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Linguística Textual

Prof. Dra. Margarete Fernandes


Estagiária: Fabíola Nunes Tavares
Relembrando o percurso histórico da LT
TRANSFRÁSTICA - foco nas relações entre os enunciados, ou seja, na
coesão textual;
- da sequência de enunciados para o todo do texto; da
sucessão de formas sintáticas para a integração de
elementos semânticos.

GRAMÁTICAS DE TEXTO - texto como unidade lógico-semântica;


- importância à competência textual.

TEORIAS DO TEXTO - privilegia aspectos pragmáticos;


- relação entre texto e contexto;
- importância da competência comunicativa.
Coesão e/x coerência
Circuito fechado
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear,
pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente.
Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta,
chaves, lenço. Relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos, jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato,
bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro,
papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de
saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo.
Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio.
Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta,
projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia. Água. Táxi,
mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de
fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro,
fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro,
fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo,
papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros.
Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e
fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama,
espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
Fonte: RAMOS, Ricardo. Circuito fechado: Contos. Rio de Janeiro: Record, 1978. p. 21-22.
Halliday e Hasan (1976)
Abordagens que consideram a coesão como fator determinante para que um
texto possa ser entendido como tal, tomando-a como algo decisivo para
garantir o “sentido textual”, conceito que, nos estudos iniciais da Linguística
Textual, priorizava os aspectos semânticos (GARANTIZADO JÚNIOR, 2020).

REFERÊNCIA SUBSTITUIÇÃO ELISÃO CO-LOCAÇÃO CONJUNÇÃO

HALLIDAY; HASSAN (1976) apud CAVALCANTE et al. 2022, p. 20)

LINGUÍSTICA + SEMÂNTICA
Metarregras de coerência - Charolles (1978)

REPETIÇÃO retomada de elementos dentro dos textos.

PROGRESSÃO novas informações sobre os elementos retomados.

NÃO-CONTRADIÇÃO as informações devem ser compatíveis entre si.

RELAÇÃO estabelecimento de relações entre as informações.

Obs.: COSTA VAL, acrescenta a importância dos fatores cognitivos - partilha de conhecimentos.

LINGUÍSTICA + SEMÂNTICA
Princípios da Textualidade - Beaugrande e Dressler (1981)
COESÃO como os elementos da superfície textual se conectam mutuamente. Os
recursos linguísticos são sinalizadores de conexão entre os elementos
textuais.

COERÊNCIA como os elementos do mundo que são mutuamente conhecidos e


relevantes. É resultado de processos cognitivos.

INTENCIONALIDADE e atitudes, objetivos e expectativas do produtor e do recebedor.


ACEITABILIDADE

INFORMATIVIDADE grau de novidade e de previsibilidade - conhecido/novo.

SITUACIONALIDADE os sentidos e os usos do texto são decididos via situação.

INTERTEXTUALIDADE relação de um texto com outros textos.

LINGUÍSTICA + PRAGMÁTICA
A Linguística de texto depois da virada pragmática e dos
estudos sociocognitivos
propósito
prática

interação
coerência

TEXTO

conhecimento multimodalidade
contexto
O conceito de Koch (2004, p. 32-33)
na concepção interacional (dialógica) da língua, na qual os sujeitos são vistos
como atores/construtores sociais, o texto passa a ser considerado o próprio
lugar da interação e os interlocutores, sujeitos ativos que – dialogicamente – nele
se constroem e por ele são construídos. A produção de linguagem constitui
atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos que se realiza,
evidentemente, com base nos elementos linguísticos presentes na superfície
textual e na sua forma de organização, mas que requer não apenas a
mobilização de um vasto conjunto de saberes (enciclopédia), mas a sua
reconstrução e a dos próprios sujeitos – no momento da interação verbal.
A Linguística textual do Protexto…

“Em qualquer quadro que delineie o estatuto do texto na atualidade, é preciso


considerar a sua interdependência em relação ao discurso. Uma tendência
cada vez mais dominante, então, é a da não separação total entre essas duas
instâncias de uso da linguagem”. (CAVALCANTE; FILHO, 2010, p. 61)

ASPECTOS SOCIAIS + INTERAÇÃO + IDEOLOGIA + DIALOGISMO + POLIFONIA …

OLHAR MULTIDISCIPLINAR

“o estudo das manifestações (por vezes, mais marcadamente linguísticas) do texto ou das
estratégias nele presentes, efetuado com base numa proposta global de abordagem das
significações.”
O sentido do texto
se constrói apenas
pelo verbal?

