O documento discute a relação entre o "eu" e o "outro", explicando que a percepção do outro depende da distância cultural e do grau de conhecimento. Quanto maior a distância, mais difícil a compreensão, podendo levar a sentimentos de superioridade. No entanto, é importante reconhecer que, para os demais, somos nós os "outros".
O documento discute a relação entre o "eu" e o "outro", explicando que a percepção do outro depende da distância cultural e do grau de conhecimento. Quanto maior a distância, mais difícil a compreensão, podendo levar a sentimentos de superioridade. No entanto, é importante reconhecer que, para os demais, somos nós os "outros".
O documento discute a relação entre o "eu" e o "outro", explicando que a percepção do outro depende da distância cultural e do grau de conhecimento. Quanto maior a distância, mais difícil a compreensão, podendo levar a sentimentos de superioridade. No entanto, é importante reconhecer que, para os demais, somos nós os "outros".
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Quem é o “outro”? O outro pode ser meu vizinho, meu amigo, meu irmão. O outro também pode ser um desconhecido, membro de outro grupo, de outra cultura, de outro país. Segundo Todorov a relação entre o o “eu” e o “outro” apresenta-se de um ponto de vista interior ou exterior. • A partir de uma visão interna, o “outro”, mesmo apresentando diferenças com relação ao “eu”, pertence ao mesmo grupo social. • A partir de uma visão externa, o “outro” é todo aquele que está fora do grupo social ao qual faço parte, pertencendo a outra sociedade, com outro plano cultural, moral, histórico, que são diferentes, desconhecidos ou não compreendidos pelo grupo ao que o “eu” faz parte. 3 dimensões da relação eu/outro: julgamento, distância e conhecimento • Quanto maior a distância entre o “eu” e o “outro” maiores as dificuldades de compreensão. O estranhamento de valores e a postura da diferença podem levar a um sentimento de superioridade do “eu” sobre o “outro”. • A visão que cada um estabelece ao encontrar com alguém “diferente” está comprometida pelos valores que traz de seu grupo de origem e pelo seu próprio sentido de julgamento de valor; pelo grau de abertura que está disposto permitir-se com relação aos outro e pelo grau de conhecimento que tem do outro. • Essa descoberta do outro tem vários graus. A partir do julgamento de valores, quanto mais o “eu” conhece ou ignora a identidade do “outro”, há uma tendência ao distanciamento ou à aproximação, assumindo desde a visão do outro pelo grau máximo de fraternidade até a concepção do outro como diferente e, portanto, inimigo. Seja esse outro pertencente ao mesmo grupo social ou integrante de outra cultura, o fato é que cada um tende a ver o mundo através dos seus valores, dos seus costumes, da sua cultura, considerando esse o modo de vida mais correto e natural.
Mas, sempre vale lembrar que,
para os outros, nós somos os outros... Referências:
TODOROV, Tzvetan. A conquista da
América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1999.