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Livro (1) 1
Livro (1) 1
Negociação
Prof.ª Liliane de S. Vieira da Silva.
Indaial – 2023
3a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2023
Elaboração:
Prof.ª Liliane de S. Vieira da Silva.
Impresso por:
Apresentação
A globalização, aliada ao avanço da ciência e da tecnologia, diminuíram
barreiras, possibilitando um número maior de trocas e compartilhamentos
de dados e informações. Ampliaram-se as relações entre pessoas, entre
empresas, entre países e entre blocos comerciais, o que, consequentemente,
requer dos profissionais uma expertise maior no que se refere à negociação.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 54
TÓPICO 1 — CONFLITO..................................................................................................................... 61
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 61
2 TIPOS DE CONFLITOS.................................................................................................................... 61
3 ESTILOS DE GESTÃO DE CONFLITOS...................................................................................... 68
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 75
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 113
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 172
UNIDADE 1 —
PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
CHAMADA
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
2 NEGOCIAÇÃO
Negociar é preciso? Se o título deste tópico fosse uma indagação, qual
seria sua resposta? Vejamos alguns fatores que podem não somente esclarecer
possíveis dúvidas, mas também nos fazer refletir a importância da negociação.
FIGURA 1 – NEGOCIAÇÃO
3
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
A partir de 1901, a paz foi instaurada como uma das cinco categorias do
prêmio Nobel. Tal fato representa o reconhecimento do bem causado pelas ações
de indivíduos ou organizações que, conforme o testamento de Alfred Nobel
(1895), fazem "o maior ou melhor trabalho pela fraternidade entre as nações, pela
abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e promoção de
congressos de paz".
Um outro evento, que ocorreu em 1981, nos Estados Unidos, também foi a
greve dos controladores de voo. Logo no início do primeiro mandato do presidente
norte-americano Ronald Reagan, a greve convocada pelo sindicato da categoria
teve a adesão de cerca de 13 mil empregados, mas foi rapidamente controlada.
4
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
5
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
AUTOATIVIDADE
NOTA
6
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
7
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
8
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
No entanto, Teixeira, Fialho e Silva (2011) apontam que por mais que a
palavra negociação seja conhecida, pode-se dizer com propriedade que o assunto
“negociação” ainda é pouco desenvolvido no meio acadêmico, com muita pouca
teoria e conceitos definidos.
AUTOR ASPECTOS
9
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
FONTE: Adaptado de Bell, Raiffa e Tversky (1989 apud PAULA; SOUZA, 2007)
10
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
11
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
13
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
NOTA
Você já percebeu que negociar é uma arte. A forma como encaramos uma
negociação está diretamente relacionado a nossa mentalidade, alguns profissionais
percebem a negociação como um desafio árduo e demasiadamente difícil, já outros
percebem a negociação como uma oportunidade de crescimento, circunstância ideal para
estreitar relacionamentos e criar networking. O texto que você vai ler agora demonstra
exatamente isso! Dois pontos de vista sobre negociação.
14
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
prontos para iniciarem suas explanações, com flip chart, data show e toda a
tecnologia possível! O momento era crucial para definição de suas carreiras!
Chegou a hora do primeiro gestor. E, assim, começou sua apresentação.
FONTE: <https://administradores.com.br/artigos/a-fabula-do-vendedor-de-sapatos>.
Acesso em: 30 mar. 2021.
DICAS
15
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
• Poder
16
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
FIGURA 5 – PODER
FONTE: <https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/05/dominacao-po-
der.jpg>. Acesso em: 8 jun. 2021.
Essas variáveis ocorrem no dia a dia dos indivíduos e cabe, a cada um,
explorá-las a fim de aproveitar as oportunidades surgidas (MARTINELLI;
ALMEIDA 1997). Vejamos com mais detalhes cada um desses elementos.
17
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
French e Raven (1959) descrevem cinco bases do poder que uma pessoa
pode exercer sobre a outra. O poder é a extensão na qual uma pessoa pode
influenciar outra para fazer algo. As bases do poder são apresentadas no quadro
a seguir:
BASE UTILIZAÇÃO
Conhecimento Dar informações.
18
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
DICAS
Como dica recomendamos que assista à série House of Cards (da plataforma
Netflix). Lá, você observará que todos os episódios da série partem de um processo de
barganhas para obtenção de poder. Apesar de se enquadrar em muitas das situações
explicadas aqui, recomendamos que fique atento às tratativas em que há políticos e lobistas
com poder especialista
19
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
Ainda conforme Brito (2011), o poder pode ser definido com dez tipos dis-
tintos, que podem influenciar a negociação, a pessoa pode possuí-lo e não usá-lo.
