No ano de 1983, as emissões de gases do polo industrial de Cubatão
atingiram um recorde: 363 mil toneladas por ano, praticamente
uma tonelada de poluição por dia. Uma situação insustentável, tornando Cubatão um lugar inóspito e inadequado para a vida humana. A poluição começou a afetar a vegetação. As folhas das plantas caíram e mudavam de cor, por causa da chuva ácida. Foi na década de 70 que as pessoas começaram a perceber os problemas e devastadores efeitos causados pela poluição das indústrias. Qualidade do ar muito ruim, cheiro de amônia no ar, fuligem nas ruas e uma mudança radical no aspecto urbano da cidade, que algumas décadas antes era um lugar aprazível pela proximidade da Mata Atlântica. Os consultórios médicos começaram a ficar lotados de pessoas com problemas respiratórios. Cubatão contava com 18 grandes indústrias, sendo uma refinaria, uma siderúrgica, sete de fertilizantes e nove de produtos químicos. A construção delas aconteceu de forma indevida e invasiva ao meio ambiente. Em 15 anos cerca de 60 Km² de Mata Atlântica havia sofrido a degradação, formando uma clareira que podia ser vista por quem descesse a Serra do Mar. O intenso volume que as indústrias trabalhavam, eliminando quantidades enormes de poluentes no ar e nos rios de forma descontrolada, começou a ter consequências catastróficas visíveis e preocupantes. Vale lembrar que a industrialização aconteceu antes da Lei de Controle de Poluição do Estado de São Paulo entrar em vigor (1976).
Emissões descontroladas: Sem regulamentações ambientais rigorosas e fiscalização
eficaz, as indústrias em Cubatão podem operar sem a necessária contenção de emissões de poluentes. Isso resulta em uma maior liberação de poluentes atmosféricos, como óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, material particulado e produtos químicos tóxicos, que impactam negativamente a qualidade do ar na região. Descarte inadequado de resíduos: A falta de regulamentação ambiental rigorosa muitas vezes permite que as indústrias descartem resíduos tóxicos de maneira inadequada, contribuindo para a poluição da água e do solo. Isso afeta a biodiversidade e a qualidade da água potável na região. Falta de incentivo para tecnologias mais limpas: Sem regulamentações que exijam a implementação de tecnologias mais limpas e a redução de emissões, as indústrias podem optar por práticas mais baratas, porém poluentes. Isso atrasa a adoção de tecnologias mais sustentáveis que poderiam reduzir significativamente os impactos ambientais. Falta de responsabilidade legal efetiva: A falta de regulamentação adequada pode permitir que as indústrias evitem responsabilidades legais pelos danos ambientais causados por suas operações. Isso pode resultar em impunidade e falta de compensação para as comunidades afetadas. Influência política e econômica: Em alguns casos, a falta de regulamentação adequada pode ser atribuída à influência política e econômica das indústrias na região. Isso pode levar a regulamentações mais fracas e fiscalização ineficaz, uma vez que as empresas têm poder de lobby sobre as autoridades locais. Impactos na saúde pública: A falta de regulamentação ambiental permite que as indústrias liberem poluentes tóxicos no ar e na água, resultando em impactos diretos na saúde da população local. Problemas respiratórios, câncer e outras doenças relacionadas à exposição a poluentes industriais se tornam mais prevalentes. Comprometimento da qualidade de vida: A falta de regulamentação ambiental adequada em Cubatão afeta a qualidade de vida das pessoas que vivem na região. Isso pode levar a uma migração de residentes em busca de áreas mais saudáveis, prejudicando o desenvolvimento econômico e social da cidade. Biodiversidade e ecossistemas afetados: A falta de regulamentação também impacta negativamente os ecossistemas naturais na região, como a Mata Atlântica. Isso resulta na perda de biodiversidade e na degradação do meio ambiente. Em resumo, a falta de regulamentação ambiental adequada em Cubatão permitiu que as indústrias operassem de forma insustentável, causando poluição do ar e da água, danos à saúde pública e comprometimento da qualidade de vida das pessoas na região. Regular as atividades industriais de maneira mais eficaz é fundamental para mitigar os problemas ambientais em Cubatão e proteger a saúde e o bem-estar da população.
Gestão Ambiental Sistemática: A ISO 14001 estabelece um sistema de gestão ambiental
que ajuda as organizações a identificar, avaliar e controlar os aspectos ambientais de suas operações, incluindo emissões de poluentes. Minimização de Impactos Ambientais: A certificação ISO 14001 incentiva as empresas a definir metas para reduzir seus impactos ambientais, o que teria levado a práticas mais sustentáveis nas indústrias de Cubatão. Conformidade Legal: A ISO 14001 promove a conformidade com a legislação ambiental, o que teria incentivado as indústrias em Cubatão a seguir regulamentações rigorosas. Melhoria Contínua: A certificação ISO 14001 promove uma cultura de melhoria contínua, levando a uma avaliação constante dos processos e práticas para reduzir impactos ambientais. Conscientização Ambiental: A implementação da ISO 14001 envolve a conscientização e capacitação dos funcionários sobre questões ambientais, o que levaria a uma força de trabalho mais comprometida com a proteção ambiental. Transparência e Prestação de Contas: A certificação ISO 14001 promove a transparência e requer que as organizações prestem contas por seu desempenho ambiental, permitindo à comunidade local acompanhar suas ações. Redução de Riscos Financeiros e Legais: A ISO 14001 pode ajudar a reduzir os riscos financeiros e legais associados a problemas ambientais, como multas e processos judiciais. Melhoria da Reputação Corporativa: A certificação ISO 14001 melhora a reputação das organizações, tornando-as mais atrativas para investidores, clientes e parceiros comerciais, beneficiando as indústrias em Cubatão.