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UC - FISCALIDADE EMPRESARIAL I

IMPOSTO SOBRE O VALOR


ACRESCENTADO
(IVA)

Docente: Jesuíno Alcântara Martins


jesuinoamartins@gmail.com 2023/2024
IVA
Art.º 1.º Art.º 7.º Art.º 16.º
Art.º 1.º
Art.º 2.º A título oneroso Valor
Incidência Incidência F E Art.º 19.º
tributável
Objectiva Subjectiva Em território a x
Direito
Nacional Art.º 1.º c i à
t g Dedução
P A A Pessoas singulares
T
r r s s
Isenções – art.º 9.º
o i
a e Pessoas colectivas
n s I O b TAXAS
g

Imposto
deduzir
s t m p
m a p e
Exercício: i
i ç o r
• Actividade de e Art.º 18.º
s õ r
t
a
ç produção, comércio ,
Regime Normal L
s e
s a õ agrícola; r Imposto liquidado
õ
d ç e • Prestação de serviço i
e
s e õ s • Profissões livres
Regime Isenção
a Imposto a entregar nos cofre do Estado
d S e I d Art.ºs 27.º e 41.º
e e s n d
b r d t
a
e v e r Regime Forfetário o
n i B
e
a
c dos Produtores d Volume de Até ao dia 10 do
s ç
o n o Regime de Agrícolas r negócios =
2.º mês seguinte
s s m Enquadramento Art.ºs 59.º-A a
e > a € 650
000 no ano ao das operações
u
Art.º 42.º civil anterior
n 59.ºE
i A entrega
t do
á Regime Pequenos
r Mensal imposto é
i
Retalhistas Declaração feita nos
a Periódica prazos
s Trimestral Art.º 41.º previstos
Declaração Art.º 53.º no n.º 1 do
▪ Volume de negócio = < a € 12 500 art.º 27.º
de início ▪ Volume > a € 10 000, mas < a € 12 500
Volume de
negócios <
de a € 650 000 Até ao dia 15 do 2.º
Obrigações no ano civil mês seguinte ao
Declarativas Actividade ▪ Pessoas singulares – Volume de
compras = < a € 50 000
anterior
trimestre das
Art.º 31.º Art.º 60.º operações 2
Art.º 29.º
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IVA Estrutura dos Impostos Parcelares

1. Incidência real
2. Incidência pessoal
3. Isenções reais
4. Isenções pessoais
5. Determinação da base tributável
6. Taxas
7. Cálculo do Imposto Método subtractivo indirecto
8. Obrigações declarativas
9. Poderes da Fiscalização
10. Direitos dos contribuintes
11. Penalidades RGIT

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IVA
IMPOSTO SEM EFEITOS CUMULATIVOS

APURAMENTO DO IMPOSTO A ENTREGAR

MÉTODO SUBTRACTIVO INDIRECTO OU


MÉTODO DE CRÉDITO DE IMPOSTO

IVA = (Taxa x Valor da Venda de bens/serviços) - (Taxa x Valor das Aquisições de bens/serviços)

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IVA Regimes de tributação
Mensal
• Regime normal
Trimestral
• Regimes especiais
– Regime de Isenção (art.ºs 53.º a 59.º)
– Regime Forfetário dos Produtos Agrícolas (art.ºs 59.º-A
a art.º 59.º-E)
– Regime dos pequenos retalhistas (art.ºs 60.º a 68.º)
– Regime de tributação dos combustíveis líquidos
aplicável aos revendedores (art.ºs 69.º a 75.º)
– Regimes particulares
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IVA IMPOSTO GERAL SOBRE O CONSUMO

• Transmissões (efetuadas no território


nacional)
Bens • Importações (de países ou territórios
terceiros)
Tributa o consumo • Aquisições intracomunitárias (de países
da Comunidade)

Serviços • Prestações de serviços (efetuadas no


território nacional)

IMPOSTO PLURIFÁSICO O imposto surge em todas as fases do circuito


económico

A base tributável corresponde ao valor


IMPOSTO NÃO CUMULATIVO acrescentado em cada uma das fases do
circuito económico
6
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IVA Art.º 2.º - Incidência subjectiva

São sujeitos passivos:


As Pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com carácter
de habitualidade, exerçam actividades de:

• Produção Incluindo as actividades


extractivas, agrícolas e das
• Comércio profissões livres

• Prestação de serviços Acto isolado


Pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente, pratiquem uma só
operação tributável desde que conexa com o exercício das antes referidas actividades ou,
quando, independentemente dessa conexão, tal operação preencha os pressupostos de
incidência real do IRS ou IRC.
(Os assalariados e os trabalhadores por conta de outrem estão excluídos da incidência em sede de
7
IVA)

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IVA Art.º 2.º - Incidência subjectiva

▪ NÃO SÃO Sujeitos passivos


O Estado e demais pessoas colectivas de direito público quando
realizem operações no âmbito dos seus poderes de autoridade, excepto
se:
• houver distorções de concorrência – Art.º 2.º n.º 2, ou se

• exercerem de forma significativa as seguintes operações – Art.º 2.º n.º 3

a) Telecomunicações; b) Distribuição de água, gás e electricidade; c) Transporte de


bens; d) Prestação de serviços portuários e aeroportuários; e) Transporte de pessoas; f)
Transmissão de bens novos cuja produção se destina a venda; g) Operações de
organismos agrícolas; h) Exploração de feiras e de exposições de carácter comercial;
i) Armazenagem; j) Cantinas; l) Radiodifusão e radiotelevisão. 21

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IVA TRANSMISSÃO DE BENS - Art.º 3.º

Considera-se a:

• Transferência onerosa de bens corpóreos


por forma correspondente ao exercício do
direito de propriedade - art.º 3, n.º 1
A Energia eléctrica, o gás, o calor, o frio e similares são
considerados, para efeitos de IVA, como bens corpóreos
Art.º 3.º, n.º 2

Conceito económico e não um conceito


jurídico. Não é necessário que o
Há operações gratuitas assimiladas,
transmitente seja o efectivo
para efeitos de IVA, a operações
proprietário. Basta que actue como
onerosas – Art.º 3.º, n.º 3, als. f) e g)
tal.

Jesuíno Alcântara Martins 9


9
IVA Prestações de Serviços (PS) - Art.º 4.º CIVA

•· Operações efectuadas a título oneroso que NÃO constituam


• – Art.º 4.º n.º 1

▪ Transmissões de bens

▪ Aquisições intracomunitárias

▪ Importações
PS
É um Conceito residual

A noção de PS transcende o mero significado jurídico e abrange, por exemplo, a


transmissão de bens incorpóreos, a obrigação de não fazer ou ainda as prestações
de serviços coactivas (v.g. as determinadas por requisição da autoridade pública) 26

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IVA
▪ TERRITÓRIO NACIONAL
•O território português tal como o Território historicamente definido no continente
define o artigo 5.º da CRP europeu e os arquipélagos dos Açores e Madeira

▪ COMUNIDADE E TERRITÓRIO DA COMUNIDADE


▪Os territórios dos 28 EM, com excepção dos considerados como país terceiro ou território
terceiro - artigo 299.º do Tratado

▪ PAÍS TERCEIRO
Territórios não compreendidos na
•País não pertencente à União Europeia União Aduaneira
•Ilha de Helgoland e Território de Busingen-RFA

•Ceuta e Mellilla - Espanha


•Livigno, Campione e águas territoriais do Lago Lugano-Itália 39

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IVA
▪ TERRITÓRIO TERCEIRO
Territórios que, embora compreendidos na União Aduaneira estão
fora da aplicação das normas relativas à harmonização do IVA

• Ilhas Canárias-Espanha

• DOM-França

• Monte Athos-Grécia

As operações efetuadas a partir ou com destino ao Mónaco ou Ilha de Man consideram-se como
efetcuadas a partir ou com destino à França ou Reino Unido e as efectuadas a partir ou com
destino a Akrotiri ou Dhekelia como a partir ou com destino ao Chipre

39

Jesuíno Alcântara Martins 12


IVA “Organização” do Art.º 6.º

A “organização temática” na numeração do art.º 6.º

• A regra-base na transmissão dos bens 1


a
• As regras na transmissão de gás / electricidade 5

• As regras-base na localização dos serviços


6
a
• As excepções face à materialidade do serviço 15
• As excepções face à condição do adquirente
40

13
Jesuíno Alcântara Martins
IVA “Actuais regras” no Art.º 6.º

Antes Após Janeiro 2010

Principio
Principio
de tributação Regra de tributação

na Geral no
destino
Origem

Sede do prestador Sede do cliente 45

14
Jesuíno Alcântara Martins
IVA “Actuais regras” no Art.º 6.º

Após Janeiro 2010

Em vez de 1. Efectuados a outros sujeitos passivos


uma única – o lugar da sede, estabelecimento

2 REGRAS
Regra Geral estável ou domicílio do adquirente

na a)
localização
das
2. Efectuados a particulares – o lugar da
prestações
sede, estabelecimento estável ou
de serviços
n.º 6 domicílio do prestador
b)
46

Jesuíno Alcântara Martins 15


IVA Como tributar os serviços?

