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ANAIS
Londrina
Universidade Estadual de Londrina
2019
Catalogação na publicação elaborada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina
CDU 93:7
Vice-Reitor
Prof. Dr. Décio Sabbatini Barbosa
Apoio:
Realização:
COORDENAÇÃO GERAL
Ana Heloísa Molina
COMISSÃO ORGANIZADORA
Adriano Alves Fiore Marina Galli
André Camargo Patricia Marcondes de
Angelita Marques Visalli Barros
Carlos Alberto Sampaio Renata Cerqueira Barbosa
Barbosa Richard Gonçalves André
Cláudia Regina Alves Prado Rogério Ivano
Fortuna Rosana Schulze
Edméia Ribeiro Terezinha Oliveira
Lunielle de Brito Santos
Bueno
COMISSÃO CIENTÍFICA
Alberto del Castillo Katia Maria Paim Pozzer
Troncoso (Instituto Mora – (UFRGS)
ENAH/MEX) Luciene Lehmkuhl ( UFPB)
Álvaro Vázquez Mantecón Magdalena Broquetas
(Universidad Autónoma de (Universidad de la República –
Morelos) Uruguay)
Aureo Busetto (UNESP/BRA) Marlise Meyrer ( PUC –RS)
Carolina Martins Etcheverry Patrícia Fogelman
(PUC –RS) (Universidad de Buenos Aires-
Daniel Escorza Rodríguez Conicet/ARG)
(INAH/MEX) Patrícia Massé (INAH, MEX)
Eduardo Gomes Silva (UEM) Rebeca Nasr Monroy (INAH,
Ignacio Del Valle Dávila MEX)
(UNILA) Renata Frigeri (Faculdades
Pitágoras)
ESTÁGIARIOS
Daniel Henrique Alves de Castro
Gustavo do Nascimento Silva
Inês Caroline Lelis
Jonathas Wilson Michelin
Marina Truss de Almeida
Reberson de Oliveira Carneiro
Nada será como antes?
Convergências das Mídias no Jornal Nacional
Resumo:
O objetivo deste trabalho é analisar as convergências midiáticas na
apresentação do telejornal Jornal Nacional da Rede Globo, a partir das
mudanças ocorridas em 27 de abril de 2015. A partir das tecnologias
emergentes e a linguagem da internet apontam para a necessidade de
dinamizar a apresentação do telejornal, que permanece estático, além da
incorporação das redes sociais que produzem a sensação da onipresença do
programa, mesmo com conteúdos e informações da vida pessoal dos
profissionais. Com isto estas transformações constroem outros significados,
mas não mudam a essência do produto que é reconfigurado em outros
meios ou plataformas convergentes.
INTRODUÇÃO
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Doutoranda em Comunicação e Semiótica, na PUC SP, Mestre em Comunicação e
Semiótica, na PUC SP; graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UEL e Licenciada
em Educação Física pela UNOPAR;
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Os apresentadores levantam-se e caminham pelo estúdio ao chamar
repórteres ao vivo, o que remete a uma tentativa de implantar ou ampliar
um vínculo de intimidade com os profissionais, que, todos os dias, “entram e
saem” de sua casa e, por volta das 21 horas, encerram o telejornal com o
“Boa Noite”.
Além disso, “o novo visual dos telejornais da Globo encarna um arsenal
de recursos tão sofisticados que chega a surpreender o grande controle do
veículo demonstrado pela equipe que o concebeu” (MACHADO, 2006, p. 22).
Com a emergência das transmissões em alta resolução, a conectividade e as
múltiplas telas possibilitam a consolidação da imagem de ‘superautoridade’,
que o programa busca garantir em seu mercado.
O telejornal, com o contexto da mudança em 2015, reformulou suas
estratégias comunicacionais, potencializadas pela tecnologia emergente,
demonstrou ser um telejornal “atualizado”, com o uso de telas interativas,
transmissões nacionais e internacionais ao vivo (figura 01), além da alteração
do comportamento dos apresentadores, pois eles passaram a deslocar-se, a
emitir opiniões, a usar gírias, mesmo com atitudes performáticas
acompanhadas pela leitura do roteiro no teleprompter.
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o estabelecimento de diferentes formas de apresentação do programa; no
qual produz processos hibridizados, que segundo Lucia Santaella (2010), é a
interconexão dos espaços físicos com os virtuais, em que ocorre a mistura
dos elementos diversos para a formação de novas informações compostas.
Consequentemente, as recentes mudanças produzidas pelas
emergentes tecnologias de comunicação introduziram diferentes
possibilidades de tratamento da imagem e alterações significativas no
processo de produção e consumo de informações televisuais. Dessa forma,
a presente pesquisa considera as transformações da voz e da presença dos
apresentadores, a partir da configuração do perfil de apresentação do
conteúdo jornalístico; além de questionar como a emergência tecnológica
alterou a produção de sentido e identificar as interferências produzidas pelos
processos de hibridização na apresentação do telejornal.
