Fala, meu amigo! Seja muito bem-vindo ao nosso primeiro módulo do
“Conquistando o emprego dos sonhos”! Eu me chamo Ícaro de Carvalho. Cara, eu quero te dar as boas-vindas por ter aceitado o desafio, por ter confiado na minha palavra, na minha proposta, naquilo que separei para você, acreditando que é um material imprescindível para você que pensa em trabalho, em carreira, que quer ganhar grana, para você que quer se posicionar melhor no seu trabalho ou conseguir um aumento, ou se ver como um profissional de destaque na tua empresa, na tua função, no teu serviço, na tua sociedade — digo “sociedade” em relação aos seus sócios, caso você trabalhe com outras pessoas ou numa empresa familiar. Eu já tive negócios familiar. Não é fácil! Você lida com diversas variáveis. Aqui, no “Conquistando o emprego dos sonhos”, você vai aprender a se posicionar e irei te ensinar o que eu aprendi, ao longo desses 12 anos, o que há de melhor na minha opinião. Comecei a minha proposta nesse curso dizendo, com todas as letras, que eu nunca fui um Celetista (CLT) — nunca fui empregado, nunca tive uma “carteirinha azul de trabalho” —, mas sempre estive do outro lado do balcão. Sempre estive contratando pessoa. No ano passado fui responsável por mais de 77 pessoas em ações comerciais que foram realizadas para, principalmente, um grande cliente que nós atendemos. E isso envolve contratar gente de todos os tipos. Quando você trabalha com Marketing, tocando uma agência ou à frente de uma produtora, termina lidando com redator, lida também com diretor de arte, lida com programador, lida com gente de rua, lida com gente que está vendendo equipamento, lida com o financeiro, enfim, lida com todo tipo de gente. Então, às vezes é diferente de uma empresa que só tem que contratar vendedor ou que só contrata advogados. Uma agência de Marketing lida com todo tipo de público. Nós temos advogados, temos ilustradores, programadores, roteiristas, matemáticos, gente comprando tráfego. Ou seja, aprendi “algumas” coisas nesses últimos anos. E eu quero dividir um pouco desse conhecimento com vocês. Por quê? Nos últimos 9 anos, eu produzi conteúdos voltados para empreendedores. Conteúdos para quem quer tocar e dar voz ao seu próprio negócio. Por que eu decidi, de repente, produzir conteúdo para o outro lado? Para você que quer trabalhar, quer a tua carreira, a tua sociedade (a relação de trabalho com o teu sócio). Fiz uma pesquisa no Instagram e percebi que 43% das pessoas que me seguiam gostavam de empreendedorismo, de falar sobre dinheiro, de negócios, mas o que elas tinham mesmo era um trabalho. Eu gosto muito de uma frase que diz: “você enriquece através do teu trabalho”. Se você pega a lista da Forbes, vai perceber que boa parte das pessoas que possuem as maiores fortunas do mundo, chegaram a essa conquista através do trabalho. Essa ideia de que você vai se enriquecer ganhando na Mega-Sena, ou casando com uma mulher rica — aplicando o golpe do baú —, ou você vai começar a colocar 50 reais numa conta e daqui a 50 anos vai estar milionário, não se aplica na maioria dos casos. O que acaba acontecendo é que as pessoas jogam para os investimentos ou para a sorte da vida uma responsabilidade que deveria ser delas, no próprio trabalho. Então, quando eu notei que 43% das pessoas que me seguiam trabalham ordinariamente, acordando cedo para pegar um ônibus ou vão de carro, de Uber ou não, para ir trabalhar para outra pessoa, pensei “Caramba, o que eu faço no meu dia-a-dia?”