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A moagem via seca é, normalmente, adotada para casos onde o minério não pode ser
molhado, devido à reação com a água, ou quando a próxima etapa do processo é a seco,
tornando-se economicamente inviável a secagem da polpa, ou quando a escassez de
água torna o processo a úmido inviável.
A moagem a seco causa menos desgaste nos revestimentos e nos corpos moedores, em
consequência à formação de uma camada de minério que recobre os mesmos,
resultando, também, na produção de mais partículas finas.
A moagem via úmida se caracteriza pela adição de líquido ao sólido, produzindo uma
polpa, que irá compor a carga. A quantidade de água a ser adicionada é determinada
conforme a densidade ou porcentagem de sólidos da polpa que se deseja utilizar no
processo.
Este tipo de moagem apresenta uma ação lubrificante, devido ao transporte hidráulico,
levando a redução de potência, em torno de 23%, em relação à moagem a seco, como.
Entretanto, o consumo de revestimento é de 5 a 7 vezes maios, em função do desgaste à
corrosão e falta de recobrimento dos mesmos
Moagem via úmida é, geralmente, a mais utilizada em operações de
processamento mineral devido à economia global da operação. As vantagens
deste tipo de processo, são:
Moinhos Cilíndricos
Descrição Geral
Estes moinhos são constituídos de uma carcaça cilíndrica de ferro, revestida
internamente com placas de aço ou borracha, que gira sobre mancais e
contém no interior uma carga de barras ou bolas de ferro ou aço.
Tipos de Moinhos Cilíndricos
Moinho de barras
São moinhos cilíndricos, que utilizam barras como meio moedor, e podem ser
considerados máquinas de britagem fina ou de moagem grossa. Esses são capazes de
suportar uma alimentação tão grossa quanto 50 mm e fornecer um produto tão fino quanto
500 µm; são muitas vezes escolhidos para britagens finas quando o material é argiloso.
Esse tipo de moinho tem pouca aplicação na concentração de minérios pois, sendo as
gangas geralmente silicosas, desaconselha-se o seu uso devido ao grande desgaste da
superfície interna, da tela e dos martelos.
As leis de Kick, Rittinger e Bond são leis empíricas que podem ser obtidas a partir de uma
equação diferencial que relaciona o trabalho elementar necessário (-dW, trabalho
fornecido) para fragmentar a unidade de massa do sólido com uma variação de tamanho
(-dD, redução de tamanho ou diâmetro médio).
−𝑑𝐷
−𝑑𝑊 = 𝑘( 𝑛 )
𝐷
Portanto:
Lei de Kick: n = 1 (primeiras fases do britamento)
Lei de Rittinger: n= 2 (moagem fina)
Lei de Bond: n = 1,5 ( geral)
LEI DE KICK: n = 1
𝑊 𝐷2 𝑑𝐷 𝐷2 𝐷1
− 0
𝑑𝑊 = −𝑘 𝐷1 𝐷
→ −𝑊 = −𝑘𝑙𝑛 → −𝑊 = 𝑘𝑙𝑛( )
𝐷1 𝐷2
Sendo:
𝐷1
−𝑊 = 𝐶𝑘𝑙𝑛( ) é a lei Kick
𝐷2
𝑃 1 1
𝐸 𝑜𝑢 𝑊 = = 10 × 𝑊𝐼 × ( + )
𝑄 𝑃 √𝐹
Bond e Rowland – fatores de correção
8 0.2
𝐸𝐹3 = ( ) se D estiver expresso em ft, ou
𝐷
2.44 0.2
𝐸𝐹3 = ( ) se D estiver expresso em m, ou
𝐷
Nota: A Metso recomenda a não aplicação deste fator a moinhos maiores que
8 ft (como fator de segurança).
EF4: Alimentação muito grossa:
Quando a alimentação é muito grossa, energia adicional será necessária,
tendo em vista a não adequação da distribuição de bolas/barras.