20
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
DICAS
Caro acadêmico, você pode se profundar ainda mais neste assunto lendo o
artigo “Rede de relações e poder de negociação: uma análise do caso citrícola brasileiro”, no
link a seguir: https://www.scielo.br/pdf/gp/v8n3/v8n3a04.pdf.
O estudo traz uma análise do desenvolvimento da rede de poder citrícola brasileira a partir
das relações de recursos de poder.
FONTE: PAULILLO, Luiz Fernando. Rede de relações e poder de negociação: uma análise do
caso citrícola brasileiro. Gestão & Produção, v. 8, n. 3, p. 250-270, 2001.
• Tempo
21
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
FIGURA 6 – TEMPO
O tempo conforme citado por Ghisi (2006, p. 23), “[...] refere-se ao ponto
de apoio para projetar o negócio e a consequente satisfação dos envolvidos.
Implica o período durante pelo qual o processo de negociação acontece”. Sabe-se
que o tempo é um fator importante para a negociação e para que tenha sucesso
é preciso que ele seja analisado, acompanhado e controlado, sendo delimitado
por quem negocia, podendo inclusive ser negociado. É notável que geralmente
o desenrolar dos fatos acontecem quando o prazo estipulado está chegando ao
fim, assim afirma Ghisi. A informação é uma das mais importantes ferramentas
do processo de negociação. Ghisi afirma que quanto mais preparado, mais
aumentam as chances de alcançar um melhor desempenho. Pode-se afirmar
que ao obter informações consistentes e com fundamento sobre a outra parte,
torna o processo de negociação um tanto quanto mais fácil inclusive para traçar
estratégias tornando-as mais eficazes.
• Informação
22
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
FIGURA 7 – INFORMAÇÃO
5 PROCESSO DA NEGOCIAÇÃO
O processo de negociação é uma atividade planejada, que envolve a
definição de algumas fases, procedimentos e atores específicos. Trata-se de um
processo dinâmico, onde cada parte agrega novas informações, altera expectativas
e modifica comportamentos. Assim como num jogo de golfe, em que o jogador
seleciona o taco certo para cada jogada, o negociador precisa saber escolher as
ferramentas adequadas a cada caso.
23
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
NOTA
24
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
6 MODELOS DE NEGOCIAÇÃO
Hoje em dia é comum que as pessoas residam mais próximas umas das
outras, em condomínios, apartamentos, localizados em cidades maiores e mais
populosas, essa proximidade promove as relações, mas também os conflitos, há,
portanto, a necessidade de se negociar. (BENJAMIN, 2012).
25
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
26
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO: NEGOCIAR É PRECISO
27
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
28
AUTOATIVIDADE
• a) ( ) I – IV – II – III - V.
• b) ( ) V - III – II – I – IV.
• c) ( ) IV – I – V- III – II.
• d) ( ) II – IV – V – I - III.
29
• 3 O processo de negociação constitui-se de três variáveis básicas: poder,
tempo e informação. Essas variáveis ocorrem no dia a dia dos indivíduos
e cabe a cada um explorá-las a fim de aproveitar as oportunidades que
emergem (MARTINELLI; ALMEIDA, 1997). Escolha uma das variáveis e
explique como em uma negociação a ausência ou a exploração da variável
escolhida pode impactar na negociação
• a) ( ) I – IV – II – III.
• b) ( ) III – II – I – IV.
• c) ( ) IV – I – III – II.
• d) ( ) II – III – I – IV.
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TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você vai conhecer os tipos de negociação quanto aos objetivos
e os tipos de negociação que ocorrem dentro do ambiente organizacional.
É importante salientar que na internet e demais fontes, há diversos tipos de
negociação, mas quando se fala em transações no mundo dos negócios, existem
essencialmente duas grandes categorias: a negociação integrativa e a negociação
distributiva (LEITE, 2009).
31
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
FONTE: <https://seguronovadigital.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Porto-Seguro-vende-
-carteira.jpeg>. Acesso em: 8 jun. 2021.
32
TÓPICO 2 — TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
33
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
DICAS
Ainda de acordo com Leite (2009), o que faz uma negociação pender mais
para o lado integrativo é uma série de fatores combinados, tais como:
34
TÓPICO 2 — TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
FONTE: <http://tibahia.com/artigos/3-tipos-de-negociacao-que-voce-pode-fazer-ainda-hoje/>.
Acesso em: 20 fev. 2021
35
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
Nas relações entre empresa e seus fornecedores, por muito tempo preva-
leceu a ideia de que um teria que perder para o outro ganhar, a chamada nego-
ciação ganha-perde. A ideia que se tinha era que o ganho de alguém implicaria
em uma perda para o outro. Com o passar do tempo isso mudou, o comporta-
mento adotado por boa parte das corporações é de parceria e cooperação visando
o fortalecimento do negócio de ambas as partes, é o famoso ganha-ganha que se
fundamenta na ideia de tratar o outro não como oponente, mas como parceiro.
