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Mestre de Obras 10
Mestre de Obras 10
Portal Educação
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
MÓDULO II
2 O CANTEIRO DE OBRAS
2.1 IMPLANTAÇÃO
2.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
2.3 GABARITO E LOCAÇÃO
2.4 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS
2.5 FUNDAÇÕES
2.5.1 Sapatas
2.5.2 Estacas
2.5.3 Radier
2.6 EQUIPAMENTOS
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MÓDULO III
3 ESTRUTURA
3.1 SISTEMA ESTRUTURAL
3.1.1 Pilares
3.1.2 Lajes
3.1.3 Vigas
3.2 CONCRETO ARMADO
3.3 ARMADURA
3.4 FORMAS
MÓDULO IV
4 SISTEMA EXECUTIVO
4.1 ALVENARIAS
4.1.1 Cerâmica e Vidro
4.1.2 Concreto Celular
4.1.3 Placas Cimentícias
4.1.4 Sistemas Especiais
4.2 REVESTIMENTOS
4.2.1 Elementos dos Revestimentos de Argamassa de Cimento
4.3 IMPERMEABILIZAÇÕES
4.4 INSTALAÇÕES – MATERIAIS
4.4.1 Elétrica
4.4.2 Hidrossanitárias
4.4.3 Gás
4.4.4 Especiais
MÓDULO V
5 ACABAMENTOS
5.1 PISOS
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5.2 PAREDES
5.3 MADEIRA
5.4 REVESTIMENTOS ESPECIAIS
5.5 TINTAS E VERNIZES
5.6 LOUÇAS E METAIS
5.7 ILUMINAÇÃO
5.8 ESQUADRIAS
5.9 PAISAGISMO E URBANIZAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
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• Apresenta, de forma clara e organizada, com todas as informações
necessárias à execução da obra e todos os serviços inerentes.
Materiais e Instrumentos
Escalímetro
É uma espécie de régua graduada em formato triangular, trazendo seis
escalas de medição diferentes. No mercado existem vários padrões de escalímetro,
variando de acordo com o tipo de escala.
O escalímetro traz as escalas de 1:20 (lê-se: "um para vinte"); 1:25; 1:50;
1:75; 1:100 e 1:125 (também pode ser representada da seguinte forma: 1/20; 1/25;
1/50; 1/75; 1/100 e 1/125). Outro tipo existente é o escalímetro de bolso, que possui
cinco lâminas, contendo dez escalas de 1:15; 1:20; 1:25; 1:30; 1:33; 1:40; 1:50;
1:100; 1:125 e 1:175, com dimensões de 18,5 x 2,0 cm.
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Escala Numérica
O termo escala pode ser entendido como sendo a relação entre cada medida
do desenho e a sua dimensão real no objeto. Ou seja, é uma relação de
proporcionalidade encontrada entre ambos, podendo ser de redução ou ampliação.
Na construção civil as escalas sempre serão de redução, devido às
características das edificações serem de grande porte. Quanto à escala de
ampliação, é mais comum nas áreas da mecânica e microeletrônica, em que
algumas peças são minúsculas e precisam ser desenhadas de maneira ampla para
facilitar a compreensão de seus detalhes.
As escalas podem ser classificadas como numérica ou gráfica. A numérica é
representada por números. Já a gráfica é a representação da numérica por meio de
um gráfico, normalmente utilizada em mapas geográficos.
Uma forma de obter a escala (BRABO, 2009), pode ser realizada por fórmula:
1/M = D/R
onde:
1/M: módulo da escala
D: comprimento de linha no desenho
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R: comprimento de linha no terreno (real)
Cotas
São os números que representam às dimensões do que está sendo
representado pelo desenho. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas
significam a verdadeira grandeza das dimensões.
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Regras básicas:
As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que
permita a leitura com o desenho na posição normal e o observador a sua direita;
Os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota, quando
esta for contínua;
Todas as cotas de um desenho devem estar na mesma unidade de
medida;
Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho;
As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida;
Passar as linhas de cota de preferência fora da área do desenho;
Evitar a repetição de cotas;
O valor das cotas prevalece sobre as medidas calculadas, tendo como
base o desenho.
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Projeção Ortogonal
A projeção ortogonal é o meio ou técnica, que possibilita a representação
gráfica (ou desenho) dos vários lados de um elemento. No caso da construção,
utilizada para representação de fachadas externas de uma edificação.
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O conhecimento das projeções ortogonais auxilia a compreensão do projetista
na elaboração dos desenhos, auxiliando-o na construção do projeto.
Tipologia de Traços
A compreensão de um projeto (ou desenho) está relacionada intimamente aos
traços que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor que o
auxilia na correta interpretação do desenho. Saber reconhecer, portanto, cada tipo
de linha é uma atividade indispensável ao profissional da construção civil, pois ela
trará informações importantes para execução de um projeto.
Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e
os tipos de traços.
Esses devem ser:
Linha contínua e traço grosso: Devem ser utilizados nas partes interceptadas
pelos planos de corte (planta baixa, cortes transversais e longitudinais), nas
partes que se encontram mais próximas do observador.
Linha contínua e traço mais suave: Nas partes mais distantes do primeiro
plano. Nas linhas paralelas e pouco afastadas entre si.
Linha tracejada e traço suave: Nas projeções das coberturas, no contorno das
paredes quando oculto pela cobertura ou quando o plano representado está
acima ou abaixo do plano de corte que deu origem a planta baixa.
Linha traço e ponto e traço suave: Na projeção da caixa dágua, quando
representada na planta baixa e nas linhas utilizadas como eixos.
Linha de ruptura ou zig-zag e traço suave: Secciona parte de um projeto,
limitando sua área de representação. Seja para mostrar detalhadamente ou
restringir uma área predeterminada.
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FIGURA 6 - ILUSTRAÇÃO DOS TIPOS DE LINHAS UTILIZADOS EM PROJETOS
O Projeto
O projeto pode ser entendido como sendo o elemento de registro gráfico e
comunicação das características de uma obra. O projeto deve ser constituído por
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algumas representações gráficas, tais como: planta de situação, planta de locação,
planta de cobertura, planta baixa, cortes (transversal e longitudinal), fachadas,
detalhes técnicos e perspectivas.
Planta de Situação
É a representação gráfica do projeto que indica as dimensões do terreno
(lote), a quadra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de
acesso e opcionalmente pontos de referência. Essa representação vai localizar o
terreno dentro de um perímetro urbano ou até mesmo rural, facilitando sua
identificação junto aos órgãos públicos competentes na regularização e fiscalização
da obra.
Os dados fornecidos em uma planta de situação devem necessariamente
estar em acordo com a escritura pública do terreno, oficializando junto aos órgãos
públicos o título de propriedade daquela área.
A Planta de Situação abrange uma área relativamente grande, por isso,
normalmente é desenhado em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750, 1/1000, etc.
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Planta de Locação
É a representação gráfica do projeto que indica a posição da construção no
terreno. Podendo ser indicado também muros, portões, vegetação existente,
orientação magnética (norte geográfico), passeio público e opcionalmente
construções vizinhas.
Nesse tipo de representação, por se tratar de um tipo de vista superior, o
observador identifica em primeiro plano a cobertura, tendo a representação das
paredes externas da construção, abaixo da cobertura desenhada com linha
tracejada e traço suave (MONTENEGRO, 1978).
A Planta de locação é o ponto de partida para o início de uma obra. Porque
representa graficamente a sua marcação no terreno. Normalmente é desenhado em
escalas médias, ex.: 1/200, 1/250, 1/500.
Na planta de locação identificamos as dimensões do terreno conforme o
registro de imóveis, os afastamentos da construção em relação aos limites laterais,
frontal e de fundos, a presença de calçadas, piscinas etc.
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Planta Baixa
Desenho que representa graficamente a projeção horizontal de uma
edificação ou partes dela. Pode-se entender como sendo a seção horizontal
resultante da intersecção de um plano de nível acima e paralelo do piso
(normalmente a 1,50 m) em uma edificação, representando consigo portas, janelas,
peças sanitárias, chuveiro e opcionalmente mobiliário de ambientação interna.
As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. Para entender com clareza esta
importante representação gráfica, basta imaginar uma superfície plana, cortando
uma casa ao meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o
contorno das paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa
dessa casa.
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FIGURA 11 - ILUSTRAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO EM PLANTA BAIXA DA CASA,
DESTACANDO AS SEÇÕES DAS PAREDES, PORTAS E JANELAS
FONTE: Disponível em: <www.ricardoregueira.com>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013.
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Cortes
Desenhos que representam graficamente a projeção de uma seção vertical
(ou plano) de uma edificação. Utilizado para representar detalhes que não aparece
em planta baixa, indica seu pé-direito, altura de elementos construtivos, vistas de
elementos estruturais, altura de portas e janelas, cobertura, bancadas etc.
Seu objetivo é esclarecer o observador do projeto por meio de planos de
interseção longitudinal e transversal, dando uma terceira dimensão a leitura e
interpretação do projeto.
Sua indicação vem representada em planta baixa por uma linha do tipo traço
e ponto ou tracejada. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75.
Recomenda-se que a identificação dos cortes em uma planta, seja feita por
letras consecutivas, evitando assim, equívocos que poderiam acontecer em
indicações do tipo AA’ e BB’ (MONTENEGRO, 1978).
A escolha da seção de corte em uma planta baixa pode ser influenciada por
uma série de fatores, dependendo do grau de detalhes que se pretenda demonstrar.
Porém, recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro,
visualizando o sanitário, lavatório e chuveiro. Existindo pavimento superior, a
posição do corte deve passar pela escada, mostrando detalhes dos degraus e as
alturas de seus espelhos (face vertical).
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FIGURA 13 - A REPRESENTAÇÃO DE UMA INTERSEÇÃO, CORTANDO UMA
CASA NO SENTIDO TRANSVERSAL, DESTACANDO AS SEÇÕES DAS
PAREDES, PORTAS E JANELAS
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FIGURA 15 - CORTE LONGITUDINAL QUE PASSA PELA ÁREA DE SERVIÇO E
BANHEIROS
Fachadas
Desenho que representa graficamente as faces externas do edifício (frontal e
lateral). As fachadas podem ser interpretadas como a representação daquilo que se
almeja construir.
Em geral, nas fachadas especificam os materiais de revestimentos externos,
funcionamento de esquadrias, paginação de cores, indicação de detalhes técnicos,
etc. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75.
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FIGURA 16 - ILUSTRAÇÃO DE UMA FACHADA FRONTAL
Detalhes Técnicos
Desenho que representa graficamente detalhes construtivos de um elemento
específico ou estrutural do edifício, para detalhe com precisão nas plantas e cortes.
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Pode ser detalhe interno ou externo ao prédio.
Convenções e Símbolos
No Brasil, a representação gráfica do projeto, corresponde às normas
editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as
principais:
• NBR 6492 - Representação de projetos;
• NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico.
Elementos do Projeto
Os elementos do projeto são diferenciados em dois pontos:
- O próprio projeto (o objeto representado);
- O conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam.
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Paredes
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15
cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes
externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não
obrigatório. É, no entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura
quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais, etc.).
Portas
Portas de correr
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FIGURA 20 - ILUSTRAÇÃO DE PORTAS INTERNAS
FONTE: (Autor).
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FIGURA 21 - ILUSTRAÇÃO DE PORTAS EXTERNAS
FONTE: (Autor).
Portas de Abrir
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Janelas
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até
1,50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a
primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para
janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas
invisíveis.
FONTE: (Autor).
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FIGURA 24 - ESQUEMA DE JANELA
FONTE: (Autor).
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Níveis
São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada
referência de nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero.
Regras principais para as cotas altimétricas:
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível;
• Indicar sempre em metros, na horizontal;
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de
desníveis iguais (escada).
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Comum Impermeável
Legenda
Usada para a informação, indicação e identificação do desenho:
Designação da empresa;
Projetista;
Local;
Data;
Assinatura;
Conteúdo do desenho;
Escala;
Número do desenho;
Símbolo de projeção;
Logotipo da empresa;
Unidade empregada.
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Outras informações do projeto
Legenda de Esquadrias: P (portas); J (janelas); Quadro de áreas:
legenda que apresenta área do terreno, área construída e áreas de permeabilidade
(jardim).
Especificações de materiais de acabamento: piso, parede e forro.
FIGURA 28
Escadas
As escadas são constituídas por:
Degraus: pisos + espelhos;
Pisos: pequenos planos horizontais que constituem a escada;
Espelhos: planos verticais que unem os pisos;
Patamares: pisos de maior largura que sucedem os pisos normais da
escada, geralmente ao meio do desnível do pé direito, com o objetivo de facilitar a
subida e o repouso temporário do usuário da escada;
Lances: sucessão de degraus entre planos a vencer, entre um plano e
um patamar, entre um patamar e um plano e entre dois patamares;
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Guarda-corpo e corrimão: proteção em alvenaria, balaústre, grades,
cabos de aço etc., na extremidade lateral dos degraus para a proteção das pessoas
que utilizam a escada.
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FIGURA 29 - EXEMPLO DE DETALHAMENTO DE ESCADAS EM PROJETO
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1.2 O ORÇAMENTO
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Aqueles diretamente relacionados com os serviços a serem feitos na obra;
• Custos indiretos: equipes de supervisão e apoio, despesas gerais com
o canteiro de obras, taxas, etc.
Aqueles que não estão diretamente relacionados com os serviços, mas
fazem parte da estrutura organizacional da empresa construtora e da administração
da obra.
Em relação aos custos indiretos, são as despesas reletivas às instalações do
escritório, aluguel, condomínio, luz, telefone, etc; despesas com pessoal
administrativo (diretor, gerente, contador, secretária e outros), com comercialização
(montagem de propostas, visitas a clientes, marketing, brindes, etc.), despesas com
apoio técnico de escritório com obras e horas ociosas (pessoal parado por falta de
serviço).
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1.3 ORGANOGRAMA DE UMA OBRA
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• Mostra as relações que devem existir e não a realidade existente.
Regras gerais:
• Deve conter nome da obra, autor, data e número;
• Deve ser mostrada a referência de outros gráficos;
• Para análise, deve apresentar a estrutura existente.
• Cada função pode ser representada por um retângulo:
• Os retângulos devem conter os títulos dos cargos;
• Se há necessidade do nome do ocupante, este deve aparecer fora do
retângulo (ou dentro com letra de tipo diferente);
• Se o gráfico mostrar apenas parte da organização, deve haver linhas
abertas para demonstrar continuidade.
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• O uso de nomes dos ocupantes dos cargos exige constante
atualização.
Engenheiro Civil
Eng.º Gomes Pereira
FONTE: (Autor).
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1.4 FLUXOGRAMA DE UMA OBRA
Principais objetivos:
• Padronização na representação dos métodos e nos procedimentos
administrativos;
• Podem-se descrever com maior rapidez os métodos administrativos;
• Pode facilitar a leitura e o entendimento das rotinas administrativas;
• Podem-se identificar os pontos mais importantes das atividades visualizadas;
• Permite uma maior flexibilização e um melhor grau de análise.
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FIGURA 32 - ALGUNS SÍMBOLOS BÁSICOS PARA FLUXOGRAMAS
Obs.:
• Estes não são os únicos símbolos existentes;
• Você pode criar seus próprios símbolos (usa-se muito em peças de
divulgação ou apresentações);
• Sempre coloque a legenda com o significado dos símbolos usados
(nem todos sabem o que significam);
• Você pode identificar com letras ou números os passos no seu
fluxograma.
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FIGURA 33 - EXEMPLO DE FLUXOGRAMA AÇO EM BARRAS
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FIGURA 35 - EXEMPLO DE CONCRETO USINADO
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Assim, os Códigos de obras definem os seguintes itens:
• Tipo de ocupação permitido para um determinado lote; se residencial,
comercial, industrial ou de uso misto;
• A projeção máxima do edifício sobre o terreno (taxa de ocupação);
• Área máxima permitida para a construção (coeficiente de utilização);
• Recuos a serem observados com relação às divisas;
• Dimensões mínimas e detalhes construtivos de corredores, escadas e
rampas.
Por exemplo:
Alguns dos elementos mais solicitados em nível da legislação brasileira
quanto ao código de obras:
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b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados
em relação à infraestrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar
como polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua
subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas.
Alvará de Construção
Licença expedida pela Prefeitura Municipal (Câmara Municipal de Curitiba,
2012), autorizando a execução de obra de construção. Para construções e
determinadas reformas de edificações, é necessário um alvará emitido pela
prefeitura da cidade na qual o imóvel está inscrito.
Diante de recentes acidentes, alguns com vítimas fatais, tornaram esse
procedimento de maior importância, pois os técnicos da Prefeitura devem analisar o
projeto proposto e verificar sua conformidade com o código de Edificações e com as
boas práticas de Engenharia para só então emitir o alvará de construção ou reforma.
A expedição de um alvará é obrigatória para todo e qualquer tipo de
construção, já para reformas, existem algumas distinções.
Pequenas reformas como pintura, substituições e consertos, reparos em
instalações elétricas e hidráulicas não necessitam do alvará, ao contrário de
reformas que incluem a alteração da estrutura original do imóvel, como a derrubada
de paredes de sustentação da edificação, em que a emissão do alvará se demonstra
extremamente importante, e obrigatória.
Para obter o alvará de construção o procedimento é simples:
• Antes de se iniciar uma construção ou reforma é necessária a criação
de um projeto. Com o auxílio de engenheiro ou arquiteto, a fase de análise do que
será ou não viável à construção ou reforma já pode ser antecipada, o que garante
maior facilidade na emissão do alvará da prefeitura.
• Com o projeto pronto, anexar os seguintes documentos:
• Cópia do último carnê do IPTU ou Incra (não precisa estar quitado);
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• Cópia de um título de propriedade (escritura, formal de partilha ou
contrato particular de compra e venda registrado em cartório);
• Duas cópias do projeto;
• Duas cópias da carteira que comprove o registro do engenheiro
responsável no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA);
• Cópia do RG e CPF do proprietário do imóvel;
• Comprovante de regularidade da construção existente (caso não
possua, é possível conseguir as cópias originais das plantas aprovadas do imóvel
com a própria prefeitura).
Independente da cidade onde está situada a sua construção ou reforma, os
procedimentos burocráticos e documentos exigidos são basicamente os mesmos
para o processo de requerimento do alvará.
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Alteração Parcial de um Projeto
Destina-se a aprovação de alterações em edificações que possuem vistoria
parcial de conclusão de obras, no qual o restante da obra não será executado de
acordo com o inicialmente aprovado, bem como, também utilizado no caso de
alteração parcial de unidade residencial aprovada em alvará de construção para
residência em série (condomínios horizontais) (Câmara Municipal de Curitiba, 2012).
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Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras - CVCO
Documento certificando que a edificação anteriormente licenciada pelo
Alvará de Construção, Reforma e/ou Ampliação, Reforma Simplificada ou Alteração
encontra-se concluída (Câmara Municipal de Curitiba, 2012).
Para solicitação do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras - CVCO a
edificação deverá encontrar-se totalmente concluída, em conformidade com o
projeto aprovado pelo Alvará de Construção e conforme relação de itens obrigatórios
para solicitação do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – CVCO, bem
como, oferecer condições de higiene e habitabilidade.
Para tanto é necessário que antes de solicitar a vistoria de conclusão de
uma obra, o responsável técnico e o proprietário verifiquem se todos os itens
indicados no projeto estão concluídos de acordo com o aprovado e se há o
atendimento dos itens mínimos obrigatórios constantes na Declaração para
solicitação do CVCO.