O princípio para “entender” o art.º 6.º mantém-se

Em primeiro lugar NÃO Aplicar as


“procurar” nas EXISTE Regras - Gerais

excepções

Ver se existe uma


“regra específica” para
aquele serviço... e Aplicar a
EXISTE
Regra - específica
cliente
16
Jesuíno Alcântara Martins
IVA

17
IVA
IVA
IVA
IVA

21
IVA Facto gerador e exigibilidade – Art.º 7.º CIVA

O IVA é devido e mostra-se exigível

Bens quando são postos à disposição do adquirente – n.º 1 a)

Serviços quando são realizados – n.º 1 b)

Importações no momento determinado pela legislação aduaneira


(independentemente de serem devidos ou não
direitos aduaneiros ou outras imposições
comunitárias) – n.º 1 c)

Facto gerador
Exigibilidade

Jesuíno Alcântara Martins 4 22


IVA Facto gerador  Exigibilidade
(art.º 8.º CIVA)

• Sempre que haja lugar à emissão de factura, o imposto


torna-se exigível

– Se o prazo de emissão da factura for respeitado, no


momento da sua emissão

– Se o prazo não for respeitado, no momento em que


termina

– No caso de pagamentos antecipados, na data do


recebimento
Jesuíno Alcântara Martins 23
10
IVA Facto gerador  Exigibilidade
(art.º 8.º versus art.º 36.º)

Ex. 1 : Determinada empresa remete, em 28 de Novembro de 2016,


mercadorias a um cliente, e factura a 5 de Dezembro de 2016

S T Q Q S S D S T
28 29 30 1 2 3 4 5 6

FACTO GERADOR EXIGIBILIDADE

A Factura foi emitida dentro do prazo, isto é, a exigibilidade ocorreu


no último dia útil do prazo do art.º 36.º, n.º 1
Jesuíno Alcântara Martins 1124
IVA Facto gerador  Exigibilidade
(art.º 8.º versus art.º 36.º)

Ex. 2 : Mantém-se os dados anteriores mas a emissão passou para 9 de


Dezembro de 2016

S T Q Q S S D S T Q Q Q
28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9

FACTO GERADOR EXIGIBILIDADE Factura

O facto da exigibilidade se reportar a 5 de Dezembro de 2016 não significa


que a empresa tem de entregar o IVA neste dia (ver art.º 41.º)

Jesuíno Alcântara Martins 25


IVA Valor tributável - Art.º 16.º e 17.º do CIVA

Transacções internas - Art.º 16.º, n.º 1

REGRA

O Valor tributável é o valor da


contraprestação obtida ou a obter do
adquirente, do destinatário ou dum
terceiro

Jesuíno Alcântara Martins 26


15
IVA Valor tributável - Art.º 16.º e 17.º do CIVA

Importações – Art.º 17.º

Para efeitos de determinação do valor tributável sempre que


os valores sejam expressos em moeda estrangeira

A taxa de câmbio a utilizar será determinada

de harmonia com as disposições comunitárias em vigor para o cálculo do


valor aduaneiro - n.º 6

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26
IVA Taxas - Art.º 18.º do CIVA

INTERMÉDIA
NORMAL Continente 13.%
Continente 23.%
Madeira 12.%
Madeira 22.% Açores 9.%
LISTA II

Açores 18.% REDUZIDA


Continente 6.%
LISTA I e importações e transmissões de
objectos de arte
Madeira 5.%
Açores 4.%
27
Jesuíno Alcântara Martins 28
IVA Isenções - Art.ºs 9.º a 15.º do CIVA

A prática de operações activas isentas pode ou não implicar a impossibilidade de


deduzir o IVA suportado e, nestes termos, as isenções em IVA, qualificam-se de:

