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Elementos flexíveis de

transmissão
Prof. Maurício de Moura Nilton
Elementos de máquinas flexíveis (correias, cordas, correntes e
similares) são utilizados em sistemas de transporte e na transmissão
de potência sobre distâncias relativamente grandes. Em muitos casos,
seu uso simplifica o projeto de uma máquina e reduz o custo.
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Elementos elásticos desempenham um papel importante em absorver
cargas de choque e em amortecer e isolar os efeitos de vibração.
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A maior parte dos elementos flexíveis não possui uma vida infinita.
Quando eles são utilizados, é importante estabelecer um cronograma
de inspeção para salvaguardar contra o desgaste, envelhecimento e
perda de elasticidade. Devem ser trocados ao primeiro sinal de
deterioração.
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Correias

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Correias
Polias planas ou abauladas são
utilizadas para correias planas;
Polias ranhuradas são
utilizadas para correias
redondas e em V;
Correias sincronizadoras
requerem rodas dentadas.

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Correias
• Podem ser utilizadas para grandes distâncias entre centros.

• À exceção das correias sincronizadoras, pode ocorrer algum


escorregamento e fluência, de modo que a razão da velocidade
angular entre os eixos motor e movido não é nem constante nem
exatamente igual à razão entre os diâmetros das polias.

• Polia intermediária pode ser utilizada para evitar ajustes de distância


entre centros que se fazem necessários, por causa da idade ou
instalação de novas correias.

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Correias

Transmissão por correia sem reversão

Transmissão por correia com reversão

Transmissão por correia aberta com


reversão
Correias

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Materiais
Correias planas
Uretano ou tecido impregnado
de borracha reforçado com fio
de aço ou cordas de náilon para
absorver a carga de tração

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Materiais
Correias em V
Tecido ou cordas impregnadas
de borracha

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Materiais
Correias sincronizadoras
Tecido emborrachado e fio de
aço, possuem dentes que se
encaixam em ranhuras cortadas
na periferia de rodas dentadas.
Não alonga ou escorrega,
consequentemente, transmite
potência a uma razão constante
de velocidade angular.

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Correias - Relação de transmissão

= = =

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Correias planas

O torque máximo que pode ser transmitido

= −

e são as forças de tração do lado tenso e do lado frouxo;


é o coeficiente de atrito;
é o ângulo de contato com a polia menor.

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Correias planas


=

d
= −2
D

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Correias planas
Tração inicial requerida

=( + )⁄2 −

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Correias planas
Em aplicações de potências e velocidades maiores, existe uma força centrífuga na correia, que gera uma tração:

= =
Onde m’ é a massa linear:

= = ∗ ∗

A equação da correia é então modificada para:


=
−Maurício Nilton 17
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Fatores de correção - Potência
: potência corrigida;
: potência nominal
= ∗ ∗ : Fator de serviço
: fator de desenho (segurança)

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Fatores de correção – Tração máxima
admissível : máxima tração permissível, N
: largura da correia, m
: tração permitida pelo fabricante, N/m
= ∗ ∗ ∗ : fator de correção da polia (17-4)
: fator de correção de velocidade. Correias de poliamida e
uretano ( = 1)

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Fatores de correção – Tração máxima
admissível : máxima tração permissível, N
: largura da correia, m
: tração permitida pelo fabricante, N/m
= ∗ ∗ ∗ : fator de correção da polia (17-4)
: fator de correção de velocidade. Correias de poliamida e
uretano ( = 1)

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Exemplo
Uma correia plana A-3 de poliamida com 150 mm de largura é utilizada para transmitir 11 kW sob
condições de choques leves em que = 1,25; e um fator de segurança igual a 1,1 ou maior é
apropriado. Os eixos de rotação das polias são paralelos e estão no plano horizontal. Os eixos
distam de 2,4 m. A polia motora de 150 mm roda a 1750 ver/min de tal forma que o lado bambo é o
de cima. A polia movida tem diâmetro de 450 mm.
(a) Calcule a tração centrífuga e o torque;
(b) Calcule as forças de tração (P1 e P2)

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Exemplo = −

− = 1100,4
= =
Da tabela a tração permissível é
11400 = 18000 ∗ 0,15 ∗ 1 ∗ 0,7 = 1890
= ∗ 0.150 ∗ 0.0033 = 0.5752 /
9.81
= 1890 − 1100,4 = 789.6
2
= ∗ = 1750 ∗ ∗ .075 = 13.74 /
60
225 − 75
= −2 = 3.0165
2400
= 108,67

11000 ∗ 1,25 ∗ 1,1 1 −


= =
1750 ∗ 2 /60
= 82,53 . = ln = 0,32

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Correias em V (trapezoidal)
Usadas em diversos equipamentos
industriais com motores elétricos e
de combustão interna

Única ou múltiplas

Fabricadas com seções e


comprimentos padronizadas

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Correias em V (trapezoidal)

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Correias em V (trapezoidal)

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Correias em V (trapezoidal)

− /
=

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Exemplo Um motor elétrico de 25 hp, a uma rotação de 1750 rpm, aciona
uma máquina por meio de um sistema de transmissão constituído por
múltiplas correias em V. Utilizam-se correias do tipo 5 V com ângulo β de 18°
e peso por unidade de comprimento de 0,012 lb/in (2,10 N/m). A polia do
eixo do motor possui um diâmetro primitivo de 3,7 in (9,40 cm) (uma
dimensão padronizada), e a geometria é tal que o ângulo de contato da
correia é de 165°. Admite-se, de modo conservador, que a tração máxima na
correia deve ser limitada a 150 lb (667,2 N) e que o coeficiente de atrito deve
ser de pelo menos 0,20. Quantas correias são necessárias?

1 hp = 0,7457 kW

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Estimativa de
potência (kW) por
correia em V
padronizadas

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Estimativa de = ∗ ∗
potência (kW) por
correia em V
padronizadas

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