• Ganha/ganha.
• Ganha/perde ou perde/ganha.
• Perde/perde.
• A negociação não é realizada.
36
TÓPICO 2 — TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
37
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
38
TÓPICO 2 — TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
3 ESTILOS DE NEGOCIADORES
Cada indivíduo adota uma postura na hora de negociar, ou pelo menos
um dos estilos se sobressai em sua forma de negociar. Os chamados estilos de ne-
gociadores são características comportamentais que uma pessoa se utiliza em um
encontro de negociação. Vamos conhecer alguns desses estilos de negociadores.
39
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
Autores Estilos
Controle,
Sparks (1992) desconsideração,
deferência, confiança.
Racionalista, Empírico,
Kinston & Algie Pragmático, dialético,
(1989) Sistêmico, Estruturalista
e Intuitivo.
Afirmação, Persuasão,
Marcondes (1993)
ligação e atração.
Dominante,
condescendente e o
Wanderley (1998)
segundo, o formal-
informal.
Catalisador, apoiador,
Junqueira
controlador e analítico.
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TÓPICO 2 — TIPOS DE NEGOCIAÇÃO
Bom de
É detalhista, preza
Criativo, Enfatiza as tarefas, relacionamento,
a segurança acima
superficial, revela as pessoas teme conflitos,
de tudo, sempre tem
sensível a em segundo plano, interessa-se pelo
todas as informações
elogios. é muito objetivo. bem-estar do
necessárias.
grupo.
• Apoiador – Também conhecido por cordial, afável e estável. Esse estilo está
voltado para relacionamentos. É visto como uma pessoa amável, compreensiva,
bom ouvinte, prestativo, que sabe trabalhar em equipe, gosta de dar apoio às
outras pessoas, é leal e de confiança. Não gosta de ferir nem magoar os outros.
Pessoas com esse perfil gostam de receber atenção e apreciam ser aceitos pelas
pessoas. Por outro lado, muitas vezes o apoiador pode ser encarado como
dissimulado, porque perde tempo e evita conflitos. Pode apresentar dificuldade
para dizer não e dizer o que realmente pensa. Isso pode dar a impressão que
está sendo “levado na conversa”. Contudo, sob tensão, concorda, mas depois
não cumpre. Pode apresentar resistência passiva ou não se manifestar.
41
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
DICAS
42
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os três tipos de negociação que ocorre dentro das empresas são: negociações
comerciais, negociações gerencias e negociações jurídicas.
43
AUTOATIVIDADE
44
dos negociadores, a fim de que se alcance bons resultados durante a
negociação.
• Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
•
• a) ( ) I – II – III.
• b) ( ) III – II – I.
• c) ( ) II – I – III.
• d) ( ) I – III – II.
•
• 3 Em uma das lojas de um grande grupo têxtil, o vendedor fechou
uma venda de 25 mil reais para um pequeno varejista da região. Como
todo pedido acima de cinco mil reais deve ser analisado pelo corporativo
da empresa, o pedido foi enviado para o setor de crédito. Após análise,
verificou-se que o cliente está com nome negativado, não sendo possível a
liberação do crédito. O vendedor e o gerente não querem perder essa venda
que vai ajudar a loja a bater a meta, e insistem com sua matriz para que seja
possível aprovação do crédito, depois de muita discussão, chega-se a uma
solução: o setor de crédito aprova a venda com a condição de que o varejista
ofereça uma garantia bancária que assegure o pagamento, caso o débito
não seja saldado em 90 dias. A situação exposta é um exemplo de que?
•
• a) ( ) Concessão.
• b) ( ) Conciliação.
• c) ( ) Barganha.
• d) ( ) Mediação.
•
• 4 Há quem diga que saber negociar é uma arte. Na dinâmica empresarial,
tal habilidade pode fazer toda diferença na hora de firmar acordos, parceiras,
alianças e fusões. Sobre aspectos que são inerentes às negociações, analise
as sentenças a seguir:
•
• I- Negociação requer preparação.
• II- A negociação descarta a necessidade de constituir vínculos.
• III- Negociação é um processo de comunicação unilateral.
• IV- Relacionamentos bem estruturados geram vantagens para as empresas.
•
• Assinale a alternativa CORRETA:
•
• a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
• b) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
• c) ( ) Somente a sentença I está correta.
• d) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
•
• 5 Inseridas em um ambiente cada vez mais complexo, as empresas
buscam por meio de negociações estratégicas melhorarem suas condições
econômicas. Com relação à negociação, classifique V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas:
45
• ( ) A negociação ganha-ganha busca acordos unilaterais descartando a
necessidade de constituir vínculos.
