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21/02/2017
Lição nº
Revimos que o conhecimento é sempre uma relação entre sujeito e objecto, mas foi-nos
colocada a questão: o que é que é determinante no conhecimento, o sujeito ou o
objecto? Partindo desta pergunta, foram abordadas duas perspectivas: idealismo e o
realismo que se referem à natureza do conhecimento.
O idealismo (Berkeley) defende que o sujeito é o que determina e que não existe uma
matéria exterior ao conhecimento. O professor exemplificou dizendo que a
grandeza/pequenez, rapidez/lentidão e frio/calor não existem no exterior, na realidade
das coisas, existem apenas em nós (em mim) e portanto são mutáveis, susceptiveis à
percepção e esta pode ser alterada por exemplo, quando estamos com febre (frio/calor;
doce/amargo). Considerámos também que o objecto é o que é o real, o físico, o material,
e assim podemos também questionar o que é a matéria? Esta questão foi pertinente
porque o senso comum diz que a matéria é que sustenta toda a realidade e o professor
disse que nós não percepcionamos a matéria percepcionamos apenas as sensações e
perguntou porque é que se diz que há matéria que suporta as sensações – mas não
percebo, porque se não existisse um limão eu não saberia o que é a acidez
(matéria/sensação). Como assim não há percepção da matéria? Não a vemos, não vemos
as partículas que a compõem, mas percepcionamos o seu resultado (o limão). Disse
também que o que conhecemos ou é através dos sentidos ou da razão, que o que se
conhece dos sentidos são as nossas sensações (mas mais uma vez, indo de encontro ao
que disse sobre a matéria, nós não temos sensações apenas em nós, temos sensações em
relação ao outras coisas, como por exemplo o cheiro, não o vejo, mas sinto-o, ele está
lá, ele é partícula, é matéria, o cheiro sustenta a realidade “que cheira mal”.)
O realismo defende que o objecto é o que determina o conhecimento: a realidade é
independente da consciência, é a diferença entre a realidade e o conhecimento que
temos do real.
Fomos confrontados com outro problema que surge quando falámos sobre o
conhecimento, que é: qual o valor e limites do mesmo? Com este problema surgem mais
uma vez, duas posições diferentes: absolutismo ou dogmatismo crítico/filosófico e o
cepticismo que se referem à possibilidade do conhecimento, ou seja, se o sujeito
apreende realmente o objecto.
Mas surgiu-me uma dúvida que é a seguinte: porque é que falamos do conhecimento
como sinónimo de verdade? Não existe aprendizagem? O que é a verdade? É imutável?
É que quando falámos sobre o dogmatismo falou-se em atingir o conhecimento
completo, atingir a verdade. Mas eu vejo o conhecimento e a verdade como estando
sujeitos à temporalidade, ou não? por exemplo, planetas que se têm vindo a descobrir ou
o facto de ser a terra que gira à volta do sol e não o contrario.