O tamanho ótimo de alimentação é dado por:
Moinho de barras:
13
𝐹𝑜 = 16.000 ×
𝑊𝐼
Moinho de bolas:
13
𝐹𝑜 = 4.000 ×
𝑊𝐼
Se F < Fo, EF4 não é aplicado. Caso contrário, multiplica-se W
por:
𝐹−𝐹𝑜
𝑅𝑅+(𝑊𝐼−7)×( )
𝐹𝑜
𝐸𝐹4 =
𝑅𝑅
(𝑅𝑅 − 𝑅𝑅𝑜)2
𝐸𝐹6 = 1 +
150
13
𝐹0 = 16000 = 15.878
𝑊.𝐼
15 + 13.2 − 7 × 0.13
𝐸𝐹4 = = 1.06
15
EF5: Não se aplica, so se aplica para Moagem fina.
EF6: Só podemos aplicar depois do conhecido diâmetro e o comprimento do moinho.
EF7: Não se aplica, so se aplica a baixas RR.
EF8: 1,2 (Moinhos de barras + moinhos de bolas com classificação circuito fechado de britagem), Circuito
fechado so com Moinhos de Barras
3° 𝑪𝑨𝑳𝑪𝑼𝑳𝑶 𝑷𝑹𝑬𝑳𝑰𝑴𝑰𝑵𝑨𝑹 𝑫𝑨 𝑷𝑶𝑻Ê𝑵𝑪𝑰𝑨 𝑫𝑶 𝑴𝑶𝑰𝑵𝑯𝑶
Então:
1
𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑎 = 2.83 × 1.06 × 1.2 × × 1.34 × 250 = 𝟏𝟑𝟑𝟎𝑯𝒑
0.907
Onde:
𝟏
𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑡 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡
𝟎. 𝟗𝟎𝟕
1.34 conversão de KW para Hp
250Vazão do material a ser alimentado.
OU
𝐾𝑊ℎ 1𝑠𝑡 1.341𝐻𝑃 𝐻𝑃ℎ
𝐸 = 2.83 𝑥 𝑥 = 4.18
𝑠𝑡 0.907𝑡 1𝐾𝑊 𝑡
𝑡 𝐻𝑃ℎ
−𝑊 = 𝑄𝑥𝐸 = 250 𝑥4.18 = 1045𝐻𝑃
ℎ 𝑡
4° 𝑴𝑼𝑳𝑻𝑰𝑷𝑳𝑰𝑪𝑨𝑵𝑫𝑶 𝑷𝑬𝑳𝑶𝑺 𝑽𝑨𝑳𝑶𝑹𝑬𝑺 𝑫𝑬 𝑬𝑭𝟒 𝑬 𝑬𝑭𝟖.
−𝑾 = 𝟏𝟎𝟒𝟓𝑯𝑷 𝒙 𝟏. 𝟎𝟔 𝒙 𝟏. 𝟐 = 𝟏𝟑𝟑𝟎𝑯𝑷
5° 𝑬𝑺𝑪𝑶𝑳𝑯𝑨 𝑫𝑶 𝑴𝑶𝑰𝑵𝑯𝑶.
A tabela 6 (moinho de barras), mostra que um moinho 12.5 x 18 ft carregado com 40% de seu volume, puxa 1.173Hp e
D=11.55ft então posso calcular o factor EF3.
8 0.2
𝐸𝐹3 = ( ) = 0.929
11.55
Note que D é o diâmetro interno do moinho.
Então a potência corrigida por esse factor passa a ser:
𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 0.929 × 1330 = 𝟏𝟐𝟑𝟔 𝑯𝒑.
Para que o moinho 12.5ft de diâmetro possa absorver esta potência é necessário aumentar o seu comprimento
𝐿′ 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙:
𝐿′ 1236𝑓𝑡
= → 𝐿′ = 19𝑓𝑡 medidas internas D=11.55ft e L= 18.5ft
18𝑓𝑡 1173𝐻𝑃
Como RR esta no intervalo 𝑹𝑹𝒐±, EF6 Não se aplica. EF3 Também é o mesmo e o moinho escolhido permanence o
mesmo:
Moinho de barras
Descarga por overflow
D= 125ft (interno = 11.55 ft)
L/D =1.5
40% de carga
66% de velocidade critica.
Escolha do motor:
A potencia consumida (no pinhão) será 1.236 Hp
Motor: 2000HP
6° Corpos moedores:
18.0000.75 3 × 13.2
𝑅= = 4.1" ≅ 4"
160 66 × 11.55
% enchimento = 40%
𝜋×(3.61)2
Volume Interno = × 5.7 = 58.1 𝑚3
4