• ( ) A negociação ganha-perde é a mais recomendada já que ninguém
negocia para perder.
• ( ) A negociação começa antes mesmo de um encontro formal, pois a
maior parte do trabalho substancial acontece nos bastidores.
• ( ) Na negociação ganha-ganha apenas uma das partes sai satisfeita, as
chances de novas negociações existirem e gerarem frutos se intensificam.
•
• Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
•
• a) ( ) F – F – V – V.
• b) ( ) F – F – V – F.
• c) ( ) F – F – V – V.
• d) ( ) V – V – F – F.
•
• 6 Para Wood e Colosi (1998), a negociação é um processo
multidimensional, e a maior parte do trabalho substancial acontece nos
bastidores, em conversas com sua própria equipe em um quarto de hotel,
em telefones e mensagens, e entrevistas coletivas improvisadas. Dado este
contexto, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: WOOD, J. D.; COLOSI, T. R. As outras negociações. Revista HSM Management,
Sorocaba, v. 8, p. 76-80, maio/jun. 1998.
•
• a) ( ) A negociação inicia quando todos se reúnem para este fim.
• b) ( ) A negociação começa antes mesmo de um encontro formal.
• c) ( ) A negociação busca acordos unilaterais.
• d) ( ) A negociação é um fim em si mesmo descartando a necessidade
de constituir vínculos.
46
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
47
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
48
TÓPICO 3 — ZONA POSSÍVEL DE NEGOCIAÇÃO – ZOPA
FIGURA 16 – BATNA
DICAS
No vídeo a seguir você pode aprender ainda mais sobre BATNA: https://www.
youtube.com/watch?v=eJqANPQS5pU .
49
UNIDADE 1 — PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO
FIGURA 17 – BRAINSTORMING
50
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• ZOPA é o acrônimo para zona possível de acordo e diz respeito à área ou faixa
dentro da qual pode-se chegar a um consenso que satisfaça ambas as partes.
• MASA é a sigla para Melhor Alternativa Sem Acordo e trata-se da ação a ser
seguida caso não se chegue a um acordo na negociação.
CHAMADA
51
AUTOATIVIDADE
52
• 4 A BATNA (Best Alternative To a Negotiated Agreement), Melhor
Alternativa à Negociação de um Acordo, foi um conceito desenvolvido por
Roger Fisher e William Ury. Em português, podemos usar a nomenclatura
MAANA (Melhor Alternativa à Negociação de um acordo). Diante deste
contexto, disserte sobre a importância da definição da BATNA.
•
•
• 5 Bons negociadores não nascem prontos, são formados com a prática
das relações, com estudo, técnica e muito planejamento. Umas das técnicas
conhecidas pelos negociadores é denominada zona de acordo possível
(ZAP). Diante deste contexto, disserte sobre essa técnica e sua eficácia nas
negociações.
53
REFERÊNCIAS
ACUFF, F. L. Como negociar qualquer coisa com qualquer pessoa em
qualquer lugar do mundo. 2. ed. São Paulo: Senac, 2004.
COSTA, E. A. da. Gestão estratégica: da empresa que temos para a empresa que
queremos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
FISHER, R.; URY, W.; PATTON, B. Como chegar ao sim: negociação de acordos
sem concessões. Rio de Janeiro: Imago, 2005.
54
FREITAS, M. E. de. Organização: um espaço de negociação. Revista de
Administração de Empresas, v. 34, n. 5, p. 13-20, 1994.
55
MARTINELLI, D. P.; ALMEIDA, A. P. de. Negociação: como transformar
confronto em cooperação. São Paulo: Atlas, 1997.
56
TEIXEIRA, A.; FIALHO, F. A. P.; SILVA, R. F. T. da. A negociação, o negociador
e o perfil psicológico: um estudo teórico reflexivo com base nos pressupostos
de Martinelli e Almeida (2009), Hirata (2007) e Jung em Keirsey-Bates. In: VIII
Convibra Administração. 2011. Disponível em: https://s3.amazonaws.com/
educa/pucrs/Aula/1204/Artigo+para+leitura.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
URY, W. O Poder do NÃO Positivo: Como dizer NÃO e ainda chegar ao SIM.
Tradução Regina Lyra. 11ª tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
57
58
UNIDADE 2 —
NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• diagnosticar conflitos;
• administrar conflitos;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – CONFLITO
59
CHAMADA
60
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
CONFLITO
1 INTRODUÇÃO
2 TIPOS DE CONFLITOS
Antes de conhecer os tipos de conflitos, é importante conhecer os fatores
que antecedem o conflito. Vamos lá!
