Você está na página 1de 3

Fundamentos para Educação na Diversidade

Discente: Rejane S. Dantas de Oliveira


O texto começa com indagações e provocações reflexivas sobre o porquê,
para quê e onde a educação para a diversidade deve ser aplicada. E de início
vincula aos aspectos de Educação na Diversidade e Cidadania.
Traz o histórico educacional apresentando elementos das evidências da
temática através das desigualdades sociais a da diversidade, presente nas
relações sociais que até 50 anos atras não era reconhecida, perceptível.
Com a globalização, a diversidade e a desigualdade racial se tornam mais
acentuada isso para que se possa reconhecer as características de novas
culturas, religiões, costumes alimentares, novos arranjos e as orientações
sexuais. Ou seja, deixe – se de entender o diferente como desvio de
comportamento que gera desigualdade e passa a incorporar e tolerar o
diferente.
O autor, a partir do conceito de globalização, apresenta a tríade o eu, o outro
e o nos, a semelhança e a diferença. O ser humano ao reconhecer – se que
também é outro, na visão do desconhecido amplia sua percepção de
diversidade.
Nesse sentido apresenta dois sentidos ideológicos sobre valores e como os
interfere no processo educacional. Podendo limitar o entendimento do educar
na diversidade. E difere o educar na diversidade entre a educação tradicional, o
plano ético está centrado no respeito ao próximo, ao semelhante. Desta forma,
a educação para a diversidade prioriza o respeito entre todos e por isso
trabalha com valores e conceitos como: tolerância/ intolerância, preconceito;
diversidade; identidade; igualdade; liberdade; inclusão/ exclusão; cidadania;
paz.
Segundo Cardoso, cada um desses conceitos, são discutidos, sendo
apresentados sob diferentes posições ideológicas.
Para discutir Tolerância e Intolerância, apresenta o conceito de ideologia e
como ela pode interferir nas posições conceituais dos dois termos acima.
Assim tolerar, sob a perspectiva moderna, é o ato de aceitar o que é desvio do
padrão e do modelo e intolerar o não aceitar.
Tolerância, na perspectiva do liberalismo é o respeito às diferenças culturais.
Liberalismo é uma teoria política que justifica a economia capitalista. O olhar
educacional da tolerância nesta perspectiva restringe muitas vezes à caricatura
e ao folclórico da diversidade cultural.
Estudiosos da temática, logo percebem que se a prática educativa não tiver
um bom fundamento para entender o eu, o outro, o nas suas semelhanças e
diferenças num contexto de transformação, que as diferentes culturas são
elementos de enriquecimento de saberes. Pode reduzir o entendimento a
apresentações de diferenças culturais.
Para Mclaren desenvolver atividades pedagógicas sem considerar as
influencias históricas de democracia (colonizador/colonizado) e a visão
conservadora das diferentes influencias culturais sobre o outro faz com que a
cultura ou o elemento dela trabalhada seja mais uma forma de reforçar o
racismo.
O filosofo Herbert Marcuse (1898 – 1879) em critica a democracia liberal
norte – americana apresenta o conceito de tolerância repressiva. Para ele a
autêntica tolerância é libertadora da violência e da opressão, contrário da
tolerância passiva é a atitude de resignação diante do sistema opressor e
injusto.
Norberto Bobbio (1909 – 2004) apresenta outros sentidos a tolerância sendo
tolerância boas e ruins. Entender esses conceitos ajudam – nos na distinção de
atitudes que defende valores de liberdade, de respeito `as diferenças culturais,
de boa convivência em detrimento do preconceito e da exclusão social. Ou
atitudes que associa a indiferença, condolência, indulgencia, perdão em
oposição a intolerância que defende a discriminação, preconceito, exclusão e
opressão.
A saber é discriminada o conceito de preconceito que está pautado no juízo
de valor que um grupo ou de comunidade faz do outro, tendo como base a raça
ou o social.
Quando o preconceito tem por base a raça, o outro não é o seu semelhante,
sendo justificável sua exclusão, o explorar, exterminar. Ou seja, o outro, o
diferente é o meu desigual.
O mundo ocidental, através da metafisica busca explicar, justificar os
comportamentos e atitudes que excluem os que por meio ideológico ou físico
dos padrões sociais. Os modelos metafísicos, da cultura ocidental, são homem,
branco, adulto, cristão, belo ... e todos que não tem estas características estão
fora ou são excluídos.
Na educação, os conceitos ideológicos são retomados para entender e
compreender os padrões metafísicos para propor novos caminhos para incluir
os foras dos padrões construindo novas perspectivas educacionais de respeito
e inclusão e equidade.
Para aceitar e respeitar o outro e preciso que o eu entenda o outro como
igual, um semelhante com suas diferenças. A diferença entre os seres
humanos é porque temos características físicas diferentes e que não há motivo
para desigualdade a não ser pelo processo histórico de dominação e
exploração de um grupo de pessoas sobre a outra.
Outro momento o foco dos conceitos é sobre a liberdade e igualdade. Ao
falar do somos todos iguais está se referindo a igualdade jurídica e igualdade
social. E a liberdade, o ser é livre, podendo fazer o que quiser desde que não
prejudique o outro, o bom senso é o seu freio. Enquanto a liberdade de Estado
o ser deve seguir as normas sociais, e associa igualdade social a ideia de
liberdade.
Outros conceitos: são os de cidadania passiva e cidadania ativa. E associa o
ser cidadão ao que reivindica o cumprimento dos serviços públicos dos
governantes, e, cumprir suas obrigações de ordem civil à cidadania passiva. E
a cidadania ativa está associado o termo cidade política, ao cidadão que
participa de vida, da cidade, sua reflexão e decisão.
E por último discute violência e paz. Coloca algumas questões reflexivas
apurando o conceito do que é paz e violência no sentido de compreendermos o
que seja diversidade, como ela se apresenta.

Você também pode gostar