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Volkswagen Fusca

O Volkswagen Sedan (Fusca) (português brasileiro) ou do Fusca.


Volkswagen Carocha (português europeu) foi o primeiro mo- Esta ideia cativou também o projetista de carros austríaco
delo de automóvel fabricado pela companhia alemã
Ferdinand Porsche, um conceituado engenheiro da época,
Volkswagen. Foi o carro mais vendido no mundo ultra- que desde 1931 abrira seu próprio escritório de desenho.
passando em 1972 o recorde que pertencia até então ao
Ele também tinha os seus planos para o VolksAuto, pla-
Ford Modelo T. O último modelo do VW Sedan foi pro- nos estes que em breve começariam a ser postos em prá-
duzido no México em 2003.[1] tica.
Logo assim que montou seu escritório ele recebeu uma
encomenda da Wanderer (parte da Auto Union, atual-
1 História mente Audi) para uma linha de sedãs de luxo. Apesar da
proposta, o projeto resultante (que recebeu o n° 7, para
A história do Fusca é uma das mais complexas e longas dar a impressão de não ser o primeiro) era já um pouco
da história do automóvel. Diferente da maioria dos ou- semelhante no design ao Fusca.
tros carros, o projeto do Fusca envolveu várias empresas
e até mesmo o governo de seu país, e levaria à fundação
de uma fábrica inteira de automóveis no processo. Al- 1.2 O Typ 12 e o Typ 32 de Porsche
guns pontos são obscuros ou mal documentados, já que
o projeto inicialmente não teria tal importância histórica,
e certos detalhes perderam-se com a devastação causada
pela Segunda Guerra Mundial. Grande parte dessa histó-
ria pode ser condensada como se segue:

1.1 O “Volksauto”

No início da década de 1930, no ano de 1931 a Alemanha


era assolada por uma dura recessão, e tinha um dos piores
Réplica do Zündapp “Typ 12”, um dos protótipos do Professor
índices de motorização da Europa. A maioria de suas
Porsche, que mais tarde daria origem ao Fusca.
fábricas era especializada em carros de luxo, montados à
mão, e ainda muito caros. Por isso, e mais uma série de
fatores, a ideia de um carro pequeno, econômico e fácil de
produzir começou a ganhar popularidade. Era o conceito
do “Volks Auto” - ou “Volks Wagen”, expressões alemãs
que traduzem a ideia do “carro popular”.
Desde 1925 um conceito básico muito semelhante ao que
viria ser o Fusca já existia, obra do engenheiro Béla Ba-
rényi (famoso projetista, responsável por várias melho-
rias de segurança passiva). Nos anos seguintes vários pro-
tótipos e modelos surgiam, como o Superior, da firma
Standard, projetado pelo húngaro Joseph Ganz - este
modelo inclusive era relativamente barato, cerca de 1500
marcos.
Até mesmo fora da Alemanha a ideia ganhava forma,
com os aerodinâmicos Tatras ganhando as ruas da en- Modelo do Porsche “Typ 12”, em exposição na cidade alemã de
tão Tchecoslováquia - carros estes que o próprio Hitler Nuremberga
conhecia e admirava. Aerodinâmicos, resistentes e boni-
tos, possuíam motor traseiro refrigerado a ar, chassis com Ainda em 1931 a Zündapp, fabricante de motos, deci-
tubo central e eram obra do engenheiro austríaco 'Hanz diu se arriscar na ideia do carro popular alemão. Eles
Ledwinka, um conterrâneo e amigo do futuro projetista encomendaram ao escritório (Konstruktionbüro) Porsche

1
2 1 HISTÓRIA

a construção de um protótipo de carro popular. Porsche Ford. Para ele a ideia de um “carro do povo”, feito por
construiu três (na verdade a mecânica foi fornecida pela trabalhadores alemães e viajando por todo o país, era a
Zündapp, e as carrocerias pela Reutter), que foram bati- exata realização da plataforma política de seu partido.
zados de “Tipo 12”. Decidido a financiar uma empresa estatal para produzir os
Porsche estava bastante entusiasmado com o projeto. O automóveis que trafegariam por suas recém-inauguradas
carro era compacto, com motor traseiro radial de cinco Autobahns, Hitler deu sinal verde para o projeto. Três op-
cilindros (semelhante a motores aeronáuticos), 1200cc, e ções lhe foram oferecidas pelos engenheiros Josef Ganz,
contava com uma carroceria aerodinâmica, para reduzir Edmund Rumpler e Ferdinand Porsche. Os primeiros
a potência necessária e o tamanho do motor. dois eram judeus, e obviamente não agradaram a Hitler.
Os primeiros modelos, ainda muito diferentes do Fusca, Já Porsche era famoso pelo seu trabalho na Daimler, car-
estavam prontos já em 1932. No entanto, a Zündapp, por ros dos quais Hitler gostava, e, talvez mais importante,
problemas financeiros, rompeu o contrato. Porsche ficou era amigo de Jacob Werlin, amigo e assessor para assun-
com um dos carros, entretanto nenhum deles sobreviveu tos automotivos de Hitler.
à guerra. Em meados de 1933, Werlin, que conhecia Porsche dos
Porsche, porém, já havia negociado com outro fabricante tempos da Daimler-Benz, intermediou o encontro de
para desenvolver um “Volkswagen”. Seguindo a tendên- Porsche com Hitler. Neste encontro, Hitler mostrou-se
cia da Zündapp, a NSU decidiu entrar no ramo automo- bem informado sobre os projetos de Porsche na NSU e
tivo. Porsche valeu-se então das lições aprendidas no pro- com opinião formada sobre o “carro do povo”. Hitler ti-
jeto anterior, e das ideias que ficaram mais refinadas, e o nha pronto uma lista de exigências a serem cumpridas por
modelo da NSU acabou ficando bem semelhante ao Fusca Porsche, caso o contrato fosse efetivamente firmado:
como o conhecemos. Tinha um motor de quatro cilindros
boxer, suspensão por barras de torção e o óbvio formato • O carro deveria carregar dois adultos e três crian-
aerodinâmico. Apesar do refinamento do projeto, entre- ças (uma típica família alemã da época, e Hitler não
tanto, a NSU não conseguiu o capital necessário para ini- queria separar as crianças de seus pais).
ciar sua linha de automóveis, e em 1933 desistiu do pro-
jeto. Porsche, que sempre construía 3 protótipos, mais • Deveria alcançar e manter a velocidade média de
uma vez manteve um (que sobreviveu à guerra e está hoje 100 km/h.
no museu VW). A contribuição desse modelo NSU (firma • O consumo de combustível, mesmo com a exigência
que, assim como a Zündapp, contribuiu com a engenharia acima, não deveria passar de 13 km/litro (devido à
do seu protótipo) seria valiosa mais tarde, principalmente pouca disponibilidade de combustível).
na hora de escolher o motor do Fusca.
• O motor que executasse essas tarefas deveria ser re-
frigerado a ar, pois muitos alemães não possuíam
1.3 O apoio de Hitler garagens com aquecimento, e se possível a diesel e
na dianteira.

• O carro deveria ser capaz de carregar três soldados


e uma metralhadora.

• O preço deveria ser menor do que mil marcos im-


periais (o preço de uma boa motocicleta na época).