. Eu sou Copywriter, um comunicador, marketeiro digital. Em suma, eu convenço pessoas. Como isso? Em algum momento, nos meus stories, na minha carta de vendas ou num anúncio que você viu, eu fiz um convite para você assistir meu conteúdo, destinado a quem trabalha, destinado a quem quer aumentar o seu salário, destinado a quem quer se destacar numa entrevista de emprego. Você aceitou o convite porque eu te convenci. Boa parte do dinheiro que eu recebo, boa parte do que construiu a segurança da minha família, boa parte que constitui o meu patrimônio, vem do poder de convencer pessoas. Presta atenção! O que é ter sucesso numa entrevista de emprego, ou numa negociação salarial, senão convencer a outra parte? Você concorda comigo? Então, o nosso trabalho tem início agora com um grande plano de convencimento. Quero mostrar para você que te ensinaram tudo errado sobre dinheiro, sobre carreira, sobre como negociar um aumento, como falar com teu chefe, como procurar um serviço, como mostrar teu currículo, como entrar e sair de uma sala de entrevista. É exatamente isso que quero mostrar: por terem te ensinado tudo errado, você não consegue se destacar. Está todo mundo, numa grande massa, tentando uma mesma estratégia. E o que você está tentando oferecer não é o que o entrevistador quer, e no final não dá “samba”, não dá “jogo”. Vamos começar?! Chega de papo e vamos direto ao nosso trabalho. Nosso primeiro módulo do curso começa falando sobre como a economia e o mercado de trabalho funcionam. Eu não quero ficar falando sobre sociologia, de “tititi” para você. Quero te falar o que eu gostaria de ter ouvido na escola quando eu era criança e que ninguém me falou. Nem professor, nem diretor, nem coordenador algum me falou. Nem meus pais me falaram! Parece que ninguém te fala quais são as regras do jogo. As pessoas ficam de bobagem, como “Você vai conseguir um bom emprego! O que você quer ser quando crescer? Você quer ser rico? Ser bem-sucedido? Vai ter que trabalhar muito, viu?!”. Mas ninguém te diz quais são as regras do jogo. A porra da vida não começa com um manual. E é isso que cansa, que desgasta, que te deixa perdido. Porque todo mundo te diz o que fazer mas ninguém te fala como fazer. Como é que a economia e o mercado de trabalho funcionam? Funcionam de uma forma muito simples: empresas precisam sobreviver resolvendo problemas das outras pessoas. Uma empresa tem sucesso na medida que ela resolve problemas. Uma empresa tem sucesso na medida que pega demanda de pessoas e as atende. E os funcionários nada mais são do que pessoas que materializam essa capacidade de uma empresa de resolver problemas. Vamos pegar o exemplo da Netflix. A Netflix resolveu um problema. Qual? Você quer assistir filmes? Quer assistir conteúdo? Quer assistir séries? Não quer precisar ir ao cinema? Não quer ter que comprar isso? Não quer fazer download de um torrente que vai te dar vírus? Quer ter acesso a isso de forma fácil? Cansou de TV a cabo, que te dá 500 canais que você não tem interesse algum? Paga 39,90 que a Netflix te dá. Entra no site, dá um play, e aproveita que está em HD. Está resolvido! Só que a Netflix é apenas uma abstração. É só uma personalidade jurídica, apenas um CNPJ. O que é a Netflix de fato? São pessoas contratas para programar, desenhar, gravar vídeos, comprar coisas, fazer contrato, distribuir, alinhar servidor, fazer o atendimento, fazer o processamento, ligar para a MasterCard. A MasterCard, por sua vez, é também uma empresa cheia de pessoas que vão oferecer serviço de pagamento, roteamento, dar acesso a um banco. E o banco é uma empresa cheia de pessoas... Como é que a economia de mercado funciona? É um monte de gente, dentro de empresas, atendendo pessoas. Henry Ford, criador da Ford, diz que o verdadeiro patrão do empresário é o cliente. O cliente tem o poder de demitir qualquer empresa, qualquer CEO, simplesmente se recusando a comprar dessa empresa. Nós vivemos, hoje, a ditadura do consumidor. É ele quem decide se ele quer comprar Bob’s, ou Mc Donald’s, ou Burguer King. E as pessoas lutam para resolver os problemas das outras pessoas. As pessoas sempre terão demandas, sempre terão necessidades. Primeiro ponto: acredito que existem empregados fantásticos. Tenho amigos que são inteligentíssimos, que só tiravam 10, e as perguntam o porquê dessas pessoas não terem virado empreendedores. O meu amigo Luís Guilherme, uma das pessoas mais inteligente que conheço, trabalha na Amazon, em Seattle. O cara é um desenvolvedor fantástico, mas não quer empreender. Mas, por que todo mundo tem que empreender? Por que todo mundo deveria ser