Observações importantes:
Efetuada a vistoria e constatada que a obra não se encontra concluída ou
possua itens em desacordo com o projeto aprovado, serão cobradas taxas
adicionais referentes às novas vistorias que porventura sejam necessárias para a
comprovação da conclusão da obra de acordo com o projeto aprovado (ver valor
especificado no requerimento) (Câmara Municipal de Curitiba, 2012).
Documentos Necessários:
• Requerimento próprio assinado pelo Resp. Técnico e Proprietário do
imóvel;
• Fotocópia do alvará de construção;
• Declaração quanto ao atendimento dos itens mínimos obrigatórios para
solicitação do CVCO;
• Documentos condicionados na folha do Alvará de Construção.
• Posteriormente poderão ser solicitados documentos adicionais que
porventura sejam necessários para atendimento à legislação vigente na época da
vistoria.
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1.6 INSTALAÇÕES
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O Mestre-de-obras deve acompanhar a execução da instalação elétrica
seguindo rigorosamente o projeto, que deve estar de acordo com a NBR 5410/97 –
Instalações elétricas de baixa tensão, e a norma regulamentadora NR 10 –
Instalações e serviços de eletricidade, memórias e especificações técnicas.
Segundo estimativas anuais do Corpo de Bombeiros das grandes cidades, as
instalações elétricas projetadas e executadas inadequadamente constituem a
terceira causa de incêndio.
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QUADRO RESUMO COMPARATIVO DE SIMBOLOGIA USUAL E NBR
FONTE: (Autor)
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No Módulo IV, capítulo 4.4 será apresentado os principais componentes de
uma instalação elétrica.
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Tensões de toque e passo
Se uma pessoa toca um equipamento aterrado ou o próprio condutor, pode
ser que se estabeleça – dependendo das condições de isolamento – uma diferença
de potencial entre a mão e os pés. Consequentemente, teremos a passagem de
uma corrente pelo braço, tronco e pernas; dependendo da duração e intensidade da
corrente, pode ocorrer fibrilação no coração, com graves riscos. Essa é a chamada
tensão de toque, e é particularmente perigosa nas regiões externas de uma malha
de subestação, principalmente nos cantos.
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TABELA DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE
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• Faça inspeção visual antes de usar equipamentos ou instalações;
• Não faça reparo temporário de forma incorreta: gatos, quebra-galhos causam
acidentes;
• Não trabalhe em manutenção de equipamentos/instalações elétricas sob
tensão sem conhecimento/supervisão;
• Não use escadas metálicas em trabalho com energia;
• Use exclusivamente extintores de CO2 ou pó químico, quando houver
incêndio em equipamentos ou instalações elétricas;
• Fios, barramentos, transformadores devem ficar fora da área de trânsito de
pessoas;
• Não use anéis, pulseiras ou outros adornos metálicos em serviços com
energia;
• Não use ferramentas elétricas na presença de gases ou vapores;
• Não trabalhe sob tensão em áreas sujeitas à explosão;
• Lembre-se de que a corrente elétrica pode ser fatal.
Normas
A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na
norma internacional IEC 60364, é a norma aplicada a todas as instalações cuja
tensão nominal é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC.
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1.6.2 Instalações Hidrossanitárias
Normas
• NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria;
• NBR 7198/1993 – Instalações Prediais de Água Quente;
• NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de
tanques sépticos;
• NBR 8160/1983 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários;
• NBR 13969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento
complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e
operação.
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Distribuição indireta - todos os aparelhos e torneiras são alimentados por um
reservatório superior alimentado diretamente pela rede pública.
• Distribuição indireta sem recalque.
• A água potável vem diretamente da rede pública, quando houver
pressão suficiente até o reservatório superior, que alimenta por gravidade os pontos
de água.
• Distribuição indireta com recalque.
• Quando a pressão da rede pública não for suficiente para alimentar o
reservatório superior, utiliza-se outro de cota reduzida, geralmente localizado no
pavimento térreo, denominado de reservatório inferior (ou subterrâneo) de onde a
água é recalcada, por meio de bombas, para o reservatório superior (ou elevado) e a
partir deste é feita a distribuição por gravidade para o interior da edificação.
• Distribuição indireta hidropneumática.
• Esse processo dispensa o reservatório superior e a distribuição é
ascendente, a partir de um reservatório de aço onde a água fria pressurizada. Esses
equipamentos requerem manunteção preventiva periódica.
• Distribuição mista – associação dos sistemas direto e indireto, parte
pela rede pública e parte pelo reservatório superior.
Central Privado
O sistema de aquecimento é central privado, quando alimenta várias peças
de utilização de um único domicílio. Ex.: aquecedor de acumulação e reservatório de
água quente.
AN02FREV001/REV 4.0
55
Central Coletivo
O sistema de aquecimento é central coletivo, quando alimenta peças de
utilização de vários domicílios ou várias unidades. Ex.: edifício de apartamentos,
hotéis, motéis, hospitais etc.
AN02FREV001/REV 4.0
56
FIGURA 38 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA COM RECALQUE
AN02FREV001/REV 4.0
57
FIGURA 40 - EXEMPLO DE DISTRIBUIÇÃO MISTA
O despejo de esgoto sanitário poderá ser feito por meio das seguintes
formas:
Direto
O esgoto é lançado diretamente do coletor predial ao coletor público, quando
a profundidade do mesmo não exceder à do coletor público.
AN02FREV001/REV 4.0
58
FIGURA 41 - EXEMPLO DE ESGOTO SANITÁRIO DIRETO
Indireto
O esgoto é recolhido em uma elevatória, quando a profundidade do coletor
predial exceder à do coletor público e em seguida é recalcado para o mesmo.
AN02FREV001/REV 4.0
59
Instalações prediais de Águas Pluviais NBR 611/81
Aspectos gerais
Características do gás
O GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) é obtido a partir da destilação do petróleo,
sendo formado basicamente pela mistura de propano e butano, em proporções
variáveis (BERTONCEL, 2008). Apresenta as seguintes propriedades:
AN02FREV001/REV 4.0
60
• Densidade 2 em relação ao ar, na forma de gás 0,55 em relação a água, na
{forma líquida;
• Facilidade e rapidez de operação;
• Não produz resíduos após a queima;
• Poder calorífico médio 12 000 Kcal/kg.
O emprego do GLP nos domicílios é cada dia maior, visto que poucas cidades
no Brasil dispõem de gás combustível canalizado nas ruas, sendo necessária a
instalação domiciliar com recipientes que armazenam o GLP.
Recipientes
As empresas que fazem a distribuição do gás liquefeito de petróleo utilizam
recipientes de aço, que podem ser transportáveis (butijões ou cilindros) ou fixos,
dependendo de suas capacidades.
Há um grande número de normas da ABNT que regulamentam as dimensões,
os testes para o controle de qualidade dos recipientes para GLP, bem como as
mangueiras flexíveis utilizadas e as válvulas para os recipientes.
Os recipientes transportáveis de aço para GLP têm as seguintes capacidades,
regulamentadas pelas normas:
• kg - NBR 8470/84;
• 5kg - NBR 8471/84;
• 13 kg - NBR 8462/84;
• 45 kg - NBR 8463/84;
• 90 kg - NBR 8472/84.
AN02FREV001/REV 4.0
61
Pressões de utilização
O GLP é fornecido em recipientes de aço, no estado líquido, com pressões da
ordem de 50 a 150 psi (35 a 105m H2O). Na saída dos recipientes, por meio do
regulador de alta ou de 1º estágio, ocorre uma redução para 15 psi (10 m H2O) e,
posteriormente, pelo regulador de baixa ou de 2º estágio, a pressão chega a 0,4 psi
(0,28 m H20), valor indicado para o consumo nos aparelhos. A figura abaixo ilustra
um regulador de 2º estágio.
AN02FREV001/REV 4.0
62
FIGURA 44 - ESQUEMA DE INSTALAÇÃO PREDIAL DE GLP
Ar-Condicionado
AN02FREV001/REV 4.0
63
Durante muito tempo, o homem pensou em maneiras de amenizar os efeitos
do calor. Invenções mais antigas, como ventiladores, abanadores e até mesmo o
uso do gelo em larga escala faziam parte dos métodos para amenizar a temperatura
em um ambiente.
Em 1902, o engenheiro Willis Carrier inventou um processo mecânico para
condicionar o ar, tornando realidade o almejado controle climático de ambientes
fechados. Essa tecnologia teve início, na época, a partir de um problema pelo qual
uma empresa de Nova York passava (BERTONCEL, 2008).
Ao realizar impressões em papel, o clima muito quente de verão e a grande
umidade do ar faziam com que o papel absorvesse essa umidade de forma que as
impressões saíam borradas e fora de foco. Ele criou um processo que resfriava o ar,
fazendo circular por dutos resfriados artificialmente, o que também era capaz de
reduzir a umidade do ar. Este foi o primeiro ar-condicionado contínuo por processo
mecânico da história.
A partir desta experiência, o sistema foi adotado por muitas indústrias de
diversos segmentos, como têxtil, indústrias de papel, farmacêuticos, tabaco e alguns
estabelecimentos comerciais.
Em 1914, Carrier desenvolveu um aparelho para aplicação residencial, que
era muito maior e mais simples do que os ares-condicionados de hoje, e também
desenhou o primeiro condicionador de ar para hospitais, que foi desenvolvido com o
objetivo de aumentar a umidade de um berçário (para bebês nascidos de forma
prematura), no Allegheny Hospital de Pittsburg.
Foi a partir da década de 1920 que o ar-condicionado começou a se
popularizar nos Estados Unidos, foi colocado em diversos prédios públicos, tais
como a Câmara dos Deputados, o Senado Americano, os escritórios da Casa
Branca (BERTONCEL, 2009).
Além disso, foi de grande utilidade para ajudar a indústria cinematográfica,
pois antes de serem instalados os aparelhos de a-condicionado, as salas de cinema
ficavam vazias devido ao clima muito quente, nas temporadas de verão americano.
Na década de 1930, foi desenvolvido também por Willis Carrier um sistema
de condicionadores de ar para arranha-céus com distribuição de ar em alta
velocidade, que economizava mais espaço, em relação aos produtos utilizados na
AN02FREV001/REV 4.0
64
época. A distribuição do ar em alta velocidade por meio de dutos "Weathermaster",
criada em 1939, economizava mais espaço do que os sistemas utilizados na época.
Em meados de 1950, os modelos residenciais de ar-condicionado
começaram a ser produzidos em massa, ano em que Willis Carrier faleceu. A
demanda foi muito grande, acabando com os estoques em apenas duas semanas.
Na década seguinte, esses produtos já não eram mais novidade. A partir disso, se
inicia um mercado de amplitude mundial em constante expansão, com muito espaço
para desenvolvimento tecnológico e novidades em produtos, até os dias de hoje.
AN02FREV001/REV 4.0
65
O R-22 (em estado líquido por causa da alta pressão) entra em uma válvula
de expansão, espécie de orifício onde o líquido perde pressão rapidamente e se
esfria até 7° C, transformando-se em estado líquido. A partir daí, o ciclo recomeça
novamente.
Vantagens do equipamento:
• Longevidade dos eletrodomésticos é prolongada;
• Uma atmosfera mais confortável;
• Utilizados tanto no inverno como no verão.
AN02FREV001/REV 4.0
66
Desvantagens do equipamento:
Resseca o ar causando irritação aos olhos;
Recirculação do ar (não renovação do ar);
Alto consumo de energia elétrica;
Uso de gases prejudiciais à camada de ozônio e efeito estufa;
Manutenção periódica;
Interfere na arquitetura de interiores (espaços necessários);
O mau uso do ar-condicionado compromete a saúde.
Instalações de Incêndio
AN02FREV001/REV 4.0
67
Iluminação que deve clarear áreas escuras de passagem, horizontais e
verticais, incluindo áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços
essenciais e normais, na falta de iluminação normal. Este sistema deve:
•permitir o controle visual das áreas abandonadas;
•manter a segurança patrimonial;
•sinalizar as rotas de fuga;
•sinalizar o topo do prédio para aviação.
FIGURA 46
AN02FREV001/REV 4.0
68
FIGURA 47
Sinalização com símbolos e letras que indicam a rota de saída que pode ser
utilizada.
A função da “Iluminação de Emergência” é iluminar as áreas escuras de
passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de
controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de
iluminação normal. A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar
acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível
penetração de fumo nas áreas.
AN02FREV001/REV 4.0
69
• O tempo de funcionamento do sistema de iluminação de emergência
deve garantir a segurança pessoal e patrimonial de todas as pessoas na área, até o
restabelecimento da iluminação normal, ou até que outras medidas de segurança
sejam tomadas;
• No caso do abandono total do edifício, o tempo da iluminação deve
incluir além do tempo previsto para a evacuação, o tempo que o pessoal da
intervenção e de segurança necessita para localizar pessoas perdidas ou para
terminar o resgate em caso de incêndio. Este tempo deve ser apoiado na
documentação de segurança do edifício e aprovado pelos órgãos competentes;
• Devem ser respeitadas as limitações da visão humana, tendo como
base as condições fisiológicas da visão diurna e noturna e o tempo de adaptação
para cada estado;
AN02FREV001/REV 4.0
70
ao cálculo de autonomia e da fiabilidade para utilização e geralmente tem um custo
um pouco mais alto do que o sistema autônomo. A vantagem é que ao chegar ao fim
da vida útil das baterias, basta substituir as mesmas que ficam localizadas no banco
de baterias próxima da central.
Definição:
• Fase de projeto – consultar segurança, seguradora, bombeiros,
instaladores e manutenção;
• Identificar as razões da proteção (vida, propriedade, etc.);
• Análise de risco nas áreas a proteger;
• Extensão da proteção (parcial ou total);
• Avaliar os recursos disponíveis (humanos, financeiros, etc.).
Principais normas:
• NBR 9441 - Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;
• NBR 11836 - Detectores Automáticos de Fumaça;
• NBR 13848 - Acionadores Manuais.
FIM DO MÓDULO I
AN02FREV001/REV 4.0
71
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
72
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
73
MÓDULO II
2 O CANTEIRO DE OBRAS
2.1 IMPLANTAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
74
São fatores condicionantes do planejamento e organização do canteiro:
• O tipo, natureza e complexidade da obra;
• Topografia e condições ambientais;
• As características dos materiais empregados;
• Os processos e métodos construtivos empregados;
• Os tipos de equipamentos empregados;
• Os prazos de execução de cada etapa e da obra total;
• A quantificação e tipificação da mão de obra a ser utilizada em cada
etapa.
AN02FREV001/REV 4.0
75
• Esquadrias;
• Acabamentos.
AN02FREV001/REV 4.0
76
O levantamento topográfico deve retratar a conformação da superfície do
terreno, bem como as dimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente
proporcionando dados confiáveis que, interpretados e manipulados corretamente,
podem contribuir no desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação.
No caso de obras de grande porte geralmente se contrata uma empresa de
topografia ou um topógrafo para realização desses serviços, que por intermédio de
aparelhos modernos chamados de níveis, teodolitos ou estação total, todos os
levantamentos necessários para a execução da obra serão executados como os
acima mencionados.
No caso de pequenas obras, o levantamento é feito pelo próprio pessoal da
obra com auxílio de instrumentos como:
• Trena;
• Nível de mão;
• Nível de borracha (mangueira transparente);
• Lápis de carpinteiro;
• Prumo de centro;
• Prumo de face;
• Fio de nylon ou arame recozido.
AN02FREV001/REV 4.0
77
A locação de uma obra é iniciada pelos elementos da fundação (estacas,
tubulões, sapatas isoladas ou corridas, entre outros).
Depois de executadas, pode ser necessária a locação das estruturas
intermediárias (blocos e baldrames). Esses elementos são demarcados pelo eixo,
definindo-se posteriormente as faces, se necessário. Por exemplo, sapatas corridas,
baldrames e alvenarias.
A locação pode ser feita de duas maneiras possíveis: locação por cavaletes
e locação por tábuas corridas.
AN02FREV001/REV 4.0
78
Locação por tábuas corridas
A locação por tábuas corridas é indicada para obras de maior porte com
muitos elementos a serem locados. Consiste em contornar a futura edificação com
um cavalete contínuo constituído de estacas e tábuas niveladas, e em esquadro.
Definem-se as linhas do gabarito cravando-se pontaletes de pinho
distanciados entre si de 1,50 m e afastados das futuras paredes 1,20 m ou mais.
São estes pontaletes que dão rigidez ao cercado e devem ser fincados já
nivelados e alinhados. Em seguida, pregam-se as tábuas sucessivas, niveladas,
formando uma cinta em volta da área a ser construída.
AN02FREV001/REV 4.0
79
FIGURA 50 - ESQUADRO DA TABEIRA
AN02FREV001/REV 4.0
80
b) Marcar uma das faces (pode ser a frontal) do gabarito a 1,2 metros da
futura construção (1,2 a 1,5 m), considerando como a obra vai ficar no terreno (recuo
- o alinhamento frontal recuado em 5 metros), a partir do alinhamento predial;
c) Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3"x3" ou 3"x4")
espaçados de 1,5 a 3,0 metros e alinhados rigorosamente por uma das faces
(esticar uma linha de nylon). Depois de consolidados no terreno, os pontaletes
devem ser nivelados (nível de mangueira), cortados no topo a uma altura de 40 a 50
cm do solo (até 1 a 1,2 m) e ter pregado na sua face interna tábuas (de boa
qualidade) de 1"x6" (pode ser 1"x4") devidamente niveladas;
d) A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do
gabarito, usando triângulos retângulos (gabaritos), para garantir a ortogonalidade do
conjunto (esquadro), conferindo sempre até travar todo o conjunto com mãos-
francesas e contraventamento, se necessário;
e) Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser
látex);
f) Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto
de locação, faz-se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos em
alturas diferentes para identificar eixos, faces laterais de paredes etc. Marcar na
tábua a linha de pilares com tinta esmalte vermelha;
g) Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena
metálica e efetuar a conferência (mestre ou engenheiro). Um bom método de
conferência é o inverso, ou seja, voltar do último ponto marcado, fazendo o caminho
inverso da locação;
h) Com duas linhas de nylon n.80 (preferência arame de aço recozido n.18)
esticadas a partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas
transferirem as coordenadas das estacas (sapata ou elemento que venha a ser
executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250 g) marcar o ponto exato da
estaca (centro), cravando um piquete (pintado de branco);
i) No caso de haver movimentação de equipamentos pesados (bate-estacas,
máquinas e caminhões) deve-se proceder à cravação com um rebaixo em relação
ao terreno e marcar o local do piquete com cal ou areia, remarcar sempre que
ocorrer dúvida em relação à locação do piquete;
AN02FREV001/REV 4.0
81
j) No caso da necessidade de se traçar uma curva de pequeno raio, acha-se
o centro desta a partir do cálculo do raio da curva (que pode ser feito previamente no
escritório), e, com o auxílio de um arame ou linha, traça-se a curva no terreno (como
se fosse um compasso).
AN02FREV001/REV 4.0
82
Já as áreas de apoio (almoxarifado, escritório, guarita ou portaria e plantão
de vendas) compreendem aquelas instalações que desempenham funções de apoio
à produção, abrigando funcionário(s) durante a maior parte ou durante todo o
período da jornada diária de trabalho, ao contrário do que ocorre nas áreas de
vivência, as quais só são ocupadas em horários específicos.
(b) distância entre roldana e tambor do guincho: esta distância deve estar
compreendida entre 2,5 m e 3,0 m (NR-18), devendo ser considerada para estimar a
posição do guincheiro;
(c) baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que
a largura da caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras
dimensões (altura e comprimento) devem ser suficientes para a estocagem do
volume correspondente a uma carga. No caso da areia e brita, por exemplo, as
dimensões usuais são aproximadamente:
3,00 m x 3,00 m x 0,80 m (altura);
(e) estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no
orçamento e na programação da obra. O estoque deve utilizar o espaço cúbico,
AN02FREV001/REV 4.0
83
limitando, por questões de ergonomia e segurança do operário, a altura máxima da
pilha em aproximadamente 1,40 m;
(h) portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a
passagem do maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o
período de execução. Usualmente a largura de 4,00 m e a altura livre de 4,50 m é
suficiente;
Áreas de vivência
Instalações Sanitárias
As instalações sanitárias devem:
• Ter portas de acesso de modo a manter o resguado conveniente;
• Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso e no máximo a 150,0
m do posto de trabalho.