Camila Pati
62
TÓPICO 1 — CONFLITO
Enquanto a geração Z, dos jovens que nasceram a partir do fim dos anos
1990, faz sua estreia no mercado de trabalho, os baby boomers – nascidos entre
1946 e 1964 – se encaminham para aposentadoria. Ligando a base – repleta de
novatos – ao topo, lugar ainda bastante ocupado por veteranos, duas letras que
nomeiam gerações: X (nascidos entre 1960 e 1980) e Y (nascidos entre 1981 e
meados da década de 1990).
Comunicação
63
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
“Na época em que eu me formei, nos anos 1970, o importante era saber,
quem mais sabia era quem tinha mais sucesso. Hoje essa qualidade vale zero,
porque existe o Google, que sabe tudo”, diz Valter Pieracciani, especialista em
gestão da inovação e sócio-fundador da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas.
FONTE: <https://exame.com/carreira/4-geracoes-trabalhando-juntas-um-final-feliz-e-possivel/>.
Acesso em: 23 mar. 2021.
DICAS
Você quer entender um pouco mais sobre gerações e seus conflitos? Assista
ao vídeo “Muito além das gerações”, clicando no link: https://youtu.be/zwbRtLXWqR4. O
palestrante deste vídeo é o comunicólogo e administrador Sidnei Oliveira, ele é mentor,
escritor e consultor de carreiras. Expert em conflitos de gerações, atua na formação de
mentores e no exercício da mentoria para o desenvolvimento de jovens potenciais. É autor
de vários livros sobre liderança e dos best-sellers da série Geração Y. O também articulista
e colunista na Exame.com, preside a Escola de Mentores e está na vice-presidência do
Instituto Atlantis de Preservação Ambiental.
64
TÓPICO 1 — CONFLITO
NOTA
1. Pessoas.
2. Situações.
3. Atitudes.
4. Resultados.
65
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
66
TÓPICO 1 — CONFLITO
68
TÓPICO 1 — CONFLITO
Categorias de
Caracterização dos Gestão de
Estágios Formação do
Estágios Conflitos
conflito
Condições
Estágio I
antecedentes
Oposição Fontes do
- Comunicação.
Potencial ou Conflito.
-Estrutura.
Incompatibilidade
-Variáveis Pessoais. Identificar
Estágio II
-Conflito Percebido. Níveis de
Cognição e
- Conflito Sentido. Conflito.
Personalização
Intenções para
administração do
conflito
- Competição.
Estágio III Intenções das
- Colaboração. Compreender
Intenções Partes.
- Compromisso.
- Não
enfrentamento.
- Acomodação.
69
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
Conflito aberto
Estágio IV - Comportamento Comportamento
Interpretar
Comportamento das partes das partes.
- Reação dos outros.
- Melhoria do
desempenho do
Estágio V grupo Consequências
Utilizar
Consequências - Piora do do conflito.
desempenho do
grupo.
70
TÓPICO 1 — CONFLITO
71
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
72
TÓPICO 1 — CONFLITO
73
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
74
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O conflito pode ser funcional, quando engloba atitudes positivas ou pode ser
disfuncional, quando engloba atitudes negativas.
75
AUTOATIVIDADE
76
• ( ) O conflito pode sempre ser evitado uma vez que o indivíduo se nega a
participar abrindo mão de seus ideais.
• ( ) Diferenças individuais e culturais, mudanças, escassez de recursos,
são fatores que conduz ao conflito.
•
• Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
•
• a) ( ) V – F – V – V.
• b) ( ) F – F – F – F.
• c) ( ) V – F – F – V.
• d) ( ) V – V – F – V.
•
• 4 (Adaptado de ENADE, 2018) O diretor de uma cadeia de lojas de
departamento, para aumentar as vendas, decide fazer uma liquidação de
calçados. Tal departamento fica localizado no fundo do segundo andar
da loja e o diretor acredita que os clientes comprarão outros produtos no
trajeto até lá. O diretor optou por fazer uma liquidação expressiva, do tipo
“pague 1 e leve 2”, para conseguir atrair os clientes até o departamento,
que é o mais distante da entrada da loja. No entanto, o gerente do
departamento de calçados discorda da opção do diretor, pois tem como
meta vender o maior número de calçados possível, porque as comissões
dos vendedores dependem do valor total de vendas. Qual é a fonte desse
conflito organizacional?
•
FONTE: <https://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2018/tecnolo-
gia_em_gestao_de_recursos_humanos.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2021.
•
• a) ( ) incongruência da estrutura da empresa.
• b) ( ) falha de comunicação e a interpretação equivocada da
informação.
• c) ( ) divergência sobre os critérios de departamentalização da loja.
• d) ( ) diferença entre as metas da direção e do departamento de
calçados.
• e) ( ) competição pelos recursos entre a direção e o departamento de
calçados.