ISENÇÕES COMPLETAS

Isenções que CONFEREM, ao sujeito passivo que as pratica, o direito à


dedução do IVA suportado a montante da realização das mesmas

ISENÇÕES INCOMPLETAS

Isenções que NÃO CONFEREM, ao sujeito passivo que as pratica, o


direito à dedução do IVA suportado a montante da realização das mesmas
3

Jesuíno Alcântara Martins 29


IVA
Tipo de operações Operações
não sujeitas
Operações
isentas

Isenções incompletas

Isenções completas

Operações Sujeitas

Operações 13
não isentas

Jesuíno Alcântara Martins 30


IVA Deduções – Art.ºs 19.º a 26.º do CIVA

A dedução é o mecanismo fundamental do IVA


A dedução opera segundo o

Método do crédito de imposto ou Método subtrativo

IVA a entregar ao Estado


=
IVA liquidado nos outputs - IVA dos inputs deduzido

3
0 a 100% do imposto suportado
Jesuíno Alcântara Martins
31
IVA Regime de isenção
Beneficiam da isenção do imposto:
Art.º 53.º CIVA
Os sujeitos passivos que

• Não possuindo nem sendo obrigados a possuir contabilidade organizada para


efeitos do IRS ou IRC;

• Não pratiquem operações de importação, exportação ou actividades conexas;

• Não exerçam actividade que consista na transmissão dos bens ou prestação dos
serviços mencionados no anexo E do CIVA

• Não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a


Art.º 42.º CIVA
€ 10 000.

• Os sujeitos passivos com um volume de negócios superior a € 10 000, mas inferior


a € 12 500, que, se tributados, preencheriam as condições de inclusão no regime
dos pequenos retalhistas.
Jesuíno Alcântara Martins 32
IVA Regime dos pequenos retalhistas

Os retalhistas que sejam pessoas singulares, não possuam nem sejam


obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do IRS e não
tenham tido no ano civil anterior um volume de compras superior a € 50
000, para apurar o imposto devido ao Estado, aplicam um coeficiente de 25 %
ao valor do imposto suportado nas aquisições de bens destinados a vendas
sem transformação.

Ao imposto apurado é deduzido o valor do imposto suportado na aquisição


ou locação de bens de investimento e outros bens para uso da própria
empresa, salvo tratando-se dos que estejam excluídos do direito à dedução
nos termos do n.º 1 do artigo 21.º CIVA

Jesuíno Alcântara Martins 33


IVA Regime dos pequenos retalhistas

O volume de compras a que se refere o n.º 1 do Art.º 60.º é o valor


definitivamente tomado em conta para efeitos de tributação em
IRS.

Os retalhistas que iniciem a sua actividade, o volume de compras é


estabelecido de acordo com a previsão efectuada relativa ao ano civil
corrente, após confirmação pela AT.

Quando o período de referência, seja inferior ao ano civil, deve


converter-se o volume de compras relativo a esse período num
volume de compras anual correspondente.

Jesuíno Alcântara Martins 34


IVA Regime dos pequenos retalhistas
Consideram-se retalhistas aqueles cujo volume de compras de bens destinados a venda
sem transformação atinja pelo menos 90 % do volume de compras, tal como se encontra
definido no n.º 3 do art.º 60.º

No caso de aquisição de materiais para transformação dentro do limite supra previsto, ao


montante de imposto calculado nos termos do n.º 1 acrescem 25 % do imposto
suportado nessa aquisição.

Não podem beneficiar do regime dos pequenos retalhistas, os retalhistas que


pratiquem

• Operações de importação, exportação ou actividades com elas conexas,


operações intracomunitárias referidas na al.) do n.º 1 do Art.º 1.º, ou

• Prestações de serviços não isentas de valor anual superior a € 250 nem aqueles
cuja actividade consista na transmissão dos bens ou prestação dos serviços
mencionados no anexo E do CIVA.

Jesuíno Alcântara Martins 35


IVA
Quem pode aderir ao Regime de IVA de Caixa (RIC)? (DL n.º 71/2013)
• Para optar pelo RIC os sujeitos passivos de IVA, têm de reunir os seguintes requisitos:

• Não ultrapassem no ano civil anterior, um volume de negócios de 500.000€;

• Não exerçam em exclusivo as actividades previstas no artigo 9.º do CIVA (Isenções nas
operações internas);

• Não estejam abrangidos pelo regime de isenção do artigo 53.º do CIVA;

• Não estejam no regime dos pequenos retalhistas do artigo 60.º do CIVA (Regime dos
pequenos retalhistas);

• Estejam registados para efeitos de IVA há pelo menos 12 meses;

• Sujeitos passivos cuja situação tributária, se encontre regularizada nos termos do CPPT
e sem obrigações declarativas em falta.

