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Unidade V: Peneiramento Industrial

V.1 – Introdução

Separação de materiais sólidos baseada na diferença de tamanho entre esses


materiais

Peneiras são utilizadas para separação de material com tamanho entre 20cm e 50µm.
Mas na pratica, o limite inferior é de 100 µm (abaixo disso, outros equipamentos são
mais eficientes)

Alimentação: A
Finos (material que passa pela peneira): F
Grosso (material que fica retido na peneira): G
Diâmetro de corte (abertura da peneira): Dc

O sólido alimentado A é movimentado sobre a peneira. As partículas que passam


pelas aberturas constituem os finos F e as que ficam retidas são os grossos G.
Qualquer destas duas frações poderá ser o produto da operação. O objetivo
geralmente é indicado no próprio nome da operação: eliminação de finos, separação
de grossos ou “corte” do material visando sua posterior concentração. Há um diâmetro
de corte Dc que limita o tamanho máximo das partículas da fração fina e o mínimo da
fração grossa. As duas frações obtidas na operação ideal são frações ideais,
representadas por Fi e Gi. Geralmente o diâmetro de corte é escolhido em função do
fim visado na operação, podendo, ou não, coincidir com a abertura de uma peneira
padrão.

Idealmente Dc é o menor diâmetro das partículas em G e o maior das partículas em F.


Na pratica, parte dos finos não passam pela peneira e parte dos grossos passam.

Motivos:
 A aderência do pó às partículas grandes ;
 A aglomeração de várias partículas pequenas, por ocasião ou forças de
qualquer outra natureza, pode dar origem a um aglomerado incapaz de passar
pelas malhas da peneira;
 Várias partículas finas poderão incidir simultaneamente numa dada abertura da
peneira e nenhuma conseguirá passar,
 Se o movimento das peneiras for muito rápido, as partículas podem saltar de
um fio para o outro das malhas, sem jamais atingir as aberturas.
 Se houver carga excessiva de material na peneira, algumas partículas grossas
poderão ser forçadas a passar indevidamente pelas malhas.
Eficiência:
Recuperação de grosso: Eg=xg.G / xa.A
Recuperação de finos: Ef=(xf-1).F / (xa-1).A
Eficiência global: Eg x Ef

V.2 – Equipamentos

a) Peneiras estacionárias

- Mais simples, robustas e econômicas


- Uso restrito (quase só para sólidos grosseiros, às vezes maiores que 5 cm, abertura
entre 1 e 10 cm)
- Operam descontinuamente e entopem com facilidade.
- Horizontais ou inclinadas

b) Peneiras mecânica

b.1) Rotativas

- O tipo mais comum é o tambor rotativo de emprego corrente nas pedreiras para
realizar a classificação do pedrisco
- Cilindro longo (4 a 10 m), inclinado de 5 a 10° que gira a baixa velocidade em torno
do eixo.
- A superfície lateral do cilindro metálico pode ser placa metálica perfurada ou tela,
com aberturas de tamanhos progressivamente maiores na direção da saída. Isto
permite separa várias frações do material.
b.2) Peneiras agitadas

- Agitação provoca a movimentação das partículas sobre a superfície de peneiramento


- Podem ser horizontais, geralmente são inclinadas (15 a 20°)
- A eficiência é relativamente alta para materiais de granulometria superior a 1 cm,
mas é baixa para materiais finos principalmente quando se pretende uma capacidade
elevada.

c) Peneiras vibratórias

- Capacidade e eficiência elevada, especialmente para material fino, quando todas as


anteriores apresentam problemas mais ou menos sérios de entupimento
- Dois tipos gerais:
 com estrutura vibrada: similar às vibratórias, mas com freqüência e amplitude
bem menor (Figura 1) a estrutura é submetida a vibração mecânica por meio
de excêntrico ou eixos desbalanceados, ou vibração eletromagnética com
solenóides.
 com tela vibrada: freqüência bastante alta e amplitude pequena. Usada para
peneiramento fino não sendo recomendadas para trabalho pesado. Consume
pouca energia. Problema: desgaste e ruído. (Figura 2) tem eletroímãs que
atuam diretamente sobre a tela.

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