• Ser constituídas de:
AN02FREV001/REV 4.0
84
• Um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário e mictório, para
cada grupo de 20 trabalhadores.
• Um chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores.
• Dimensões recomendadas:
• Vaso sanitário: 1,0 m2
• Chuveiro: 0,80 m2
• Lavatório, espaçamento: 0,60 m2
• Mictório, espaçamento: 0,60 m2
Vestiário
Todo canteiro de obras deve possuir vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residam no local.
Os vestiários devem:
• Ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com
cadeado;
• Ter bancos, com largura mínima de 0,30 m.
Refeitório
É obrigatória a existência de local adequado para as refeições, que deve:
• Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores
no horário das refeições;
• Ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior.
Àreas de apoio
AN02FREV001/REV 4.0
85
• Mestre de obras;
• Encarregados;
• Técnico de segurança do trabalho.
2.5 FUNDAÇÕES
Definição
Conjunto de elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as
cargas da edificação.
Função
As fundações devem ter resistência adequada para suportar as tensões
causadas pelos esforços solicitantes.
AN02FREV001/REV 4.0
86
• Característica do solo (por meio de sondagens) e dos elementos
estruturais que formam as fundações;
• Porte da obra (solicitações);
• Processo construtivo;
• Construções vizinhas;
• Complexidade e custos.
Classificação
• Fundações diretas
As cargas da edificação são transmitidas ao solo pela base da fundação.
Podem ser rasas ou profundas.
• Fundações indiretas
As cargas da edificação são transferidas ao solo pelo atrito que ocorre entre
a fundação e o solo. São sempre profundas.
2.5.1 Sapatas
AN02FREV001/REV 4.0
87
FIGURA 52 - EXEMPLO DE SAPATA
Sapata Isolada
Recebe as cargas de apenas um pilar. É uma solução preferencial por ser,
em geral, mais econômica em razão de consumir menos concreto. As sapatas
podem ter vários formatos, mas o mais comum é o cônico retangular, pois consome
menos concreto e exige trabalho mais simples com a fôrma. No caso de pilares de
formato não retangular, a sapata deve ter seu centro de gravidade coincidindo com o
centro de cargas.
AN02FREV001/REV 4.0
88
Sapata Corrida
A sapata corrida é normalmente utilizada como apoio direto de paredes,
muros e pilares alinhados, próximos entre si. A transferência de carga é feita
linearmente.
Sapatas alavancadas
Caso o projeto preveja uma sapata em divisa de terreno ou com algum
obstáculo, a peça não consegue ter o centro de gravidade e o centro de cargas
coincidentes. Para compensar a excentricidade das cargas, é necessário transferir
parte dos esforços para uma sapata próxima por meio de uma viga alavancada.
AN02FREV001/REV 4.0
89
FIGURA 55 - EXEMPLO DE SAPATA ALAVANCADA
2.5.2 Estacas
AN02FREV001/REV 4.0
90
FIGURA 56 - COMPARATIVO DE ESTACA MOLDADA IN-LOCO E ESTACA PRÉ-
MOLDADA
AN02FREV001/REV 4.0
91
Estacas de Concreto
As estacas de concreto são comercializadas com diferentes formatos
geométricos. A capacidade de carga é bastante abrangente, podendo ser
simplesmente armadas, protendidas, produzidas por vibração ou centrifugação.
Estacas Metálicas
São constituídas de perfis laminados ou soldados e de tubos de chapa
drobrada nas seções circular, quadrada ou retangular, também na forma de trilhos. A
cravação pode ser feita com bate-estacas e as emendas, quando necessárias, são
feitas com talas aparafusadas ou soldadas.
Estacas de Madeira
As estacas de madeira somente devem ser usadas quando for garantida a
durabilidade da madeira a fim de que ela não apodreça por causa das variações do
lençol freático. A madeira deve ser tratada para evitar ataque de fungos. Se as
estacas forem cravadas em terrenos firmes, as pontas devem ser protegidas com
ponteiras de aço.
• Tipo Strauss
Elemento de fundação escavado mecanicamente, com o emprego de uma
camisa metálica recuperável, que define o diâmetro das estacas. O equipamento
AN02FREV001/REV 4.0
92
utilizado é leve e de pequeno porte, facilitando a locomoção dentro da obra e
possibilitando a montagem do equipamento em terrenos de pequenas dimensões.
A perfuração é feita por meio da queda livre da piteira com a utilização de
água. O furo geralmente é revestido. Atingida a profundidade de projeto, o furo é
limpo e concretado. Durante a concretagem, o apiloamento do concreto e a retirada
cuidadosa do revestimento devem ser observados, para que não haja interrupção do
fuste.
AN02FREV001/REV 4.0
93
Estaca de concreto moldada in loco, executada por meio de um
equipamento que possui um trado helicoidal contínuo, que retira o solo conforme se
realiza a escavação, e injeta o concreto simultaneamente, utilizando a haste central
desse mesmo trado. É um sistema que proporciona uma boa produtividade e, por
esse motivo, é recomendável que haja uma central de concreto nas proximidades do
local de trabalho. Além disso, as áreas de trabalho devem ser planas e de fácil
movimentação. O sistema pode ser empregado na maioria dos tipos de solos,
exceto em locais onde há a presença de matacões e rochas. Estacas curtas demais,
ou que atravessam materiais extremamente moles também deve ter sua utilização
analisada cuidadosamente.
• Estaca Raiz
Estacas escavadas com perfuratriz, executadas com equipamento de
rotação ou rotopercussão com circulação de água, lama bentonítica ou ar
AN02FREV001/REV 4.0
94
comprimido. É recomendado para obras com dificuldade de acesso para o
equipamento de cravação, pois emprega equipamento com pequenas dimensões
(altura de aproximadamente 2m). Pode atravessar terrenos de qualquer natureza,
sendo indicado também quando o solo possui matacões e rocha, por exemplo. Pode
ser executada de forma inclinada, resistindo a esforços horizontais.
FIGURA 59
2.5.3 Radier
AN02FREV001/REV 4.0
95
FIGURA 60 - FUNDAÇÃO TIPO RADIER
A laje deve ser feita usando um concreto com armadura de aço nas duas
direções tanto na parte superior como na inferior (armadura dupla).
2.6 EQUIPAMENTOS
• Equipamentos Móveis
Os equipamentos móveis estão presentes em todas as fases de uma obra,
sendo que os mais comuns em canteiro de obras: são os caminhões basculantes,
máquinas de grande porte como pá carregadeiras, retroescavadeiras, etc.
AN02FREV001/REV 4.0
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FIGURA 61 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BASCULANTE
AN02FREV001/REV 4.0
97
FIGURA 63 - EQUIPAMENTO MÓVEL: RETROESCAVADEIRA
AN02FREV001/REV 4.0
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FIGURA 65 - EQUIPAMENTO MÓVEL: CAMINHÃO BETONEIRA
• Equipamentos Fixos
São os equipamentos que devem ser localizados em locais estratégicos de
uma obra, de forma a obter o maior potencial de apoio a diversos trabalhos. De uma
maneira geral são os equipamentos de transporte vertical como; gruas, guinchos
elevadores, andaimes, etc.
AN02FREV001/REV 4.0
99
FIGURA 67 - EQUIPAMENTO FIXO: GUINCHO
AN02FREV001/REV 4.0
100
FIGURA 69 - EQUIPAMENTO FIXO: ANDAIMES
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
101
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
103
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
104
MÓDULO III
3 ESTRUTURA
AN02FREV001/REV 4.0
105
• Elementos estruturais de fundação: fundações diretas ou rasas, e
profundas;
• Elementos estruturais básicos: lajes, vigas, pilares;
• Elementos estruturais complementares: escadas, caixas d’água e
muros de arrimo.
3.1.1 Pilares
AN02FREV001/REV 4.0
106
Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas,
tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de
segurança.
Além da transmissão das cargas verticais para os elementos de fundação,
os pilares podem fazer parte do sistema de contraventamento responsável por
garantir a estabilidade global dos edifícios às ações verticais e horizontais.
AN02FREV001/REV 4.0
107
FIGURA 72 - EXEMPLO DE PILAR DE CONCRETO EM EDIFÍCIO
3.1.2 Lajes
AN02FREV001/REV 4.0
108
distribuídas linearmente (paredes) ou forças concentradas (pilar apoiado sobre a
laje).
AN02FREV001/REV 4.0
109
FIGURA 74 - LAJE MACIÇA
As lajes lisa e cogumelo também não têm vazios como a laje maciça,
contudo, tem outra definição. “Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em
pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis”
(NBR 6118/03).
As lajes lisa e cogumelo também são chamadas pela norma como lajes sem
vigas. Elas apresentam a eliminação de grande parte das vigas como a principal
vantagem em relação às lajes maciças, embora por outro lado tenham maior
espessura.
São usuais em todo tipo de construção de médio e grande porte, inclusive
edifícios de até 20 pavimentos. Apresentam como vantagens custos menores e
maior rapidez de construção. No entanto, são suscetíveis a maiores deformações
(flechas).
AN02FREV001/REV 4.0
110
FIGURA 75 - EXEMPLO DE LAJE LISA E COGUMELO
AN02FREV001/REV 4.0
111
“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-
moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas
nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte” (NBR 6118/03). As lajes
com nervuras pré-moldadas são comumente chamadas pré-fabricadas.
AN02FREV001/REV 4.0
112
FIGURA 78 - LAJE NERVURADA
AN02FREV001/REV 4.0
113
FIGURA 80 - LAJE PRÉ-FABRICADA DO TIPO TRELIÇADA COM ENCHIMENTO
EM BLOCOS CERÂMICOS E DE ISOPOR
3.1.3 Vigas
AN02FREV001/REV 4.0
114
As armaduras das vigas são geralmente compostas por estribos, chamados
“armadura transversal”, e por barras longitudinais, chamadas “armadura
longitudinal”.
AN02FREV001/REV 4.0
115
FIGURA 82 - EXEMPLO DE VIGAS DE CONCRETO
FIGURA 83
AN02FREV001/REV 4.0
116
3.2 CONCRETO ARMADO
AN02FREV001/REV 4.0
117
Componentes do concreto
Cimento
O cimento portland, tal como hoje mundialmente conhecido, foi descoberto
na Inglaterra por volta do ano de 1824, e a produção industrial foi iniciada após o
ano de 1850.
O cimento portland é um pó fino com propriedades aglomerantes,
aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido,
mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o cimento portland não se
decompõe mais (BORGES, 1996).
O cimento é o principal elemento dos concretos e é o responsável pela
transformação da mistura de materiais que compõem o concreto no produto final
desejado.
O cimento é composto de clínquer e de adições, sendo o clínquer o principal
componente, presente em todos os tipos de cimento. O clínquer tem como matérias-
primas básicas o calcário e a argila. A propriedade básica do clínquer é que ele é um
ligante hidráulico, que endurece em contato com a água.
AN02FREV001/REV 4.0
118
Para a fabricação do clínquer, a rocha calcária inicialmente britada e moída
é misturada com a argila moída. A mistura é submetida a um calor intenso de até
1450°C, sendo bruscamente resfriada, formando pelotas (o clínquer). Após processo
de moagem, o clínquer transforma-se em pó.
As adições são matérias-primas misturadas ao clínquer no processo de
moagem, e são elas que definem as propriedades dos diferentes tipos de cimento.
As principais adições são o gesso, as escórias de alto-forno, e os materiais
pozolânicos e carbonáticos.
Os tipos de cimento que existem no Brasil diferem em função da sua
composição, como o cimento portlando comum, o composto, o de alto-forno, o
pozolânico, o de alta resistência inicial, o resistente a sulfatos, o branco e o de baixo
calor de hidratação. Dentre os diferentes tipos de cimento listados na Tabela abaixo,
os de uso mais comuns nas construções são o CPII E-32, o CPII F-32 e o CPIII-40.
O cimento CPV-ARI é também muito utilizado em fábricas de estruturas pré-
moldadas.
AN02FREV001/REV 4.0
119
FIGURA 85 - TIPOS DE CIMENTO
FONTE: Disponível em: <www.abcp.org.br>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013.
Agregados
Os agregados podem ser definidos como os “materiais granulosos e inertes
que entram na composição das argamassas e concretos” (PFEIL, 1989). São muito
importantes no concreto porque cerca de 70 % da sua composição é constituída
pelos agregados, e são os materiais de menor custo dos concretos.
AN02FREV001/REV 4.0
120
Os agregados são classificados quanto à origem em naturais e artificiais. Os
agregados naturais são aqueles encontrados na natureza, como areias de rios e
pedregulhos, também chamados cascalho ou seixo rolado. Os agregados artificiais
são aqueles que passaram por algum processo para obter as características finais,
como as britas originárias da trituração de rochas.
AN02FREV001/REV 4.0
121
Os agregados graúdos (britas) têm a seguinte numeração e dimensões
máximas:
Brita 0 Brita 1
FONTE: Disponível em: <http://mibasa.com.br>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
122
Água
A água é necessária ao concreto, em razão de possibilitar reações químicas
do cimento, as quais são chamadas reações de hidratação, que irão garantir as
propriedades de resistência e durabilidade do concreto.
Tem também a função de lubrificar as demais partículas para proporcionar o
manuseio do concreto. Normalmente a água potável é a indicada para a confecção
dos concretos.
AN02FREV001/REV 4.0
123
A NBR 6118/03 define:
Elementos de concreto armado: “aqueles cujo comportamento estrutural
depende da aderência entre concreto e armadura e nos quais não se aplicam
alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência”.
Armadura passiva é “qualquer armadura que não seja usada para produzir
forças de protensão, isto é, que não seja previamente alongada”.
A armadura do concreto armado é chamada “armadura passiva”, o que
significa que as tensões e deformações nela aplicadas devem-se exclusivamente
aos carregamentos aplicados nas peças onde está inserida.
Como armadura tem-se que ter um material com altas resistências
mecânicas, principalmente resistência à tração. A armadura não tem que ser
necessariamente de aço, pode ser de outro tipo de material, como fibra de carbono,
bambu, etc.
AN02FREV001/REV 4.0
124
positivo é que o concreto protege o aço da oxidação (corrosão), garantindo a
durabilidade do conjunto. Porém, a proteção da armadura contra a corrosão só é
garantida com a existência de uma espessura de concreto entre a barra de aço e a
superfície externa da peça (denominado cobrimento), entre outros fatores também
importantes relativos à durabilidade, como a qualidade do concreto, por exemplo.
• Permeabilidade;
• Retração;
• Calor de hidratação;
• Tempo de pega (retardar ou acelerar);
• Absorção de água.
AN02FREV001/REV 4.0
125
Sua utilização, porém, requer cuidados. Além do prazo de validade e demais
precauções que se devem ter com a conservação dos aditivos. Sendo importante
estar devidamente informado sobre o momento certo da aplicação, a forma de se
colocar o produto e a dose exata.
Não é exagero comparar os aditivos aos remédios, que podem tanto trazer
mais saúde para seus pacientes, como podem virar um veneno se ministrados na
dose errada.
Tomando-se os cuidados necessários a relação custo-benefício destes
produtos é muito satisfatória. As empresas que prestam serviços de concretagem,
não abrem mão das suas qualidades e possuem, portanto, equipamentos e
controles apropriados para conseguir o melhor desempenho possível dos concretos
aditivados.
Quando o concreto for dosado em obra, caberá ao mestre de obra, verificar
a quantidade exata de aditivo que está a ser empregada nas misturas, conforme
especificado pelo projeto ou técnico responsável.
AN02FREV001/REV 4.0
126
FIGURA 90 - TRAÇOS DE CONCRETO
RENDIME RESI
TRAÇO
APLICAÇÃO NTO STÊNCIA
- Concreto magro. 1 sc. Cimento (50 Kg)
8,5 latas de areia 3 2
14 latas ou 0,25 m 189,6 Kg/cm
11,5 latas de brita 1 ou 2
2 latas d'água (36 L.)
AN02FREV001/REV 4.0
127
FIGURA 91 - MISTURA MANUAL DE CONCRETO
AN02FREV001/REV 4.0
128
Controle Tecnológico do Concreto
O controle tecnológico do concreto abrange o controle dos materiais que
fazem parte da sua composição, pois as principais “doenças” que podem afetar o
concreto, estão intimamente ligadas à falta de qualidade dos materiais que o
compõem.
A NBR 12654 (Controle Tecnológico dos Materiais Componentes do
Concreto) dispõe sobre os ensaios que devem ser efetuados nestes materiais. É
praticamente impossível encontrar materiais totalmente isentos de substâncias
nocivas, as normas desempenham um papel de fundamental importância, pois nos
apresentam os limites de tolerância destes elementos.
Já entre as determinações da NBR 12655 (Concreto – preparo, controle e
recebimento) existe a obrigatoriedade de uma dosagem experimental para concretos
com resistência igual ou superior a 15 MPa.
Portanto, a contratação de um laboratório gabaritado para a execução
destes serviços é de fundamental importância para quem quer fazer seu próprio
concreto.
No caso de quem compra o concreto dosado em central, os encargos com
os ensaios dos materiais e com as dosagens experimentais, já estão implícitos nas
responsabilidades da própria concreteira. Isto não impede que o comprador faça
ensaios paralelos, ou solicite para que a concreteira lhe forneça para análise, os
resultados dos ensaios que ela fez em seus materiais.
Além das dosagens experimentais e dos ensaios dos materiais, o Controle
Tecnológico do Concreto estabelece que sejam feitos ensaios de amostras retiradas
do concreto fresco. Com mais este procedimento, está fechado o círculo dos
cuidados necessários para que se mantenha constante a qualidade exigida do
concreto, sendo estes ensaios utilizados também como parâmetros para a aceitação
do concreto.
AN02FREV001/REV 4.0
129
Aceitação do Concreto Usinado em Obra
AN02FREV001/REV 4.0
130
FIGURA 94 - ENSAIO SLUMP-TEST
FONTE: Disponível em: <http://www.abesc.org.br/>. Acesso em: Acesso em: 22 de janeiro de 2013.
O resultado desse teste deve ser menor ou igual ao valor máximo admitido
na nota fiscal de entrega do concreto. Se o resultado for superior, demonstrará que o
concreto está com excesso de água em sua composição, o que implica em uma
alteração do fator água/cimento e na possível queda de sua resistência. Nesse caso,
o caminhão pode ser rejeitado.
Independentemente da realização do teste de slump, devem ser colhidas
amostras do concreto (corpos de prova), que no estado endurecido servirão para a
realização de ensaios de resistência à compressão.
Estas amostras devem ser em quantidade suficiente para a determinação do
Fck estimado, por fórmulas e parâmetros existentes na NBR 6118.
AN02FREV001/REV 4.0
131
Portanto, a Resistência Característica do Concreto à Compressão (fck) é um
dos dados utilizados no cálculo estrutural. Sua unidade de medida é o MPa (Mega
Pascal), sendo:
AN02FREV001/REV 4.0
132
FIGURA 95 - ENSAIO DE COMPRESSÃO PARA CORPOS DE PROVA DE
CONCRETO
Este valor é dividido pela área do topo da amostra (cm²). Teremos então a
resistência em kgf/cm². Dividindo-se este valor por 10,1972 se obtém a resistência
em MPa.