Fonte:
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exerci
cios-redacao/exercicios-sobre-texto-contexto.ht
m. Acesso em: 02 set 2023.
From: "T" <t@yahoo.com.br>
To: <CVL@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, May 18, 2004 5:49 PM
Subject: [CVL] cotas para negros, índios
O sentido do texto se
constrói apenas pelo
olha, estou gostando do debate. pela primeira vez, vejo as que está na superfície?
pessoas assumirem suas opiniões sem nenhum medo de serem
censuradas. concordo com a colega d quando ela chama atenção
para dois pontos importantes (...).

FONTE: FILHO;CAVALCANTE, 2010, p. 68-69.


Algumas ampliações
COESÃO “A construção e a interpretação dos textos se fazem, inevitavelmente, pelo recurso à
formação de redes referenciais, em processos que introduzem e retomam referentes,
recategorizando-os, num jogo de apontamentos dêiticos que envolve diversos sistemas
semióticos, todos socialmente incorporados.” (LIMA; SOARES; CAVALCANTE, 2020, p.
27)
- uso de toda a materialidade multimodal.

COERÊNCIA A coerência se estabelece em diversos níveis, simultaneamente: sintático (relacionado


ao conhecimento das estruturas linguísticas, ou seja, da ordem dos elementos nas
orações, seleção lexical), semântico (das relações de sentido entre as estruturas do
texto), temático ou tópico (das subunidades de conteúdo do texto), estilístico (da
variedade linguística adequada para aquele propósito), pragmático (das ações de
linguagem realizadas), genérico (das exigências impostas pelo gênero do discurso e
pelas práticas sociais que eles organizam), dentre outros, todos eles combinados entre
si para a construção da coerência textual (KOCH, ELIAS, 2017). (apud LIMA; SOARES;
CAVALCANTE, 2020, p. 28)
Algumas ampliações
INTENCIONALIDADE E a aceitabilidade é um efeito possível (CAVALCANTE et al., 2022, p. 22)
ACEITABILIDADE
“a interação envolve modos de trocas comunicativas, em que os participantes
assumem papéis sociais e tentam exercer influências recíprocas uns sobre os outros.”

“o contrato comunicativo estabelecido em cada texto comporta dois circuitos


completamente inter-relacionados, em que os participantes agem não apenas na
função de interlocutores e de participantes passivos, mas também na condição de
atores sociais.
(LIMA; SOARES; CAVALCANTE, 2020, p. 30-31)

INFORMATIVIDADE Progressão do tópico central do texto e uso de subtópicos.


- argumentação constitutiva de todos os textos = coerência - projeto de dizer.

SITUACIONALIDADE “a situacionalidade não pode mais considerar apenas, ou principalmente, os


propósitos e conhecimentos de mundo de locutores e interlocutores.”

- cognição social - Van Dijk (2006): memórias compartilhadas e cultura

“o contexto sociocultural que faz emergir no acontecimento do texto.”


(LIMA; SOARES; CAVALCANTE, 2020, p. 33)
Algumas ampliações
INTERTEXTUALIDADE - noções de polifonia, dialogismo, heterogeneidade enunciativa e
interdiscursividade.

“para haver a intertextualidade, é necessário que o interlocutor recupere em sua


memória um trecho, um som, uma estrutura, um estilo que dialogue com o texto
diante de si.”

“é através da intertextualidade que construímos nossos textos, servindo-nos de


outros para fortalecer ou negar o que dizemos; para nos fazer significar e
construirmos sentido aos diversos discursos que nos rodeiam.”

(LIMA; SOARES; CAVALCANTE, 2020, p. 33-34)

- diálogos, gêneros, marcas estilísticas, rastros e links.


Resumindo…
“As relações de sentido que conferem ao texto unidade de coerência são
construídas numa interação comunicativa encenada por locutores e
interlocutores, que desempenham papéis sociais em dado contexto
sócio-histórico.
“O texto é hoje entendido como enunciado multimodal completo, único e
irrepetível, que se conclui como unidade de comunicação e que é
reconhecível por sua unidade de coerência em contexto sócio-histórico.”
“os textos são todos argumentativos, em diferentes graus.”
(LIMA; SOARES; CAVALCANTE, 2020, p. 36-37)
Resumindo…

a coerência/coesão como um par indissociável, um contínuo em que,


mesmo quando não tenhamos elementos linguísticos explícitos (elos
coesivos), outros fatores poderão implicar na construção de sentidos textual,
logo podem gerar coerência textual.