• Os sujeitos passivos de IVA enquadrados nos regimes de exigibilidade de caixa


revogados, podem exercer a opção pelo regime desde que reúnam os requisitos
exigidos.
Jesuíno Alcântara Martins 36
IVA
Quando é exigível o IVA?
• Neste regime a exigibilidade do IVA pode ocorrer em momentos distintos:
• É exigível no momento do recebimento total ou parcial, pelo montante
recebido;
• Quando o recebimento precede o momento da realização das operações
tributáveis;
• No 12.º mês posterior à data de emissão da factura;
• No período seguinte à comunicação de cessação da inscrição no regime
nos termos do artigo 5.º do Regime de IVA de caixa;
• No período correspondente à entrega da declaração de cessação da
actividade a que se refere o artigo 33.º do CIVA, nos casos previstos no
artigo 34.º do mesmo diploma;

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IVA
OBRIGAÇÕES – Art.ºs 27.º a 52.º do CIVA

Pagamento Faturação

Declarativas Contabilísticas/Registo

Jesuíno Alcântara Martins 38


IVA
Obrigações declarativas - Art.ºs 29.º a 35.º e 41.º a 43.º CIVA

Início

• Declarações de Actividade Alterações

Cessação

Mensais
• Declarações periódicas

Trimestrais

• Anexos IVA da Declaração anual

Jesuíno Alcântara Martins 39


IVA Avaliação directa
Correcção da DP
Liquidação
Adicional
Art.ºs 92.º e 94.º
Notificação Art.º
Sim
87.º
Avaliação indirecta
Prazo
Pode ser alvo de acção Pagamento
Cumprimento das
de inspecção Métodos Não Pagamento Voluntário
Obrigações
Art.ºs 52.º, 76.º, 84.º e Indirectos da liquidação
Tributárias 85.º
Pagamento da Prazo
liquidação 90 dias
Notificação
Não
Art.ºs 90.º, 91.º e 28.º Regularização Prazo
90 dias
Art.º 88.º
Procedimentos inerente n.º 4
Envia DP
ao Pedido de Revisão da Notificação da decisão
Matéria Tributável
Art.º 29.º Art.º 88.º
Sujeito n.º 2
Certidão
Liquidação de Dívida
Passivo Mensal oficiosa PEF
Não Art.º 88
Art.º 2.º Não Envia DP n.º 3
Enquadramento Art.º 27.º
Declaração Periódica Operações n.º 6
Regime
al. c) n.º 1 art.º 29.º Tributárias Não envia DP
Mensal
Envia DP
Sim com meio
Volume
Trimestral Pagamento correcto
Negócios Apuramento
do imposto Com meio Pagamento
Art.ºs 42.º e 81.º incorrecto
Art.º 27.º Envia
DP Sem meio
Pagamento
Jesuíno Alcântara Martins 40
IVA REGULARIZAÇÕES

Os sujeitos passivos de IVA estão obrigados - al. b) do n.º 1 do art.º 29.º - a emitir
obrigatoriamente uma factura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços.

Pagamento antes da data da transmissão ou prestação de serviços.

Após a emissão da se for • O valor tributável de uma operação


Factura rectificado/alterado • O valor do respectivo imposto

Têm de ser observadas as disposições do art.º 36.º e segs. do CIVA

Art.º 78.º n.º 1 do CIVA

Jesuíno Alcântara Martins 41


IVA REGULARIZAÇÕES

As facturas são substituídas por guias ou notas de


devolução, quando se trate de devoluções de
mercadorias anteriormente transaccionadas entre as
n.º 3, art.º 36.º
mesmas pessoas, devendo a sua emissão processar-se
o mais tardar no 5.º dia útil seguinte à data da
devolução

As guias ou notas de devolução e outros documentos


rectificativos de facturas devem conter, além da data e
numeração sequencial, os elementos a que se refere a
n.º 6, art.º 36.º
alínea a) do n.º 5 do art.º 36.º, bem como a referência à
factura a que respeitam e as menções desta que são
objecto de alterações