Adolf Hitler solicitou que Porsche condensasse suas


ideias no papel, o que ele fez em 17 de janeiro de 1934.
Ele encaminhou uma cópia a Hitler e publicou o seu es-
tudo chamado “Estudo Sobre o Desenho e Construção
do Carro Popular Alemão”. Ali Porsche discorreu sobre
a situação do mercado, as necessidades do povo alemão,
sua convicção na viabilidade de um motor a gasolina e
traseiro (ao contrário do que Hitler queria) e, principal-
Interior de um Fusca
mente, fez um estudo comparativo com outros carros ale-
Nesta época Hitler havia ascendido ao poder na mães frente ao seu projeto, onde concluía pela inviabili-
Alemanha, estando comprometido com a modernização dade de vender o carro por menos de 1.500 RM. Hitler
do país e a recuperação da economia, principalmente do leu o estudo, mas manteve-se irredutível quanto à questão
emprego. Entusiasta por carros desde a juventude, Hi- do preço, o que preocupou Porsche.
tler via com bons olhos a ideia do carro do povo desde Após alguns discursos sobre o projeto, Hitler finalmente
os tempos em que esteve preso, quando leu sobre Henry colocaria a Associação de Fabricantes de Automóveis
1.4 Os problemas do projeto 3

Alemães (RDA, na sigla em alemão) encarregada da exe-


cução do projeto. Apesar dos temores de Porsche, Wer-
lin o convenceu a aceitar a verba de vinte mil marcos por
mês para desenvolver o projeto. Assim, em 22 de junho
de 1934 o contrato foi assinado, e os equipamentos fo-
ram instalados na casa de Porsche em Stuttgart. A equipe
de Porsche era liderada por Karl Rabe, e contava com o
designer Erwin Komenda (responsável pelo desenho da Motor aeronáutico desenvolvido pelo Dr. Porsche, em 1909.
carroceria), Franz Xaver Reimspiess (que desenvolveria
o motor final e o logotipo VW), Joseph Kales, Karl Fröh-
lich, Josef Mickl, Josef Zahradnik, e o filho de Porsche, carros populares - um exemplo era o executivo da Opel
Ferry. (e ironicamente futuro presidente da VW), Heinrich
Nordhoff, que defendia que um automóvel não deveria
ser produzido pelo governo e sim pelos fabricantes.
1.4 Os problemas do projeto Não bastasse a oposição política, o Fusca deveria agora
passar pela aprovação da própria RDA, que iria custear o
projeto (função que Hitler lhe havia entregue), através de
uma série rigorosa de testes jamais antes aplicada a carro
algum.
As dificuldades técnicas envolvidas no projeto não eram
menores. Fabricar um carro pequeno que tivesse o de-
sempenho e confiabilidade das especificações era um de-
safio bem maior que o projeto de outros carros da época,
e exigia o desenvolvimento de novas tecnologias e de so-
luções inteligentes.
O motor foi uma dificuldade à parte. Primeiro, foram
tentados motores de dois e três cilindros, para reduzir os
custos, mas eles não eram confiáveis e não produziam a
potência necessária para o carro.

Motor 1300 do fusca, vendo-se a correia de borracha que pro- Para economizar espaço pela eliminação do radiador,
picia a refrigeração a ar através do giro da ventoinha do motor, optou-se por um motor refrigerado a ar. Como o mo-
localizada atrás da “capelinha” tor era traseiro, havia problemas técnicos para a tomada
de ar para a refrigeração.
Um engenheiro da equipe de Porsche sugeriu usar um
motor radial de cinco cilindros, oriundo do Typ 12 (que
tinha a vantagem de já estar pronto). Inicialmente a ideia
pareceu absurda, pois este era um “motor de avião”. No
entanto, por algum tempo, tentou-se esta solução.
Finalmente, após testes com um motor vertical, alguns
horizontais e até alguns dois tempos, e com os prazos
cada vez mais curtos, Reimspiess desenvolveu um dese-
nho funcional de um motor traseiro de quatro cilindros
(boxer oposto dois a dois) refrigerado a ar. Ironicamente
baseado em um motor de avião desenvolvido pelo próprio
Porsche anos antes (1909), este motor se provou mais
confiável, silencioso, econômico e barato do que todos os
outros da época. Denominado E-Motor (o E indicando
Sistema de arrefecimento do fusca.
quantas tentativas foram feitas até se chegar ao desenho
Havia outros problemas além das exigências de Hitler. final), o motor era basicamente igual ao atual, salvo pela
Porsche rapidamente conseguiu a oposição da RDA, que bomba de combustível elétrica (substituída pela bomba
era a associação de classe dos fabricantes de carros na mecânica, mais confiável) e pelo virabrequim em ferro
Alemanha, para o projeto do Volkswagen. Acostumada fundido.
com a produção de carros de luxo, a associação esperava A escolha do motor de quatro cilindros teve a oposição
que o projeto não seguisse adiante. Por outro lado, a ferrenha de Heinrich Nordhoff (então representando a
intervenção governamental preocupava as empresas que RDA), mas esta foi a escolha final. Chapas de metal
pretendiam se lançar por conta própria no mercado de curvado, encurtando o capô dianteiro e a traseira “cor-
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cunda”, acabaram por dar ao carro o aspecto caracterís- são revisada do projeto, incluindo modificações oriundas
tico de “besouro”. da bateria de testes anterior. Produzidos pela Daimler-
Um problema com a traseira tão curta foi obter espaço Benz e financiados pela RDA, essa série ficou conhecida
para o motor. Uma ideia genial, adotada no Fusca, foi in- como VW30, e era muito semelhante ao produto final,
clinar o motor levemente para dentro, o que economizava embora sem janela traseira e sem para-choques (nas pri-
preciosos centímetros do capô. meiras fases do projeto, posteriormente foram equipados
com para-choques). Esses modelos foram submetidos a
No mais, a suspensão era resistente, por barras de torção, uma bateria de testes ainda mais dura, chegando os trinta
e a carroceria era sólida, o que reforçava a ideia de um em conjunto a rodar 2,4 milhões de quilômetros nas mãos
carro popular e durável. de membros da SS, a tropa de elite de Hitler.

1.5 Os primeiros protótipos


O prazo para desenvolver o projeto era exíguo, apenas
seis meses. Em dezembro de 1934 o número de protó-
tipos encomendados passou para 3, de acordo com a fi-
losofia de Porsche. Embora o prazo fosse curto, Porsche
temia desagradar Hitler, e portanto, em 1935, dois mode-
los ainda um tanto rústicos estavam prontos. Com fundo
de madeira e motores dois tempos de 850cc, os modelos
eram um sedan de carroceria fechada - chamado Versuch
1 (V1), ou “Protótipo 1” - e um conversível, V2, feito
para agradar o Führer, entusiasta por conversíveis.
Em 12 de outubro de 1936 os dois pré-protótipos, mais
1950: modelo Standard, apenas 50 unidades trazidas para o
um com carroceria em aço (que somado a outros dois em
Brasil. Sem frisos ou cromados, essa versão é virtualmente idên-
aço, construídos com a ajuda da Daimler-Benz, forma- tica aos modelos que ficaram prontos em 1938.
riam a Série W30) foram entregues à RDA para os tes-
tes (dois dos carros contavam com o motor que acaba-
ria sendo escolhido para o Fusca). Em três meses cada Após testes tão completos, a estrutura do carro ficaria
um deles rodou 50 mil quilômetros, enfrentando os pi- praticamente concluída, faltando apenas acertar os deta-
ores terrenos, durante uma rotina de testes seis dias por lhes da carroceria. Em 1936–1937 Porsche havia via-
semana. Para satisfação de Porsche, o relatório final da jado para os Estados Unidos, onde pôde acompanhar os
RDA aprovava o projeto. Os problemas ficaram apenas processos de fabricação em série. De lá ele trouxe ale-
no freio, que ainda era a varão, e o virabrequim (girabre- mães habituados a trabalhar em Detroit, que o ajudariam
quim), que quebrava com frequência. a viabilizar a fabricação em massa do projeto. Contando
com essa ajuda, Erwin Komenda pôde então trabalhar na
forma final do carro. Ele fez então uma maquete de pré-
produção, em madeira e tamanho natural. Dentre as mu-
danças mais visíveis estão as janelas traseiras bi-partidas
(incorporadas em 1937 pela Reutter), a tampa do motor e
do capô, e as portas com abertura normal, além dos estri-
bos (os modelos de teste ficavam muito sujos nas estradas
mais precárias).
Com a finalização do projeto, máquinas e ferramentas
foram também trazidas dos Estados Unidos. Cerca de
quarenta e quatro modelos em metal dessa nova série
(VW38/39) foram então fabricados, para altos executi-
vos e para fins de propaganda e exibição.
Paralelo a isso, a Tatra, fabricante dos T77 e T87 na Tche-
coslováquia, vinha desenvolvendo carros semelhantes ao
Fusca desde 1932 (protótipo V570). Hitler era um ad-
mirador dos velozes carros, e certa vez comentou: “Es-
Representação da traseira do protótipo VW30. Observe-se a au- tes são os carros para minhas autobahns". Coincidente-
sência dos para-choques e da janela traseira. Os rasgos serviam mente ou não Porsche conhecia Hanz Ledwinka, o pro-
tanto como janela quanto para ventilação. jetista dos Tatras. Com a finalização dos testes do Fusca
e sua iminente entrada em produção, a Tatra foi forçada
Em 1937 foram produzidos trinta modelos de uma ver- pelas forças de ocupação alemãs a desistir do projeto T97
1.6 O início da produção 5