•
• 5 Criado pelos doutores Kenneth Thomas e Ralph Kilmann, o Instrumento
Thomas-Kilmann (TKI) foi projetado para medir o comportamento de uma
pessoa em situações de conflito. Esse instrumento é usado por consultores
de Recursos Humanos (RH) e Desenvolvimento Organizacional (OD)
como um catalisador para abrir discussões sobre questões difíceis e facilitar
o aprendizado sobre como os modos de tratamento de conflitos afetam a
dinâmica pessoal e organizacional.
• Conforme é possível observar na figura a seguir, em situações de conflito,
um indivíduo pode adotar comportamentos que permeiam duas dimensões:
(1) assertividade, a medida em que a pessoa tenta satisfazer suas próprias
preocupações, e (2) cooperatividade, a medida em que a pessoa tenta
satisfazer as preocupações do outro.
77
FONTE: <https://kilmanndiagnostics.com/overview-thomas-kilmann-conflict-mode-instru-
ment-tki/>. Acesso em: 24 jun. 2021.
78
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO:
CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2 NEGOCIAÇÃO
A negociação é, sem dúvidas, uma das técnicas de resolução de conflitos
mais utilizadas e a que guarda maiores possibilidades de reduzir o stress que os
conflitos organizacionais provocam (FREITAS, 1994).
79
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
80
TÓPICO 2 — TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Estimule sua
Discuta padrões Facilite a
BATNA e
Suspenda a e critérios para sustentação dos
dos outros
crítica. dividir o bolo. compromissos.
participantes.
Crie sem
compromisso
e sem Alinhe os
Aperfeiçoe a sua
preconceito. incentivos
BATNA.
e controles
Use a organizacionais.
neutralidade
para sugerir
Identifique seus possíveis formas Continue
Gere opções
interesses e os de distribuição. trabalhando
que façam o
interesses das para melhorar o
bolo aumentar.
outras partes. relacionamento.
Ainda, vale citar que Duzert (2007) se utiliza das quatro etapas do processo
de negociação para compor a matriz de negociações complexas considerando os
elementos, formas e indicadores de avaliação em cada uma das etapas. Observe
no quadro a seguir.
81
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
3 CONCILIAÇÃO
Sobre os métodos de resolução de disputas, pode-se citar a arbitragem, a
mediação, a negociação e a conciliação. Este último, tema central deste subtópico.
82
TÓPICO 2 — TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
William Ury foi responsável por solucionar uma das maiores brigas
societárias da história do Brasil. O confronto entre os empresários Lars Olofsson
(Carrefour), Abílio Diniz (grupo Pão de Açúcar) e Jean-Charles Naori (Grupo
francês Casino) já durava dois anos e foi considerado pelo jornal Financial Times
como um dos maiores confrontos transcontinentais de negócios da história.
Acompanhe o desfecho no texto a seguir.
FONTE: <https://valoragregadoconsultores.com.br/images/negociacao/nogociacao-colaborati-
va2.jpg>. Acesso em: 9 jun. 2021.
83
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
O conflito já durava mais de dois anos e poderia durar mais oito anos.
Estima-se que a disputa já havia consumido 500 milhões de reais e não se
tinha uma ideia de quanto mais poderia custar. Essa era a situação quando o
antropólogo e professor da Universidade de Harvard William Ury, foi convidado
por Abílio para tentar solucionar a disputa. Ury trabalhou como negociador e o
acordo foi assinado no dia 6 de setembro 2013. Esse caso mostra como William
Ury conseguiu solucionar em cinco dias (com negociações no Brasil e na França)
um caso aparentemente sem solução negociada.
O Grupo Pão de Açúcar foi fundado em 1948 por Valentim Diniz (pai de
Abílio) e se tornou a maior empresa de distribuição do Brasil. Em maio de 2005,
a rede francesa Casino pagou 900 milhões de dólares para dividir o controle do
Pão de Açúcar com a garantia de ter o controle do grupo no futuro. O acordo
também previa que seriam investidos mais de 2,5 bilhões de reais na abertura de
40 hipermercados e 120 supermercados nos próximos 4 anos. O Casino cumpriu
sua parte no acordo, alavancando o crescimento vertiginoso do Pão de Açúcar. O
acordo previa também que o Casino teria a opção de aumentar sua participação
gradativamente na holding e até deter a maioria das ações com direito a voto em
junho de 2012. Assim, Abílio perderia o controle do Grupo a partir dessa data.
84
TÓPICO 2 — TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Ao longo dos quase três anos de batalha entre Diniz e Naoury, todos
estavam perdendo. Perdia Abílio, perdia Jean-Charles, perdiam os profissionais
das empresas, perdiam os investidores e perdiam todos os clientes e fornecedores
que se viam diante de um cenário nebuloso e imprevisível.