Jesuíno Alcântara Martins 42


IVA REGULARIZAÇÕES

▪ Anulada a operação • O fornecedor do


Se após o registo do bem
art.º 45.º do CIVA • O prestador do
▪ Reduzido o valor tributável
serviço

Invalidade,
Resolução,
PODE
Rescisão,
n.º 2 do art.º 78.º Redução do contrato
Efectuar a dedução
Devolução das mercadorias do correspondente
Concessão de abatimentos ou descontos imposto

Até ao final do período de tributação seguinte àquele em que se verificaram as respectivas circunstâncias

Jesuíno Alcântara Martins 43


IVA REGULARIZAÇÕES

n.º 3 do art.º 78.º CIVA

Após o registo referido no


art.º 45.º CIVA

Rectificação Rectificação
obrigatória facultativa
Facturas
inexactas

Imposto liquidado a menos Imposto liquidado a mais

Até ao final do período seguinte àquele a


Prazo de 2 anos
que respeita a factura a rectificar

Jesuíno Alcântara Martins 44


IVA REGULARIZAÇÕES

Artigo 45.º CIVA


Registo das operações em caso de emissão de facturas

O registo das operações que consistem em


transmissões de bens e prestações de serviços
efectuadas pelo sujeito passivo - al. do n.º 2 do art.º
44.º - deve ser efectuado após a emissão da factura.

Em que prazo? Até à entrega da declaração a


mensal
que se refere o art.º 43.º CIVA
Até à entrega Uma só operação tributável
das declarações
periódicas
Art.º 41.º CIVA trimestral Ou até ao fim desse prazo se a
obrigação não tiver sido cumprida

Jesuíno Alcântara Martins 45


IVA REGULARIZAÇÕES

Art.º 78.º, n.º 6

Imposto a Correcção
favor do
Erros materiais Estado
obrigatória
ou de cálculo no 4 anos
registo a que se Prazo de caducidade
referem os
artigos 44.º a
51.º e 65.º do
CIVA Imposto a
Correcção
favor do
contribuinte facultativa
Erros internos da empresa que não têm 2 anos
qualquer interferência na esfera de terceiros (p.e. erro no imposto
dedutível - Nascimento do
Consistem em erros na transcrição das facturas para os direito à dedução
registos ou dos registos para a declaração periódica Art.º 22.º CIVA)

Jesuíno Alcântara Martins 46


IVA REGULARIZAÇÕES

REGULARIZAÇÕES
MENSAlS TRIMESTRAIS ANUAIS

Art.ºs 23.º, 24.º e 26.º


Art.º. 78.º CIVA
• Por cálculo do pro rata definitivo
• A favor do Estado • Por variação do pro rata definitivo
• A favor do sujeito passivo • Outras regularizações anuais

Art.º 25.º - Regularizações relativas a bens do activo ✓ Artigo 23.º - Métodos de dedução
imobilizado por motivo de alteração da actividade ou imposição relativa a bens de utilização mista
legal ✓ Artigo 24.º - Regularizações das
deduções relativas a bens do activo
A dedução pode ser efectuada no período de imobilizado
✓ Artigo 26.º
imposto em que se verificar a alteração. Regularizações das deduções relativas
a imóveis não utilizados em fins
empresariais

Pressuposto comum: Toda e qualquer regularização é obrigatória sempre que é a favor do Estado

Jesuíno Alcântara Martins 47


IVA REGULARIZAÇÕES

Artigo 27.º
Pagamento do imposto apurado pelo sujeito passivo
Os sujeitos passivos são obrigados a entregar o montante do imposto exigível,
apurado nos termos dos artigos 19.º a 26.º e 78.º, no prazo previsto no artigo
41.º, nos locais de cobrança legalmente autorizados.
Até ao fim do
período de
Anulação ou Corrige o
Adquirente dos bens ou imposto seguinte
redução do valor da
destinatário do serviço ao da recepção do
valor dedução
documento
tributável efectuada
rectificativo

Sujeito • O adquirente tomou


Rectificação para menos: passivo conhecimento da rectificação,
• Do valor tributável da operação tem de ter ou de
• Do valor do imposto prova • Foi reembolsado do imposto