(praticamente igual ao protótipo VW30). o prefixo para todos os carros registrados na região de
Stuttgart entre 1906 e 1945. Atualmente um bom exem-
plo é o prefixo WOB, utilizado nos carros de Wolfsburg,
1.5.1 O destino dos vários protótipos e o prefixo S, para a atual Stuttgart.

O Fusca gerou um número incomum de protótipos e mo-


delos pré-produção. Após a finalização do projeto, Hitler 1.6 O início da produção
ficou temeroso de que todas as tribulações do projeto se
tornassem públicas, manchando a imagem da superiori-
dade alemã que ele tanto pregava. Assim, após a cer-
teza de que os modelos de pré-produção (V1, V2, VW3,
VW30) não seriam mais necessários, o Führer ordenou
o desmantelamento de todos eles, tarefa que ficou nova-
mente a cargo da SS. Estava assim encerrado o longo ci-
clo de projeto do carro, após quatro anos e milhões de
Reichmarks investidos.
Existiram pouco mais de 40 protótipos Volkswagen até a
conclusão do projeto - um V1, um V2, três VW3, trinta
VW30, três modelos finais de madeira e os três VW38
presentes na cerimônia de fundação da fábrica. O nú-
mero não é exato, entretanto, devido ao fato de alguns
Versuch (V1 e V2) terem sido aproveitados na constru-
ção dos VW3, e de igual maneira alguns (senão todos)
VW3 terem se tornado VW30. Embora deles oficial-
mente só tenham restado desenhos e fotos, o chassi do
VW30, número 26, sobreviveu até nossos dias, tendo sido O motor 1100 de 1945.
recuperado em um ferro-velho austríaco.[2] Esse chassi
foi utilizado em um Kübelwagen, o que evitou sua des- Devido a um pedido de subsídio que a RDA fez, e à opo-
truição. Existem planos por parte de seu atual proprietá- sição de Porsche a este pedido, a RDA acabou rompendo
rio de restaurá-lo. Além disso, rumores não confirmados com o projeto do Volkswagen. Porsche estava conven-
dão conta de que um VW30 cabriolet teria sobrevivido cido que com um bem planejado sistema de produção em
na Tchecoslováquia.[2] massa poderia construir o carro ao preço sugerido e sem
o subsídio.
Os protótipos NSU 32, Zundapp 12 e Aerocoupe (um
coupe aerodinâmico que viria a ser o embrião dos futuros Foi fundado então já em 1937 a Gesellschaft Zur Vor-
Porsche 356 pertenciam ao Professor Porsche, e todos bereitung des Deutschen Volkswagen, GmbH (GeZuVor),
(menos o Zundapp 12 e um dos Aerocoupe) sobreviveram em português, “Sociedade para a Produção do Automó-
à guerra. vel Popular Alemão”, ficando responsável pela produção
do carro. O GeZuVor era parte integrante do Deutsches
Paralelo a isso, a Volkswagen encomendou ao restau- Arbeiter Front (DAF), ou “Frente de Trabalhadores Ale-
rador Werner Zinke réplicas dos modelos VW3 (1998) mães”, que era uma organização custeada por contribui-
e VW30 (2000), que hoje se encontram no Museu ções dos trabalhadores. Uma outra seção chamada “Kraft
Volkswagen. Conta-se que, por ocasião dos sessenta anos durch Freude”, (ou KdF), “Força pela Alegria” ficou res-
da Volks (1938–1998), a ideia da diretoria era cons- ponsável pelo sistema de vendas do carro.
truir uma réplica do V1, mas acabou-se encomendando
o VW3, ao custo aproximado de DM 300.000,00. O carro foi batizado oficialmente de KdF-wagen, e a KdF
decidiu que cada carro seria vendido por um sistema em
Quanto aos veículos pré-série VW38, embora os que par- que o interessado deveria pagar cinco marcos por semana
ticiparam da cerimônia de fundação tenham se perdido, e tomar posse do carro apenas depois de completar os
um sedan foi resgatado na década de 1950. Convertido pagamentos (parecido com o “consórcio” que existe no
para carvão durante a guerra, este veículo foi restaurado Brasil). Apesar de não saberem exatamente quando o
pela própria Volkswagen e se encontra hoje em um mu- carro ficaria pronto, cerca de 175 mil alemães aderiram
seu. Junto com ele se encontra outro VW38, que havia ao plano.
sido presenteado a Hitler.
Em 26 de maio de 1938 foi colocada a pedra basilar da fá-
Somando a estes existe um terceiro VW38, encontrado brica, com a presença do próprio Hitler. Mais de setenta
na Lituânia. Está atualmente (2009) em restauração, e mil pessoas participaram da solenidade. O evento teve
pertence ao mesmo dono do W30 n° 26.[3] pesada cobertura da mídia alemã, gerando alguma reper-
Observe que todas as placas dos modelos citados come- cussão internacional, ideia do próprio Hitler, que preten-
çavam com as letras IIIA. Essas letras eram na verdade dia exportar o carro para vários países.
6 1 HISTÓRIA

