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Produção de Energia Elétrica

Planeamento do Sistema Electroprodutor


A Energia Elétrica é uma forma de energia valiosa:

• Precisão
• Pode ser facilmente controlada
• Uso amigável
• Benefícios ambientais
• Disponibilidade: várias fontes primárias com custos razoáveis
• Eficiência: elevado rendimento no seu transporte e utilização
• Versátil: facilmente convertida em outras formas de energia
Problemas:

• Impactos ambientais
• Aumento contínuo do consumo de energia e potência
• Dificuldade em armazenar energia elétrica (em larga escala)

Diferenças entre Planeamento Tradicional e Planeamento Integrado de Recursos


Planeamento Tradicional:

• Recursos focados nas centrais de grande dimensão que são propriedade da


utility
• Planeamento interno da utility, assegurado principalmente pelos departamentos
de planeamento financeiro e do sistema
• Todos os recursos são propriedade da utility
• Os recursos são selecionados principalmente para minimizar os custos de
energia e para manter a fiabilidade do sistema
Planeamento Integrado de Recursos (IRP):

• Diversidade de recursos, incluindo centrais de grande dimensão, geração


distribuída, transações de energia, programas de conservação e gestão de
cargas, melhorias no transporte e distribuição e gestão de preços
• Planeamento disperso por diversos departamentos da utility e que envolve
também os consumidores, organismos governamentais, reguladores do setor
elétrico e especialistas externos
• Alguns recursos são propriedade de outras utilities, de pequenos produtores e
dos consumidores
• Diversos critérios de seleção de recursos, incluindo os custos de energia,
requisitos de comercialização, custos de serviços, condições financeiras da
utility, redução de risco, diversidade de combustíveis e recursos, qualidade
ambiental e desenvolvimento económico

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Geração Despachável e Intermitente e Tipos de Centrais
Geração Despachável:

• Pode ser controlada pelo operador do sistema e pode ser ligada ou desligada em
cada momento, com base na atratividade económica e para fornecer o nível de
geração necessário e serviços de fiabilidade da rede
• O nível de geração é aumentado ou diminuído pelo operador do sistema para
assegurar a procura, através do despacho económico da geração para fornecer
energia com os menores custos marginais
Geração Intermitente:

• A eletricidade produzida por estas tecnologias depende de fatores tais como a


velocidade e direção do vento, nuvens e outras características climatéricas
• Tipicamente, não podem ser controladas ou entrar no despacho económico dos
operadores do sistema. Com base em critérios económicos e de fiabilidade
Centrais de Base - centrais principais, diagrama de cargas constante, grande potência,
utilização da potência elevada
Centrais de Ponta - destinadas a cobrir procura nas horas de ponta, utilização da
potência baixa, devem entrar em serviço rapidamente bem como responder
prontamente aos aumentos de potência, funcionamento periódico, trabalham em
conjunto com as centrais principais
Centrais de Reserva - substituem, total ou parcialmente, as centrais de base em caso de
avaria ou beneficiação
Centrais de Emergência ou Socorro - Geralmente de pequena potência, económicas e
de arranque rápido, alimentam o sistema em caso de falha, instalações fixas ou móveis
Principais critérios para determinar se uma central pode ser de Base, da zona Intermédia
ou de Ponta:

• Fator de capacidade
• Tempo de start-up
• Taxa de ramp-up
• Custos de capital
• Custos de operação
Outros critérios:

• Emissões de GEE
• Restrições da rede de transporte e distribuição
• Preferência dos operadores para evitar o funcionamento cíclico de centrais

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Pré-Despacho e Despacho Económico
Pré-Despacho (Unit Commitment):

• Decida que centrais vão operar e quando em relação a:


• Min. custo de geração Combustível, manutenção e arranque
• Equilíbrio de potência
• Restrições: reserva girante, comutação de unidades, capacidade de geração
Despacho Económico:

• Otimiza o nível de potência para as centrais despachadas


• Min. custo de geração
• Combustível – maximizar eficiência
• Equilíbrio de potência
• Restrições: fluxo de potência de linha máximo, restrições de tensão, limites de
geração
O tipo de geradores com os custos variáveis mais baixos são os nucleares, hídricos,
eólicos e solares.