(GARANTIZADO JÚNIOR, 2020, p. 277)

LINGUÍSTICA - SEMÂNTICA - PRAGMÁTICA - COGNITIVA - SOCIOINTERACIONAL


Aspectos importantes da definição de texto
COERÊNCIA EM
CONTEXTO

Evento Argumentação Emergência e Circuito Tecnodiscursividade Textualização


textual e Discurso Incorporação comunicativo
Evento Textual

A linguística textual não se ocupa


da produção do sentido, mas com
os processos de produção e
compreensão, efetuados mediante
estratégias. Claro que, nas
descrições e análises, é preciso
propor algum(ns) sentido(s), mas o
foco é perceber como as
estratégias são usadas.

(re)construção do sentido.

Fonte: stories @mayaramartins.me; @grupoprotexto.


Acesso em: 02 set 2023
Argumentação e discurso
Dimensão Argumentativa x Visada argumentativa

Teoria da argumentação no discurso (TAD), de Ruth Amossy

“todo discurso tende a orientar os modos de ver, de pensar e de


sentir dos interlocutores” (CAVALCANTE et al, 2020, p. 30), sendo
estabelecido por sujeitos situados sócio-historicamente.
Argumentação e discurso
“A argumentação está presente na própria elaboração do texto. Os valores
argumentativos e a subjetividade [...] incidem sobre diversos
procedimentos linguísticos através dos quais o locutor imprime sua marca
na enunciação e inscreve textualmente como ele se situa em relação aos
interlocutores. Para uma análise argumentativa nos moldes em que é
concebida em Linguística Textual, os recursos de natureza verbal e não
verbal, em diálogo entre si, estão integrados a aspectos situacionais em
um contexto social amplo” (CAVALCANTE et al, 2020, p. 9)
Argumentação e discurso
Agentividade do sujeito

“os critérios analíticos da LT são como que motivados por uma tentativa de explicação para as escolhas
textuais pelas quais o sujeito age sobre seu dizer, reelaborando-o a todo instante, negociando-o com os
prováveis interlocutores (em seus papéis sociais), para buscar atender a seus propósitos”
(CAVALCANTE et al, 2020, p. 15)

“os sujeitos têm algum poder de mudar a realidade, por isso é possível observar os empreendimentos
argumentativos na conjuntura do espaço social regrado por normas institucionais” (CAVALCANTE et al,
2020, p. 15)
Atualmente, um assunto que vem despertando a atenção não só da comunidade acadêmica, mas da sociedade como um todo
é a proibição do uso de celulares na sala de aula.

A proibição do seu uso em sala de aula é uma medida que se harmoniza com o ambiente em que o estudante está. A sala de
aula é um local de aprendizagem, onde o discente deve se esforçar ao máximo para extrair do professor os conhecimentos da
matéria. Nesse contexto, o celular é um aparelho que só vem dificultar a relação ensino-aprendizagem, visto que atrapalha
não só quem atende, mas todos os que estão ao seu redor.

Um estudo divulgado no mês passado pela London School of Economics mostrou que alunos de escolas da Inglaterra que
baniram os smartphones melhoraram em até 14% suas notas em exames de avaliação nacional.

O aumento acontece principalmente entre estudantes com conceitos mais baixos. Na faixa etária entre 7 e 11 anos, o
banimento ajudou alunos com aproveitamento abaixo de 60% nas provas. Para o resto, não mudou nada.
Segundo os autores do estudo as distrações atingem todo mundo, mas são piores em alunos com celulares. E ainda piores
naqueles com notas mais baixas.

O impacto da proibição, diz especialista, é o equivalente a uma hora a mais de aula por semana. O estudo "Tecnologia,
distração e desempenho de estudantes" foi feito com 130 mil alunos desde 2001, em 91 escolas de quatro cidades.