85
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
maioria das pessoas pensam quando se fala em negociação: elas dizem “quero
chegar ao acordo, mas como fazer isso com aquela pessoa difícil, ou quando
o outro lado não quer?” William Ury responde: “Eu me especializei nisso,
negociação em situações difíceis, com pessoas difíceis”.
Ury veio ao Brasil em maio de 2013. Uma das suas primeiras exigências
foi conhecer Abílio Diniz da forma mais ampla possível para entender quais eram
os seus interesses reais naquela negociação específica. Reuniram-se inicialmente
na casa de Diniz, em São Paulo, e depois na casa de Abílio, na Praia da Baleia, em
São Paulo.
Ury conta uma das conversas com Abílio em seu livro Como chegar aos
Sim com Você Mesmo. Essa conversa definiu o que realmente Abílio desejava (o
seu real interesse). Leia o que Ury diz: “O primeiro passo de Abílio para resolver
a disputa deveria ser definir suas verdadeiras prioridades. Perguntei-lhe então:
o que você realmente quer? Sua primeira reação foi me apresentar uma lista de
desejos: ele queria vender suas ações a um determinado preço, eliminar uma
cláusula de não competição com vigência de três anos (que o impedia de adquirir
supermercados) e outros itens como a manutenção da sede do Grupo Pão de
Açúcar, além de manter outros imóveis. Pressionei-o: entendo que você queira
todos esses itens concretos, mas o que essas coisas vão acrescentar a um homem
que parece ter tudo? Você é um dos homens mais ricos do Brasil! Pense bem: o
que, nesse momento, que você mais quer na vida? Abílio pensou e respondeu:
liberdade, quero minha liberdade! Liberdade para ter mais tempo com a família
e liberdade para realizar meus sonhos de negócios”.
86
TÓPICO 2 — TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
NOTA
4 MEDIAÇÃO
Como você pôde perceber, existem diversas formas de se lidar com o
conflito. Há quem prefira fugir dele, negligenciando sua existência, o que pode
agravar ainda mais a situação. Há outros que preferem enfrentar o conflito,
adotando a técnica que considere mais oportuna para o momento. Sobre as
formas de se lidar com o conflito, observe a figura a seguir:
O Art. 2º dessa mesma lei descreve que a mediação será orientada pelos
seguintes princípios:
I – imparcialidade do mediador;
II – isonomia entre as partes;
III – oralidade;
IV – informalidade;
V – autonomia da vontade das partes;
VI – busca do consenso;
VII – confidencialidade;
VIII – boa-fé (BRASIL, 2015).
DICAS
Para compreender melhor como essa técnica é aplicada, veja o caso a seguir:
Certo dia, o pai chegou em casa e encontrou seus filhos João e Maria
brigando por uma laranja. Só havia uma laranja na casa, ou seja, era um recurso
escasso e ninguém queria ceder. João dizia que queria a laranja. Maria dizia que
queria a laranja. O pai então pensou uma forma de resolver aquele conflito entre
os filhos. Falou: “vou resolver este problema já que não conseguem chegar a uma
solução”. Os filhos ficaram atentos para decisão do pai: “João, corte a laranja e
88
TÓPICO 2 — TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Maria escolha o primeiro pedaço”. João não queria que Maria levasse um milímetro
a mais da laranja e por isso mediu o local exato que iria cortar a laranja. Partiu
bem no meio. Sabia que se partisse 60% x 40%, Maria teria o poder da escolha
e pegaria o maior pedaço. Para evitar isso, João cortou bem no meio. Certinho.
Maria, olhando os dois pedaços tão iguais, escolheu um. João então ficou com a
outra metade da laranja. Cada um saiu para um lado e o problema foi resolvido.
Pergunto ao leitor, o pai resolveu o conflito? Foi uma solução inteligente? E, por
último, foi a melhor solução possível com o recurso disponível?
89
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
90
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Uma negociação pode ser composta por quatro etapas: preparação, criação de
valor, distribuição de valor e acompanhamento.
91
AUTOATIVIDADE
92
• ( ) O líder deve manter-se imparcial ao perceber que está diante de uma
situação em que não há vencedores ou vencidos, sempre demonstrando
disponibilidade e disposição ajudar na solução do conflito.
FONTE: <https://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2018/tecnolo-
gia_em_gestao_de_recursos_humanos.pdf>. Acesso em: 6 jul. 2021.
•
• Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
•
• a) ( ) V – F – V – V.
• b) ( ) F – F – F – F.
• c) ( ) V – F – F – V.
• d) ( ) V – V – F – V.