Regras do Despacho
Por razões económicas e técnicas, as centrais nucleares são quase invariavelmente
operadas como centrais de base na potência máxima.
As centrais a carvão operam como centrais de base, enquanto as centrais a gás natural
atendem às necessidades de carga intermediária e de ponta.
Como o petróleo é significativamente mais caro que o gás natural, é usado com menos
frequência no setor de energia elétrica.
A tecnologias de ponta incluem geradores a diesel e turbinas de combustão a gás
natural.
Embora eólicas e solares tenham custos operacionais muito baixos, sua disponibilidade
é limitada pelo recurso.
Embora as hídricas também tenham custos variáveis muito baixos, os seus padrões de
despacho são influenciados por muitos fatores, incluindo: níveis atuais e projetados dos
reservatórios, fatores ambientais, uso de água, etc.
Fatores que levam a desvios da curva económica de despacho:

• Custos operacionais (principal impulsionador das decisões de despacho)


• Tempos de arranque e taxas de rampa
• Requisitos de emissões de GEE
• Restrições do sistema de transmissão elétrica

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Reserva Girante, Reserva Estática, Margem de Reserva e Serviços de Sistema
Reserva Girante - Excesso de potência em marcha (potência de máquinas em serviço),
garantindo a continuidade de serviço em face de uma avaria ou variação de fontes
renováveis intermitente
Reserva Estática - Potência das máquinas paradas, destinada a substituir máquinas
avariadas ou em revisão, prontas para entrar em serviço
Margem de Reserva - Os operadores do sistema têm que garantir a disponibilidade de
capacidade de geração suficiente para assegurar a procura de energia prevista, mais
uma margem de reserva para assegurar eventos não previstos (como por exemplo
tempo anormalmente frio)
𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 − 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 =
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜
Serviços de Sistema – São todos os serviços necessários pelo operador do sistema de
transporte e distribuição para assegurar a manutenção da integridade e estabilidade do
sistema de transporte e distribuição, tal como da qualidade de energia

Centrais Termoelétricas
Ocorrem várias transformações de energia:
Combustível -> Energia Calorífica -> Energia Mecânica -> Energia Elétrica

• A energia do combustível é transferida para um fluido (vapor de água ou gás de


combustão) na caldeira
• Posteriormente esta energia é cedida a um grupo que a converte em energia
mecânica (turbina)
• Produção de eletricidade (alternador)

Ciclo de Rankine e Funcionamento de Central de Turbina a Vapor


Ciclo de Rankine (Ciclo de Vapor):

• 1-2: A água é bombeada para a caldeira de baixa para a alta pressão


• 2-3: Evaporação da água na caldeira a temperatura elevada e pressão constante
• 3-4: Expansão do vapor na turbina a vapor, diminuindo a temperatura e pressão
• 4-1: Condensação do vapor em água para líquido com pressão constante

Ciclo de Brayton e Funcionamento de Central de Turbina a Gás


Ciclo de Brayton (Ciclo de gás):

• 1-2: O ar é comprimido de forma adiabática (não há troca de calor com o


ambiente, apesar de haver variação térmica) por um compressor
• 2-3: Ao passar pela câmara de combustão, o ar expande-se devido ao
fornecimento de calor pelo processo de combustão, sob pressão constante
• 3-4: O ar aquecido pela combustão movimenta uma turbina num processo
teoricamente adiabático

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• 4-1: Saindo da turbina, o ar troca calor com o ambiente num processo isobárico
(pressão constante)

Ciclo de Rankine e Brayton e Funcionamento de Central de Ciclo Combinado


A turbina a gás gera energia elétrica, e o vapor produzido pelo calor residual da turbina
a gás aciona turbina a vapor para gerar também energia elétrica (Ciclos de Rankine e de
Brayton)
As características que tornam o ciclo combinado um processo de geração que lidera as
centrais termoelétricas recém-instalados:

• Alta eficiência térmica


• Emissões mais reduzidas
• Consumo reduzido de combustível

Energia Nuclear
Princípio de Funcionamento de Centrais de Fissão Nuclear
A energia que mantém os protões e neutrões juntos do núcleo é a Energia Nuclear.
A energia será obtida através da fissão, que é a quebra do núcleo de um átomo instável
em 2 átomos menores pelo bombardeamento de neutrões.
A massa dos produtos é inferior à massa dos elementos iniciais, sendo a diferença
convertida em energia.
Aproveitar a energia libertada – ao controlar a reação em cadeia, consegue-se manter a
fonte de calor para períodos de tempo de anos
Controlar a reação em cadeia – através de varas de controlo, ou seja, estas removem os
neutrões em excesso, diminuindo a probabilidade de fissão

Vantagens das Centrais de Fissão Nuclear


• Não contribui para o efeito de estufa
• Grande disponibilidade de combustível
• É a fonte mais concentrada de geração de energia
• O plutónio (produto da central nuclear) pode ser também utilizado como
combustível
• Não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos)
• Não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para
sua instalação
• O risco de transporte do combustível é significativamente menor quando
comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas

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Desvantagens das Centrais de Fissão Nuclear
• Apresenta custos fixos de investimento elevados
• Longo prazo de construção da central (5 a 8 anos)
• Custos elevados com desmantelamento e descontaminação da central após a
sua vida útil
• Dificuldades no armazenamento dos resíduos
• Pode interferir com ecossistemas
• Risco de acidente na central nuclear
• Perigo de proliferação de armas nucleares