Fonte: Assembleia Legislativa do estado de São Paulo. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=365340. Acesso em 02 set 2023.
Fonte: Instagram @visitfortaleza. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CvPYFqKO46n/. Acesso em: 02 set 2023
Emergência e incorporação

“É por isso que dizemos, com Hanks (2008), que o texto emerge na
interação, dando uma sensação de presentificação aos participantes. Acontecer
como evento é condição fundamental para se tratar de texto e considerá-lo em
cada cenário específico, que incorpora valores e práticas dos campos sociais,
mas que os atualiza toda vez que um texto se realiza. Se o texto "herda" traços
do contexto, é no cenário de interação que o texto atualiza (e recria) o
contexto.” (CAVALCANTE et al, 2022, p. 26-27)
Emergência e incorporação
“O contexto não se reduz, portanto, nem somente aos fatos, valores e crenças
presentes na memória discursiva dos grupos sociais, nem somente à situação
imediata da interação que dá uma sensação de presentificação do texto, mas
à conjunção desses aspectos que, ao emergirem no acontecimento textual,
são incorporados aos sentidos que os participantes da comunicação vão
recriar.”

(CAVALCANTE et al, 2022, p. 27)


Fonte: Youtube @suricateseboso. Disponível em: Fonte: Diário do Nordeste. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=37K4lR1Xy0I. Acesso em: 02 set 2023. https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/entretenimento/zoeira/vyni-
leva-famoso-meme-cearense-coelce-natalia-boa-tarde-para-bbb-22-assista
-1.3183591. Acesso em: 02 set 2023.
Circuito Comunicativo
“[...] tanto os locutores quanto os interlocutores se reconhecem em
determinadas identidades sociais, para exercerem certos papéis em função
de suas intencionalidades. É assim que Patrick Charaudeau (2009) propõe
que observemos os atos de linguagem que compõem as interações: num
circuito comunicativo que envolve locutores e interlocutores identificados
com papéis esperáveis em dado campo social, tentando se alinhar ao cenário
que vai se configurando na interação. Os participantes buscam, pois, atender
a uma espécie de contrato comunicativo relacionado às práticas discursivas
que costumam acontecer tipicamente no cenário que está sendo criado no
texto.” (CAVALCANTE et al, 2022, p. 30-31)
Circuito Comunicativo
Fonte: @CiaBarbixas de HUmor Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5dV3YJM_YSE&t=1s. Acesso em:
02 set 2023
Tecnodiscursividade
CONTEXTO
- ambiente ecológico
(PAVEAU, 2021):
tecnológico e linguageiro

Aspectos Aspectos
tecnológicos
sociais

Aspectos
discursivos
Processo de Textualização
Incorporação da TAD pela LT

Na TAD, o texto é imprescindível à análise do funcionamento


discursivo [...], mas sua organização não é, em si mesma, o objeto
de suas investigações” (CAVALCANTE et al, 2020, p. 36-37).

A LT “se preocupa em descrever e analisar o que confere a um dizer


sua unidade de coerência” (CAVALCANTE et al, 2020, p. 36-37).
Estratégias de textualização
Referenciação
Intertextualidade
Articulação tópica
Relações argumentativo-discursivas
Orquestração de vozes
Instanciação do locutor
Metadiscursividade
Coerência
“Um texto se torna coerente, pois a coerência é um processo.”
(CAVALCANTE et al, 2022, p. 21)
“Nesta obra, consideramos a coerência como uma condição do
agir colaborativo entre os participantes do contrato
comunicativo. E, se o texto, como uma unidade de coerência
em contexto, supõe a unidade de uma comunicação com todos
os aspectos que para ela colaboram, então o texto é o iceberg
inteiro...” (CAVALCANTE et al, p. 22)
BNCC
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível
aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e
da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes


campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da
cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior
autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes
campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, uência e criticidade, de modo a se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de


variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5.Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação


comunicativa, ao (s) interlocutor (es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
BNCC
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de
comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que
ferem direitos humanos e ambientais.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos
pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético


para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de
acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial
transformador e humanizador da experiência com a literatura.

10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para
expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e
refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular. Brasília: MEC, 2018.
COSTA VAL, M. D. G. Repensando a textualidade. IV Fórum de Estudos Lingüísticos.
FALE/UFMG (conferência), 21 out 1999.
CAVALCANTE, M. M. et al. Linguística Textual: conceitos e aplicações. Campinas, SP:
Pontes editores, 2022.
CAVALCANTE, M. M.; FILHO, V. C. Revisitando o estatuto do texto. Revista GELNE,
Piauí, v. 12, n.2, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/26452.
Acesso em: 15 ago 2023.
LIMA, A. H. V.; SOARES, M.L.; CAVALCANTE, S. A. D. S. (Orgs.). Linguística Geral: os
conceitos que todos precisam conhecer. São Paulo: Pimenta Cultura, 2020.

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