Em 15 de agosto de 1940 o primeiro KdF Wagen dei- • Kommandeurwagen - Carro utilizado pelos oficiais
xou oficialmente a linha de produção, agora com nome na África e partes da Europa, era basicamente um
interno “VW Typ 1”. Era azul escuro/acinzentado, as- Kübelwagen 4x4 com a carroceria arredondada do
sim como seriam todos os KdF vendidos. Entretanto, até Fusca de uso civil. Existiu nas versões “typ 82”,
1944 apenas 640 deles seriam produzidos, e nenhum che- “83” e “87”. 669 unidades produzidas.
garia às mãos dos que aderiram ao plano dos 5 marcos.
Todos seriam distribuídos entre a elite do partido nazista. Além destes veículos algumas versões civis chegaram
a ser produzidas, além de alguns veículos pitorescos,
1.7 A Volkswagen na Segunda Guerra como a versão "Holzbrenner" do Fusca, movida à pirólise
(queima) de madeira. A Volkswagen em si também
Mundial esteve envolvida com projetos mais sinistros, como a
bomba V2.
No entanto, em 1939, com a inevitável eclosão de uma
guerra na Europa, todos os recursos disponíveis foram
destinados ao esforço de guerra alemão. A Volkswagen, 1.8 A retomada da produção no pós-
anteriormente um grande instrumento de propaganda da
guerra
capacidade tecnológica alemã, foi rapidamente integrada
às ambições militares de Hitler. A produção foi inter-
Após a guerra, a Alemanha foi dividida em zonas que
rompida após fabricação de poucas unidades, e a fábrica
ficaram sob controle dos aliados. A zona em que ficava
foi dedicada a produzir veículos de guerra baseados na
a fábrica do Volkswagen, complexo chamado de “Cidade
plataforma do Fusca - usos previstos por Porsche, em seu
KdF”, rebatizada após a guerra de Wolfsburg, ficou na
projeto de carroceria separada do chassis, e pelo próprio
zona controlada pelos britânicos. O comando da fábrica
Hitler, que tinha este uso em mente por trás da própria
ficou nas mãos do Major Ivan Hirst, que se tornaria um
iniciativa em financiar todo o projeto.
apaixonado pelo Fusca.
Prisioneiros de guerra franceses e russos foram utilizados
Os britânicos, sem saberem exatamente o que fazer com
como mão de obra, atitude que levaria a prisão de Porsche
a fábrica, acabaram por reativar a produção em agosto
na França, posteriormente.
de 1945, para produzir carros para as forças de ocupa-
Os veículos produzidos nesta época foram: ção e para o serviço público alemão. Apesar dos inten-
sos bombardeios sofridos pela fábrica durante a guerra,
• 1943 Kübelwagen 25 hp 1131cc grande parte das ferramentas haviam sido movidas para
os porões, tornando a retomada da produção algo rela-
• Kübelwagen
tivamente simples. Datam deste período algumas vari-
• Kübelwagen ações interessantes, como pick-ups e furgões, utilizadas
em serviços públicos como hospitais e correios.
• Kommandeurwagen (typ 82)
No entanto, os britânicos não desejavam administrar para
• Kommandeurwagen (typ 82) sempre a fábrica e tinham de encontrar uma forma de
passá-la para o governo alemão. A solução foi chamar
• Kommandeurwagen (typ 83)
o antigo dirigente da RDA, e inimigo do Fusca nos seus
• Kommandeurwagen (typ 83) primórdios, Heinz Nordhoff, para assumir a fábrica. Fê-
lo em janeiro de 1948, com carta branca do Major Hirst,
• Schwimmwagen (typ 166)
e ficou no cargo até sua morte em abril de 1968. Logo
• Schwimmwagen Nordhoff percebeu que a única forma de expandir a fá-
brica, e gerar importantes empregos para os alemães no
• Schwimmwagen pós-guerra, era exportar os Fuscas, particularmente para
os Estados Unidos.
• Kübelwagen - Versão alemã do futuro jipe ameri-
cano, era basicamente um Fusca com carroceria an- Nos Estados Unidos os Fuscas se tornaram uma paixão,
gulosa e aberta. Seu nome significa “carro caixote”, mesmo sem muita propaganda, que era feita da boca para
uma alusão aos bancos simples dos primeiros pro- o ouvido, entre os apaixonados pelo “carrinho”.
tótipos do jipe (“Kübelsitzwagen”, “carro com as-
sentos de caixote”, typ 62). Foram desenvolvidas
versões 4x2 e algumas poucas 4x4, e sua produção
1.9 O sucesso e o fim da produção
se estendeu até pouco depois da guerra. Cerca de 52
O Fusca não foi sempre o mais barato dos carros, como
000 00 unidades do typ 82 foram produzidas.
pode-se pensar a princípio, e de fato vendeu pouco nos
• Schwimmwagen - Como indica seu nome (carro na- primeiros anos de importação/produção na maioria dos
dador), era um carro anfíbio, baseado no Kübelwa- diversos países onde a Volkswagen se instalou. Em 1949,
gen 4x4. Cerca de 14.000 unidades produzidas. por exemplo, a Volkswagen firmou um acordo com a
1.9 O sucesso e o fim da produção 7

las para se encontrar entre os faróis, como se fosse o capô


do Fusca.
Logo em seguida viria o icônico Karmann Ghia, que per-
mitiria a Volkswagen entrar timidamente no mercado de
carros luxuosos. Já no final da década de 1950 o Fusca se
mostrava uma aposta certeira para a Volkswagen, que se
expandia rapidamente para além mar (chegaria no Bra-
sil, por exemplo, já em 1957). Sua robustez e versatili-
dade permitiram a criação da linha Volkswagen “a ar”,
contando com os modelos citados acima, além dos novos
Type 3 e 4 (variações semelhantes aos nossos Volkswa-
gen TL, Variant e 1600).
O sucesso do Fusca evidentemente colocou a Volkswagen
A icônica janela bi-partida, introduzida em 1938, que se tornaria em posição privilegiada. Entretanto esta posição era frá-
um dos símbolos do carro (na foto, um modelo de 1949). gil, uma vez que estava largamente baseada apenas em um
carro - e qualquer decisão errada feita no modelo poderia
levar ao colapso da firma inteira. Para piorar a situação,
americana Chrysler para usar a rede de concessionárias após a guerra a Tatra processou a Volkswagen pela quebra
desta última para vender o Fusca. No ano inteiro apenas de várias de suas patentes. A questão foi resolvida fora
dois carros foram vendidos nos Estados Unidos. dos tribunais em 1961, com uma cifra que acabou preju-
dicando os investimentos na renovação do Fusca durante
As razões para esse início tímido variam. Alguns paí-
a década seguinte.
ses tinham um embargo contra produtos alemães (uma
fábrica na Irlanda foi construída para contornar esta situ- Tais fatores impediriam a Volks de realizar qualquer mu-
ação), e a moeda, que até 1948 era o Reichmark, atrapa- dança radical no carro - não que ela não tenha tentado.
lhava um pouco a economia e, por tabela, a fábrica. Sem Vários protótipos chegaram a ser testados - veja o EA
a vantagem de uma produção em larga escala o custo do 97/1, uma clara tentativa de atualizar o carro. Outros
carro não seria viável. E, além disso, os consumidores es- protótipos visando substituir o carro foram criados, e al-
tavam acostumados a diferentes paradigmas de produção, guns ganharam as ruas como modelos de produção para-
e estranhavam muito a configuração incomum do carro, lelos ao Fusca - caso da Brasília brasileira, por exemplo.
com seu motor traseiro e sua forma arredondada, sem ra- Uma versão “modernizada” do carro até ganharia discre-
diador. tamente as ruas na década de 1970 - conhecida como mo-
delo “1303”, contava com suspensão frontal tipo McPher-
Mas logo que as dificuldades econômicas foram supera-
son, para-brisa envolvente, painel protuberante e mais es-
das, rapidamente a fama de “indestrutível” do carro co-
paço no porta malas.
meçou a se disseminar, ajudada pela mecânica simples
(menos coisas para dar errado), pela oferta e esquema
de distribuição de peças sobressalentes e, principalmente,
pelo marketing da Volkswagen, que soube capitalizar so-
bre a resistência do carro.
Logo o Fusca dominou sua fatia de mercado na maioria
dos lugares onde foi lançado, ajudado pela precariedade
dos concorrentes diretos e pelo boom de crescimento dos
países vitoriosos na II Guerra (principalmente Estados
Unidos). A Volkswagen aproveitou para expandir a linha
de veículos (todos ainda a ar), como a Kombi, o Karmann
Ghia, etc. Além disso a facilidade da mecânica permitia
alterações personalizadas, abrindo caminho para adapta-
ções feitas por empresas independentes - como roadsters
(o famoso Hebmüller) e mesmo sedans (coupé Stoll).
Tal versatilidade de projeto permitiria à Volkswagen di- Um fusca num túnel de vento (1973).
versificar sua linha aproveitando a plataforma e/ou com-
ponentes do Fusca. A Kombi foi a primeira derivação
de porte, já em 1950. Embora utilizasse um chassi pró-
prio, sua mecânica era a mesma do Fusca, e mesmo seu Porém nenhum conseguiu suplantar as vendas do Fusca
desenho foi pensado para refletir aquele do seu “irmão (a Brasília chegaria a fazê-lo no Brasil, mas já no final
mais velho” - pode-se perceber claramente a inspiração do ciclo da linha a ar). A popularidade do Fusca só au-
no desenho da dianteira, nas linhas que seguem das jane- mentava, e em 1973 ocorreu o auge da popularidade e
8 2 EVOLUÇÃO DO VW SEDAN NO BRASIL

O modelo 1303, com suspensão dianteira McPherson e com


porta-malas maior.
O último Fusca, no museu da Volkswagen.