empreendedor? Nem todo mundo quer. Algumas querem “apenas” trabalhar numa ótima empresa. O Luís se sente bem sendo empregado, sendo bom no que faz. A primeira coisa que um empregado tem que fazer é parar de ter vergonha de se chamar de empregado. Você ser chamado de empregado o tempo todo não quer dizer nada. Você é um empregado e só isso. Para com esse negócio de “colaborador”, de eufemismos. Pode ser que faça sentido ser chamado assim “intraempreendedor”. Mas no fundo você é empregado. No fundo você está empregado, recebendo X para realizar uma função Y. As pessoas reclamam muito dos salários, dos recebimentos, relativo à crise. E como falam da crise! Nós vamos aprender aqui que a crise é a grande desculpa para que as pessoas te paguem menos e que as pessoas não te contratem. Existem pessoas enriquecendo e empresas crescendo em qualquer cenário. Eu vejo aqui, pelo menos, dezenas e dezenas de grandes negócios que estão só contratando gente. Qual é a primeira regra da economia de mercado, e como ela funciona, que nunca me disseram? E eu sempre fiquei muito puto por não terem me dito isso. Cara, a economia é gente! E eu posso te garantir, matematicamente, que dessas pessoas que aparecem na foto, metade não tem curso superior. “Ah, Ícaro, é por que você é racista? É por que aquele cara ali de óculos tem cara de pobre?”. Não, é porque o IBGE diz. Então, se não fosse essa foto, fosse qualquer outra, ainda poderia dizer isso de forma segura. Desses que tem curso superior, eu posso te garantir — aqui é apenas o meu senso, não há um estudo que me ampare —, depois de 12 anos de experiência, que metade fez a graduação mal feita. Abandonou, não estudou, passou na régua, passou colando, entre outras coisas. Tiramos metade dessa outra metade. Só nessa conta, já foram 75% das pessoas. Dos 25% restante, posso te garantir, também, que metade não trabalha na área de formação. Se formou numa coisa e vai fazer outra, foi ser vendedor etc. Metade desses não sabe falar inglês. Não se sentem realizados com o que eles fazem no dia-a-dia. Então, sobram apenas 10%. São os 10% que estão sempre empregados, recebendo orçamentos, que estão sempre recebendo pedidos, sendo sempre acessados. E os outros 90%? Reclamam da crise. O que nunca me contaram é que um país vive crises, vive dificuldades financeiras. Mas mesmo em um país tão difícil quanto o Brasil — somos a 10ª economia do mundo —, existem ilhas de crescimento e prosperidade. Em São Paulo, você vai na Berrini ou na Faria Lima e vê que está tudo crescendo. A galera está usando patinete, está dando 20 “pau” num Bagel, gastando grana, trabalhando, brigando por salário, e os caras estão com dificuldade de contratar? Eu contratei 7 pessoas esse mês. Quatro delas para funções que são, praticamente, para aguentar o crescimento da nossa empresa. A última delas, assim que terminar esse curso, darei o OK. O cara falou assim: “aonde eu assino?”. Quando acabar o curso, vou mandar uns áudios para ele e a gente assina. Você pode falar que isso é porque estou em São Paulo e que você está em Maceió. Eu te digo para olhar aquela orla. Tem gente ganhando dinheiro ali ou não? Essas pessoas não estão ganhando dinheiro à toa. Estão ganhando dinheiro porque tem pessoas que cumprem funções boas para elas. Qual é o problema? É que você tem um muro que separa o que o empresário procura do que o empregado oferece. É o último slide da aula de hoje. O que nunca me ensinaram é que pouco importa o número de vagas que existem. Presta atenção nisso! Vou repetir. O que não me ensinaram é que pouco importa o número de vagas que existem. O que importa é: você é o mais qualificado para ela ou não? Você é o mais preparado para ela ou não? Você é o cara certo ou não? “Ah, tem 10 vagas para 50 mil candidatos...”