.
DMSO (4% v/v) foram usados como controle, para (2008) encontraram um teor de amilose de
avaliação da efetividade do ensaio, que foi realizado aproximadamente 25% no amido de taro. O valor
em triplicata e com três repetições cada. A viabilidade inferior encontrado no presente estudo pode ser
celular foi determinada em relação ao grupo basal, explicado pela presença de outros componentes no
considerando 100% de crescimento. A variação na ERT obtido, em contraste com a extração de apenas
viabilidade foi comparada estatisticamente usando amido de rizomas, tubérculos ou grãos no estudo
análise de variância de duas vias (ANOVA), seguida Análise visual dos filmes
pelo pos-test de Bonferoni.
A análise visual dos filmes mostrou que foram obtidos
RESULTADOS E DISCUSSÃO filmes transparentes e brilhantes, lisos, isentos de
Caracterização do extrato seco total de rizomas de bolhas, sem domínios e separação de fases (Figura 2).
taro
O amido é um material que desperta grande interesse
na preparação de wound dressings devido à boa
biocompatibilidade, capacidade de biodegradação,
boas propriedades de cicatrização, conforme relatado
na literatura (Waghmare et al., 2018). Além disso, é
amplamente disponível na natureza, o que o torna um
material de baixo custo, com fácil processamento e
usando equipamentos convencionais, o que justificam
o interesse no aproveitamento do amigo oriundo do
taro (Bertuzzi et al., 2012).
No presente trabalho, em uma etapa anterior ao
preparo dos filmes, o grau de cristalinidade do amido Figura 2. Imagens de fotografia dos filmes: (A)
presente no extrato seco total de rizomas de taro, PVA:ERT 9:1; (B) PVA:ERT 8:2; (C) PVA:ERT
mediante análise de difratogramas de raios X, na 7:3; (D) PVA:ERT 6:4.
região 2θ, tipicamente associados ao amido, seguido
Inúmeros estudos acerca da preparação de filmes a
da aplicação de método de deconvolução, que
partir de blendas entre PVA e amido de diferentes
permitiu a separação das contribuições devidas às
fontes relatam a obtenção de produtos com
frações amorfa e cristalina do amido no extrato
características semelhantes às observadas no presente
(Lopez-Rubio, 2008; Frost et al., 2009; Dome et al.,
trabalho e demonstraram boa compatibilidade entre o
2020). Os principais picos de difração observados em
PVA e o amido, com melhora nas propriedades
2θ foram em 15,1°, 17°, 18° e 23°, que são
mecânicas quando comparados aos filmes dos
característicos do amido tipo A (Wang et al., 2018).
polímeros isolados (Trinath et al., 2018; Tabata, 2009;
Além dos picos sobrepostos, um amplo fundo visível
Eskandarina et al., 2019).
no difratograma pode ser atribuído à fração amorfa do
amido e outros compostos presentes no ERT devido à O índice de hemólise é um método in vitro, alternativo
ausência de extração seletiva para o amido nativo. O ao uso de animais, útil para avaliar a compatibilidade

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de um material ou dispositivo com o organismo,


medindo o quanto as hemácias se rompem quando
entram em contato com a amostra (Kamoun et al.,
2015). Os valores do índice de hemólise (IH) para os
filmes são dados na Tabela 2.
Tabela 2. Resultados dos índices de hemólise
Filme Índice de hemólise
PVA puro 2,762% (± 0,002)
Figura 4. Efeito das diferentes concentrações de
PVA:ERT 9:1 (A) 3,003% (± 0,006) filmes e extrato de taro sobre a viabilidade de células
PVA:ERT 8:2 (B) 2,768% (± 0,002) Raw 264.7. *p < 0.05, comparado com o grupo basal.
Valores expressos como média ± SD de três
PVA:ERT 7:3 (C) 2,067% (± 0,003) experimentos realizadas em triplicata.
PVA:ERT 6:4 (D) 2,922% (± 0,013) Os resultados indicam que os filmes se mostraram não
citotóxicos e biocompatíveis, havendo manutenção da
De acordo com a classificação de Kamoun et al. viabilidade acima de 50%. Não houve diferença
(2015), materiais que possuem índice hemolítico entre significativa entre os valores obtidos para os filmes
2 e 5 (2<%IH<5), são considerados ligeiramente preparados com diferentes proporções de ERT e PVA.
hemolíticos. Conforme Pal et al. (2019), valores de IH Esses achados estão de acordo com a literatura que
menores que 5% indicam que este material pode ser relatou o PVA como um polímero não tóxico e
seguro e bem tolerado pelo organismo. biocompatível, e com rizomas de taro, que relataram
atividade antioxidante, proliferativa e cicatrizante
O ensaio de viabilidade celular foi realizado para (Bhardwaj et al., 2007; Alexandre et al., 2014). Os
avaliar a capacidade do extrato e dos filmes em efeitos positivos do extrato de taro podem ser
influenciar a proliferação celular. O extrato se mostrou explicados pela presença de compostos fenólicos que
não citotóxico para os macrófagos nas concentrações atuam como antioxidantes, protegendo parcialmente
de estudo entre 0,125 e 1 mg.mL-1, uma vez que a as células de danos oxidativos, como mencionado
viabilidade celular observada para estes grupos foi anteriormente por Gonçalves et al. (2013).
superior a 50% (OECD, 2020). Por outro lado, quando
ERT promoveu redução na viabilidade celular CONCLUSÃO
superior a 90% quando utilizado em concentrações Os resultados dos ensaios para avaliação preliminar da
entre 2 e 4 mg.mL-1, indicando citoxicidade dose- biocompatibilidade de filmes poliméricos baseados na
dependente (Figura 3). mistura entre o extrato seco total dos rizomas de taro
sugerem que o material é uma alternativa segura para
o preparo e uso como wound dressings, dadas as
corretas concentrações do extrato empregadas no
preparo das blendas.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho recebeu apoio financeiro Fundação de
Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo
(FAPES; Edital nº 21/2018; TO 201/2019), bolsa de
mestrado da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES; código financeiro
Figura 3. Efeito das diferentes concentrações de 001) e bolsa de iniciação científica Conselho Nacional
extratos sobre a viabilidade de células Raw 264.7. de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Letras diferentes demonstram diferença significativa (CNPq).
entre o grupo basal e entre os tratamentos dentro da
mesma concentração (p < 0.05, teste Bonferroni). REFERÊNCIAS
Valores expressos como média ± SD de três ABOUBAKAR, NJINTANG, Y. N.; CHER, J.;
experimentos realizadas em triplicata. MBOFUNG, C.M.F. Physicochemical, thermal
Para os filmes, foi observada viabilidade celular entre properties and microstructure of six varieties of
70% (1 mg.ml-1) e 90% (0,125 mg.ml-1) em relação ao taro (Colocasia esculenta L. Schott) flours and
grupo basal (100%) (Figura 4). starches. J Food Eng, v. 86, p.294-305, 2008.
ALEXANDRE, N.; RIBEIRO, J.; GARTNER, A.;
PEREIRA, T.; AMORIM, I.; FRAGOSO, J.;
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www.even3.com.br/cobicet2023

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