mesmo projeto (se for considerado apenas as vendas por


produção, com 1,25 milhões de unidades produzidas no
marca, o nome Corolla já vendeu mais de 30 milhões de
ano.
carros, mas de várias “gerações” diferentes).
Entretanto, o fim da linha já estava a caminho desde os
Independentemente das vendas, o Fusca se tornou aos
anos 1960. A linha “a ar” não duraria para sempre, e
poucos um clássico, com os modelos mais antigos sendo
o fluxo de caixa parecia não permitir investimentos em
bastante procurados por colecionadores e aficcionados e
novas tecnologias. A solução seria comprar a tecnolo-
inflacionando rapidamente. Por exemplo, um modelo de
gia necessária para novos carros, ao invés de investir em
1951 pode atingir, dependendo de suas condições, valo-
pesquisa. Assim, utilizando o pico de vendas de seus mo-
res da ordem de até R$ 50.000,00 no Brasil.
delos “a ar”, a Volkswagen comprou a rival Auto Union,
formada pela fusão de famosas marcas alemãs (a DKW,
a Audi, a Horch e a Wanderer, além da NSU). O extenso
know-how em motores refrigerados a água dessas empre- 2 Evolução do VW Sedan no Brasil
sas permitiria a renovação total da linha VW, garantindo
o futuro da empresa após o fim das vendas dos modelos A partir de 1950, o “Fusca” começou a ser importado
“a ar”. para o Brasil. No dia 11 de setembro de 1950 desem-
Embora timidamente a princípio (o primeiro Volkswagen barcaram no porto de Santos 30 Volkswagens e perma-
“a água”, o K70, foi um fracasso), a nova linha começou a neceram por lá em exposição. O sucesso foi imediato,
se estabelecer em 1973, com o lançamento do Passat. Se os veículos avaliados em 20 000 cruzeiros, foram vendi-
a idade do Fusca já começava a gerar dúvidas, a aposta dos pelo extraordinário valor de 60 000 cruzeiros cada
da própria Volkswagen em uma linha refrigerada a água veículo.
só serviu para ressaltar ainda mais a obsolência do carro. O modelo importado era o conhecido “Split Window”,
Já nos anos 1970 a produção começou a cair, sendo en- com vidro traseiro dividido em dois, modelo Export (ha-
cerrada na década de 1980 em todo o mundo - menos via o Standard, mais simples, nunca trazido para o Brasil).
no México, onde sua aceitação entre os taxistas deu-lhe
Diante do sucesso, a empresa Brasmotor (ainda existente
uma sobrevida surpreendente, semelhante ao que acon-
hoje, sob o nome Brastemp) começou a montar os veícu-
teceu no Brasil com o Volkswagen Santana. Porém, no-
los que eram importados da Alemanha
vas leis de emissão mexicanas decretaram o fim do carro
em 2003, e o último carro foi enviado para o museu em
Wolfsburg. • 1952: Câmbio com 2ª, 3ª, 4ª marchas sincronizada.
O governo Getúlio Vargas passa a taxar a importa-
No geral, o multiúso e indestrutível projeto de Porsche, as ção de veículos já montados (CEXIM), para incenti-
peculiaridades da economia do pós guerra, o sucesso das var a produção nacional. Empresas estrangeiras que
iniciativas de Nordhoff, incluindo peças de publicidade se instalarem oficialmente no Brasil receberiam in-
criativas e divertidas, somado ao charme do “carrinho”, centivos fiscais.
acabaram tornando o Fusca o carro mais popular da his-
tória do automobilismo, superando em 1972 o recorde • 1953: A Volkswagen se instala o bairro do Ipiranga
do Ford modelo T, ao comemorar a produção de 15 007 na cidade de São Paulo e assume a montagem do
034 unidades. Com um número final recorde de 21 529 veículo. O Fusca passa a ser importado, exclu-
464 Fuscas produzidos no total (não contando os outros sivamente em kits “CKD” (“Completely Knocked
modelos a ar ou o New Beetle), o Fusca é o modelo de Down”), onde as caixas importadas como “autope-
carro mais vendido no mundo, mantendo basicamente o ças” recebem menos imposto. O modelo produzido
9

já era o que tinha janela traseira única, oval.

Em 1962, novas lanternas traseiras. A nova janela havia sido


introduzida em 1959.

Em 1954 passava a contar com janela traseira oval.

• 1954: Motor 1200cc com taxa de compressão de


5,8:1 e 30 cv

• 1955: Portas sem vinco na folha interna. Escape


com 2 ponteiras cromadas

• 1957: Novo cilindro de roda do freio

• 1958: No modelo 1958 alemão, foi lançado o vi-


dro traseiro retangular, porém no modelo 1958 bra-
sileiro ainda foi fabricado com o teto antigo e o vidro
traseiro oval. Nova taxa de compressão 6,6:1, agora
A dianteira tradicional dos anos 1960.
com 36 cv.

• 1959: O Fusca passou a ser oficialmente produzido • Em 1963 ganhou bancos dianteiros quadrados com
no país com 54% de nacionalização de suas peças. costura eletrônica; novo descanso de braço, reserva-
Dentre as novidades, o novo volante cálice; maçane- tório de fluido de freio de plástico, além de amor-
tas externas ganharam botão de acionamento, para- tecedor de direção.12/63 - bomba de gasolina com
sol emborrachado, dínamo de 160watts. Além da filtro
tradicional padronagem interna branco-cinza gelo,
torna-se opcional outras padronagens monocromá- • 1964: Chassi B4-140.230 - nova dobradiça da porta
ticas: azul pastel, azul turquesa, verde berilo e bege com lubrificação direta no pino (com tampinha de
havana. A janela traseira aumentou de tamanho e proteção). Chassi B4-142.239 (01/64) - Novo tan-
passou a ser retangular neste modelo. que de combustível, mais baixo, que permitia me-
lhor acomodação da bagagem, nova caixa de es-
• Em 1961 o Fusca ganha um novo câmbio, com no- tepe; Lavador de para-brisa agora preso diretamente
vas relações de marchas e a 1ª marcha sincronizada. na caixa de estepe; uma única caixa de fusíveis no
Nova relação do diferencial (coroa e pinhão 8x31) e painel (acesso pelo porta malas) com 7 fusíveis;
o painel ganhou uma alça de segurança para o pas- novas cores e banco com faixa central em tecido
sageiro. “pijaminha”. Chassi B4.167.963 (06/64) - limita-
dor de abertura da porta com borracha de veda-
ção. Chassi B4-188.293 - Lanterna de placa maior.
• Em 1962 o “Fusca” passou a ter chassi nacional, Chassi B4-190.292 (11/64) - piscas dianteiros “sor-
faróis com facho assimétrico (o farol selead-bean riso curto"; relê de pisca fixado por parafuso. Chassi
sai de linha), gancho cabide nos para-choques; nova B4-190.501 (11/64) -Trava de volante e chave de
lanterna traseira bicolor (versão que durou nos mo- ignição conjugados na mesma peça. 1 de dezem-
delos standard até 1983). B2-092630 (12/62) - vi- bro de 1964 – novos bancos dianteiros de encosto
dros laterais basculantes; reservatório do lavador de curvo “corcundinha” com faixa de tecido 75% “pi-
para-brisa pneumático, preso no estepe jaminha"; forro de teto em uma única peça; Lança-
10 2 EVOLUÇÃO DO VW SEDAN NO BRASIL

mento do Fusca com teto solar, que ficou conhecido em caso de colisão. Foi lançado o Fuscão, modelo
como “Cornowagen”. Logo o acessório foi rejeitado jovem de acabamento requintado e motor 1500 de
e muitos proprietários, incomodados com o apelido 52cv. O Fusca 1500 durou de 1970 até 1975.
(segundo rumores dado ao carro por um executivo
da Ford) mandaram fechar o teto; Barra de direção
e terminais de direção com lubrificação permanente

• 1965: 02/65 - Nova cebolinha de freio. 03/65 - pa-


dronizado o tamanho da bateria e sua cinta de fi-
xação. 9 de novembro de 1965 motor B311661 em
diante o casquilho do 4º mancal passa a ser montado
invertido.

