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Texto 1.

O conhecimento empírico

Na opinião do empirismo, não há qualquer património a priori da razão. A consciência


cognoscente não tira os seus conteúdos da razão; tira-os exclusivamente da experiência. O
espírito humano está, por natureza, vazio; é uma tábua rasa, uma folha em branco onde a
experiência escreve. Todos os nossos conceitos, incluindo os mais gerais e abstratos,
procedem da experência.

(…) O desenvolvimento sistemático do empirismo é obra da Idade Moderna, e em especial da


filosofia inglesa dos séculos XVII e XVIII. O seu verdadeiro fundador é John Locke (1632-1704).
Locke combate, com toda a decisão, a teoria das ideias inatas. A alma é um papel em branco,
que a experiência cobre pouco a pouco com os traços da sua escrita. (…) No século XIX,
encontramos o empirismo no filósofo inglês John Stuart Mill (1608-1873). Este ultrapassa
Locke e Hume, reduzindo também o conhecimento matemático à experiência, como a única
base do conhecimento. Não há proposições à priori, válidas independentemente da
experiência. Até as leis lógicas do pensamento têm a base da sua validade na experiência.
Também elas não são masi do que generalizações da experiência passada.

Hesse, Teoria do Conhecimento, Coimbra

Tarefa:

1. A partir da comparação do espírito humano com uma folha de papel em branco,


apresente a crítica empirista à teoria das ideias inatas.

A professora

Ana Paula Neves.

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