A aceitação do concreto, nesse caso, será automática se o fck estimado for
maior ou igual ao fck solicitado.
Caso contrário poderão ainda ser feitos:
• Ensaios especiais no concreto, gerando novos resultados de fck
para comparação;
• Uma análise do projeto, para verificar se o fck estimado é aceitável;
• Ensaios da estrutura.
Se mesmo assim o concreto for rejeitado, poderá ser necessário:
• Um reforço na estrutura;
• O aproveitamento da estrutura, com restrições quanto ao seu uso;
• A demolição da parte afetada.
O concreto, dentro das variáveis que podem existir nos projetos estruturais,
foi o item que mais evoluiu em termos de tecnologia. Antigamente muitos cálculos
eram baseados no fck 18 MPa e hoje, conseguimos atingir no Brasil, resistências
superiores a 100 MPa.
AN02FREV001/REV 4.0
133
FIGURA 96 - CLASSES DO CONCRETO
Adesamento do Concreto
Assim que o concreto for colocado nas fôrmas, deve-se iniciar o processo de
adensamento de modo a toná-lo o mais compacto possível, a partir da expulsão do
ar aprisionado em seu interior.
Para adensamento do concreto, são muito utilizados os vibradores.
Vibradores de imersão
Os vibradores de imersão são equipamentos utilizados no adensamento do
concreto e compõem-se das seguintes partes: acoplamento, mangueira operacional,
eixo flexível, tubo vibratório.
Os vibradores são fabricados com diversos diâmetros para atender a todas
as necessidades do adensamento do concreto. Os diâmetros normalmente
encontrados são: 25, 35, 45 e 60 mm.
AN02FREV001/REV 4.0
134
Distância entre Frequência
Diâmetro Comprimento
penetrações (vibrações Aplicação
(mm) (mm)
(mm) por minuto)
Usado para adensamento de peças
25 340 200 12000
esbeltas e locais de difícil acesso.
Usado para adensamento de paredes
esbeltas, pilares, vigas, estacas pré-
35 380 400 12000
moldadas e ao longo das juntas de
concretagem das lajes.
Usado para adensamento de
45 440 500 12000 elementos de modo geral: pilares,
vigas, estacas.
Usado para adensamento de
60 600 600 11000 elementos de modo geral: pilares,
vigas, estacas.
AN02FREV001/REV 4.0
135
• Aplicar a vibração no maior número possível de pontos;
• Introduzir e retirar o vibrador lentamente, a fim de que a cavidade
deixada pela agulha se feche lentamente;
• Aplicar a agulha em distâncias iguais a uma vez e meia o raio de ação;
• As camadas devem ter, no máximo, 50,0 cm de espessura e altura
menor que o comprimento da agulha. Deve-se penetrar, pelo menos, 10,0 cm na
camada anterior;
• Manter a distância das fôrmas em, pelo menos 15,0 cm;
• Não vibrar em excesso. A vibração deve terminar quando a superficie
se apresentar brilhante;
• Não vibrar a armadura, pois neste caso, ela se descola do concreto,
devido ao surgimento de vazios ao redor do aço.
Régua vibratória
É um equipamento constituído por uma placa de aço e uma viga (régua) que
vibra em contato com a superfície do concreto, produzindo seu adensamento.
A régua serve para adensar grandes áreas de lajes delgadas com baixa
densidade de armadura. Possui comprimento de 3,0 m. Podem-se utilizar réguas
duplas, com comprimentos de 6,0 m.
AN02FREV001/REV 4.0
136
Juntas de Concretagem
Muitas vezes não se consegue concluir todo o processo de concretagem em
um único período. Quando isso acontecer, deve-se seguir rigorosamente o projeto e
o programa de lançamento, verificando-se o exato posicionamento em que o
processo parou no elemento estrutural. A posição em que para a concretagem
denomina-se junta de concretagem.
Quando a junta não for prevista no projeto estrutural, deve-se comunicar ao
responsável técnico pela obra para análise e aprovação.
Quando for retomada a concretagem, deve-se limpar a superfície da junta,
removendo-se a nata de cimento, retirando o material solto.
Cura
A cura tem como objetivo manter a água de mistura no interior do concreto
até a completa hidratação do cimento. Se uma cura não for bem executada, ocorre a
redução da resistência do concreto, podendo aparecer fissuras na estrutura (PFEIL,
1989).
A pega é praticamente o início do endurecimento do concreto. Há vários
processos para melhorar a cura mais todos têm o mesmo objetivo: evitar a
evaporação da água empregada no traço, pelo menos no início da hidratação.
O mestre deve verificar com antecedência junto ao engenheiro o tempo
mínimo de cura e o processo empregado.
3.3 ARMADURA
AN02FREV001/REV 4.0
137
As definições de armação encontradas (FREIRE, 2001) se referem a um
conjunto de operações, restritas basicamente às atividades de preparação e
posicionamento do aço na estrutura.
KALIAN et al. (2000) apresenta o “processo de armação” compreendendo
três etapas: projeto, fabricação e fornecimento e construção.
O aço é uma liga metálica de ferro e carbono, com um percentual de 0,03%
a 2,00% de participação do carbono, que lhe confere maior ductilidade, permitindo
que não se quebre quando é dobrado para a execução das armaduras.
AN02FREV001/REV 4.0
138
• Armadura positiva: também chamada de positivo, é a armadura situada
na parte inferior das lajes e vigas, responsável por resistir à tração proveninente dos
momentos negativos;
• Armadura negativa: também chamada de negativo, é a armadura
situada na parte superior das lajes e vigas, responsável por resistir à tração
proveniente dos momentos negativos;
• Transpasse: tipo de emenda entre barras ou fios por meio da
justaposição de duas peças ao longo do comprimento;
• Arranque: armadura deixada para fora do elemento estrutural, que irá,
por meio do transpasse, dar a continuidade da transmissão dos esforços quando da
solicitação da estrutura;
• Armadura passiva: também conhecida como “armadura frouxa”, tem o
objetivo de resistir aos esforços de tração e cisalhamento e não tem qualquer tipo de
alongamento prévio, isto é, nenhuma força de protensão;
• Armadura longitudinal: peças paralelas, dispostas no sentido da maior
dimensão do elemento estrutural;
• Armadura transversal: peças paralelas, dispostas no sentido da menor
dimensão do elemento estrutural.
Especificações e características
A norma que regulamenta e especifica a produção de barras e fios de aço, é
a ABNT NBR 7480 – Barras e Fios de Aço destinados a Armaduras para Concreto
Armado. É importante que sejam feitas algumas observações:
• A diferença principal entre aço e ferro é a quantidade de carbono: na
composição química do ferro, o teor de carbono é maior ou igual a 2,04% e, no aço,
este teor é menor do que 2,04%. As denominações CA 25, CA 50 e CA 60 dizem
respeito a materiais que possuem teor de carbono que varia de 0,08% até 0,50%,
dependendo do material, e, portanto a denominação técnica correta é aço;
• As barras são produtos obtidos por laminação e os fios por trefilação.
Os fios são empregados até a bitola de 10,0 mm e as barras a partir da bitola de 5,0
mm. NBR 7480:96.
• Na designação desses fios e barras é usado o prefixo CA, que indica o
seu emprego no concreto armado;
AN02FREV001/REV 4.0
139
• A escolha do tipo de aço se dá em função de condições econômicas e
de mercado, sendo que nas obras de construção de edifícios, o aço CA-50 é a
principal alternativa escolhida;
Massa Linear
A massa linear representa a massa que uma determinada barra ou fio possui
em um metro de comprimento. A massa está, portanto diretamente relacionada ao
diâmetro nominal ou bitola do material.
A correlação entre o diâmetro normatizado em milímetros e a denominação
usual no mercado é mostrada na tabela abaixo:
AN02FREV001/REV 4.0
140
No caso do CA 50, por exemplo, sua resistência (fyk) é equivalente a 500
MPa. Os aços podem também ser divididos conforme o processo de fabricação, ou
seja:
Aços Tipo A
• Fabricados pelo processo de laminação a quente sem posterior
deformação a frio, ou por laminação a quente com encruamento a frio.
• Apresenta em seu gráfico de tensão x deformação um patamar de
escoamento.
• São fabricados com bitolas (diâmetros) iguais ou maiores do que 5mm.
• São denominados barras de aço.
Aços Tipo B
• Fabricados pelo processo de laminação a quente com posterior
deformação a frio (trefilação, estiramento ou processo equivalente).
• Não apresentam em seu gráfico tensão x deformação um patamar de
escoamento.
• São fabricados com bitolas de 5,0mm; 6,3mm; 8,0mm; 10,0mm e
12,5mm.
• São denominados fios de aço.
AN02FREV001/REV 4.0
141
Pode-se assumir o valor de 7.850,0 kg/m³, para a massa específica do aço
de armadura passiva.
Emprego de Armaduras
Segundo Leonhardt & Monnig (1978), as armaduras do concreto com barras,
malhas ou telas de aço têm as seguintes funções:
• Absorver os esforços de tração em peças estruturais solicitadas à
flexão e à tração, contribuindo para a capacidade resistente ou para a estabilidade
da estrutura;
• Fazer com que as fissuras no concreto, sob a ação de cargas de
utilização, permaneçam na ordem de grandeza de capilares;
• Limitar a abertura das fissuras devido a estados de tensão produzidos
por efeitos de coação, tais como o impedimento à deformação, no caso de variação
de temperatura de retração, de estruturas hiperestáticas, etc.
• Em peças comprimidas, aumentar a capacidade resistente do concreto
à compressão ou a segurança de peças comprimidas esbeltas contra a flambagem.
AN02FREV001/REV 4.0
142
3.4 FÔRMAS
AN02FREV001/REV 4.0
143
• Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência
suficiente para se sustentar por si só;
• Proporcionar à superfície do concreto a textura requerida.
Porém, cabem também ao sistema algumas outras atribuições. Entre elas,
pode-se citar:
• Servir de suporte para o posicionamento da armação, permitindo a
colocação de espaçadores para garantir os cobrimentos;
• Servir de suporte para o posicionamento de elementos das instalações
e outros itens embutidos;
• Servir de estrutura provisória para as atividades de armação e
concretagem, devendo resistir às cargas provenientes do seu peso próprio,
além das de serviço, tais como pessoas, equipamentos e materiais;
• Proteger o concreto novo contra choques mecânicos;
• Limitar a perda de água do concreto, facilitando a cura.
Tipos de materiais
AN02FREV001/REV 4.0
144
peças relativamente grandes, dá ao concreto um bom acabamento.
Aço: tem sido um material bastante útil na fabricação das fôrmas e
painéis, também garantem um bom acabamento ao concreto.
Metais leves: ligas de alumínio e o magnésio (depois de sofrerem
tratamentos especiais para não serem atacados pelo concreto) podem também ser
utilizados como elementos de fôrmas, porém possuem alto custo inicial.
Fibras de vidro e plásticos: constitui uma nova técnica, que dependem
também da disponibilidade e custo dos materiais de sua fabricação;
Papelão: técnica que utiliza fôrmas de papel impermeabilizadas. Inertes
ao concreto proporcionam bom acabamento e são de fácil manuseio.
Fôrmas de madeira
A madeira para confecção das fôrmas deve se destacar pelas seguintes
qualidades:
Elevado módulo de elasticidade e razoável resistência;
Permitir bom desempenho quanto a trabalhabilidade, tendo-se em
conta a serragem, penetração e extração dos pregos, para tanto deve ser leve ou
moderadamente pesada, com massa específica aparente entre 0.45 KN/m 3 a 0.70
KN/m3;
Baixo custo - visto que as perdas são inevitáveis - mas sem que isso
afete o acabamento das peças concretadas e exija reparos para acabamento das
superfícies;
Permitir vários reaproveitamentos nos edifícios de múltiplos andares,
observando-se as devidas restrições quanto ao baixo custo.
Normalmente se admite no preço das fôrmas o reaproveitamento da madeira
de acordo com o seguinte critério de utilização:
Tábuas de pinho, classificadas como de 3ª ou 4ª categoria industrial,
pelo menos três vezes para lajes, vigas e pilares;
Caibros de pinho, classificados como de 3ª categoria, pelo menos cinco
vezes para escoramentos e suportes das vigas e lajes;
Placas de compensado utilizadas nos painéis de lajes, faces laterais,
os fabricantes permitem reutilização por pelo menos cinco vezes para capas
externas pintadas com resinas, e até mais de vinte vezes para capas plastificadas,
AN02FREV001/REV 4.0
145
essa última proporciona ótimo acabamento para o concreto após a desforma. No
caso de chapas plastificadas nas superfícies externas, já registraram
aproveitamento, em fôrmas de edifícios de múltiplos pavimentos, até 25 vezes,
quando elaborado um projeto adequado das mesmas.
Madeiras Empregadas
Tendo em vista satisfazer as condições de resistência e trabalhabilidade,
citam-se entre as madeiras mais empregadas na confecção das fôrmas para
concreto:
Pinho-do-paraná: espécies de botânica também conhecida no exterior
como pinho-brasileiro, é realmente a melhor madeira para a execução das fôrmas de
concreto;
Pinus Eliotti: usada principalmente no centro-sul, recomenda-se sua
utilização como peça roliça, sendo neste caso um ótimo substituto do pinho para
pontaletes;
Virola ou ucuúba: usada principalmente no norte do país, emprega-se
em caibros roliços de diversas madeiras da própria região, utilizadas também para
tábuas e sarrafos;
AN02FREV001/REV 4.0
146
Chapas de madeira compensada - contraplacados: os contraplacados,
já tomaram conta das obras, substituindo as tradicionais tábuas de madeira serrada,
impondo-se pela qualidade e economia, pois possibilitam várias reutilizações sem
danos significativos.
Madeira Compensada
Na forma de peças serradas ou de chapas de madeira compensada. As
tábuas e sarrafos, devido à falta de padronização dimensional, bem como ao seu
rústico acabamento superficial e a dificuldade de desforma, tem o seu uso atual
restrito a situações com poucas repetições, em que as peças de concreto não
ficarão expostas e a sua geometria não influenciará em outros serviços.
As chapas de madeira compensada são divididas em dois tipos: as chapas
resinadas e as chapas plastificadas. São os componentes mais utilizados nos
moldes das fôrmas para edificações, devido a diversos fatores:
Bom acabamento superficial;
Facilidade de montagem e desmontagem;
Adequação aos diversos formatos de peças;
Capacidade de aproveitamento em mais de um tipo de peça estrutural;
Facilidade de aquisição.
AN02FREV001/REV 4.0
147
FIGURA 99 - EXEMPLO DE CHAPA COMPENSADA RESINADA
AN02FREV001/REV 4.0
148
FIGURA 100 - EXEMPLO DE CHAPA RESINADA COM COLA FENÓLICA
AN02FREV001/REV 4.0
149
Chapa compensada OSB
A chapa é formada por três camadas com tiras de madeira prensadas com
resina de MUPF (ureia, formol, melanina, resina fenólica), alinhados em escamas, de
acordo com a EN300 OSB (Norma Europeia). OSB é um termo em inglês para
Oriented Strand Board. É ideal para a montagem de canteiro de obras, forros, pisos,
tapumes de obras. O OSB é feito de madeira reflorestada de crescimento rápido,
como eucalipto.
Fôrmas Metálicas
São fôrmas compostas por estruturas painéis que foram projetadas
criteriosamente com o objetivo de conceber uma fôrma leve, versátil e resistente.
Assim como as de perfil metálico esse tipo de forma elimina possibilidade de
perdas, além de proporcionar economia de tempo e precisão na montagem.
O uso de fôrmas metálicas em estruturas de concreto armado tem dois
condicionantes principais: a necessidade de rapidez e a repetitividade de elementos
nos projetos.
As fôrmas metálicas são vantajosas, pois, ao possuírem medidas
padronizadas e modulares, proporcionam rapidez na montagem e, ainda,
AN02FREV001/REV 4.0
150
apresentam um alto índice de reutilização. As desvantagens do sistema são o custo
elevado, quando comparado com a solução convencional em madeira (o
reaproveitamento das fôrmas em obras posteriores pode amortizar essa diferença),
e a flexibilidade. As fôrmas metálicas têm pouca flexibilidade para ajuste na obra,
portanto sua paginação deve ser prevista no projeto executivo para que a
produtividade em montagem não seja comprometida.
AN02FREV001/REV 4.0
151
FIGURA 104 - EXEMPLO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO
Fôrmas de plástico
São fôrmas duráveis que possibilitam a diminuição do custo da obra pelo
número de reutilizações. Além de garantirem grande estanqueidade das fôrmas, são
um sistema leve (10kg/m²), o que facilita muito o manuseio, montagem e desforma.
Evita desperdícios e agiliza o método construtivo.
As fôrmas podem ser feitas de plástico ABS, que é mais resistente que o
plástico comum e não adere ao concreto resultando em ótimo acabamento. Esse
material é encontrado em concretagem de paredes maciças de concreto como casas
populares.
Outro material também utilizado é o polipropileno, também inerte deixa um
acabamento de ótima qualidade, sendo frequentemente deixado o acabamento final.
Mas o polipropileno é mais sensível ao calor, se dilatando ao calor e se
comprimindo ao frio, dilatação esta que deve ser controlada para que não afete a
estrutura.
Encontram-se fôrmas de polipropileno em concretagem de lajes nervuradas
que necessita fôrma recortada e de difícil trabalho em outro tipo de fôrma.
Anteriormente usavam-se fôrmas de madeira e materiais inertes para preencher o
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152
vazio inferior das lajes, tais como concreto celular, blocos de concreto, tijolos
cerâmicos e poliestireno expandido que incorporavam peso à laje.
Fôrmas de papelão
São fôrmas muito úteis e fáceis de trabalhar, não exigem manutenção
especial e, pelo peso e dimensões, são de fácil manuseio, armazenamento e
transporte. Não absorvem água, apesar de serem de papelão, pois possuem
camada impermeabilizada que não adere ao concreto e nem deixa a nata de
cimento vazar como a forma tradicional de madeira.
Por serem mais leves são de grande segurança na obra, possibilitando fácil
locação da forma sem riscos. Atende fôrmas circulares como de pilares, caixões
perdidos, lajes nervuradas.
Porém, não podem ser reutilizadas, pois é necessária que se destrua a
fôrma devido ao método na desforma que se faz, desenrolando a fôrma da estrutura
ou cortando-a.
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153
FIGURA 106 - FÔRMA DE PAPELÃO
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
Aluno:
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155
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO IV
4 SISTEMA EXECUTIVO
4.1 ALVENARIAS
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157
FIGURA 107 - CLASSIFICAÇÃO DAS ALVENARIAS
AN02FREV001/REV 4.0
158
• Alvenaria sem função estrutural (vedação);
• Alvenarias divisórias de bordo livre (muros, platibandas, etc.);
• Alvenarias especiais (acústica, térmica, impactos, etc.).
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159
FIGURA 108 - EXEMPLO DE ALVENARIA DE PEDRA NATURAL IRREGULAR E
REGULAR
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FIGURA 109 - EXEMPLO DE TIJOLO MACIÇO
Tijolo Refratário
É utilizado na construção há milênios, não tendo as suas características
variado significativamente ao longo dos anos, uma vez que tal como nos primórdios
continua a ser fabricado com a mesma matéria-prima, a argila (terracota). Por meio
de descobertas arqueológicas, concluíu-se que os primeiros tijolos refratários
cozidos remontam ao terceiro milênio antes do nascimento de Cristo, no Médio
Oriente. A partir do ano 1200 a.C., o fabrico e utilização desses tijolos generalizou-
se na Ásia e Europa, continuando a ser utilizado até aos dias de hoje.