• 1966: 04/66 - O VW perde o brasão do capô. Nesse


ano, a Volkswagen assumiu o controle da Vemag,
encerrando no ano seguinte as suas atividades. Em
outubro de 1966, já como modelo 1967 o Fusca
ganha vidro traseiro 20% maior e depois limpador
Um Fusca 1500, traseira e…
de para-brisas (novos braços e palhetas) parados no
lado do motorista. Estes últimos modelos ainda pos-
suiam motor 1200 e tampa traseira com maçaneta de
girar (e saia traseira com desenho “H”)

• 1967: A Volkswagen lançou motor 1300 cc com


46cv no lugar do antigo 1200 de 36cv. Nas propa-
gandas, apareciam os carros com uma cauda de tigre
saindo da traseira em alusão a maior potência. Novo
distribuidor centrifugo de tampa baixa, filtro de ar
com bocal de aspiração maior; novo pedal do acele-
rador deslizante; rodas aro 15 com janelas para re-
frigeração dos freios; comutador de luz alta foi para
a alavanca de seta.
Vale notar que foi durante esta época que o Fusca se-
dimentou a Volkswagen no mercado nacional, per- … dianteira.
mitindo o lançamento de vários derivados no mer-
cado nacional, tais como o Vw 1600, o TL, a
Variant, o Karmann Ghia TC, o SP2, a Variant II, o
Brasília e o Gol.

• 1968: Sistema elétrico de 12 volts. O Fusca ga-


nha retrovisor externo de série, modelo “bracinho”.
Câmbio com novos sincronizadores na 1ª e 2ª mar-
chas e novos rolamentos com gaiola plástica nas en-
grenagens do câmbio.

• 1969: Espelho retrovisor “raquete”. Em retros-


pecto, embora muitos falem que o Fusca de 1954
a 1969 só tenha mudado o vigia traseiro e o para-
brisa, neste período foram feitas mais de 2.500 mu-
danças no motor e em outras partes do automóvel.

• 1970: O Fusca ganha cintos de segurança e extintor


de incêndio. Nova pedaleira com pedais de embre-
agem e freio mais afastados. Na 2ª série, mudanças
na frente e traseira: para-choques de lâmina simples, O 1600S,como “O Besourão”,ou “Super Fuscão”
novas lanternas traseiras tricolores (incorporadas a
marcha à ré), adoção da grade na tampa traseira,
maçaneta do capô dianteiro com botão de segu- • 1971: A Volkswagen é a 1ª montadora brasileira a
rança. O capô dianteiro e traseiro ficaram mais cur- realizar testes de impacto (crash-test) para avaliar a
tos, para evitar que se prendessem ao para-choque segurança da carroceria em caso de colisões.
11

• 1972: Nova chave de seta; luz de cortesia interna • 1975: É lançada a versão 1.300-L. Lavador de para-
passa da coluna para o meio da porta do motorista. brisa com acionamento no pé. Haste e palhetas do
para-brisa pintadas de preto. O Fusca 1300 agora
05/72→ Fuscão 1500: distribuidor tampa alta semelhante tem rodas de 4 furos. Motor 1300 com nova taxa de
ao do 1200 compressão 6,8:1 (motor de numeração BJ)

• 1973: Novos faróis de perfil reto, padronizado para 11/75→ Trilho largo nos bancos dianteiros e trava de se-
atender a legislação quanto a altura do facho em re- gurança no encosto (Resolução Contran 477–74)
lação ao solo. As janelas laterais basculantes e o sis-
tema de ar quente passam a ser opcional. No Fuscão • 1976: Farol de lente plana com 1 parafuso aparente.
1500, as grades do capô traseiro aumentam.
BJ 321.619 / BS 604.332 (03/76) → pedal do acelerador
05/73→ Platô de embreagem do tipo chapéu-chinê e guia em plástico
do rolamento de embreagem
10/76 → É lançado o modelo 77: Novos reforços na car-
08/73→ chave de seta em plástico corrugado, limpador roceria o tornam mais seguro, Tanque de gasolina des-
com 2 velocidades e botão de girar, hastes do limpador lizante em caso de acidente, Coluna de direção antipe-
de para-brisas presas por porca. netrante (Resolução Contran 477/74) que protege o mo-
09/73→ Volante bumerangue, botões em plástico maleá- torista em caso de colisão frontal, volante estria fina,
vel com desenhos indicativos da função, chave de seta em pára-sóis que abrem lateralmente, novo velocímetro anti-
plástico, sistema de ventilação interna com saídas atrás reflexivo (fundo preto e ponteiro vermelho), botões do
do vidro lateral (orelhinhas), 4 tapetes individuais e tú- painel com desenhos que brilham a noite, comando do
nel agora forrado com carrapatinho preto, fim do reves- limpador de párabrisas na chave de seta e pisca alerta
timento de Jacarandá no painel e forros de porta do VW agora conta com botão iluminado e passa para o lugar
1500, substituído por um revestimento preto corrugado onde ficava o interruptor do párabrisas. Retrovisor in-
no painel. terno fixado sob pressão (para romper em caso de aci-
dente), Nova padronagem do revestimento dos bancos,
• 1974: É lançada a versão 1600S - o besourão. Equi- em courvin (1300) ou com faixa de tecido nas cores preto
pado com bancos reclináveis; volante esportivo Wal- ou marrom (1300L ou 1600)
rod de três raios, painel com conta-giros, marca-
dor de temperatura, relógio e amperímetro. Motor • 1977: Neste ano o governo Geisel lança um plano
1600cc de 65cv com carburação dupla, rodas aro para reduzir o consumo de gasolina, a VW passa
14 da Brasília com pneus radiais opcionais. Tam- a equipar o VW 1300/1300L com carburador So-
bém tinha uma cobertura plástica na cor preta sobre lex H30 PICS, com nova giclagem para reduzir as
a tampa traseira, que lembrava as asas de um be- emissões e o consumo. O Fusca apareceu com mu-
souro. Foi inspirado nos VW-s yellow and red racer, danças estruturais e o bocal do tanque, que passou
modelo alemão com suspensão dianteira McPerson. para a lateral direita do carro.
Com três nomes oficiais, o clássico instantâneo de- • 1978: O interruptor do pisca-alerta foi transferido
nominado 1600S, Besourão ou super fuscão compõe para a chave de seta, É adotada uma única chave
com os modelos de teto solar as versões de maior para portas, capô do motor e ignição. Retrovisor
procura pelos colecionadores. nova padronagem do externo de plástico. A Volkswagen monta um labo-
revestimento dos bancos, ratório de emissões para avaliar métodos de redução
da poluição emitida pelos motores.
02/74→ Tampa de inspeção da caixa de direção e tampa
de acesso ao varão do câmbio plástica 01/78→ Respiro do motor com sistema positivo, os gases
03/74→ Distribuidor tampa alta com novo platinado no do carter agora retornam à admissão.
1500 07/78 → macaco tipo “joelho” / encaixe do macaco no
07/74 → 1300 perde o friso no estribo / fim do emblema assoalho alterado
VW no capô dianteiro BJ-859000 e BS-626000 (1 de dezembro de 1978)→
10/74 → Fim do emblema 1300 (todos 1500 tiveram em- troca de óleo passa a ser feita a cada 7.500 km
blema)
• 1979: Houve uma alteração nos modelos 1300 L e
11/74→ Caixa de fusíveis c/ 12 fusíveis; filtro de ar ele- 1600, as lanternas traseiras se tornam maiores e pas-
mento de papel; distribuidor tampa alta (1300) / tampa sam a ser chamadas “Fafá", em alusão aos grandes
externa de acesso ao varão do câmbio na caixa (na saia) seios da cantora Fafá de Belém. A lanterna menor
plástica continuou a ser utilizado nas versões 1300. Volante
12/74→ É introduzido o Pisca Alerta, ao lado esquerdo de plástico injetado, nova manopla do câmbio em
do cinzeiro. Lanternas traseiras com pisca vermelho plástico, coluna do quebra vento pintada de preto.
12 3 AS MODIFICAÇÕES