. Cara, eu te garanto que desses 50 mil, 40 mil não sabem nem o que estão fazendo ali. Estão apenas distribuindo um monte de currículo e tentando pegar qualquer coisa. Então, você compete mesmo com uns 5 ou 6 ali, que estão de fato colados em você. O que nunca me disseram também é que não existe uma hierarquia moral. Existe, sim, uma hierarquia de trabalho, entre o chefe e o empregado. É muito engraçado quando você trabalha com Marketing, porque é o ponto de encontro entre a empresa e as pessoas que estão trabalhando para ela. E o que eu via? Eu estava trabalhando bem no meio, olhava para o empregado e o empregado que morria de medo do chefe. “Caramba, eles podem me demitir. É a crise! Estão cortando gastos, diminuindo o número de funcionários etc.”. Via ele numa situação extremamente vulnerável, psicologicamente falando. E aí, eu olhava para os chefes, para os gestores, para os executivos, para o RH, e eles estavam também preocupados. “Fulano de tal recebeu uma proposta. A gente não pode perder aquele cara ali. Se aquele menino que trabalha com o servidor há dois anos sair, a gente está ferrado!”. Então, nesse muro, os dois estavam apreensivos. Porque os dois não se conhecem nem dialogam. Faça o seguinte: entre em 10 padarias na sua cidade. Chame o dono ou o gerente e fale assim: “Cara, você está procurando um padeiro “ponta firme”? Um cara que é bom, que chega no horário, trabalha bem, sabe fazer diversas coisas, competente, gerencia auxiliares?”. Todos vão falar que sim. Até aqueles que estão com todas as vagas preenchidas. Agora faça outro teste: vá até uma loja qualquer — roupa, comida, acessórios — e pergunte para dono: “Você está à procura de um bom vendedor? Que seja pontual, organizado, comprometido, que saiba liderar pessoas, assumir responsabilidades, organizar as gôndolas, cuidar da loja, fazer a vitrine? Não é só um vendedor. É esse vendedor que estou dizendo! Você está à procura?”. Tenho certeza que 80% irá dizer que sim. “Onde está esse cara?”, perguntariam. Vá falar com as donas de casa e perguntem para elas: “Vocês estão procurando uma diarista? Mas, assim, uma diarista realmente boa, que seja organizada, comprometida, chega na hora, faz a faxina, não tem preguiça, deixa tudo limpo, tem um padrão de qualidade, entende as suas coordenadas? Que se você falar que é para ser de tal jeito, será de tal jeito?”. Metade irá dizer “Nossa, você conhece alguém desse jeito?”. E o que nunca me disseram é que todo mundo procura um funcionário que seja responsável, diligente, que assuma riscos e que gerencie pessoas. Vou repetir: responsável, diligente, que assuma riscos e gerencie pessoas. E você sabe que responsável e diligente tem um monte. Digamos que todos esses caras da foto sejam bons funcionários, preparados. Onde eles vão cair? Todos são responsáveis, todos são diligentes. “Sou responsável, chego no horário, sou diligente, aqui não deixo as coisas desse jeito, chego já organizo, já faço. Chegou essa papelada aqui eu já assino, já arquivo e documento”. Qual é o diferencial, então? Por quê? Porque funcionários e empregados não foram feitos para isso. Isso é serviço de empreendedor. O empreendedor desenvolveu habilidades de assumir riscos e gerenciar pessoas porque ele precisou fazer isso. Sem isso ele nem teria o próprio negócio. Já iniciamos o módulo 01 com a espinha dorsal da minha filosofia de trabalho. Eu quero, ao logo desses 5 módulos e dos outros materiais, desenvolver em você um único pensamento. Pensamento este que se desenvolver, garanto que esse curso terá valido a pena 50 vezes mais do que você pagou por ele. Terá valido a pena se você entender que a única coisa que você precisa fazer para conquistar qualquer trabalho ou para aumentar o seu salário é aprender a assumir riscos e gerenciar pessoas O que é assumir riscos? É tomar a decisão certa, chamar a responsabilidade para si, não se esconder, saber o que fazer na hora certa. E gerenciar pessoas? É formar um time. Garanto: você nunca mais ficará sem um emprego, seja você padeiro, seja gerente de loja, seja marketeiro, seja designer, seja qualquer coisa. Por quê? Porque não tem mais concorrente nenhum. Vira e mexe aparece no Fantástico filmagens de filas imensas de pessoas procurando emprego, e aí vem a repórter e pergunta para alguém: “Que emprego você está procurando?”