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161
FIGURA 110 - TIJOLO REFRATÁRIO
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Tijolo Furado
É laminado ou extrudado, apresentando na parte externa uma série de
riscos, no seu interior pequenos furos, que diminuem o peso do tijolo, sendo
recomendada sua aplicação em alvenaria de vedação interna (separação de
ambientes) ou externa.
Vantagens:
• Menor peso por unidade de volume;
• Aspectos mais uniformes, arestas e cantos mais fortes;
• Diminuem a propagação da umidade;
• Economia de mão de obra;
• Economia de argamassa;
• Melhores isolantes térmicos e acústicos.
Desvantagens:
• Pequena resistência à compressão não devendo ser aplicado em paredes
estruturais;
• Não possuir juntas verticais argamassadas;
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163
• Faces externas não apresentam a porosidade necessária para fixação do
revestimento, devendo receber antes uma demão de chapisco de argamassa
de cimento e areia (traço 1:3 ou 1:4).
• Nos vãos de portas e janelas são necessários tijolos comuns para remate;
• São necessários tijolos comuns para eventuais encunhamentos nas faces
inferiores de vigas e lajes;
• Os rasgos para embutir os encanamentos de água, eletricidade e tacos são
grandes devido à fragilidade desse tipo de tijolo.
Blocos de Concreto
São blocos vazados, no sentido da altura, com resistência a compressão,
assentados com argamassa de cimento e areia, ou utilizados em sistema de
construção de alvenaria armada. São produzidos com agregados e cimento
Portland, com ou sem aditivos, moldados em prensas vibratórias. Segundo a EB-50
(ABNT), podem ser empregados com e sem revestimentos, podendo aplicar a
pintura diretamente sobre a supercície do bloco.
Vantagens
• Precisão das dimensões e modulação, garantindo a execução de obras
racionais;
• Redução do uso de formas e armaduras;
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164
• As paredes não precisam de revestimento externo;
• As instalações elétricas podem ser embutidas no vazado dos blocos no
caso das instalações hidrossanitárias é usado um bloco especial;
• Construção limpa, sem quebras e nem desperdícios;
• Requerem menos mão de obra. Um pedreiro produz dez vezes mais
com blocos de cimento;
• Menor exigência de argamassa no assentamento e necessidade da
metade de argamassa usada nos tijolos normais para o reboco;
• O assentamento dos blocos é feito com muito mais rapidez, visto que
eles possuem dimensões maiores que os tijolos convencionais;
• Possibilidade de diversas composições devido à variedade de cores,
formas e texturas;
• Os blocos podem ser produzidos por uma máquina na própria obra,
economizando no transporte;
• É mais resistente que o tijolo comum e o de solo-cimento.
Desvantagens
• Possui menor conforto térmico quando comparado ao tijolo comum e o
de solo-cimento. Nas paredes externas, é recomendado utilizar pintura acrílica para
aumentar a proteção contra a umidade;
• De acordo com o SINAPROCIM - Sindicato Nacional das Indústrias de
Produtos de Cimento, muitos blocos de concreto produzidos não estão em
conformidade com as Normas Técnicas, na maioria dos casos esta não adequação
ocorre propositalmente por fabricantes e empreiteiras que fabricam os blocos na
própria obra. Um exemplo disso é o não respeito ao tempo de cura (secagem) do
cimento.
Tijolo de Solo-cimento
O tijolo solo-cimento é uma técnica antiga, foi empregada na construção da
Muralha da China há mais de quatro milênios. Atualmente sua utilização sofreu
modificações quanto ao uso e formatos, além disso, esta técnica está sendo
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165
utilizada em uma escala muito menor comparado ao processo tradicional das
construções.
É uma técnica que aproveita o solo e um pouco de cimento para a
fabricação de tijolos, sendo possível diminuir o custo de construção de uma casa em
até 50%.
O processo de fabricação dos tijolos é muito simples, mas ainda requer
monitoramento de especialistas. Mistura-se solo, água e um pouco de cimento.
Leva-se a massa para uma prensa que pode ser manual ou hidráulica em
que ela será compactada. Após serem retirados da prensa, os tijolos devem
permanecer em um ambiente úmido, sem vento e sem sol, durante uma semana.
A proporção de cimento varia entre 5 e 10%, dependendo da consistência do
solo. As peças são produzidas para serem simplesmente encaixadas uma nas
outras, dispensando o uso de argamassa. Quando a casa está montada deve-se
passar um impermeabilizante e aplicar cimento nas colunas de sustentação.
O tijolo pode ser vermelho, bege, amarelo ou branco, tudo depende das
propriedades do solo.
Uma obra construída com esta técnica leva a metade do tempo para ser
finalizada em relação à alvenaria convencional. Esta técnica garante um conforto
térmico e acústico muito superior ao das construções convencionais, além de a obra
gerar bem menos.
Estes tijolos gastam 90% de energia a menos para a sua produção. Eles não
precisam ser queimados, o que leva a economia de um metro cúbico de árvores que
seriam usadas para o processo de queima de mil tijolos convencionais.
O custo de frete pode ser eliminado visto que este tipo de tijolo pode ser
fabricado no próprio local da obra. Outra vantagem é que o tijolo pode ser
reaproveitado caso quebre, basta moê-lo e reconstruí-lo.
Chamado de "ecológico", o tijolo de solo-cimento é feito com a terra e curado
com água. Na composição do produto entra 70% de areia, 30% argila e cimento, na
proporção de 7 por 1. A resistência é de aproximadamente 1,7 MPa/ cm². Para se ter
uma ideia da quantidade, 64 unidades formam 1 metro quadrado.
O tijolo pode ser utilizado à vista ou revestido com massa corrida, azulejo ou
gesso, materiais que podem ser aplicados diretamente sobre ele. Para proceder às
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166
instalações, não é preciso quebrar a parede, pois são utilizados os furos dos
próprios blocos.
Tijolo de Vidro
O tijolo de vidro transforma os ambientes escuros e amplia os espaços. Mais
que uma parede, mais que um vidro, o tijolo de vidro cria paredes de luz sem nunca
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167
mostrar o que está para além de si. A luz transforma-se em espaço, originando,
entre insólitas refrações e transparências harmoniosas, ambientes luminosos mais
atrativos, interiores criativos, ambientes cheios de soluções decorativas, funcionais e
luminosas.
O tijolo de vidro serve a invenção e a remodelação de espaços, unindo
facilmente as exigências estéticas e práticas. Hall, cozinha, sala de jantar, sala de
estar, quarto e casa de banho, sendo que o tijolo de vidro pode ser instalado em
qualquer parte, com dimensões, cores e superfícies que se podem eleger e
combinar para separar, decorar e iluminar.
A separação de modelos dos tijolos de vidro em primeiro lugar é feita pelo
fabricante. Cada empresa classifica seu produto de maneira própria e diferente das
outras. Abaixo seguem modelos destas classificações.
Quanto à finalidade:
• Blocos para parede: as faces deste bloco são muito mais grossas
(2x23 mm) que as dos blocos normais. O bloco de segurança tem um centro vazio
de baixa pressão que lhe oferece um excelente isolamento térmico;
• Blocos para o chão;
• Blocos especiais: blocos para esquina, blocos para superfícies
circulares, blocos com face boleada;
• Aplicações.
Quanto à tonalidade:
• Coloridos: azul, azul claro, turquesa, verde, rosa (salmão), ametista,
lilás, amarelo claro, fume, bronze;
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• Incolor;
• Foscos.
Quanto à textura:
• Ondulado;
• Invertido;
• Canelado;
• Diamante transparente.
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• Mantém a privacidade e a segurança da edificação;
• É um material de fácil manutenção e nunca exige pintura;
• Tem elevada resistência mecânica;
• Garante um visual moderno e está disponível em grande variedade de
cores;
• É um produto ecológico;
• Elevada resistência a ambientes agressivos;
• Resistência a alterações térmicas;
• Nenhum problema de condensação na parte interior do bloco;
• Leveza dos blocos: peso de 17 Kg/m2.
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170
FIGURA 115 - EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO TIJOLO DE VIDRO
Cerâmica
A cerâmica é uma das mais antigas atividades que a civilização criou. Não
se sabe ao certo quando foi utilizado pela primeira vez o material argiloso, sabe-se
que desde o domínio do fogo o homem deixou vestígios de utensílios de cerâmica.
Cerâmica é a denominação comum a todos os artigos ou objetos produzidos
por meio da argila. O nome procede da palavra grega keramos que significa argila
(SILVA, 2004).
Os materiais cerâmicos são inorgânicos, não metálicos, formados por
elementos metálicos e não metálicos, ligados entre si, obtidos após tratamento
térmico em temperaturas elevadas.
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171
Extração de Argila e Composição
Normalmente a argila vermelha, extraída em laterais de rios ou barrancos, é
utilizada para tijolos, telhas, lajotas e ladrilhos. As argilas claras, tipo caulim,
utilizadas para azulejos, porcelanas, etc.
Preparo da Matéria-prima
Constitui-se nas misturas e na maceração das argilas, para eliminação de
nódulos que comprometeriam a qualidade do produto final. Nas pequenas olarias, de
trabalhos manuais, essa maceração é feita de maneira rudimentar com um moinho
de tração animal. Nas olarias de telhas, o equipamento utilizado é a maromba.
Moldagem
Possui características diferentes para os diversos produtos cerâmicos.
A seco e semsseco (4 a 10% de água), a moldagem é feita por
prensagem (azulejos, pisos, tijolos e telhas).
Com pasta plástica consistente (20 a 35% de água) a moldagem é feita
em formas de madeira ou torno de oleiro (vasos, etc.).
Com pasta fluida (30 a 50% de água) a moldagem é feita em formas
porosas de gesso e, depois de seca, a peça descola da forma (porcelanas, louças
sanitárias e peças de formato complexo).
Secagem
Se a cerâmica for úmida para o forno, a umidade interior ficará retida pela
externa, aparecendo tensões internas e o consequente fendilhamento.
Um tijolo, por exemplo, contém cerca de 1 kg de água após a moldagem, e a
secagem é feita ao ar livre, coberta e demora 3 a 6 semanas, nas pequenas olarias.
Nas maiores olarias pode-se utilizar a secagem por ar quente-úmido e por
radiação infravermelha, o que dá um controle rigoroso dessa fase, mas tem custo
elevado.
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Cozimento
É a fase final do processo produtivo da cerâmica. Nas pequenas olarias os
fornos são à lenha, onde os materiais crus são colocados manualmente,
empilhados, como a lenha é posta na parte inferior, obtém-se geralmente, tijolos
supercozidos nas primeiras camadas, bons tijolos nas fiadas intermediárias e tijolos
quase crus nas superiores.
Os outros tipos de fornos têm produtos mais satisfatórios porque são
contínuos, isto é, os materiais entram sobre vagonetes e recebem toda a caloria do
processo.
Além dos blocos cerâmicos e tijolos maciços, analisados no capítulo sobre
alvenarias, existem outros materiais de extrema importância, utilizados na
Construção Civil, como as telhas cerâmicas.
Telhas
São basicamente de dois tipos: as planas e as curvas. Nas planas destaca-
se a “francesa” e a de escamas, que é uma placa mesmo. Entre as curvas são
comuns a “paulistinha” e a “capa-canal”, dentro delas a “romana”, a “portuguesa” e a
“italiana”.
Devido à relativa facilidade de se modificar a fabricação, surge, de vez em
quando, algum outro tipo de telha, devendo estar atentos para a qualidade da
mesma, estudando as possibilidades de utilização, impermeabilidade, encaixe, etc.
As telhas cerâmicas não devem apresentar absorção excessiva, máxima de
20%, não podem permitir a percolação e nem vazamentos nos encaixes. Admitem
variação dimensional de +/-2% e empenamento máximo de 5mm. Quando percutir
duas telhas, deve haver som metálico.
Uma telha francesa pesa aproximadamente 2,5kg, deve ser aplicada com
declividade de 32 a 40% e utilizar-se 15 peças por m². Quando o projeto exige
inclinação maior, a olaria deve produzir com furo no encaixe para permitir a
amarração, o que se faz com arame e cobre. Normalmente o telhado é feito sobre
madeiramento serrado, com ripamento galgado pela telha, sobre caibros, terças e
tesouras dimensionadas convenientemente.
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FIGURA 116 - TELHA FRANCESA
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Vidro
O vidro é um material largamente utilizado na construção para as mais
diversas aplicações, desde a composição de fechamentos, paredes divisórias, pisos,
coberturas, tampos de mesa, balcões e, até mesmo, fachadas.
A estrutura atômica do vidro lhe proporciona uma singularidade interessante,
uma vez que se trata de um líquido super-resfriado, ou seja, não chega a ser
exatamente um líquido e nem um sólido cristalino, o que se pode verificar por meio
da sua estrutura molecular.
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detergente ou em temperaturas elevadas; e é reutilizável, isto é, após a aplicação
inicial pode ser empregado para usos diversos daqueles para os quais foram
originalmente produzidos.
Vidros especiais
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176
FIGURA 119 - VIDROS COLORIDOS OU TERMOABSORVENTES
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de jateamento com pós-abrasivos (vidro jateado) ou aplicação de ácido
hidrofluorídrico; esmaltado, com a colocação de esmalte nas faces para posterior
aquecimento e fundição; ou texturizado, no qual a superfície recebe um tratamento
para alteração da sua planicidade, aumentando a privacidade do ambiente.
Vidros de segurança
Vidro temperado
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Outro efeito observado neste tipo de vidro é que, após a ruptura, são
formados pequenos fragmentos de vidro sem arestas cortantes ou lascas
pontiagudas.
Vidro laminado
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FIGURA 122 - VIDRO LAMINADO
Vidro aramado
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Com isso, evita-se a ocorrência de invasões e o ferimento de pessoas
quando da sua ruptura. Além disso, trata-se de material com bom comportamento a
chamas.
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Sua utilização é bastante difundida pelo mundo, sendo aplicado em paredes,
divisórias, nivelamento de pisos e até em peças estruturais e painéis pré-fabricados
por meio de sistema de fabricação chamado concreto celular autoclavado.
Desenvolvido na Suécia nos anos de 1920 (MELO, 2009), o concreto celular
autoclavado (CCA) é um tipo de concreto de peso leve geralmente pré-moldado em
forma de bloco que é curado sob pressão elevada dentro de fornos especiais
chamados autoclaves. Embora o concreto celular autoclavado tenha sido usado com
sucesso em grande parte do mundo desde o fim da segunda guerra mundial, no
Brasil o material ainda é pouco difundido, tomando só agora destaque entre os
construtores.
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182
água, e uma proporção grande de areia de sílica-rica (areia silicosa) ou cinzas
volantes.
Uma vez que as matérias-primas estão misturadas em uma pasta e
colocadas em moldes engraxados, o pó de alumínio reage quimicamente para criar
milhões de bolhas minúsculas de gás de hidrogênio. Estas células microscópicas,
inconexas fazem o material se expandir para quase duas vezes do seu volume –
similar ao processo de fermentação da massa do pão – dando ao CCA um leve
peso.
Depois de um tempo que varia de 30 minutos a 4 horas, o material na forma
parecida a uma espuma fica duro o bastante para ser cortado nas formas desejadas,
sendo colocados em uma autoclave para curar.
A autoclave usa vapor de alta-pressão a temperaturas de aproximadamente
180°C para acelerar a hidratação do concreto e propiciar uma segunda reação
química que dá para ao CCA sua força, rigidez, e estabilidade dimensional. O
autoclavamento pode produzir em 8 a 14 horas forças concretas iguais a forças
obtidas em um concreto curado em meio úmido durante 28 dias a 21°C. Os produtos
finais normalmente são embrulhados em plástico e transportados diretamente para o
local de construção.
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Características Principais:
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FIGURA 126 - CINZAS VOLANTES
Vantagens:
• Velocidade na execução das paredes em fechamentos externos ou internos,
tendo como consequência, um aumento de produtividade;
• As placas são leves e de fácil manuseio;
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• Ganho de área útil, em função da menor espessura das paredes;
• As instalações são executadas no interior das paredes e antes do fechamento
das mesmas, facilitando e agilizando este trabalho e eliminando a perda de
materiais;
• Elevada resistência a impactos e ação da umidade;
• Redução de cargas nas estruturas e fundações, devido ao menor peso por m²
de parede acabada, resultando em economia na fundação.
Vantagens ambientais:
• Não produz entulho;
• Utiliza água somente nas fundações;
• Reduz em 80% a utilização do cimento;
• Possibilita a reciclagem da estrutura em 100%;
• Reduz em 90% o consumo de matéria-prima natural;
• A produção do aço reciclado consome aproximadamente 70% da energia
gasta para a produção a partir de matérias-primas naturais.
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Aceita os mais diversos tipos de acabamento, como: pinturas, vernizes,
revestimento cerâmico, etc. Recomenda-se que a superfície a acabar esteja limpa e
seca, isenta de óleo, gordura ou pó.
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Desde então, as placas passaram por vários processos de aperfeiçoamento,
e há aproximadamente 60 anos, concebeu-se a ideia de cobrir essas placas com
papel, sendo o início do desenvolvimento das modernas placas de gesso
acartonado.
Atualmente, existem diversos fabricantes de placas de gesso acartonado
que comercializam seus produtos em várias partes do mundo.
Nos países onde o seu uso é corrente, é possível encontrar uma variedade
de tipos de placas de gesso acartonado: placas resistentes ao impacto, placas
flexíveis, placas resistentes ao fogo, placas resistentes à umidade, além das placas-
padrão (FERGUSON, 1996).
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Outra folha de papel cobre a pasta, formando um sanduíche de gesso entre
duas camadas de papel. Após o endurecimento das placas, essas são cortadas e
transportadas para túneis de secagem, onde há um controle de umidade e
temperatura.
Em seguida, passam por um circuito de ar frio, para que a secagem ocorra
sem a perda das propriedades elásticas requeridas.
Após essa operação, as placas são acondicionadas em lotes, sendo
transportadas à área de estocagem.
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Os aditivos normalmente utilizados são sulfato de potássio, sulfato de sódio
ou cloreto de sódio, cuja função é acelerar o tempo de pega, para possibilitar a
produção em larga escala. Utiliza-se também amido, para facilitar a aderência do
gesso no cartão.
Pode-se identificar essa placa pela cor do cartão, que é branco na face
frontal e marfim na face posterior.
As placas com espessura acima de 12.5 mm possuem maior resistência ao
fogo e melhor isolamento acústico que as placas de menor espessura. São rígidas e,
portanto mais difíceis de serem curvadas (FERGUSON, 1996).
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de aproximadamente 150 cm se a placa estiver seca, e aproximadamente de 90 cm
com a placa umedecida.
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As placas resistentes ao fogo comercializadas no Brasil possuem o cartão
na cor rosa.
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FIGURA 133 - INSTALAÇÃO DE DRYWALL
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• Menor peso;
• Possibilidade de embutimento das instalações.
Desvantagens:
• Resistência mecânica: cargas pontuais superiores a 35 kg devem ser
previstas com antecedência, para instalar reforços no momento da execução;
• Resistência à umidade: as placas de gesso acartonado não resistem à alta
taxa de umidade;
• Necessidade de nível organizacional elevado para obter vantagens
potenciais;
• Barreira cultural do construtor e do consumidor;
• Falta de visão sistêmica dos construtores, de modo que o potencial de
racionalização oferecido pelo sistema não seja totalmente explorado.
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4.2 REVESTIMENTOS
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Esta argamassa tem por finalidade servir de acabamento ou de suporte para
a pintura, devendo ser perfeitamente regular, com pouca porosidade. Sua espessura
não deve ser superior a 5,0 mm.
Chapisco
A aplicação do chapisco consiste em lançar uma argamassa fluída no
substrato, para proporcionar sua maior fixação. Essa argamassa é produzida com
cimento e areia no traço 1:3 ou 1:4, geralmente com areia grossa. O lançamento
manual é a forma mais adequada para realizar esta aplicação, como ocorre muita
queda de material neste procedimento, recomenda-se proteger o piso para tentar
reaproveitar o material (SALGADO, 2007).