como o Fusca. Foi aprovada então a Lei do carro


popular, que previa isenções de impostos para os
carros com motor 1.0 e também para os que tives-
sem com refrigeração a ar, sendo assim o Fusca e
a Kombi, embora tivessem motores de 1.6l, foram
incluídos. O carro vendeu muito menos que da meta
esperada pela Volkswagen. A principal razão para
que o Fusca não vendesse tão bem se deve ao fato de
seu acabamento espartano demais diante dos con-
correntes surgidos em meados da década de 1990,
como o Fiat Uno Mille e Chevrolet Corsa de pri-
meira geração, que tinham preços muito próximos
do velho Besouro, porém, com acabamento e espaço
interno melhores que os do Fusca. Em 1996, a em-
As lanternas “Fafá" do modelo de 1979. presa deixou de produzir novamente o carro, com
uma série especial denominada Série Ouro. A partir
daí, ele só seria produzido no México. Nesse se-
• 1980: Foi lançado o Fusca 1300 com motor a álcool.
gundo período, foram produzidos no Brasil cerca de
• 1982: Ignição eletrônica e alternador de série. Novo 47 000 exemplares.
painel em plástico com relógios retangulares. Nova
versão 1300 GL com “luxos” como rádio AM/FM, Para os brasileiros, o Dia do Fusca ocorre todo dia 20 de
acendedor de cigarros, apoio de cabeça nos bancos janeiro, sendo, em vários centros urbanos, comemorado
dianteiros, desembaçador do vidro traseiro, jane- com eventos e festas por amantes e colecionadores deste
las traseiras basculantes, protetor de borracha nos modelo.[4]
para-choques, aquecimento e novo logotipo 1300
em branco com o GL em vermelho.
• Em 1983 a empresa resolveu rebatizar o modelo
3 As modificações
no Brasil, adotando finalmente o nome que se tor-
nara popular, Fusca. Até então o automóvel era ofi- A versatilidade da mecânica do Fusca garantiu o mercado
cialmente denominado “VW Sedan” nos registros de modificações, seja as “oficiais” (vide o Porsche 356),
dos Detrans. A lanterna modelo Fafá passou a ser seja as caseiras (Baja, gaiolas, triciclos). Na verdade, o
padrão para este modelo único, fabricado somente Fusca já foi transformado em quase tudo, desde aviões
com o motor 1300. Novo respiro do motor de 1 (modelos experimentais), motos (a Amazonas 1600 do
única via, sem o cano que vai para baixo. Brasil), barcos (pequenos barcos de madeira com um mo-
tor boxer adaptado, ou mesmo o carro inteiro impermea-
• Em 1984 o motor 1300 deixou de ser produzido. bilizado), e até mesmo bombas d'água ou geradores.
Agora passa a equipá-lo o novo motor 1600, conhe-
cido como tork, com válvulas de escape maiores, Na verdade, tal versatilidade é uma consequência das as-
capela de refrigeração com radiador deslocado, vál- pirações militares do projeto original do Prof. Porsche - a
vula de aquecimento de partida a frio (Termac) e o plataforma do Fusca, projetada para ser facilmente modi-
carro passa a contar também com freios a disco na ficada em Kübelwagens e Schwimmwagens continuou per-
dianteira, mais eficientes. Cinto de segurança de 3 feita em tempos de paz para gerar Bajas e Gaiolas sem
pontos, bancos dianteiros com encosto de cabeça. O muito custo.
VW 1600 com carburação simples passa a ser equi- Não raro, tais carros superam até mesmo veículos off-
pado com Carburador Solex H30/31 PICT. roads “genuínos” em certos terrenos, devido à tração tra-
seira e ao baixo peso, aliado a confiabilidade do motor
• Em 1986 a Volkswagen desistiu de fabricá-lo ale-
Volkswagen (algo que se pode notar também nos Fuscas,
gando que era um modelo muito obsoleto, apesar de
Kombis e Brasilias).
ser ainda um dos doze carros mais vendidos daquela
época. Um dos motivos era a necessidade de abrir Dada a popularidade do Fusca, o fim de sua produção não
espaço em linha de montagem da fábrica de São Ber- significará o fim da disponibilidade de carros para modifi-
nardo do Campo para o Santana e para o VW Fox car tão cedo. Embora não tão populares quanto a alguns
(Voyage), a ser exportado para os Estados Unidos. anos, as transformações ainda ocorrem, e com o inevi-
tável envelhecimento da frota disponível, parece a única
• Em 1993, por sugestão do então presidente Itamar solução para muitos carros quase sucateados.
Franco a empresa voltou a fabricar o modelo, ape-
lidado popularmente de Fusca do Itamar. Itamar • Fusca de competição, Alemanha
queria a fabricação de carros populares (compac-
tos) e sugeriu que o Brasil precisava de um carro • Fusca Bajade rallye alemão
13

• Fusca BajaCalifórnia

• Fusca BajaCalifórnia

• Fusca Bajade rallye alemão

• Kit de montagem do Baja

• “Gaiola”

• “Gaiola” (traseira)

• “Gaiola” (competição) Volkswagen Fusca 2012

• Aranha (traseira) 5 Terceira geração (2011 – pre-


sente)
4 Segunda geração (1997 – 2011) Em 2010 a Volkswagen anunciou que 2011 seria o último
ano de fabricação do New Beetle, e que uma nova gera-
ção estava a caminho. Um dos objetivos estabelecidos
pela fábrica era tornar o carro mais “masculino”, e para
tanto o carro seria mais baixo, largo e com formas menos
arredondadas, mais próximas ao modelo original.[6][7]
O carro foi oficialmente lançado em 18 de abril de
2011[8] , com eventos paralelos em Shangai, Berlim e
Nova Iorque.
Ainda dentro do objetivo de melhor identificar o carro
com o original, a matriz alemã deu carta branca para que
as filiais lançassem o carro nos seus mercados com o ape-
lido que o primeiro modelo ganhou em cada um desses
locais. Dessa forma, o carro foi lançado em setembro de
2012 como Fusca no Brasil[9] , embora tenha mantido o
nome Beetle em Portugal[10]
Volkswagen New Beetle. Mais longo que seu antecessor, agora com 4278 mm de
comprimento, e 12mm mais baixo, o carro é agora base-
Em 1994 a Volkswagen realizou um estudo de design em ado na plataforma A5 (PQ35), a mesma do Volkswagen
sua filial americana. O estudo se propunha a atualizar o Jetta e do Golf de sexta geração. É fabricado junto com
Fusca com tecnologias e tendências modernas. O resul- o Jetta, Golf Variant e o Jetta “Clásico” na fábrica da
tado foi um protótipo chamado “Concept 1”, baseado na Volkswagen em Puebla, México.[11]
plataforma do Volkswagen Golf com um motor Diesel
híbrido. Apresentado no salão de Detroit, o conceito fez
tanto sucesso que a Volkswagen decidiu produzi-lo em 6 Derivados
série três anos depois, em 1997.[5]
Em comum com o modelo antigo, além do desenho, são Os seguintes automóveis Volkswagen foram derivados do
as alças para auxílio do embarque dos passageiros do Fusca:
banco de trás, além do espaço diminuto tanto nos bancos
traseiros como na bagageira (com 214 litros). Embora
não seja do mesmo segmento que consagrou o modelo 6.1 Europa
original, o New Beetle, como ficaria conhecido, tornou-
se um sucesso no mercado norte-americano, ganhando Além dos Typ 1 (Fusca, 1938–2003), Typ 2 (Kombi,
uma versão conversível (cabriolet) pouco tempo depois. 1950–2013) e Typ 14 (Karmann Ghia, 1955–1975), a li-
Ainda capitalizando na boa vontade do mercado para com nha Volkswagen "à ar” era a seguinte na Europa e outros
o Fusca, o New Beetle continuaria firme no mercado até mercados internacionais:
2011, apesar da nova faixa de preços e tecnologia com-
pletamente diferente. • Volkswagen Typ 3 Notchback (1961–1973).
14 7 NOMES DO MODELO