. O cara responde “Qualquer coisa que aparecer para mim está bom!”. Que porra é essa? Por que eu vou contratar alguém assim? Se é qualquer coisa, é porque você não sabe fazer nada, faz tudo meia boca. Sequer sabe ser específico ou ter um pensamento específico. Então, assim, se eu vejo aquelas salas com 400, 500, 600 pessoas brigando por uma vaga de emprego, eu já perguntaria de cara, se fosse o contratante: “Quem aqui sabe liderar pessoas? Quem aqui sabe formar equipes? Quem aqui sabe distribuir funções? E gerenciá-las para serem as metas serem cumpridas?”. 90% se levantaria e iria embora. Para os 10%, eu perguntaria: “Quem aqui assume riscos? Quem aqui bate no peito “se essa decisão der certo, é isso. Se não der certo, é isso”? Quem diz “pode deixar comigo, que eu tomo conta!”?”. 8% vai embora. Sobram 2% que irão, de fato, concorrer com você. Quando você entrar numa sala, foda-se o número de pessoas que estão lá. Você sabe que tem duas ou três que concorrem e você só precisa vencer estas. Nunca me contaram essa porra. Qual é a relação entre empregador e empregado que nunca me contaram, e que descobri somente quando virei empregador? O empregador quer um empregado que faça o que ele faz. Vou repetir: O empregador quer um empregado que faça o que ele faz. E o que o empregado quer fazer, geralmente? O que mandarem ele fazer. Acabou! Às vezes pela metade, até. O que o empregador quer? Ele quer crescer, tomar decisões, verticalizar, abrir novos pontos, quer soluções, quer se atualizar, quer responder pessoas, quer que o trabalho dele seja mais fluido o possível para que a parte chata seja feita. É isso que o empregador quer. Não quer alguém que ele pague apenas para fazer um serviço braçal qualquer. “Ah, Ícaro, mas para isso ele tem que me pagar muito bem, então. Não é?!”. É isso que nós vamos fazer! Eu quero que você aprenda a se destacar, a se valorizar, porque, assim, você vai ganhar mais. O que nunca me ensinaram da relação que existe entre empregador e empregado? Nunca me ensinaram que se eu quiser passar em qualquer entrevista de emprego, tenho que sentar naquela cadeira, olhar para o entrevistador e mostrar para ele que tenho um pensamento de dono. Tenho que mostrar que estou disposto a assumir riscos, gerenciar pessoas e cumprir missões que 99% das outras pessoas que sentarão naquela cadeira não estão dispostas. A entrevista não é sobre você. A entrevista é sobre o que você pode fazer pela empresa. Vai ter um módulo só sobre isso. Você tem que se posicionar numa entrevista de trabalho com a mesma gana, com a mesma tara, com a mesma energia que um empreendedor senta para fechar um negócio com o cliente. O seu emprego é um negócio. Então, se você está retraído, tímido, com medo, só piora a tua situação. Se o entrevistador pergunta quanto você quer ganhar e você fica tergiversando com “Ai, vamos ver, né?! Não sei quanto quero ganhar...”. O que você está mostrando? Que você não consegue nem batalhar por isso. Estou dando as melhores dicas logo de cara aqui. Você deve se comportar numa entrevista de emprego como empresário vende o seu projeto para o seu cliente. Não existe outra maneira de se posicionar. Deve se comportar firmemente, de forma centrada, decidida, consciente. Não é o entrevistador que está te dando um emprego, é você quem está dando 10 horas do seu dia para esse cara em troca de dinheiro. Não pode ser qualquer coisa! Não pode ser de qualquer jeito! “Ah, Ícaro, mas você fala isso porque é qualificado. Eu sou apenas um vendedor”. Caramba! Quanto é que você vende por mês para esse cara? Você é importantíssimo para essa empresa. Quanto é que um atendente comercial do Bradesco não gera de riqueza? Quantos empréstimos ele não assina? Quanto “pé-quente” esse cara não faz? Quantos títulos de capitalizações esse cara não vende? Quantos consórcios esse cara não aprova? Quantos planos de saúde esse cara não vende? Quantos seguros de vida esse cara não vende? Esse cara é importantíssimo! É importantíssimo! E os melhores sairão dali e se tornarão gerentes rapidamente, passando para gerentes