Jesuíno Alcântara Martins 48


IVA
Para efeitos do n.º 5 do art.º 78.º CIVA são considerados idóneos os documentos
seguintes: (cfr. Ofício-circulado n.º 33129, , 02.04.1993 – DSCA)

• Qualquer dos meios de comunicação escrita - carta, ofício, telex, telefax,


telegrama - com referência expressa ao conhecimento da rectificação do IVA.
• Nota de devolução ou nota de recebimento do cheque, com menção à
regularização do IVA, emitidas pelo cliente e na posse do fornecedor do bem ou do
prestador do serviço.
• Fotocópia da nota de crédito, após assinatura e carimbo do adquirente,
constituindo documento por ele enviado após tomada de conhecimento da
regularização do imposto a efectuar.

Se o sujeito passivo não tiver em sua posse confirmação escrita efectuada


pelos seus clientes de que receberam comunicação a evidenciar o montante
de IVA rectificado, ou de que foram reembolsados do respectivo imposto,
consideram-se não cumpridas as disposições estabelecidas no nº 5 do artigo
78º, e a regularização de imposto efectuada será indevida.

Jesuíno Alcântara Martins 49


IVA REGULARIZAÇÕES

Art.º 78.º CIVA


Regularizações - Rectificação do imposto

Regularização a favor do
sujeito passivo, feita até ao Campo 40 da próxima declaração
N.º 2 final do período de imposto periódica (DP) dentro do prazo
seguinte

Regularização a favor do Sem qualquer


Estado efectuada até ao Campo 41 da DP
penalidade
período seguinte

Regularização a favor do Com a


N.º 3 Campo 41 da DP
Estado efectuada após o consequente
prazo de substituição
penalidade

Regularização a favor do
Sujeito Passivo efectuada
Campo 40 de uma DP
no prazo de dois anos dentro do prazo - 2 anos

Jesuíno Alcântara Martins 50


IVA
Art.º 78.º CIVA
Regularizações - Rectificação do imposto

Regularização a favor do Sem qualquer


Estado efectuada até ao Campo 41 da DP
penalidade
período seguinte
N.º 4
Regularização a favor do Com a
Campo 41 da DP
Estado efectuada após o consequente
de substituição
prazo penalidade

Regularização a favor do DP de substituição do período


Estado - obrigatória que se pretende corrigir
N.º 6
Regularização a favor do
Sujeito Passivo efectuada
DP de substituição do período
no prazo de dois anos que se pretende corrigir

Jesuíno Alcântara Martins 51


IVA REGULARIZAÇÕES

Facturas Imposto liquidado Regularização


N.º 3
inexactas a mais facultativa
Prazo
de
Erros Rectificação a favor do sujeito passivo dois
materiais anos
N.º 6 ou de Imposto liquidado Regularização
cálculo a mais facultativa

O procedimento de liquidação no IVA, por regra, é a Autoliquidação

Art.º 78, n.º 2 da LGT


Sem prejuízo dos ónus legais de reclamação ou impugnação pelo contribuinte,
considera-se imputável aos serviços, para efeitos do número anterior (n.º 1 do art.º
78.º da LGT), o erro na autoliquidação.

Jesuíno Alcântara Martins 52


IVA
Artigo 98.º CIVA
Revisão oficiosa e prazo do exercício do direito à dedução

1 - Quando, por motivos imputáveis aos serviços, tenha sido liquidado imposto
superior ao devido, procede-se à revisão oficiosa nos termos do artigo 78.º
da lei geral tributária.
2 - Sem prejuízo de disposições especiais, o direito à dedução ou ao reembolso
do imposto entregue em excesso só pode ser exercido até ao decurso de
quatro anos após o nascimento do direito à dedução ou pagamento em
excesso do imposto, respectivamente.
3 - (…)

Jesuíno Alcântara Martins 53


IVA
Lei n.º
66-B/2012,
Art.º 78.º
de 31.12 Regime do
OE 2013 Regularizações

Art.º 78.º-A
Art.º 78.º-B
Créditos de cobrança duvidosa ou
incobráveis - Dedução do sujeito Procedimentos de dedução
passivo

Art.º 78.º- C
Rectificação a favor do Estado de
Art.º 78.º-D
dedução anteriormente efectuada Documentação de Suporte

Jesuíno Alcântara Martins 54


IVA

FIM

Jesuíno Alcântara Martins


Jesuinoamartins@gmail.com

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