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Podemos definir o capital social como sendo o valor monetário necessário ao

exercício da actividade empresarial, e também os recursos que os sócios investem na


sociedade na sua constituição.

O capital social é dividido em acções, que são de propriedade dos sócios, atribuídas a
eles proporcionalmente ao que cada um investiu.
Quando uma pessoa física ou jurídica decide se tornar accionista de uma sociedade
anônima que está sendo constituída, ou que está em processo de aumento de capital,
ela deve subscrever e realizar as acções.

A subscrição é o acto através do qual o sócio, mediante a assinatura de um boletim de


subscrição, promete investir determinado valor na sociedade. A realização é o acto
através do qual o sócio efetivamente transfere o que prometeu para a sociedade,
pagando o que é devido.

A subscrição e a realização não precisam ocorrer ao mesmo tempo, sendo possível que
a realização do capital ocorra posteriormente, em uma ou mais parcelas, conforme
combinado entre os sócios e estabelecido no estatuto social.

Apesar disso, com base na lei, mais precisamente no artigo 306° da lei nº 1/04 de 13
de Fevereiro, podemos constatar no número 1 deste mesmo artigo, que não se pode
constituir uma sociedade sem que pelo menos 30% do seu capital subscrito seja
realizado e nem deferir o pagamento do prêmio de emissão.

Ainda no mesmo artigo, os números a seguir (2 e 3) apresenta as seguintes


informações:
2. O capital social pode ser subscrito com ou sem subscrição pública.
3. Não são admitidas contribuições de indústria.

No artigo 316° ainda da mesma lei, encontram-se pautadas as obrigações quanto à


realização das entradas:

1. O prazo máximo que o contrato de sociedade pode estabelecer para a realização


do capital social subscrito, com entradas em dinheiro, é de três anos, mas o
accionista só fica constituído em mora depois de interpelado, nos termos deste
artigo para efetuar o pagamento.

2. A interpelação pode ser feita por meio de anúncio, publicado num dos jornais
mais lidos na localidade onde se encontra a sede da sociedade, que fixa o prazo
de 30 a 60 dias para o pagamento, incorrendo o devedor em mora após o termo
desse prazo.

3. Mantendo-se a mora por 30 dias, a sociedade deve avisar o accionista, por


escrito, de que lhe é concedido um novo prazo de 60 dias para proceder ao
pagamento em falta, dos juros e das despesas efectuadas com o anúncio e o
aviso, sob pena de, findo este novo prazo sem o pagamento se efectuar, perder
automaticamente, a favor da sociedade, as acções correspondentes à quantia em
dívida e os pagamentos que, em relação a elas, houver efectuado, indicando-se-
lhe, desde logo, os números dessas acções e os montantes dos pagamentos
respectivos efectuados.

4. Esgotados os prazos a que se referem os nº 2 e 3, as acções são consideradas


perdidas a favor da sociedade.

5. O contrato de sociedade pode prever a substituição do anúncio por outras


formas de comunicação escrita que ofereçam tantas ou mais garantias de que o
accionista é interpelado.

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