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Introdução
• Giro à esquerda parcial na América do Sul na primeira década do século XXI. Recusa aos preceitos do Consenso de Washington, apesar de que, na prática, houveram poucas mudanças políticas e
econômicas com relação ao neoliberalismo dos anos 1990.
• Na integração regional, as premissas mudaram do regionalismo aberto para o pós-hegemônico, que busca revigorar o papel do Estado frente ao mercado para alcançar desenvolvimento econômico
e a superação da pobreza através do neodesenvolvimentismo.
• O objetivo do artigo é analisar o Mercosul da perspectiva do neodesenvolvimentismo (2003-2014). A integração foi orientado pelas políticas pós-neoliberais e pela busca de uma inserção
autônoma.
• O capital chinês na América Latina foi aportado neste período em busca de matérias primas, além de explorar os setores de engenharia e infraestrutura.
○ A Argentina buscou a China como sócio estratégico a partir de 2014, por um acordo que concedeu acesso privilegiado aos chineses em setores da economia argentina.
○ A aproximação da China com a Argentina despertou receios no Brasil, pois os argentinos são um dos principais sócios comerciais do Brasil e a segunda maior economia do Mercosul.
○ Lula também reforçou relações com os chineses no período.
○ Perguntas: a presença chinesa nos negócios e investimentos sul-americanos põe em risco o Mercosul? Quais os desafios que os chineses impõem à estratégia de integração brasileira na
região? O Mercosul apresenta alguma estratégia coletiva de relacionamento com a China para investimentos? Como fica a parceria estratégica Brasil-Argentina?
• Perguntas fundamentais do artigo:
○ Qual a relação entre os preceitos do neodesenvolvimentismo e a estratégia de integração liderada pelo Brasil?
○ Qual o lugar da integração no giro à esquerda?
Considerações Finais
• Até agora, o neodesenvolvimentismo não conseguiu criar as condições para uma integração regional plena na América do Sul. Mesmo assim, conseguiu aprofundar alguns aspectos políticos
(Unasul), de segurança (CDS), sociais (livre-circulação de pessoas).
○ No plano regional, ainda vigora um pacto igual entre desiguais, mesmo com as iniciativas do Focem e do Banco do Sul.
○ A China postula um desafio aos mercados regionais.
○ O Brasil não tem condições de liderar uma integração coesa neodesenvolvimentista. O país sofre contestações de seus vizinhos e aliados. Há discordâncias com relações a políticas
econômicas internas e externas.
▪ No caso brasileiro, estavam em jogo as disputas internas com relação ao setor de energia do petróleo e do deslocamento da matriz energética com o pré-sal. Isso poderia alterar o
modelo de inserção internacional do país, com impactos regionais.
▪ Outras incertezas surgiram na região pois dois países do Mercosul e os países do Pacífico sul-americano integraram o TISA.