Princípio de Funcionamento de Centrais de Fusão Nuclear


Sol como reator nuclear:

• Uma estrela é um plasma de Hidrogénio


• As enormes quantidades de energia libertadas pelo Sol e pelas outras estrelas,
resulta da conversão de matéria em energia
• Isto ocorre quando os átomos de Hidrogénio se combinam, em condições de
elevadas temperaturas e pressões, para formar átomos mais pesados (Hélio)

Vantagens das Centrais de Fusão Nuclear


• Combustível abundante e disponível para todas as nações
• Vantagens ambientais - sem emissões de carbono, tempo de vida da
radioatividade curto
• Ocupa pouco espaço
• Não está sujeita a variações climáticas diárias, sazonais, etc
• Pode produzir eletricidade e hidrogénio
• Não explode - resistente a ataques terroristas

Desvantagens das Centrais de Fusão Nuclear


• Alcançar e suster elevadíssimas temperaturas: a reação dá-se a uma
temperatura superior à da superfície do Sol
• Confinar o combustível e a própria reação
• Custo da pesquisa e desenvolvimento
• Campos magnéticos muito intensos (5 a 7 T)

Geração Distribuída
Vantagens da Geração Distribuída (GD)
Fiabilidade:

• Redução das perdas nas linhas


• Melhoria da qualidade de energia
• Redução dos requisitos de margem de reserva
• Controlo de potência reativa

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Económicos:

• Usadas para seguimento de ponta, cogeração e para assegurar a base do


diagrama
• Aumento da capacidade do sistema com investimento reduzido em T&D
• Interrupções mais curtas e menos frequentes
Ambientais:

• Emissões reduzidas ou nulas


• Baixo impacto ambiental
• Requisitos de terreno reduzidos

Cogeração
A cogeração é um processo de produção e utilização combinada de calor e eletricidade,
que consiste na reciclagem local de calor residual gerado nos processos termodinâmicos
de geração de energia elétrica que poderiam ser perdidos.

• Produção de Energia Térmica e Elétrica no mesmo processo


• Menos matéria-prima gasta no processo
• Menos GEE emitidos para a atmosfera
Aumento da eficiência energética

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Tecnologias de Geração Distribuída
Motores de Combustão Interna:

• Tecnologia de GD mais comum


• Usam a energia térmica do combustível para mover um pistão no interior de um
cilindro, convertendo o movimento linear do pistão em movimento rotativo na
cambota que aciona um gerador AC.
• Os geradores de larga escala podem ser usados na base do diagrama, para apoio
à rede ou corte de pontas.

Hidroeletricidade
A energia hidráulica fluvial existente na natureza é fornecida pelas precipitações
atmosféricas, que resultam da condensação do vapor de água, sob a forma de chuva,
neve, etc.
Sendo resultado das precipitações, esta forma de energia é renovável e não poluente.
Como é dependente das condições atmosféricas é naturalmente imprevisível e variável.
Parâmetros:

• Caudal – (vazão, débito) quantidade de água que atravessa, por unidade de


tempo, uma secção do curso de água (m3 /s)
• Caudal Característico Médio – valor cuja duração é garantida em 100 dias por
ano
• Caudal de Estiagem – valor em relação ao qual os caudais só são inferiores 10
dias em cada ano
• Queda Total – diferença entre as cotas máxima e mínima do desnível, local onde
se inicia a queda e onde se realiza a descarga
• Queda Útil – queda efetivamente aproveitada pelas turbinas
Potência a Instalar:

• Considera-se que durante dt ocorre um esvaziamento e que toda a energia


potencial se converte em energia elétrica:

Tipos de Aproveitamento
Fio de água:

• A barragem não permite armazenar grandes quantidades de água


• As águas que afluem ou são turbinadas ou não são aproveitadas
• Caudais inconstantes
• Exemplo de barragem – Valeira (Douro)

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Albufeira:

• Permitem o armazenamento de grandes volumes de água


• Regularização dos caudais
• Potências mais ou menos constantes e controláveis
• Exemplo de barragem: Alto Lindoso (Lima)
Bombagem:

• Dotadas de duas albufeiras a cotas distintas


• A água da bacia superior é turbinada e depois retida na albufeira inferior
• Nas horas de vazio a água é bombeada para a bacia superior usando a turbina
como motor, se esta for reversível, ou então o próprio alternador
• Exemplo de barragem – Aguieira (Mondego)

Tipos de Turbinas
As turbinas são máquinas primárias que têm por missão converter a energia (potencial
gravítica e/ou cinética) armazenada na água ou em qualquer outro fluído em energia
mecânica.
Turbinas Pelton:

• São turbinas de ação porque utilizam a velocidade do fluxo de água para


provocar o movimento de rotação
• Consiste numa roda circular que na sua periferia possui um conjunto conchas
sobre as quais incidem tangencialmente jatos de água dirigidos por injetores
• A potência mecânica fornecida por estas turbinas é regulada pela atuação nas
válvulas de agulha dos injetores
• Baixo número de rotações e um rendimento até 93%
Turbinas Francis:
• São turbinas de reação porque o escoamento na zona da roda se processa a uma
pressão inferior à pressão atmosférica
• Roda formada canais hidráulicos que recebem a água radialmente e a orientam
para a saída do rotor numa direção axial
• A entrada na turbina ocorre simultaneamente por múltiplas comportas de
admissão dispostas ao redor da roda
• As turbinas Francis, relativamente às Pelton, têm um rendimento máximo mais
elevado, velocidades maiores e menores dimensões
Turbinas Kaplan:

• São turbinas de reação, adaptadas a quedas fracas e caudais elevados


• São constituídas por uma câmara de entrada que pode ser aberta ou fechada,
por um distribuidor e por uma roda com 4 ou 5 pás em forma de hélice
• Quando estas pás são fixas diz-se que a turbina é do tipo Hélice. Se as pás são
móveis o que permite variar o ângulo de ataque, diz-se que a turbina é do tipo
Kaplan

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• São reguladas através da ação do distribuidor e com auxílio da variação do
ângulo de ataque das pás do rotor o que lhes confere uma grande capacidade de
regulação.
Turbinas Banki-Mitchell:

• Turbina de ação usado principalmente na gama das baixas potências


• O seu rendimento é inferior aos das turbinas de projeto convencional, mas
mantém-se num valor elevado ao longo de uma extensa gama de caudais

Índice de Produtividade Hidroelétrica


Mede a relação entre o valor das energias turbináveis afluentes ao conjunto do sistema
electroprodutor hídrico num dado ano e o valor médio das mesmas energias calculado
para o conjunto dos 30 regimes hidrológicos históricos.
IPH > 1 → ano húmido
IPH < 1 → ano seco

Vantagens para o Sistema Electroprodutor


• Recurso endógeno e renovável
• Resposta quase imediata às variações da procura
• Aumentam a fiabilidade do serviço
• Armazenam grandes quantidades de energia nas albufeiras

Benefícios Múltiplos da Hidroeletricidade


Recursos Hídricos:

• Aumento da disponibilidade de água em quantidade e em qualidade para o


abastecimento público
• Diminuição da quantidade e da severidade das cheias
Floresta:

• Criação de condições para um eficaz combate aos fogos florestais utilizando


meios aéreos
Economia:

• Criação de condições que permitem o desenvolvimento regional e propiciadoras


da fixação da população - turismo
Agricultura:

• Diversificação de culturas nas novas áreas a irrigar


• Acréscimo de produtividade

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Energia Eólica
Energia que resulta da conversão do máximo que se conseguir da energia cinética do
vento em energia elétrica (30-45% de eficiência).
Esta conversão é feita em 3 etapas:

Princípio de Funcionamento
Os aviões recorrem a forças de sustentação com origem na configuração aerodinâmica
das asas.
As pás de uma turbina eólica têm uma configuração semelhante, mas invertida.

Tipos de Rotor
Turbinas de Eixo Vertical (muito raro):

• Simplicidade na conceção
• Insensibilidade à direção do vento, dispensando o mecanismo de orientação
direcional
• Velocidades do vento muito baixas junto à base
• Incapacidade de auto arranque, necessitando de meios exteriores de auxílio
Turbinas de Eixo Horizontal (mais conhecido e usado):

• Estrutura sólida elevada, tipo torre, com duas ou três pás que podem ser
orientadas de acordo com a direção do vento
• Para um melhor aproveitamento global, necessitam de um mecanismo que
permita o posicionamento do eixo do rotor em relação à direção do vento
• Utilizadas em Parques Onshore e Offshore para grande aproveitamento e
produção de energia

Tipos de Pás
As turbinas de múltiplas pás, ainda hoje são utilizadas para bombagem de água:

• Têm uma baixa eficiência aerodinâmica, devido à grande área das pás
• Têm um binário elevado para velocidades do vento reduzidas

Tipos de Torres
Torres Entrelaçadas - têm custos mais reduzidos, fundações mais ligeiras e efeito de
sombra da torre atenuado, mas um maior impacto visual

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Torre Tubular - Quase todas as torres têm uma forma tubular de modo a minimizar o
impacto visual e são normalmente construídas em aço ou em betão

Potência Eólica
A potência disponível no vento é obtida pela seguinte fórmula:

Limite de Betz
É impossível extrair a totalidade da energia cinética do vento, porque se isso
acontecesse causaria a paragem do vento.
Ocorre uma expansão e uma diminuição da velocidade quando o ar passa pela turbina,
a potência eólica captada pelo aerogerador está limitada a cerca de 59% da potência
eólica.