O chapisco possui o traço com maior consumo de cimento por metro cúbico
de material, nem mesmo o concreto estrutural proporcionamente terá a mesma
quantidade de cimento.
Emboço
Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de
cura da aplicação do chapisco de três dias e que preferencialmente as instalações
das paredes tenham sido executadas (instalações hidráulicas e elétricas) e os
rasgos devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou com os tacos
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196
dos batentes assentados, contramarcos dos caixilhos e preferencialmente o
contrapiso executado ou pelo menos a camada de regularização.
O emboço também considerado de camada de revestimento espesso tem
em média 2,0 cm de espessura cujo traço depende do que vier a ser executado
como acabamento. Usualmente uma argamassa de emboço é aplicada nos traços
1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia).
Na sua aplicação recomenda-se a molhagem prévia do substrato a receber a
argamassa, para não absorver a água de amassamento necessária para a cura da
argamassa.
Para a execução do emboço, deve-se inicialmente realizar o alinhamento da
parede, com posicionamento de taliscas de madeira ou caco cerâmico geralmente
inferior a 2,0 m de espaçamento.
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197
Com a consolidação das taliscas (cerca de dois dias), preenche-se o espaço
entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço e estando a
massa firme com o uso de uma régua de alumínio (desempenadeira), aprumam-se
as mestras que servirão de guia para a execução do revestimento.
A
FONTE: Disponível em: <http://fgfreformaseacabamentos.blogspot.pt/2011/09/executando-embosso-
e-colocando-mestras.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
198
FIGURA 138 - SARRAFEAMENTO POR MEIO DE RÉGUA DE ALUMÍNIO
APOIADA SOBRE DUAS MESTRAS
AN02FREV001/REV 4.0
199
FIGURA 139 - PONTO DE SARRAFEAMENTO
AN02FREV001/REV 4.0
200
Reboco
O material do reboco sendo o terceiro componente do revestimento de
argamassa consiste na aplicação da camada preparatória para receber os mais
diversos acabamentos finais, como pintura, aplicação de massa de textura,
aplicação de azulejos, aplicação de pastilhas, etc.
Os rebocos mais usuais são calfino ou massa corrida.
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201
Considerando o reboco como processo final do revestimento, existem alguns
rebocos ou revestimentos argamassados que não recebem o tratamento do
recobrimento com pintura:
• Reboco Hidrófugo
A adição de hidrofugantes na composição do reboco impede a percolação
de umidade oriunda de precipitação pluvial normal. O mesmo não acontece, todavia,
com a difusão do vapor d’água (condensação por choque térmico);
• Reboco Impermeável
Reboco resistente à pressão d’água, geralmente executada com argamassa
de cimento com adição de aditivo impermeabilizante, execução semelhante a barra
lisa;
• Barra Lisa de Cimento (cimento queimado)
Revestimento executado com argamassa de cimento, na proporção de 1:3
ou 1:4, tendo o cuidado do uso de areia fina peneirada (peneira de fubá). A
aplicação deve ser feita sobre emboço firme (1:4/8 – argamassa mista de cal) ou
superfície de concreto, onde se coloca a massa na desempenadeira (talocha) de
madeira e comprime-se de baixo para cima de maneira que se obtenha uma
espessura mínima de 3 ou 4 mm. Em seguida, com movimento circular com a
desempenadeira procura-se desbastar a espessura e ao mesmo tempo uniformizar
o painel de maneira a se obter uma espessura final de 2 ou 3 mm, lança-se o pó de
cimento e em seguida com a broxa esborrifa-se água e com a desempenadeira de
aço, alisa-se o pó de cimento incrustado na argamassa, caracterizando a chamada
queima do cimento.
• Estuque Lúcido (barra lustra ou barra lúcida)
É um revestimento contínuo, impermeável, utilizado em banheiros, cozinhas
e áreas em contato com água, que substitui o azulejo e tem aparência de mármore.
Por ser um revestimento contínuo, não admite reparos ou emendas. O trabalho deve
ser executado por mão de obra especializada, que aplica sobre o emboço, um
reboco desempenado com argamassa mista de cal (1:4/8), que após completa
secagem (dois dias), recebe uma capa de 2 mm de uma pasta especial (3:3:2 ou
2:2:1 – pó de mármore, nata de cal, cimento branco, água e corante a gosto) que
deve ser queimada com desempenadeira de aço e após dá-se o lustro com o
AN02FREV001/REV 4.0
202
polimento da superfície usando-se uma boneca de pano que deve ser esfregada
com energia junto com o talco, até atingir o polimento desejado. Outro acabamento
utiliza passar óleo de linhaça e encerar com cera de carnaúba. O resultado final é
uma superfície muito lisa e brilhante, comparável ao vidro e que na fase de queima
pode receber um processo artístico de impregnação de óxido de ferro diluído em
água, formando veios determinados por técnicas (uso de esponja ou pena de
galinha) que imitam mármore.
• Reboco Travertino (massa tipo travertino)
Revestimento semelhante ao estuque lúcido. Essas massas são
industrializadas, portanto patenteadas sua composição. Aplica-se a massa sobre
emboço de argamassa mista de cal (1:4/12) molhada até a saturação, como se
fosse reboco normal. Para a imitação do mármore travertino, faz-se da seguinte
maneira: com o reboco ainda bem molhado, comprime-se com uma boneca de
estopa limpa ou pano seco, de maneira que na superfície se determinam pequenos
sulcos típicos do mármore, desempena-se com a desempenadeira de aço
levemente, de maneira a não desmanchar os sulcos feitos. O filamento para
imitação das placas de mármore é feito com um ferro de 3/16 ou 1/4 na forma de
semicírculo, passado na superfície ainda úmida. O rendimento é de 10 kg/m².
• Massa Lavada
Semelhante à massa tipo travertino é um material industrializado e
patenteado, em que a característica predominante está no agregado que é
composto de granas de granitos coloridos e quartzo. Aplicado com uma espessura
na ordem de 5 mm, o seu acabamento é feito com a lavagem de solução de ácido
muriático e água 1:6, lavando-se em seguida com água limpa para remoção da
solução ácida. Esse processo é repetido até aparecerem os grãos e granilhas de
granito, limpos e brilhantes. O rendimento é de 15 kg/m².
• Reboco Raspado (massa raspada)
Sua composição é feita com quartzo, cimento ou cimento branco e corante,
sendo os traços, patentes dos fabricantes. A espessura do reboco não deve ser
inferior a 3 mm, nem superior a 5 mm. Os painéis devem ser executados de forma
contínua, sem emendas, existindo juntas determinadas por colher de pedreiro ou
fitas adesivas, entre os mesmos. O acabamento é conseguido com a passagem de
um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra, após duas horas aproximadamente
AN02FREV001/REV 4.0
203
da sua aplicação, removendo a parte superficial do reboco, que deve ser lavada
para a remoção do pó, como procedimento final.
• Granilito ou Granitina
Revestimento argamassado cujo acabamento tem aparência de granito. É
preparado no canteiro com cimento branco, granas e granilhas de granito, mármore
e corante. Executados em painéis com espessura na ordem de 5 a 8 mm, com
juntas de dilatação de latão, alumínio ou plástico. A aplicação é feita da mesma
maneira que o emboço, por lançamento, batendo com a desempenadeira repetidas
vezes para melhor fixação, aí então sarrafeia-se e desempena-se. Após a secagem,
dá-se o polimento com máquina, podendo receber como acabamento o
enceramento e lustro com flanela.
• Massa Acrílica
São materiais industrializados, composto de granas de granito, combinados
com resinas acrílicas, que depois de aplicadas se constituem em produto de alta
resistência, monolítico e impermeável à ação do tempo. É aplicado com
desempenadeira de aço ou PVC, formando uma camada com espessura de 3 mm,
com rendimento na ordem de 4 kg/m².
Normas Gerais para Execução de Revestimentos Argamassados
(SALGADO, 2007):
• As superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de
qualquer revestimento ser aplicado. Molhando a parede, executa-se a limpeza,
permitindo as melhores condições de fixação do revestimento, com a remoção do
limo, fuligem, poeira, óleo etc., que podem acarretar o desprendimento futuro da
argamassa;
• Antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento, deverão ser
instalados os dutos embutidos dos sistemas elétricos, de comunicação, gás e
hidrossanitários, devendo ser testadas as canalizações (sob pressão fluídica ou com
lançamento dos guias), permitindo que se façam reparos, se necessários;
• As superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados,
serão previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das alvenarias;
• Emboço só será aplicado após completa pega da argamassa de
assentamento das alvenarias e do chapisco, e as superfícies deverão ser molhadas
convenientemente antes do processo;
AN02FREV001/REV 4.0
204
• Quando houver necessidade de espessura de emboço acima de 2 cm,
deverão ser executados em camadas, respeitando a espessura de 1,5 cm cada;
• A cal hidratada usada na confecção das argamassas para emboço
deve ser peneirada, para eliminar os grãos de cal, que se existirem na argamassa
darão origem ao processo de hidratação higroscópica retardada, cuja consequência
é o aparecimento do vulgarmente chamado empipocamento do revestimento;
4.3 IMPERMEABILIZAÇÕES
Importância da impermeabilização
AN02FREV001/REV 4.0
205
Além de permitir a habitabilidade e funcionalidade das edificações, é
relevada no objetivo de proteger inúmeros problemas patológicos que poderão surgir
com a infiltração da água integrada ao oxigênio e outros componentes agressivos da
atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio), já que uma grande quantidade de
materiais constituintes da construção civil sofre um processo de deterioração e
degradação, quando em presença das intempéries.
O custo de uma impermeabilização na construção civil é estimado em 1% a
3% do custo total de uma obra. No entanto, a não consideração da mesma, poderá
gerar custos de reimpermeabilização da ordem de 5% a 10% do custo da obra
envolvendo quebra de pisos cerâmicos, granitos, argamassas, etc., sem considerar
os custos relacionados com os transtornos ocasionados, além da depreciação do
valor patrimonial, etc.
Os principais locais onde se faz necessário à aplicação de
impermeabilização são:
• Subsolos;
• Terraços;
• Varandas;
• Piscinas;
• Em áreas frias (piso banheiro, cozinha, área de serviço);
• Coberturas.
Sistemas de Impermeabilização
É um conjunto de produtos e serviços destinados a conferir estanqueidade
as partes de uma construção (NBR 9575/03).
Estanqueidade
Propriedade de um elemento (ou conjunto de componentes) de impedir a
penetração ou passagem de fluídos por si. A sua determinação está associada a
uma pressão limite de utilização (a que se relacionam as condições de exposição do
elemento) (NBR 9595/03).
AN02FREV001/REV 4.0
206
O desempenho adequado do sistema de impermeabilização é obtido com a
interação de vários componentes, diretamente relacionados entre si, pois a falha de
um deles pode prejudicar o desempenho e durabilidade da impermeabilização.
• Projeto de impermeabilização
O projeto de impermeabilização deve fazer parte integrante dos projetos de
uma edificação, como hidráulica, elétrica, cálculo estrutural, arquitetura, paisagismo,
formas, etc., pois a impermeabilização necessita ser estudada e compatibilizada
com todos os componentes de uma construção, de forma a não sofrer ou ocasionar
interferências.
AN02FREV001/REV 4.0
207
impermeabilização; ser recomendado pelo fabricante do material; que possua equipe
técnica e suporte financeiro compatível com o porte da obra; que ofereça garantia
dos serviços executados, etc.
• Fiscalização
O rigoroso controle da execução da impermeabilização é fundamental para
seu desempenho, devendo esta fiscalização ser feita não somente pela empresa
aplicadora, mas também responsável pela obra.
Deve-se sempre obedecer ao detalhamento do projeto de impermeabilização
e estudar os possíveis problemas durante o transcorrer da obra, verificando se a
preparação da estrutura para receber a impermeabilização está sendo bem
executada, se o material aplicado está dentro das especificações no que tange a
qualidade, características técnicas, espessura, consumo, tempo de secagem,
sobreposição, arremates, testes de estanqueidade, método de aplicação, etc.
• Preservação da impermeabilização
Deve-se impedir que a impermeabilização aplicada seja danificada por
terceiros, ainda que involuntariamente, por ocasião da colocação de pregos,
luminárias, para-raios, antenas coletivas, play-ground, pisos e revestimentos, etc.
Considerar, como precaução, a possibilidade de ocorrência de tais
problemas quando da execução do projeto. Caso isto não seja possível, providenciar
a compatibilização em época oportuna, evitando escolher as soluções paliativas.
AN02FREV001/REV 4.0
208
Cuidados importantes a verificar antes de realizar a impermeabilização:
AN02FREV001/REV 4.0
209
• Trincas e fissuras no concreto e/ou regularização devem ser tratadas
com materiais apropriados antes da aplicação do impermeabilizante. As trincas não
tratadas rompem a película ao se movimentarem ou cortam a impermeabilização se
esta for flexível.
• Ao tratar as superfícies com materiais impermeabilizantes elásticos,
sejam acrílicos, betuminosos, pré-moldados ou moldados "in loco", não é
recomendado aplicar acabamentos como massas niveladoras, pinturas,
assentamento de pisos ou azulejos, por exemplo, diretamente sobre a superfície
impermeabilizada. Devido às variações térmicas, o grau de plasticidade do produto
empregado poderá variar de acordo com suas características, e o revestimento
aplicado poderá vir a soltar-se. Utilize sempre o chapisco e a argamassa de
proteção mecânica sobre a impermeabilização como base para o acabamento.
• O período de testes de 72 horas é de fundamental importância em se
tratando de impermeabilização. Recomenda-se ser efetuada uma prova de carga
com lâmina d’água, para verificação da aplicação É mais fácil detectar e corrigir
problemas, antes da aplicação de revestimentos sobre a camada impermeável.
AN02FREV001/REV 4.0
210
secagem.
Existência de armadura em toda a Possibilidade de haver desalinhamento
superfície de maneira uniforme. da armadura, ocasionando
desempenho variável.
Menor tempo de aplicação Maior tempo de aplicação
(mão de obra). (mão de obra).
Menor ocorrência de erros de Maior ocorrência de erros devido às
aplicação. diversas variáveis envolvidas.
Liberação rápida, após teste de Necessidade de interditar a área por
estanqueidade. mais tempo.
Mantas Asfálticas
As mantas asfálticas são normalmente estruturadas com material não tecido
de poliéster, véu de fibra de vidro ou polietileno e são industrializadas com asfalto
oxidado ou modificado com polímeros. Este tipo de sistema de impermeabilização
flexível é atualmente o mais utilizado na Construção Civil.
AN02FREV001/REV 4.0
211
A manta asfáltica é um material impermeabilizante formado por várias
camadas que lhe dão propriedades físicas, químicas e mecânicas e são fornecidas
prontas para a colocação.
AN02FREV001/REV 4.0
212
FIGURA 144 - APLICAÇÃO DE MANTA ASFÁLTICA
Imprimação
Antes da aplicação da manta, é realizado o procedimento de imprimação,
que consiste na aplicação de uma tinta asfáltica sobre o substrato. Podem ser do
tipo emulsão (base aquosa) ou solução (base solvente). As bases solventes são as
mais recomendáveis, principalmente pela maior penetração na superfície de
tratamento e dão uma melhor aderência à manta, além de ter um tempo de secagem
rápida.
AN02FREV001/REV 4.0
213
4.4 INSTALAÇÕES – MATERIAIS
4.4.1 Elétrica
AN02FREV001/REV 4.0
214
FIGURA 146 - MEDIDOR DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
AN02FREV001/REV 4.0
215
FIGURA 147 - QUADRO DE LUZ
AN02FREV001/REV 4.0
216
aparelhos com potência superior a 1000 w, é necessário um circuito individual, como
no caso do chuveiro ou torneira elétrica.
• Condutores Elétricos: Os fios e cabos são os condutores mais comuns.
A diferença entre ambos é que o primeiro (fio) é sólido, possui um único filamento,
uma seção circular única no caso o cobre ou Alumínio. O segundo (cabo) é
composto por vários filamentos de pequeno diâmetro e várias seções circulares
trançadas, o que o torna muito mais flexível. A flexibilidade é um aspecto essencial
para a colocação dos condutores dentro do eletroduto e nas caixas de passagem da
parede e octogonais do teto. Tanto cabos como fios são revestidos por um
isolamento termoplástico colorido. (vermelho, azul, preto, branco, amarelo, verde,
preto). Alguns possuem dois revestimentos permitindo a instalação em locais
diferenciados. Atualmente exige-se que os condutores sejam revestidos com
material antichamas, pois assim, mesmo em caso de exposição prolongada, a
chama não se propaga ao longo do material isolante do cabo. Convenção de cores
Fase - preto, branco, vermelho ou cinza, neutro - azul claro e proteção (aterramento)
- verde ou verde e amarelo.
AN02FREV001/REV 4.0
217
FIGURA 149 - CABO CONDUTOR ELÉTRICO
AN02FREV001/REV 4.0
218
FIGURA 150 - INTERRUPTOR SIMPLES
Tomadas:
Tomada universal – dois polos – um fase e um neutro ou duas fases.
AN02FREV001/REV 4.0
219
Tomada de 2P +T = dois polos mais um terra – sendo uma fase e um neutro, ou
duas fases.
AN02FREV001/REV 4.0
220
SAIBA MAIS
O padrão foi criado, acima de tudo, para dar mais segurança ao consumidor,
ao diminuir a possibilidade de choques elétricos, incêndios e mortes. Nos
últimos dez anos, o DataSUS registrou 13.776 internações com 379 óbitos e
mais 15.418 mortes imediatas decorrentes de acidentes relativos à exposição a
correntes elétricas em residências, escolas, asilos e locais de trabalho. Além
disso, dentre os acidentados, o choque elétrico é a terceira maior causa de
morte infantil.
AN02FREV001/REV 4.0
221
FONTE: Disponível: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/pluguestomadas/index.asp>. Acesso em:
04 jan. 2013.
AN02FREV001/REV 4.0
222
Dispositivos de segurança
São os equipamentos que protegem o usuário e a rede elétrica contra
possíveis falhas, como picos de energia que poderiam causar um curto-circuito na
rede além de danos a vida das pessoas. Os disjuntores e as chaves fusíveis são os
principais dispositivos de segurança.
Chave Fusível
É uma chave de segurança (seccionadora) projetada para superaquecer e
queimar rapidamente quando a rede fica sobrecarregada. Em um fusível, um pedaço
fino de fio vaporiza rapidamente quando uma corrente elevada passa por ele. Isso
interrompe a corrente no cabo imediatamente, protegendo-o do superaquecimento.
Sua desvantagem é que uma vez que ocorre a falha que a aciona, a peça
fica inutilizada devendo ser substituída.
AN02FREV001/REV 4.0
223
Disjuntores
O disjuntor é uma chave de segurança que desarma quando a rede fica
sobrecarregada. Usa o calor de uma sobrecarga para acionar um mecanismo e abrir
como uma chave, por isso os disjuntores podem ser religados.
A vantagem sobre o fusível é que uma vez que ocorre a falha que o aciona,
a peça não fica inutilizada não necessitando ser substituída, bastando religá-lo como
se fosse um interruptor.
Em um quadro de distribuição são previstos vários disjuntores. Um para
cada circuito e um geral.
O disjuntor geral permite que você interrompa a energia do quadro inteiro
quando necessário. A partir daí, todos os cabos seguem para as diversas tomadas e
luzes da casa, passando por um disjuntor ou fusível.
Se o disjuntor estiver acionado, a energia fluirá pelos fios na parede e
eventualmente fará seu caminho até o destino final.