regionais, depois diretores e assim por diante. Você deve sentar numa entrevista de emprego como um empreendedor vende o seu negócio! Você está vendendo o seu negócio: seu tempo, sua saúde, sua postura, sua vida com a sua família. Você vai passar mais tempo naquele lugar do que na sua própria casa. E aí vem a muralha que existe entre os dois. O que é essa muralha que existe entre os dois? Por que é que empregados e empregadores não se comunicam? E por que é que eles acabam sendo jogados na lixeira, sendo tratados como objetos? Porque você é reconhecido pela sua capacidade de resolver problemas, tomar decisões e de coordenar pessoas. As pessoas vivem dizendo para mim que ninguém as dá valor. Mas, você tem algum valor? “Eu tenho! Eu sou filho de Deus. Todo mundo tem valor para Deus”. Não, estou falando para a tua empresa mesmo. Para a sua empresa, você tem algum valor? Você gera algum valor? “Ah, mas eu chego no horário...”. E o restante, não chega? “Chega sim...mas eu sempre entrego no prazo...”. E todo mundo não entrega também? “Não, a maioria entrega no prazo...”. Então, você está me dizendo que você está fazendo exatamente aquilo que o cara está te pagando para fazer, não é?! Isso não é valor, isso é acordo. Se você faz exatamente o que estão te pagando fazer, é acordo e não valor. Nesse momento, vai chegar alguma pessoa que diz assim: “Ah, Ícaro, mas no meu caso é diferente. No meu caso você não está certo. Chego no horário, sou competente, mas minha empresa que é uma bagunça”. Tenho certeza que existe uma grande chance de você estar pensando nisso agora. “Minha empresa é uma bagunça, tem muita coisa para resolver. Os departamentos não se entendem, as pessoas não sabem se comunicar. Tem muita gente burra trabalhando comigo. Então, assim, eu faço mais que os outros...”. Aí vem a questão: o seu chefe, o seu contratante, aquele que te paga, que te mantém trabalhando, ele sabe disso? Eu tenho certeza que uma parte vai dizer que sabe por que conta sempre. Mas, como você conta? Num tom de reclamação? “Ó, eu já falei ali que não adianta passar as coisas para o Sérgio, que ele atrasa, né?!”. É aquela maniazinha de brasileiro de transformar tudo num pátio de guerra, numa briguinha de novelinha da Globo. Aí tem os grupinhos que se gostam e outros que não se gostam. Você já chegou para o seu chefe, de maneira objetiva, e falou: “Patrão, é o seguinte: eu estou aqui todo o dia e nós temos um grande gargalo ali no departamento do Sérgio. Não estou vindo reclamar, e sim mostrar aquilo que identifiquei e eu trouxe uma solução. É essa! Anotei mais ou menos como eu enxergo. Nesses últimos meses eu consegui enxergar o problema, eu sei onde estão os gargalos. Eu estou fazendo uma sugestão. Dá para ser resolvido nessa forma”. Ele vai ficar até surpreso porque você já veio com uma solução. Aí você vai falar que pode resolver a questão se ele quiser. O pensamento do chefe será: “Então quer dizer que você pode resolver o problema sem que eu precise quebrar minha cabeça pensando numa solução?”. “Sim, eu posso resolver isso daí. Podemos tentar? O senhor me dá uma, duas pessoas para isso? Me dá autonomia para resolver?”. É assim que você fala com o teu chefe! Identificando qual é a razão da bagunça na empresa, vendo quem está em ritmos diferentes — umas num ritmo maior, outras, num menor — etc. Essas é a forma que fazem lá fora, e não nesse jeitinho brasileiro. Essas são as verdades que eu gostaria de ter ouvido desde sempre. Jogo elas logo no primeiro módulo para que você tenha ideia, um contato inicial, para já saber como as coisas funcionam. Durma pensando nisso: O que é necessário? Quais são as habilidades imprescindíveis que devo desenvolver? O que eu preciso aprender? Que competências eu preciso adquirir para me sentir confortável dizendo para aquele me paga um salário que eu sou bom e que eu me sinto bem assumindo riscos e gerenciando pessoas? Esses são os dois fatores determinantíssimos para que você só brigue contra os 2 ou 3 porcentos. E os 97%? Que estarão longe da tua realidade? Fodam-se!