Fatores de Projeto
Fatores técnicos a ter em conta no projeto de uma central eólica:

• Variabilidade temporal e espacial do recurso energético


• Adequação da tecnologia às características do local
• Efeito de esteira
• Efeito de cancelamento das flutuações de potência
• Interação entre a turbina eólica e a rede elétrica local

Efeito de Esteira
O vento que “sai” da turbina tem um conteúdo energético muito inferior ao do vento
que “entrou” na turbina.
Na parte de trás da turbina forma-se uma esteira de vento mais turbulento e com
velocidade reduzida relativamente ao vento incidente.
Os obstáculos, têm uma influência significativa na diminuição da velocidade do vento e
são fontes de turbulência.

Distribuição dos Aerogeradores


Direção perpendicular aos ventos: distâncias de 1,5 a 3 vezes o diâmetro da turbina.
Direção da predominância dos ventos: distâncias de 8 a 10 vezes o diâmetro da turbina.
A energia perdida devido ao efeito de esteira é de cerca de 5%.

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Características da Eólica Onshore e Offshore
Onshore – parques localizados em terra firme
Offshore – parques localizados em alto mar ou junto à costa

• Velocidades de vento maiores


• Mais estáveis
• Grande número de áreas de exploração disponíveis
• Custos de implementação mais elevados
• Perdas na transmissão para a costa

Vantagens e Desvantagens da Energia Eólica


Vantagens:

• Fonte de energia segura e renovável


• Não tem emissões perigosas, não gera resíduos, salvo os do fabrico dos
equipamentos
• Os parques eólicos são de rápida construção (inferior a 6 meses)
Desvantagens:

• Custo mais elevado que o da geração convencional


• Ruído nas zonas próximas aos parques eólicos
• Efeito Paisagístico

Energia Fotovoltaica
Colocação dos Painéis
De forma a otimizar a radiação recebida, os painéis solares devem ser colocados
voltados para Sul, no caso do hemisfério Norte, com um ângulo de inclinação variável
que depende da latitude.
Os painéis fotovoltaicos fixos podem ser inclinados em direção à elevação "média" do
sol para captar a maior parte da energia solar durante todo o ano.
Isto pode ser aproximada através de um ângulo igual à latitude do local, mas a radiação
não depende apenas da elevação e, por isso o ângulo necessário é geralmente menor.
Uma fórmula mais exata pode ser:

• Se a latitude é inferior a 25°: latitude x 0.87


• Se a latitude está entre 25° e 50°: latitude x 0.76 + 3.1
É possível alterar a distribuição da radiação solar ao longo do ano, através da fixação dos
painéis, com um ângulo diferente do ótimo.

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Seguidores Solares
Seguidores de 2 Eixos - Apesar de serem os mais caros, são os que tornam mais eficientes
as instalações PV, pois permitem que estas tenham sempre os módulos na posição
perpendicular relativamente à radiação solar.
Seguidores de 1 Eixo - Os seguidores de um eixo, sendo mais baratos, não apresentam
uma eficiência tão alta para as instalações PV, pois apenas permitem que estas tenham
os módulos sempre na posição perpendicular relativamente a um dos planos da
radiação solar.

Células Fotovoltaicas
Uma célula fotovoltaica é um dispositivo semicondutor similar a um díodo de junção de
semicondutor e é composta por duas camadas de material semicondutor dopadas de
forma diferente:

• na camada N, existe um excesso de eletrões periféricos


• na camada P, existe um défice de eletrões
Funcionamento:

• Com a incidência de luz na célula, cada fotão com energia suficiente libertará um
eletrão transformando-o em condutor e devido ao campo elétrico gerado na
união P-N, os eletrões são orientados da camada P para a camada N
• Utilizando um condutor externo, liga-se a camada positiva à camada negativa e
gera-se então uma corrente elétrica, correspondente ao fluxo de eletrões na
ligação
• Esta corrente vai existir enquanto incidir luz na célula, e será proporcional à
intensidade dessa incidência de luz

Células Cristalinas, de Filmes Finos e de Concentração


Células Cristalinas (Silício Cristalino):

• Vidro transparente na parte frontal


• Material resistente a intempéries na parte traseira (usualmente polímeros finos)
• Caixilharia

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Filmes Finos: Estes filmes são então depositados em superfícies de baixo custo, tais
como vidro, metal ou substrato de plástico

Tecnologias Emergentes: As tecnologias emergentes incluem filmes finos avançados de


baixo custo e células solares orgânicas. As células orgânicas podem ser:

• Células totalmente orgânicas: fotovoltaico orgânico (OPV)


• Híbridas: células solares sensibilizadas por corante (DSSC)

Fotovoltaico de Concentração: Utiliza espelhos ou lentes para concentrar e focar a


radiação solar em células de elevado rendimento. Ao contrário do PV, o CPV requer:

• Radiação solar direta em vez de radiação difusa, pelo que é geograficamente


limitada a áreas com elevada irradiação direta normal
• Sistemas de seguimento solar
• Arrefecimento