O mercado oferece dois tipos de disjuntores: o termomagnético e o
diferencial residual, sendo que este último tem um dispositivo que o torna mais
eficiente na proteção contra choques elétricos.
Os disjuntores podem ser monofásicos, bifásicos ou trifásicos, com os
seguintes valores de corrente elétrica para modelo padrão NEMA:
AN02FREV001/REV 4.0
224
FIGURA 155 - DISJUNTOR PADRÃO NEMA
AN02FREV001/REV 4.0
225
FIGURA 156 - DISJUNTOR PADRÃO DIN
4.4.2 Hidrossanitárias
Tubos e conexões
PVC
A matéria-prima básica empregada na fabricação dos tubos e conexões de
PVC rígido é a resina de cloreto de polivinila. Esta resina é obtida a partir do cloreto
de sódio, carvão, cal e água. Os tubos e conexões de PVC rígido para instalações
prediais de água fria devem ser fabricados de acordo com a especificação NBR
5648/77 da ABNT e os tubos e conexões de PVC rígido para esgoto predial e
ventilação devem ser fabricados de acordo com as especificações da NBR 5688/77
da ABNT.
Os tubos e conexões de PVC são utilizados em instalações de água a 20ºC,
e cuja pressão máxima de serviço não supere a 750 Kpa (75 mH 2O), já incluído as
AN02FREV001/REV 4.0
226
variações dinâmicas. São fornecidos pelos fabricantes geralmente com diâmetro de
referência variando de 15,0 mm (1/2”) até 100,0 mm (4”).
Diâmetro
Tubos Soldáveis Tubos Roscáveis
de
Diâmetro Espessura Diâmetro Espessura
referência
externo nominal da parede externo nominal da parede
dr
dn (A) e dn (B) e
mm
mm mm mm mm
(Polegada)
15 (1/2) 20 1,5 21 2,5
20 (3/4) 25 1,7 26 2,6
25 (1) 32 2,1 33 3,2
32 (1 ¼) 40 2,4 42 3,6
40 (1 ½) 50 3,0 48 4,0
50 (2) 60 3,3 60 4,6
60 (2 ½) 75 4,2 75 5,5
75 (3) 85 4,7 88 6,2
100 (4) 110 6,1 113 7,6
Tubos conforme a série I da NBR 5680/77
Tubos conforme a série II da NBR 5680/77
FONTE: (NBR 5680/77)
AN02FREV001/REV 4.0
227
As conexões usadas para água fria podem ser soldáveis ou roscáveis, para
esgoto primário e ventilação são de ponta-bolsa com junta elástica e para esgoto
secundário são soldáveis, com bolsa-bolsa.
FIGURA 158 - TUBOS DE PVC RÍGIDO SOLDÁVEIS PARA ÁGUA FRIA, COM
BOLSA
AN02FREV001/REV 4.0
228
FIGURA 159 - TUBO DE PVC ROSCÁVEL PARA ÁGUA FRIA
AN02FREV001/REV 4.0
229
FIGURA 161 - TUBOS DE PVC RÍGIDO
4.4.3 Gás
Cobre
Os tubos de cobre são fabricados com 9,90 % de cobre recozido e no
máximo de 0,04% de fósforo. São fabricados por extrusão e denominados “tubos
sem costura”, em barras de 5,0 m.
São divididos em três classes:
• Classe A: a espessura das paredes dos tubos é intermediária e são
utilizados nas instalações prediais de gás.
• Classe E: os tubos possuem as paredes finas e são utilizados em
instalações hidráulicas prediais para a distribuição de água fria e água quente.
• Classe I: são tubos de paredes mais grossas, destinados a instalações
industriais (alta pressão) e combate a incêndios.
AN02FREV001/REV 4.0
230
Os tubos de cobre são fabricados segundo as normas da ABNT, nas quais
se destaca as de maior interesse para as instalações:
• NBR 5028/84
• NBR 5030/82
• NBR 7417/82
• NBR 7542/82
• NBR 13206/04
AN02FREV001/REV 4.0
231
O cobre é altamente resistente às variações de pressão e de temperatura,
evitando, assim, intervenções e retrabalhos nas instalações.
AN02FREV001/REV 4.0
232
• Impermeabilidade: Fluídos, germes, gases e raios ultravioletas
são barrados pelas propriedades do cobre;
• Eficiência: Suas paredes sempre lisas e livres de incrustações
garantem a circulação perfeita de líquidos;
• Ecologia: É 100% reciclável;
• Resistência ao calor, fogo, pressão e ao tempo: Mantém sua
forma a temperatura elevada, resiste a altas pressões e tem longa vida útil.
AN02FREV001/REV 4.0
233
4.4.4 Especiais
Ar-Condicionado
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234
FIGURA 167 - CONDENSADOR
• Válvula de Expansão: Faz a pressão cair até um nível tal que possa evaporar.
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235
FIGURA 169 - EXEMPLO DE APARELHO DE JANELA
AN02FREV001/REV 4.0
236
FIGURA 171 - TIPO DE EQUIPAMENTO SELF-CONTAINED
• split-system.
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237
Expansão Indireta: neste sistema, um refrigerante (primário) resfria um fluido
intermediário (refrigerante secundário, geralmente a água) que, passando por uma
serpentina, retira o calor do ar proveniente dos ambientes, quando em contato com a
mesma.
• fan coil
Permite ser instalado na parede ou no teto, atendendo as mais diversas
necessidades dos ambientes. A sua instalação é especialmente indicada nas
seguintes situações:
- Aquecimento de grandes ambientes;
- Quando o local a ser aquecido não permite a instalação de vários
radiadores;
- Em locais de pouca utilização, e quando utilizados, deseja-se rápido
aquecimento (ex. salões de festa, salas de cinema, etc).
Características técnicas:
- Suportes à prova de vibração;
- Grades para saída de ar e aspiração de ar com filtro;
- Acabamentos confeccionados em plástico ABS (material que não sofre
alteração de cor devido ao uso);
AN02FREV001/REV 4.0
238
- Controle remoto para o ventilador que permite seleção de 3 (três)
velocidades de funcionamento.
• chiller
Os chillers resfriam a água, que é bombeada, conduzida por meio de
tubulações até às serpentinas localizadas nas unidades terminais (fan coils). Nesse
ponto, há uma elevação em sua temperatura, pela troca de calor com o ar de retorno
em contato com a serpentina. A água volta aos chillers para ser novamente resfriada
por meio da troca de calor.
.
FONTE: Disponível em: <http://www.logismarket.ind.br/padua-ar-condicionado/chiller/2470578976-
1179618937-p.html>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013.
Instalações de Incêndio
AN02FREV001/REV 4.0
239
FIGURA 175 - SISTEMA COMPLETO DE DETECÇÃO DE ALARME DE INCÊNDIO
Detector de fumaça
AN02FREV001/REV 4.0
240
Alarmes
As centrais de alarme possuem a finalidade de proteger o local onde a
mesma está instalada. Composta pela central, sensores de presença que são os
responsáveis pela identificação, a sirene que fará o alerta sonoro, os controles que
servirão para a ativação e desativação da Central de Alarme e a discadora, a qual
tem a responsabilidade de fazer a comunicação do disparo do alarme com os
telefones cadastrados, para assim receber a ligação no caso de uma invasão.
AN02FREV001/REV 4.0
241
FIGURA 179 - SIRENE
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
242
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
244
CURSO DE
MESTRE DE OBRAS
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
245
MÓDULO V
5 ACABAMENTOS
5.1 PISOS
Características comuns:
• Incombustíveis e não corrosíveis;
• Elevada estabilidade físico-química;
• Excepcional durabilidade;
• Elevada resistência mecânica;
• Elevada resistência à água;
• Variabilidade de cores e padrões;
• Pisos duros (acusticamente) e frios (em relação conforto tátil);
• Adequados para áreas internas e externas; Ambientes secos ou molhados;
Edifícios residenciais, comerciais e industriais;
• Concorrem entre si em todos os nichos de mercado; alto valor agregado;
preços competitivos em relação a outros tipos;
• Brasil é grande produtor mundial e exportador de ambos os componentes.
Exemplos:
AN02FREV001/REV 4.0
246
FIGURA 182 - PISO EM CERÂMICA
Piso Cerâmico
O piso cerâmico indica um material muito compacto, constituído por várias
fases cristalinas dispersas em uma matriz vítrea. O uso é bastante comum e possui
diversos formatos disponíveis.
Terminologia
• Piso cerâmico: placa extrudada ou prensada destinada ao revestimento
de pisos, fabricada com argila e outras matérias-primas inorgânicas, com a face
exposta vidrada ou não, e com determinadas propriedades físicas e características
próprias compatíveis com sua finalidade.
• Piso cerâmico não vidrado: placa cerâmica cujo corpo apresenta
composição, cor, textura e características determinadas pelas matérias-primas e
processos de fabricação utilizados, com valores médios de absorção de água de
acordo com os parâmetros a seguir:
Impermeável: aquele cujo corpo apresenta absorção de água até 0,5%.
o De baixa absorção: aquele que apresenta absorção de água entre
0,5% e 3%.
o De média absorção: o que apresenta absorção entre 3% e 6%.
o De alta absorção: o que apresenta absorção acima de 6%.
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247
FIGURA 183 - PISO CERÂMICO
Porcelanato
De origem francesa, o piso de porcelanato tornou-se uma opção muito
utilizada no Brasil. Possui aspecto estético agradável, sofisticação e praticidade.
É um tipo de revestimento cerâmico fabricado com tecnologia, pode ser
rústico ou ter brilho. O piso de porcelanato é muito resistente e traz muitas opções
de cores, texturas e tamanhos.
O porcelanato é um piso nobre feito com massa de porcelana, com absorção
de água quase nula, por volta de 0,01% a 0,02 %. Possui a mais alta das
resistências ao impacto entre todos os produtos do universo cerâmico (a mais alta
carga). O porcelanato é produzido em temperaturas elevadas, por volta de 1250 ºC,
com prensas hidráulicas de altíssima pressão, com massas ricas em feldspato e
fundentes nobres, com moagem muito fina e uma sinterização total: a
porcelanização.
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248
FIGURA 184 - PISO EM PORCELANATO
AN02FREV001/REV 4.0
249
Cuidados com limpeza
A limpeza adequada é um dos fatores mais importantes, pois caso não seja
adequada, o piso porcelanato poderá riscar e manchar. O ideal é limpar o
revestimento com detergente neutro diluído em água.
Lentamente, passe uma esponja ou vassoura de cerdas macias sobre a
superfície. Não use palha de aço, nem qualquer esponja de cerdas duras para não
riscar o piso. Enxugue com um pano limpo e seco.
Pedra Natural
O piso em pedra natural é uma opção de revestimento que possui extrema
durabilidade e resistência à ação de agentes físicos e químicos.
Com nobre padrão estético o piso em pedra natural possui praticidade na
instalação, baixo custo de manutenção e limpeza.
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250
FIGURA 185 - PISO EM GRANITO
AN02FREV001/REV 4.0
251
Pisos em Madeira
Independentemente do tipo de material escolhido para o revestimento em
madeira, a principal recomendação para este tipo de serviço consiste em usar
somente peças secas ou com teor de umidade em equilíbrio com o do ambiente,
visando-se evitar a retração e o empenho após o assentamento.
Tacos simples
Dimensões mais comuns: 7 x 21 (cm) e espessura de 2 cm.
Execução: assentados com argamassa de cimento e areia 1:4, espalhada
sobre o lastro ou sobre a laje.
• Molhar a base (lastro ou laje) e espalhar a argamassa, nivelada com a
ajuda de taliscas;
• Colocar os tacos um a um, acertando o nivelamento com batidas leves
e depois com a ajuda de uma tábua deitada sobre os tacos;
• Preparo dos tacos: para melhor aderência à argamassa, os tacos
devem ser revestidos na face inferior com pedrisco, colado com asfalto, além de
receberem alguns pregos tipo "L". Processo antigo e demorado.
Tacos de Encaixe
Dimensões mais comuns: 7 x 21 x 2 (cm), de encaixe tipo macho e fêmea.
Execução: sobre contrapiso nivelado e seco, o assentamento é feito com
cola especial espalhada com desempenadeira de aço (lado reto). Colocar os tacos
um a um sobre a cola espalhada por trechos e bater vigorosamente com martelo de
borracha.
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252
• Executar junta de dilatação junto às paredes de 1 cm (arrematada
posteriormente com o rodapé);
• Calafetar todas as juntas (preencher as frestas) após a raspagem,
utilizando o pó da madeira misturado com cola.
Parquet
É apresentado em placas (40 x 40) constituídas por pequenas peças de
madeira agrupadas sobre uma tela plástica aderida na face de colagem.
As placas são assentadas com cola e martelo de borracha sobre contrapiso
seco de cimento e areia. A figura abaixo ilustra diferentes maneiras para o
assentamento de pisos de madeira.
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253
FIGURA 188 - DIFERENTES MANEIRAS PARA ASSENTAMENTO DE PISOS DE
MADEIRA PARQUET
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254
FIGURA 189 - PARQUET
Tábua Corrida
O revestimento é executado com tábuas de encaixe tipo macho e fêmea,
fixadas por meio de pregos a barrotes (peças compridas de madeira de seção
trapezoidal).
As tábuas devem ser rigorosamente selecionadas e secas em estufa,
perfeitamente "galgadas", com superfície plana e cor uniforme.
Execução:
• Colocação dos barrotes - Fixados a laje ou lastro de concreto com
argamassa forte de cimento e areia, perpendicularmente a direção em que serão
fixadas as tábuas, com espaçamento máximo de 50 cm entre uma e outra peça e
nivelados;
AN02FREV001/REV 4.0
255
• Se o cômodo é maior que o comprimento das tábuas, serão
necessárias emendas de topo - a distribuição dos barrotes deve ser tal que sempre
haja um deles sob as emendas;
• As tábuas são fixadas aos barrotes com pequenos pregos no encaixe
(macho) e, no contrapiso, com cola.
5.2 PAREDES
Revestimentos de Paredes
Os revestimentos de paredes têm por finalidade regularizar a superfície,
proteger contra intempéries, aumentar a resistência da parede e proporcionar
estética e acabamento. Os revestimentos de paredes são classificados de acordo
com o material utilizado em revestimentos argamassados e não argamassados.
AN02FREV001/REV 4.0
256
Os revestimentos argamassados foram analisados no Módulo IV, neste
Módulo V, serão abordados nos capítulos seguintes os principais tipos de
revestimentos não argamassados para paredes:
• Revestimento de Madeira;
• Revestimentos especiais;
• Revestimentos de Pintura.
5.3 MADEIRA
AN02FREV001/REV 4.0
257
5.4 REVESTIMENTOS ESPECIAIS
Grafiato
Revestimento a base de polímeros acrílicos, dolomitas e minerais, que após
sua aplicação apresenta aspecto de ranhuras. Possui ótima resistência às
intempéries e aderência sobre a superfície, bem como a ação da umidade, mofos e
raios UV. Não retém o pó, é autolavável devido a sua formulação química que
contém óxido, corantes industriais e hidrorrepelentes que asseguram maior
durabilidade.
Para aplicação do grafiato, recomenda-se o uso de Desempenadeiras de
aço e para obter os riscos uniformes com a desempenadeira de PVC.
Aconselha-se utilizar o de mesmo lote em uma mesma fachada, para que
não venha ter problemas com diferenças de cor.
Texturas
Revestimento a base de polímeros acrílicos, dolomita e minerais, o qual
após sua aplicação apresenta aspecto texturizado, arrepiados ou decorativos.
Possui ótima resistência às intempéries e aderência sobre a superfície, bem como a
ação da umidade, mofos e raios UV. Não retém o pó, é autolavável devido a sua
formulação química que contém óxido, corantes industriais e hidrorrepelentes que
asseguram maior durabilidade. Em termos de custo, a textura possui melhor
rendimento que o Grafiato.
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258
Rendimento médio
Textura
Consumo / Aplicação: de 3,0 a 3,5kg/ m², variação conforme a superfície.
Aplica-se com rolo de espumas, nylon ou rolos de bricolagem com diversos efeitos.
1 barrica de 50kg - Terá um rendimento entre 14 a 16 m², variação conforme
a superfície.
Grafiato
Consumo/ Aplicação: de 4,0 a 5,0 kg/ m² variação conforme a superfície.
Aplica-se com desempenadeira de aço e risca com a de PVC.
1 barrica de 50kg - Terá um rendimento entre 10 a 12 m². Variação conforme
a superfície, com base na MALHA 10.
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259
FIGURA 193 - TEXTURA
Tintas
Material de revestimento de consistência líquida ou pastosa que serve para
cobertura, proteção, coloração das superfícies dos objetos, materiais, paredes, etc.
Na construção civil as superfícies para pintura mais comuns são a madeira,
a alvenaria, o concreto e os metais.
Um serviço de pintura, depois de pronto, pode apresentar os aspectos:
• Brilhante;
• Fosco;
• Transparente;
• Opaco;
• Colorido;
• Incolor.
• Preparação da superfície;
AN02FREV001/REV 4.0
260
• Aplicação eventual de fundos, massas, condicionadores;
• Aplicação da tinta de acabamento.
Toda superfície, após ter sido preparada para receber a pintura, deve
apresentar-se:
• Menos áspera possível e pouco porosa;
• Seca;
• Limpa (sem poeira, graxa, óleo, ferrugem, etc.).
Aplicação
Para escolha da tinta a aplicar é necessário conhecer o tipo de superfície
que vai receber a pintura, as condições ambientais que esta tinta vai suportar e qual
a finalidade de aplicação do produto (colorir, evitar ferrugens, isolar contra umidade,
etc.). Uma vez feito este tipo de análise, o processo de aplicação também deve ser
adotado de acordo com o tipo de serviço a executar. Dentre os mais usados:
AN02FREV001/REV 4.0
261
• Pincel: processo lento, porém prático. Indicado para pequenos
serviços, recortes de cantos e quinas e superfícies irregulares. Exige profissional
experiente.
• Rolo: processo um pouco mais rápido, indicado para superfícies
planas.
• Nebulização: processo mais rápido e que proporciona acabamento de
melhor qualidade, embora haja muita perda de material na pintura de peças
estreitas, como grades. Processo mais indicado para portas e móveis, exige tinta de
baixa viscosidade e solvente rápido;
AN02FREV001/REV 4.0
262
proteção contra a infiltração de água da chuva, adicionam-se à cal produtos
impermeabilizantes. A aplicação, normalmente é feita com brochas ou pincéis
grandes.
FONTE: (BASTOS, 2011).
Rendimento
É a relação entre a área pintada e o volume de tinta gasto (l / m²).
Cobertura
Capacidade da tinta de cobrir totalmente a superfície (contraste e cor). Na
prática, esta capacidade é medida em número de demãos.
Na variação destes elementos, que se têm as maiores diferenças de
qualidade entre as tintas no mercado.
Emprega-se o solvente para adequar a tinta às condições de pintura,
visando à facilidade de aplicação, alastramento, etc. Entre os solventes mais
comuns encontram-se a água, aguarrás, tiner, etc.
AN02FREV001/REV 4.0
263
Preparação da Superfície
1- A adequada preparação da superfície é fator tão importante como a
escolha de bons produtos para a pintura. Os seguintes cuidados devem ser
observados: ela deve ser limpa, seca, isenta de poeira, gordura, sabão ou mofo,
deve-se utilizar água morna com detergente para eliminar manchas de gordura;
aplicar uma solução de água com aproximadamente 25% de água sanitária para
remover as partes mofadas e, em seguida, enxaguar a superfície; corrigir com
argamassa as imperfeições profundas da parede; as pequenas imperfeições
(rasas) devem ser corrigidas com massa corrida (em reboco interno) ou massa
acrílica (em reboco externo); raspar ou escovar as partes soltas ou mal aderidas;
eliminar o brilho de qualquer origem, usando lixa de grana adequada.