Nessa realidade, a comunicação e a experiência contemporâneas
possuem lugar nas fronteiras, atravessam espaços sociais e linguagens
midiáticas. Portanto, a abordagem crítica das extremidades atua como um
tradutor sensível no reconhecimento das configurações da voz e da presença
na apresentação do Jornal Nacional.
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enquadramentos de câmera usados nos apresentadores, entre as décadas
de 50 e 60 possibilitavam exibir as pessoas em primeiro plano e close,
recurso que valorizava o rosto, vindo está a, praticamente, encher a tela, o
que nos remete ao modelo da “cabeça falante”.
Com a evolução tecnológica do cinema e da televisão, os trabalhos de
transmissão de imagens em preto e branco, som mono; passaram a ter
imagem colorida, tela grande e som estéreo. Além disso, no início dos anos
60s, o uso do videotape modificou esteticamente o acabamento dos
programas e permitiu a veiculação desses em outros horários e regiões do
país.
Nos anos 70s, a qualidade da transmissão foi melhorada e isso
permitiu uma imagem com mais nitidez e equilíbrio entre os contrastes de
cor, possibilitada pela utilização de equipamentos mais leves, transmissores
de micro-ondas, videoteipes e sistemas de edição, conhecidos como câmera
Eletronic News Gathering (ENG).
Ao longo dos anos 90s, é disponibilizada no mercado a Internet que
modifica setores tradicionais da comunicação. Para Carlos Ferraz (2009), ela
abre caminhos para a implantação de tecnologias que possibilitam o
surgimento da tv digital, que não é apenas uma evolução tecnológica da
televisão analógica, mas uma nova plataforma de comunicação que ainda se
experimenta.
A partir das transformações ocorridas com a inclusão da tecnologia
digital, viabilizou-se a transposição de barreiras entre mídias e linguagens,
possibilitando que as informações, ao serem digitalizadas, se transformem
em códigos passíveis de ser interpretados, decodificados e recodificados
para serem lidos em qualquer tipo de equipamento e mídia. Essa evolução
tecnológica, como comenta Ana Médola (2009), disponibiliza uma televisão
com qualidade técnica de sinal, transmissão de imagens e som em alta
definição.
No contexto atual com a emergência tecnológica faz que o telejornal
acelere os processos de disseminação e produção de conteúdo, além de
transformar o ambiente em que está inserido. À medida que o programa
migra para um perfil flexível, híbrido, impregnado de subjetividade,
reconfigura-se o comportamento social, e os padrões de contato com o Jornal
Nacional tendem a modificar sua apresentação e foco de atenção.
Dessa maneira, as mudanças no perfil do telejornal tornam-se
acentuadas com a emergência tecnológica. O telejornal aumenta a resolução
e a qualidade da imagem, tenta “mostrar o real” e sente-se impelido a buscar
outras formas de criar e manter laços de proximidade e familiaridade com a
audiência para assim se conectar com seu público e fidelizá-lo.
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O processo de transformação na apresentação do Jornal Nacional
ocorreu concomitante com a emergência de estratégias tecnológicas e
comunicacionais que levaram a alterar a maneira de apresentar o telejornal,
mantendo, no entanto, as características pautadas e extremamente
planejadas desde sua primeira edição.
Os receptores, que estão cada vez mais conectados com as redes
sociais, podem ter a pseudossensação de que estão presentes em quase
todos os lugares; pois após as emergências tecnológicas e as mudanças de
voz e de presença dos profissionais, na apresentação do telejornal, dão a
impressão de estar consumindo um produto exclusivo. Portanto, as
alterações na produção e consumo resultaram em novos hábitos,
estabelecendo processos de convergência entre as mídias, com
interconexões entre a programação das redes de televisão e as redes sociais.
Mensagem no Twitter do apresentador Willian Mensagem no Twitter do Jornal Nacional, com o link
Bonner no dia 27 de abril de 2015 sobre os para uma reportagem apresentada no telejornal do
assuntos a(s) serem abordados no telejornal dia 27 de abril de 2015
Fonte: reprodução do Twitter
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“quebrar” para reconstruir o modo de compreender a voz e a presença no
telejornal, ampliando as potencialidades discursivas do próprio meio.
Considerações finais
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telejornal, alterando também a atitude dos apresentadores e mesmo do
público, que acompanha a “vida pessoal” dos profissionais, que se
apresentam como “pessoas comuns”. Estas transformações objetivam
construir outros significados, mas não mudam a essência do produto que é
reconfigurado em outros meios ou plataformas convergentes.
REFERÊNCIAS
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telejornais. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação
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