Tipos de Sistemas Fotovoltaicos


Sistemas Isolados: Os sistemas fotovoltaicos isolados são constituídos por:

• Grupo acumulador (baterias) - onde a energia é armazenada para uso posterior


quando não há luz solar
• Um controlador de carga ou regulador de carga - de forma a gerir a "entrada" e
"saída" de energia das baterias
• Inversor de corrente - uma vez que os painéis produzem corrente contínua, e a
maior parte dos equipamentos consome corrente alternada
• Sistema de apoio - quando a energia solar disponível é insuficiente

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Sistemas Híbridos: Os sistemas híbridos consistem na combinação de sistemas
fotovoltaicos com outras fontes de energia que asseguram a carga das baterias na
ausência de sol. As fontes de energia de auxílio podem ser, diesel, gás ou geradores
eólicos. Estes sistemas têm que estar equipados com sistemas de controlo mais
eficientes que os sistemas isolados de pequena dimensão.
Sistemas Ligados à Rede: Os sistemas fotovoltaicos ligados à rede usam grandes áreas
de módulos fotovoltaicos. O sistema básico além dos módulos fotovoltaicos contém
outros componentes, tais como, estruturas de suporte, inversores e nalguns casos um
dispositivo para seguir o Sol.

Energia Solar Térmica Elétrica


Os sistemas de energia solar térmica concentrada (CSP - Concentrated Solar Power)
produzem energia elétrica convertendo a energia solar em calor de alta temperatura
usando várias configurações de superfícies espelhadas.

Canal Parabólico
O sistema de captação de energia solar é formado pelo elemento coletor e pelo recetor.
A superfície parabólica refletora, concentra a luz solar no tubo recetor localizado ao
longo da linha de focagem, aquecendo o fluido de transferência de calor.
As centrais atuais utilizam normalmente óleo sintético como fluido de transferência
entre os coletores e o permutador de calor, onde a água é pré-aquecida, evaporado e
então superaquecida.
O vapor faz mover uma turbina que aciona um gerador. Depois da água ser arrefecida e
condensada, volta ao permutador de calor.

Refletores de Fresnel
Configuração idêntica às centrais de canal parabólico, mas os espelhos são planos
(apenas com uma ligeira curvatura), que refletem a radiação para um único recetor
central.
Têm uma eficiência ótica mais reduzida que o canal parabólico devido às perdas
angulares, sendo menos eficientes quando o sol está baixo.
Devido à posição elevada do recetor, os concentradores podem ser instalados com um
reduzido espaçamento entre eles.
Os recetores fixos permitem elevadas pressões e facilitam o aquecimento direto da
água, o que pode eliminar a necessidade de um fluído de transferência de calor.
É difícil incorporar armazenagem porque é mais difícil armazenar o calor latente do
vapor que o calor sensível.

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Recetor Central
Um arranjo de helióstatos (espelhos de seguimento do sol) atua como coletor solar,
concentrando a radiação num recetor central localizado no topo da torre.
A torre central é um permutador de calor (recetor), onde a energia é transferida para
um fluido de transferência de calor.
Devido às altas temperaturas obtidas, uma das melhores oportunidades para esta
tecnologia é a sua integração numa central de ciclo combinado.

Prato Parabólico
Um prato cuja superfície é coberta de espelhos que refletem e concentram a radiação
solar para o recetor, de forma a atingir as temperaturas requeridas para eficazmente
converter o calor em trabalho.
Os pratos seguem o sol segundo dois eixos (azimute e altura), sendo assim um sistema
coletor eficiente, pois estão sempre orientados na direção do sol.

Energia da Biomassa
Como biomassa designa-se, em geral, a quantidade de matéria orgânica que se acumula
num determinado espaço associada ao metabolismo de plantas e animais.
Tipos de biomassa:

• Biomassa Florestal
• Biomassa Agrícola
• Resíduos Animais
• Resíduos Sólidos Urbanos
A biomassa tem origem na fotossíntese, através da qual os produtores primários fixam
o CO2 da atmosfera, utilizando a energia da radiação solar e o transformam na matéria
que compõe as plantas.
A biomassa pode ser transformada pelas diferentes tecnologias de conversão em
biocombustíveis sólidos, líquidos ou gasosos e, finalmente, em formas finais de energia
- energia térmica, mecânica e elétrica.