2- Antes de iniciar a pintura sobre um reboco novo, é preciso aguardar
que ele esteja seco e curado. Se a tinta for aplicada sobre o reboco mal curado,
provavelmente a pintura descascará, porque a impermeabilidade da tinta dificultará
a saída da umidade e as trocas gasosas necessárias à carbonatação do reboco,
sem a qual se tornará pulverulento sob a película da tinta, causando o
descascamento.
3- A superfície de madeira, pintada pela primeira vez, deve ser lixada para
que sejam eliminadas as farpas. Em seguida aplica-se uma demão de Fundo
Branco Fosco, com diluição de até 15% de diluente e corrigem-se as imperfeições
com massa a óleo. Após a secagem, lixa-se novamente, removendo-se a poeira e
aplicando-se o acabamento. Na repintura sobre madeira, o procedimento é
semelhante ao da primeira pintura, dispensando-se aplicação de fundo branco
fosco. No caso de envernizamento da madeira, não se aplica fundo branco fosco e
nem massa a óleo, mas sim selador para madeira, lixa-se e se aplica o verniz.
4- Para a pintura nova sobre ferro é necessário remover-se a ferrugem,
utilizando lixa ou escova de aço, e aplica-se fundo a base de zarcão ou óxido de
ferro e pintar. Na repintura, elimina-se a ferrugem e aplica-se o fundo apenas nas
partes onde a superfície metálica esteve exposta. Após a secagem, lixa-se para
nivelar a base e aplica-se o acabamento. Outro produto conhecido como
Neutralizador de Ferrugem, pode ser usado antes de aplicarmos o zarcão, ele é
aplicado a frio e transforma quimicamente a superfície do ferro ou oxidos nela
AN02FREV001/REV 4.0
264
existentes em fosfatos inertes do ponto de vista da corrosão, impedindo o
aparecimento de ferrugem.
Esquema de Pintura
Qualquer que seja o esquema de pintura a ser aplicado recomenda-se
observar atentamente as orientações sobre a preparação da superfície. O número
de demãos e as indicações sobre a diluição das tintas baseiam-se em produtos de
boa qualidade, podendo haver significativas variações, já que existe uma grande
diferença de qualidade entre as tintas disponíveis no mercado. No entanto,
recomenda-se seguir a orientação do fabricante.
O acabamento convencional sobre rebocos (interno e externo) requer uma
demão de tinta látex (P.V.A. ou acrílica), bem diluída (com até 100% de água), duas
demãos de tinta látex com diluição de 20 a 30% de água.
No acabamento liso interno, deve-se aplicar massa corrida em camadas
finas e duas demãos de tinta látex, com diluição de 20 a 30% de água. No externo
procede-se da mesma forma, apenas utilizando-se tinta látex acrílica, com diluição
de 20 a 30% de água.
No acabamento liso de áreas molháveis - banheiros, cozinhas, etc. - deve-se
aplicar massa acrílica em camadas finas, duas demãos de esmalte sintético
brilhante, sendo a primeira com diluição de até 15% de diluente e a segunda com
até 5%. Quando se pretende um acabamento texturizado, deve-se usar uma demão
de látex textura acrílica com diluição de até 10% de água (usar rolo de espuma) e,
finalmente, duas demãos de esmalte sintético brilhante, sendo a primeira com
diluição de até 15% de diluente e a segunda até 5%.
Na face externa das telhas de fibrocimento, deve-se aplicar uma demão de
fundo à base de solventes, de alto poder de penetração e resistência à alcalinidade,
diluído com até 100% de diluente, duas demãos de tinta látex acrílica, com diluição
de 20 a 30% de água. Para a pintura da face interna, dispensa-se a aplicação de
fundo à base de solventes.
Deve-se observar, entretanto, que não é aconselhável pintar apenas a
superfície interna da telha, pois não havendo impermeabilização na face externa, a
umidade penetrará, prejudicando a pintura interna. Além disso, a pintura do lado
externo aumentará a vida útil da telha. Nas superfícies de litocerâmica não
AN02FREV001/REV 4.0
265
esmaltada ou de tijolo à vista aplica-se massa de assentamento adequadamente
frisada, não apresentando falhas, fissuras ou orifícios. Caso isso ocorra, os
fabricantes recomendam que se efetuem reparos necessários com a mesma massa.
Em seguida, deve-se aplicar uma demão de silicone, conforme orientação do
fabricante, o que aumentará a impermeabilização da superfície, sem alterar o
aspecto. Para proporcionar brilho e mais resistência a estas superfícies, devem-se
consultar os fabricantes de tintas sobre quais produtos aplicar.
Em pinturas sobre madeira devem ser observadas as orientações a respeito
da preparação da superfície, normalmente aplicando-se duas demãos de esmalte
sintético brilhante, acetinado ou fosco, lembrando-se de que este último é
recomendado para superfícies internas. A primeira demão de esmalte pode ser
diluída com até 15% de diluente e a segunda, com até 5%. É preciso lixar a
superfície levemente entre as demãos.
AN02FREV001/REV 4.0
266
Também devem ser evitados escorrimentos ou salpicos de tinta nas
superfícies não destinadas à pintura - vidros, pisos, alvenarias e concretos
aparentes, etc.
Os salpicos que não puderem ser evitados precisam ser removidos
enquanto a tinta ainda estiver fresca, empregando-se removedor adequado.
A última demão de tinta deve proporcionar a superfície uma película de
pintura uniforme, sem escorrimentos, falhas ou imperfeições.
A pintura recém-executada deve ser protegida contra a incidência de poeira
ou de água, ou mesmo contra contatos acidentais durante o período de secagem.
VERNIZES
De consistência líquida, produzem camada de proteção fina, brilhante e
transparente, aplicada principalmente em madeiras (telhados, portas, janelas,
móveis, etc.) (BASTOS, 2011).
AN02FREV001/REV 4.0
267
uma demão de verniz selador fosco, que terá de secar pelo período determinado
pelo fabricante.
Devem-se tapar os furos de prego e outras imperfeições na superfície da
madeira com massa de pintor, aplicada com espátula e proceder ao lixamento com
lixa nº 120, seguido de limpeza com pano seco. O acabamento será dado em duas
demãos, a primeira com corante para igualar a cor, se for o caso, e com retoques
onde necessários, antes da última demão.
No primeiro envernizamento da madeira normalmente são necessárias três
demãos de verniz brilhante ou fosco, sendo que o fosco não é recomendado para
superfícies externas.
A diluição na primeira demão pode ser de até 20% de diluente, e a segunda
e terceira com 5 e 10% respectivamente. Lixar levemente entre as demãos. O
reenvernizamento é feito normalmente com duas demãos.
Nas superfícies de ferro, depois de preparadas adequadamente, são
aplicadas duas demãos de esmalte sintético brilhante, acetinado ou fosco, sendo
que este último não é recomendado para superfícies externas. A primeira demão
deve ser diluída com até 15% de diluente e a segunda com até 5%. Também se
deve lixar levemente entre as demãos.
AN02FREV001/REV 4.0
268
Alguns tipos de vernizes e suas principais características:
Verniz acrílico - À base de água, seca em 1 hora. Não amarela com o tempo
como os vernizes à base de solvente, mas não é tão resistente, sendo necessárias
várias demãos. Encontrado em acabamento acetinado, fosco, semifosco e alto
brilho, todas elas nas versões transparentes ou com pigmentos.
AN02FREV001/REV 4.0
269
5.6 LOUÇAS E METAIS
Louças
Vaso sanitário
O sistema de descarga é composto pela bacia sanitária (vaso sanitário) e
pelo aparelho hidráulico de descarga, que é utilizado para liberação da água para a
limpeza dos dejetos na bacia. Pode ser uma válvula de descarga, caixa acoplada ou
caixa suspensa.
AN02FREV001/REV 4.0
270
A bacia com válvula de descarga apresenta como principal característica a
obtenção da vazão instantânea necessária para a limpeza da bacia sanitária, sendo
que o tempo de uso é determinado pelo período que o usuário aciona a válvula.
Além de sua instalação ocupar menos espaço interno, uma vez que a bacia chega a
ser de 10 a 15 cm menor do que uma bacia com caixa acoplada, ela é mais indicada
para uso público devido a sua inviolabilidade e maior vida útil dos seus
componentes.
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271
FIGURA 197 - BIDÊ
Lavatórios
Os lavatórios, ou como são chamados comumente de pias, têm sido
bastante modificados através dos tempos. Se antes tínhamos pequenas pias e de
cor mais escura a tendência mostra que as peças nos banheiros vêm a ser de cores
claras para dar o tom de limpeza ao ambiente.
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272
FIGURA 199 - LAVATÓRIO SUSPENSO
AN02FREV001/REV 4.0
273
FIGURA 202 - TANQUE SUSPENSO
Metais
´
FONTE: Disponível em: <http://www.fabrimar.com.br/produto_selecionado.asp?ref_produto=1194-
SA&cat_produto=Banheiro&tipo=Metais%20Luxo&linha=Saga>. Acesso em: 22 de janeiro de 2013.
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274
FIGURA 204 - CHUVEIRO
AN02FREV001/REV 4.0
275
FIGURA 207 - TORNEIRA (MISTURADOR) DE COZINHA
5.7 ILUMINAÇÃO
AN02FREV001/REV 4.0
276
O primeiro objetivo da iluminação é a obtenção de boas condições de visão
associadas à visibilidade, segurança e orientação dentro de um determinado
ambiente. Esse objetivo está intimamente associado às atividades laborativas e
produtivas – escritório, escolas, bibliotecas, bancos, indústrias etc.
O segundo objetivo da iluminação é a utilização da luz como principal
instrumento de ambientação do espaço – na criação de efeitos especiais com a
própria luz ou no destaque de objetos e superfícies ou do próprio espaço. Este
objetivo está intimamente associado às atividades não laborativas, não produtivas,
de lazer, estar e religiosas – residências, restaurantes, museus e galerias, igrejas
etc.
Na elaboração de um projeto para interiores de uma edificação (MOREIRA,
1999) devem-se levar em consideração três requisitos básicos:
O aspecto estético;
O enfoque em economia de energia;
O conforto ambiental proporcionado pela iluminação.
Tipos de lâmpadas
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277
FIGURA 209 - LÂMPADA INCANDESCENTE
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278
Mistas: Funciona em tensão de 220v. Possui vida útil cerca de 6.000h.
É uma alternativa para a substituição de incandescentes de alta potência.
Halógenas: 25% a 40% de redução no consumo em relação às
incandescentes. Permitem perfeita reprodução de cores. Usadas na montagem de
vitrines e decoração em geral por serem compactas. Vida útil de 2.000h.
Modernidade na iluminação
A lâmpada de LED, é a tecnologia moderna no que diz respeito a
iluminação. Os leds são chamados também de diodos emissores de luz, produzem
luz utilizando como base um chip semicondutor.
Os leds reduzem o consumo de energia elétrica em até 75% e sua vida
média gira em torno de 50.000 horas, quando os leds chegam a 70% de sua
capacidade de emissão de luz, a partir deste momento, começa a curva decrescente
e recomenda-se a troca dos mesmos por leds mais potentes ou novos.
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279
5.8 ESQUADRIAS
AN02FREV001/REV 4.0
280
Tipos de Esquadrias
São vários os tipos de materiais utilizados para a composição de esquadrias,
tais como: madeira, ferro, alumínio e PVC.
Esquadrias de Madeira
A madeira representa o primeiro tipo de material utilizado como componente
para a fabricação das esquadrias, sendo, portanto, frequente nas edificações
antigas.
Com o decorrer do tempo e o surgimento de materiais alternativos, a
madeira perdeu parcela significativa de mercado, o que vem sendo retomado
atualmente devido à evolução no seu processo de produção, possibilitando a
disponibilidade de grande variedade de modelos com desempenho compatível com
as exigências do mercado.
Algumas das madeiras normalmente utilizadas são: a imbuia, o mogno, o
angico, a jatobá, entre outras.
AN02FREV001/REV 4.0
281
Normalmente, as esquadrias de madeira são entregues na obra já
montadas, com travamentos de proteção entre as folhas e fechos, devendo ser
chumbadas às alvenarias, por meio de pregos ou grapas, ou ainda fixados em
contramarcos previamente colocados na parede.
Dentre as vantagens relacionadas com este tipo de esquadria em relação às
demais se pode citar o custo mais acessível, facilidade de execução e de
montagem, e como desvantagens encontram-se a durabilidade e a segurança.
Esquadrias metálicas
Os componentes metálicos também representam uma tecnologia antiga para
a fabricação de esquadrias, advinda desde meados do século 19, quando se
utilizavam perfis de ferro laminado preparados e ajustados em pequenas
serralharias (ABCIC, 1991).
As esquadrias metálicas atualmente utilizadas para a confecção de
esquadrias são de aço, mineral constituído essencialmente de ferro e carbono, com
pequenas quantidades de manganês, fósforo, enxofre ou silício.
AN02FREV001/REV 4.0
282
Para reduzir a possibilidade de ocorrência de corrosão, as ligas são
compostas também com cobre, e as esquadrias podem receber ainda revestimento
superficial com camada microscópica de zinco (aço galvanizado), que atua como
barreira de isolamento e como cátodo de sacrifício, ou seja, oxida-se em lugar do
aço.
As esquadrias metálicas são também entregues na obra prontas para o
assentamento, devendo-se ter muito cuidado no tocante ao contato dos perfis com
argamassa, a qual deve ser removida preferencialmente sem o auxílio de espátulas
ou lixas grossas que possam danificar a proteção superficial.
Este tipo de esquadria não pode ser exposta a ácidos, os quais podem
reagir quimicamente com o aço, mesmo protegido, deteriorando o material.
A instalação é geralmente realizada em vão rigorosamente esquadrejado, o
que pode ser obtido por meio da utilização de gabaritos ou contramarcos pré-fixados
na alvenaria.
O peso elevado destas esquadrias, que dificulta a sua adequada instalação,
e a necessidade de contínua manutenção preventiva quanto à ocorrência de
corrosão são os principais pontos negativos relacionados com este tipo de
componente, o que pode ser compensado pelo seu bom desempenho quanto à
segurança, e também o seu efeito estético.
Esquadrias de PVC
O uso do PVC trata-se de uma tecnologia moderna utilizada para a
fabricação das esquadrias. O composto de PVC (policloreto de vinila) utilizado para
esta finalidade deve ser obtido a partir de uma mistura íntima entre o etileno, cuja
matéria-prima é o petróleo, e o cloro.
A resina de PVC formada nesta mistura recebe uma incorporação de
aditivos especiais necessários para o atendimento de requisitos de desempenho
importantes para o produto, tais como resistência ao intemperismo, rigidez e
resistência mecânica (ABCIC, 1991).
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283
FIGURA 214 - COMPOSTO DE PVC
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284
Uma das grandes vantagens quanto ao uso deste tipo de esquadria está
relacionada com a moldagem dos perfis, a qual, neste caso, é realizada por meio de
soldagem a quente, de modo que não há aberturas nas ligações entre os perfis,
proporcionando excelente desempenho desta esquadria quanto à estanqueidade.
O seu alto custo, por enquanto, representa a sua maior desvantagem, aliado
ao pouco uso ainda nas condições ambientais nacionais.
Esquadrias de alumínio
É o tipo de esquadria mais largamente utilizado na construção civil
atualmente, especialmente no Brasil a partir da década de 50, tendo na construção
da cidade de Brasília, no Distrito Federal, o seu grande marco inicial.
As esquadrias de alumínio são também entregues prontas para instalação
na parede, a qual é feita sobre contramarco assentado diretamente na alvenaria,
cuja função é garantir a vedação e regularização do vão.
O uso intensivo do alumínio para composição das esquadrias se deve à sua
grande leveza, aliada a uma grande resistência mecânica, o que lhe proporciona
facilidade de transporte e montagem, e à durabilidade satisfatória quanto à ação de
agentes agressivos naturais como maresia ou regiões industriais, e sua estabilidade
dimensional.
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PORTAS E JANELAS DE CORRER
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286
Características: é formada por uma ou mais folhas que se movimentam
mediante rotação em torno de eixos verticais fixos, coincidentes com as laterais das
folhas;
Vantagens: Quando aberta, libera 100% do vão para ventilação; fácil limpeza
da área externa;
Desvantagens: ocupa espaço interno quando abre para dentro; não permite
regulagem ou direcionamento do fluxo de ar; deve ser mantida fechada em caso de
chuva; não permite tela ou grade, se abrir para fora, ou cortina, se abrir para dentro.
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fluxo de ar, podendo causar desconforto pela canalização do vento na altura das
pessoas.
JANELA BASCULANTE
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Características: possui eixo de rotação horizontal, centrado ou excêntrico,
não coincidente com as extremidades superior e inferior da janela;
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FIGURA 220 - JANELA DE TOMBAR
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290
FIGURA 221 - EXEMPLO DE PAISAGISMO
• Função preservativa
Visa favorecer o desenvolvimento e conservação de espécies vegetais e
animais, contribuindo para o pensamento ambientalista.
• Função atenuante
Reduz diversos tipos de fatores adversos ao convívio das pessoas em
determinadas áreas, tais como efeitos de temperaturas elevadas, ruídos e ventos,
inclusive criando barreiras filtrantes de poluentes em suspensão na atmosfera;
• Função decorativa
Contribui para o resultado plástico de um conjunto arquitetônico ou
urbanístico, por meio da concordância harmoniosa de seus elementos, o que
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291
possibilita os arranjos monumentais e turísticos, além de uma diversidade de
comunicações estéticas;
• Função estrutural
Possibilita a criação de formas e volumes que influenciam na conformação
ambiental, tais como muros vegetais ou cercas vivas, que servem de elementos
limitadores; e forrações de taludes, que protegem as camadas superficiais do solo e
impedem a erosão, além de elementos que se tornam pontos de referência;
• Função recreativa
Qualifica uma determinada área como adequada para a recreação e o lazer,
tanto passivo (lúdico) como ativo (esportivo), por meio da disposição com motivos
utilitários ou contemplativos, para o desfrute dos usuários e transeuntes;
• Função lucrativa
Valoriza economicamente uma propriedade imobiliária, o que recompensa
financeira e profissionalmente o paisagista, principalmente pela projeção pública de
sua imagem e de seu empreendedor.
Projeto paisagístico
Na criação e execução de jardins, as alterações da paisagem devem ser
avaliadas em volume, trabalho e custo. Após o planejamento, chega-se ao projeto
paisagístico, no qual são indicados os componentes e seus detalhes construtivos
(pisos, esculturas, espelhos d’água, pergolados, postes, etc.) (DOURADO, 1997).
Além da vegetação, devem-se observar as questões relacionadas à
circulação, iluminação, sinalização, manutenção e controle do espaço, buscando
garantir sua beleza, funcionalidade e durabilidade.
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FIGURA 222 - EXEMPLO DE PROJETO PAISAGÍSTICO
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FIGURA 223 - EXEMPLO DE PROJETO PAISAGÍSTICO
FIM DO MÓDULO V
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Interciência, 1982.
MOREIRA, Vinícius de Araújo. Iluminação elétrica. São Paulo: Edgar Blucher Ltda,
1999.
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1983.
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CONCRETO – Preparo, controle e recebimento – Procedimento. NBR 12655. Rio de
Janeiro, ABNT, 1996.
DIMENSÕES DE TUBOS DE PVC RÍGIDO. NBR 5680, ABNT. Rio de Janeiro, 1977.
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TUBO DE COBRE SEM COSTURA RECOZIDO BRILHANTE, PARA USOS GERAIS
– REQUISITOS. NBR 5030, ABNT, Rio de Janeiro, 2004.
FIM DO CURSO
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