• Volkswagen Typ 3 7 Nomes do modelo


Variant (1962–1973)
O Volkswagen Sedan recebeu alcunhas em quase todos
• Volkswagen Typ 3 TL Fastback (1966–1973) os países em que foi vendido, normalmente versões locais
para o nome do escaravelho (besouro), como em Portu-
• Typ 34 Ghia (1961–1969) gal.
Já no Brasil, o nome Fusca é um pouco mais peculiar:
• Type 4 411(1968-1972)
a origem do nome no Brasil está relacionada com a pro-
núncia alemã da palavra Volkswagen. O fonema da letra
• Type 4 412(1972-1974) V em alemão é algo como “fau” e o W é “vê". Ao abre-
viar a palavra Volkswagen para VW, os alemães falavam
• Type 181 Kurierwagen (1969–1983) “fauvê". Logo que o Fusca foi lançado na Alemanha, fi-
cou comum a frase “Isto é um VW” (“Das ist ein VW”).
• Type 147 Fridolin (1964–1974) A abreviação alemã “fauvê" logo se transformaria em
“fulque” e “fulca”. Segundo o especialista Alexander
Gromow, “Desde que começaram a circular os primeiros
6.2 Brasil Volkswagens, em 1950, também apareceu a corruptela da
palavra Volkswagen passando pela influência da colônia
A filial brasileira da Volkswagen gozava de certa autono- alemã. (…)
mia da matriz alemã, em parte devido à forte presença no Em Curitiba se fala 'fuqui' ou 'fuque', no Rio Grande do
mercado nacional, o que garantia segurança na introdu- Sul é 'fuca'. Mas em São Paulo, talvez por uma questão de
ção de novos modelos. Da lista abaixo, apenas a Kombi e fonética, acrescentaram o 'S' na palavra e o Volkswagen
o Karmann-Ghia eram modelos similares a suas contra- virou Fusca.”[12]
partes europeias:
Ao redor do mundo os nomes são geralmente relaciona-
dos a animais com formato parecido ao da carroceria:
• Kombi (motor boxer) (1957–2006)

• Karmann Ghia
(1962–1972)

• 1600 (1968–1971)

• Variant (frente alta)


(1969–1971)

• TL (frente alta)
(1970–1971)

• Variant (frente baixa)


(1971−1977)
Fusca Hot Rod
• TL (frente baixa)
(1971−1976) • Volla na África do Sul

• Karmann Ghia TC (1970–1975) • Käfer ou Kugelporsche (“Porsche-bola”) na


Alemanha
• SP1 e SP2 (1972–1976)
• Coccinelle na Bélgica, França e Haiti
• Variant II (1977–1980) • Peta (“tartaruga”) na Bolívia
• Sedan e depois Fusca (ou Fuca/Fuque) no Brasil
• Brasília (1973–1982)
(veja detalhes acima)
• Косτенурка (Kostenurka, “tartaruga”) na Bulgária
6.3 Outros mercados
• Baratinha em Cabo Verde
• Country Buggy (Austrália) • Weevil no Canadá
15

• Buba na Croácia

• Boblen (bolha) na Dinamarca

• Escarabajo ou Pichirilo no Equador

• Chrobák na Eslováquia

• Hrošč na Eslovênia

• Escarabajo (escaravelho) na Espanha e parte da


América Latina

• Kakalardo no País Basco Espanha

• Escarabat na Catalunha Espanha


Painel de um Fusca mexicano 1969
• Bug ou Beetle nos Estados Unidos

• Põrnikas na Estônia • Bagge (contração de skalbagge, besouro) ou bubbla


(bolha) na Suécia
• Kotseng kuba (literalmente 'carro corcunda'), Pa-
gong (tartaruga), Ba-o (tartaruga em Cebuano), Boks • Mgongo wa Chura (“costas de sapo”) e Mwendo
nas Filipinas wa Kobe (“velocidade de tartaruga”) em Swahili na
Tanzânia (?)
• Kuplavolkkari (kupla, bolha) na Finlândia
• Kaplumbağa ou tosbağa (“tartaruga”) ou vosvos na
• Σκαθάρι (“Skathári”, besouro) ou Σκαραβαίος
Turquia
(“Skaravéos”, escaravelho) na Grécia

• Cucaracha ou Cucarachita (“Barata” e “Baratinha”)


na Guatemala.

• Cucarachita (“Baratinha”) em Honduras.

• Bogár na Hungria.

• Kodok ("sapo") na Indonésia

• (" Ag-ru-ga ")no Iraque

• Bjalla na Islândia

• (" ‫חיפושית‬Hipushit ")em Israel

• Maggiolino na Itália. Também conhecido pelo ape-


lido carinhoso de Maggiolone
Um VW 1303LS da Turquia (foto infravermelha)
• Vabalas na Lituânia

• Sedán ou Vocho no México • Escarabajo na Venezuela.


• Boble ("bolha") na Noruega • Bhamba datya em Shona no Zimbabwe
• Foxi no Paquistão • Mbatsani (Amêijoa) ou Xifufu-n'hunu (Joaninha,
• Garbus (“corcunda”) na Polónia Besouro) em Moçambique

• Volky em Porto Rico

• Carocha em Portugal
8 Ver também
• Brouk na República Checa • Herbie - meu fusca turbinado

• Cepillo (“Escova”) na República Dominicana • Automóvel

• Broscalanu' or Broscuţa (sapinho) na Romênia • Indústria automobilística no Brasil


16 10 LIGAÇÕES EXTERNAS

• Lista de fabricantes de automóveis


• Lista de automóveis brasileiros
• Lista de tecnologias no automóvel
• Volkswagen
• Motores a explosão e motor de quatro tempos

9 Referências
[1] Stern – Vom „Kraft-durch-Freude-Wagen“ zum Mexico-
Käfer (em alemão) Stern.de.

[2] Thesamba.com.

[3] Thesamba.com.

[4] Fusca festeja data nacional Jornal Gazeta do Povo Gaze-


tadopovo.com.br. Visitado em 22 de janeiro de 2012.

[5] VW Beetle desde 1997 (em alemão) Autobild Auto-


bild.de. Visitado em 28 de fevereiro de 2015.

[6] 2012 VW Beetle Turbo Review Automoblog.net (27 de


junho de 2012). Visitado em 27 de junho de 2012.

[7] Lim, Anthony (18 de abril de 2011). Volkswagen Beetle


– new generation bug makes debut Paultan.org. Visitado
em 18 de abril de 2011.

[8] Volkswagen to Reveal the 21st Century Beetle on Three


Continents – Auto News, Reviews, Specification, Price
and Car Pictures on (em inglês) Gotbroken.com (4 de abril
de 2011). Visitado em 19 de abril de 2011.

[9] Neymar participa do lançamento do novo Fusca no Brasil


G1 (24 de setembro de 2012). Visitado em 7 de dezembro
de 2012.

[10] Novo Volkswagen «Carocha» já está disponível em Por-


tugal Autoportal.iol.pt (1 de fevereiro de 2012). Visitado
em 7 de dezembro de 2012.

[11] Spy Shots: First photos of 2012 Volkswagen New Beetle


(em inglês) Accessdate 2010–1231 Autoblog.com.

[12] Alexander Gromow para o Jornal do Brasil de 7 de agosto


de 1993

10 Ligações externas
• Site da Volkswagen no Brasil www.volkswagen.com
• Fotos e dados do protótipo VW Fusca 1930 (em
alemão) www.flat4.de
• Deutsche Welle – 1955: Fabricado o milionésimo
Fusca www.dw-world.de
• The world’s most sold car (em inglês) www.ltv-vwc.
org.uk
• Mitológico Fusca www.envenenado.com.br
17

11 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem


11.1 Texto
• Volkswagen Fusca Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Volkswagen_Fusca?oldid=43101534 Contribuidores: Patrick-br, JMGM, Manuel
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11.2 Imagens
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