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Centrais de Queima Direta, Gaseificação e Queima Conjunta
Centrais de Queima Direta: Utilização do calor proveniente da combustão para
produção de vapor. A biomassa pode também, produzir energia numa unidade de
cogeração, podendo o calor “residual” ser injetado num processo industrial ou numa
rede de aquecimento urbano.
Centrais de Gaseificação: A gaseificação é o processo da transformação térmica de um
biocombustível sólido num gás combustível por meio de um agente de gaseificação. O
processo de produção de um gás combustível a partir da biomassa é composto por três
etapas:

• Secagem - pode ser feita quando a madeira é introduzida no gaseificador,


podendo-se aproveitar o calor dos gases de escape do processo. Contudo a
operação com madeira seca é mais eficiente.
• Pirólise ou Carbonização - durante a etapa de pirólise, através do aumento da
temperatura (150 a 500ºC) com uma atmosfera controlada, formam-se gases
combustíveis, vapor de água, e carvão.
• Combustão - é libertada a energia necessária ao processo, pela combustão
parcial dos produtos da pirólise.
Centrais de Combustão Conjunta: O conceito consiste em adicionar uma proporção de
biomassa a um combustível fóssil, em centrais termoelétricas convencionais. A maioria
das centrais queimam biomassa sólida. A principal vantagem da combustão conjunta é
que esta pode ser utilizada em centrais elétricas existentes, bastando uma pequena
modificação, permitindo reduções rápidas e comparativamente baratas das emissões
de gases de efeito estufa. Há 3 tipos de centrais de combustão conjunta:

• Direta – é a mais simples e a opção mais comum


• Indireta – a biomassa é gaseificada e o gás é queimado na mesma caldeira que o
combustível fóssil
• Caldeiras separadas – é adicionada ao sistema uma caldeira separada para
biomassa

Digestão Anaeróbica
Os processos de fermentação anaeróbia que produzem metano, foram desde sempre,
utilizados pelo Homem para o tratamento dos águas residuais, nos sistemas conhecidos
por "fossas sépticas".
A digestão anaeróbica representa a conversão microbiológica de matéria orgânica em
metano na ausência de oxigénio, através da decomposição bacteriana dos materiais
orgânicos.
O processo bioquímico produz biogás e dióxido de carbono.
A digestão anaeróbica controlada requer uma câmara hermética, chamada de digestor.

Existem dois tipos de processos de digestão anaeróbica:

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• Digestão mesofílica - O digestor é aquecido até 30 a 35ºC e os resíduos ficam
tipicamente no digestor durante 15 a 30 dias. É mais robusta e tolerante, mas a
produção de gás é menor, são necessários grandes tanques de digestão e a
desinfeção é um processo separado
• Digestão termofílica - O digestor é aquecido até 55ºC durante 12 a 14 dias.
Proporciona uma maior produção de metano, maior rendimento, melhor
desinfeção, mas requer tecnologia mais cara, mais energia fornecida, e um mais
sofisticado grau de controlo e monitorização.

Benefícios do Biogás
Boa relação entre a quantidade de energia consumida e a produzida
Evita a libertação de metano para a atmosfera
Recurso renovável que substitui combustíveis fosseis
Redução da necessidade de fertilizantes sintéticos
Redução da poluição causada pelos resíduos
Forma de produção distribuída de energia elétrica

Energia dos Oceanos


O oceano pode produzir dois tipos de energia:

• A energia térmica do calor do sol


• A energia mecânica das ondas e marés

Formas de Conversão de Energia dos Oceanos


Energia Térmica dos Oceanos: consequência direta da radiação solar incidente.
Energia das Correntes Marítimas: resulta dos gradientes de temperatura e de salinidade
e na ação das marés. Energia extraída através de turbinas submersas. As velocidades das
correntes são mais baixas do que as do vento.
Energia das Marés: fruto da interação dos campos gravíticos da lua e do sol. A energia
das marés é uma forma de energia hidroelétrica que converte a energia das marés em
energia elétrica. Envolve tradicionalmente erguer uma barragem.
Energia das Ondas: resulta da concentração da energia eólica que incide numa área do
oceano. É uma forma concentrada da energia solar, pois é esta que, pelo aquecimento
desigual da superfície terrestre é responsável pelos ventos – Energia Solar -> Energia
Eólica -> Energia das Ondas.

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Energia das Ondas vs Energia Eólica
As ondas resultam da ação integrada do vento sobre grandes áreas do oceano (milhares
de km2 ) durante várias horas ou dias.
A sua variabilidade é menor que a do vento e as variações são mais previsíveis.
Em escalas de tempo de alguns períodos de onda, as ondas são altamente aleatórias, de
forma mais acentuada que a turbulência eólica.
Devido à natureza das ondas, a potência absorvida é descontinua e altamente oscilante.
Tipicamente, o fluxo de energia por unidade vertical de área para as ondas junto à
superfície é 5 vezes maior que para o vento.
As ondas são uma forma de energia mais concentrada que o vento.

Princípio de Funcionamento do OWC


Captura as ondas num cilindro oco que tem uma abertura na sua base.
Conforme as ondas chegam ao sistema, a coluna de água no seu interior imita o
movimento de subida e descida do nível da água provocado pelas mesmas.
Este movimento da coluna de água, no interior do cilindro, quando ocorre no seu sentido
ascendente, força o ar a sair por uma única saída no topo do cilindro.
Posteriormente a coluna de água desce e o ar é sugado da atmosfera para o interior do
cilindro.

Princípio de Funcionamento do Tapchan


O estreitamento do canal causa um aumento na altura das ondas, o que faz com que a
água entre no reservatório que se encontra alguns metros acima do nível do mar.
O conceito Tapchan é uma adaptação do tradicional aproveitamento hidroelétrico.
Este conceito passa por recolher e armazenar a água (armazenamento de energia) e
passar a água através de uma turbina de baixa queda aquando da sua saída para o mar.

Princípio de Funcionamento do AWS


O sistema AWS é completamente submerso.
O AWS é constituído por dois cilindros. • O cilindro inferior está fixo ao fundo do mar,
enquanto o superior, também chamado de flutuador, move-se para cima e para baixo
devido à influência das ondas.
Os ímanes permanentes que estão fixos ao cilindro superior, movem-se ao longo da
bobina colocada na parte fixa fazendo parte de um gerador linear.
Assim, o movimento do flutuador é amortecido e é gerada energia elétrica.

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Princípio de Funcionamento do Pelamis
O Pelamis (nome de uma cobra do mar) é um dispositivo com uma série de cilindros
ligados por articulações.
À medida que as ondas passam ao longo do dispositivo ativam as articulações, estas vão
bombear óleo a alta pressão através de um motor hidráulico com acumuladores de
energia (fluídos comprimidos).

Energia Geotérmica
Centrais a Vapor Seco
Utilizam como recurso o vapor existente no subsolo.
Este é canalizado do local de origem para a central e aí diretamente para o grupo
turbina/gerador.
Após a utilização do vapor, este sofre condensação e é bombeado de volta ao subsolo.
Este tipo de central é bastante raro, dado que existem muito poucos locais onde é
possível fazer extração de vapor a pressões suficientemente altas para mover as
turbinas

Centrais a Vapor de um Passo


São as centrais mais comuns e usam reservatórios de água geotermais com
temperaturas acima de 182ºC.
A água, a altas temperaturas, flui através dos poços no subsolo até à superfície na sua
própria pressão.
Ao ascender, a pressão diminui e algumas águas entram em ebulição gerando vapor,
esse vapor é separado da água e direcionado para o grupo turbina-geradores.
A água e o vapor são posteriormente condensados e injetados novamente no
reservatório.

Centrais a Vapor de Ciclo Binário


Este tipo de central funciona com águas geotermais a temperaturas abaixo de 182ºC
(455K).
Usam um sistema de troca de calor de circuito fechado.
O fluido utilizado, em vez da água, tem como principal característica o ponto de ebulição
ser mais baixo.
O calor do fluido geotérmico é transferido para um ponto de ebulição mais baixo do
fluido de transferência de calor, que é vaporizado e usado para acionar o grupo turbina-
gerador.

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Centrais de Ciclo Combinado
São a combinação das centrais de um passo com as centrais de ciclo binário, uma vez
que possuem uma turbina a vapor convencional e uma turbina orgânica.
A mistura de vapor e água extraída dos poços geotérmicos chegam a um tambor de
vaporização onde são separados e o vapor é direcionado para o grupo turbina-gerador.
O calor remanescente do vapor e da água é utilizado para aquecer um fluido orgânico
de um circuito fechado, sendo de seguida encaminhado para uma turbina orgânica que
também se encontra acoplada ao gerador.

Centrais de Geotermia Estimulada


Em locais em que não existem recursos geotérmicos sob a forma de vapor ou água
quente, o calor das rochas pode ser utilizado para aquecer fluidos que irão passar dentro
das rochas (“Hot Dry Rock”).
Consiste em perfurar o solo a uma profundidade entre os 3 km e os 10 km, onde muitas
vezes existem rochas secas (maioritariamente granito) a temperaturas a rondar os 200º.
É necessário injetar-se um fluido frio através do furo.
Com a pressão irão abrir-se fissuras nas rochas e ao percorrer essas fissuras o fluido irá
aquecer.
São então criados reservatórios onde os fluidos são aquecidos, sendo depois trazidos à
superfície sob pressão onde serão utilizados para gerar eletricidade através de uma
turbina.
O fluido arrefecido é de novo injetado em profundidade, num ciclo contínuo.

Vantagens e Desvantagens da Energia Geotérmica


Vantagens:

• Energia renovável
• Exploração de um recurso natural regional
• Centrais despacháveis, com elevado fator de capacidade, que utilizam um
recurso não intermitente
• Competitividade com a energia térmica
• Utilizações industriais a jusante (estufas, frio…)
• Baixas emissões de anidrido carbónico
Desvantagens:

• Alto custo de inicial de instalação


• Alto custo de manutenção
• Poluição sonora
• Risco contaminação da água nas proximidades

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