•
• 3 Existem diversos métodos de gestão conflito a escolha de qual método
adotar vária de acordo com a situação e o estágio do conflito. Sobre a técnica
de mediação, assinale a alternativa CORRETA:
•
• a) ( ) Há a presença de uma terceira pessoa que participa e se
responsabiliza pelas decisões dos envolvidos
• b) ( ) Há a presença de um terceiro envolvido parcial que auxilia o
diálogo e as decisões.
• c) ( ) Há a presença de uma terceira pessoa imparcial que facilita o
diálogo.
• d) ( ) Há a presença de uma terceira pessoa, mas a responsabilidade
da decisão continua sendo dos envolvidos no conflito.
•
• 4 Na legislação brasileira, a mediação de conflitos está prevista na Lei nº
13.140, de junho de 2015 (conhecida como Lei de Mediação). Disserte sobre
os oitos princípios descrito nesta lei e que orienta a mediação.
•
• 5 Sobre os métodos de gestão de conflitos, pode-se citar a arbitragem,
a mediação, a negociação e a conciliação. Disserte sobre pelo menos duas
dessas técnicas.
93
94
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
95
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
TÉCNICA DESCRIÇÃO
96
TÓPICO 3 — NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS: ÉTICA NAS NEGOCIAÇÕES
Por fim, deve-se trabalhar com base em critérios claros e objetivos. É importante
munir de conhecimento teóricos e práticos sobre as técnicas de negociação.
Vale ressaltar que uma boa negociação deve levar em conta três critérios:
deve produzir um acordo sensato, ser eficiente e melhorar o relacionamento entre
as pessoas.
98
TÓPICO 3 — NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS: ÉTICA NAS NEGOCIAÇÕES
3 ÉTICA
A ética é um tema explorado há muito tempo. Filósofos como Aristóteles,
Platão, Kant, Heidegger se propuseram a discutir o tema, tendo-o feito com muita
propriedade. O termo anteriormente reservado ao mais árduo labor filosófico
e praticamente desconhecido do grande público, hoje é discutido nas várias
esferas da sociedade. Enquanto disciplina teórica, estuda os códigos de valores
que determinam o comportamento que influenciam na tomada de decisão dos
indivíduos num determinado contexto.
Para Argandoña (1994, p. 21), “a ética é uma ciência que tem por objetivo a
excelência, não uma ciência dos mínimos, pretende não só o seu próprio bem, mas
o bem de todos. A ética trata de ações dignas ou indignas do homem, ações que se
relacionam com a moral e que tem como fundamento os valores da sua conduta”.
DICAS
Quer aprender mais sobre ética? Assista o vídeo “Ética é questão de opinião?”,
com o professor e filósofo Mario Sérgio Cortella, clicando no link a seguir: https://youtu.be/
IDJ2mwSZPNs
99
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
DICAS
FIGURA 9 – RSC
FONTE: <https://www.administracaoegestao.com.br/wp-content/uploads/2018/12/piramide-de-
-caroll.png>. Acesso em: 9 jun. 2021.
100
TÓPICO 3 — NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS: ÉTICA NAS NEGOCIAÇÕES
responsabilidade ética por parte das organizações. Neste aspecto, Cruz (2009)
salienta que o Comportamento Ético Empresarial, baseado na interpretação
epistemológica da ética, relaciona-se a uma postura adotada por uma organização
em que se considera um conjunto de aspectos legais internos ou externos (vigentes
ou não em uma legislação), que podem contribuir para o bem-estar da sociedade,
do meio ambiente e de mais stakeholders.
NOTA
101
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
Você aprendeu que a forma pela qual a empresa determina sua função,
sua missão, sua organização interna, enfim, os valores pelas quais se fundamenta,
refletem na forma de trabalho, e claro, nas negociações. No entanto, será que
apenas o ambiente irá determinar se uma pessoa agirá de forma ética ou não?
102
TÓPICO 3 — NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS: ÉTICA NAS NEGOCIAÇÕES
Segundo Kelley (1966), isso resulta em dois dilemas negociais: (1) o dilema
da confiança e (2) o dilema da honestidade.
103
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
AUTOR JUSTIFICATIVA
104
TÓPICO 3 — NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS: ÉTICA NAS NEGOCIAÇÕES
LEITURA COMPLEMENTAR
• 1) Escuta ativa.
• 2) Perguntas abertas.
• 3) Estimular a empatia.
• 4) Anotações.
• 5) Resumo.
• 6) Paráfrase – melhor compreensão.
• 7) Reformulação – aspecto positivo.
• 8) Separar Pessoas dos Problemas.
• 9) Concentrar nos interesses e nos valores e não nas posições.
• 10) Estimule identificação de ganhos múltiplos.
• 11) Insista em usar critérios objetivos quando necessário – objetivar o
subjetivo.
• 12) Teste de realidade.
• 13) Gerenciamento positivo das emoções (apreciação, afiliação, autonomia,
status, papel).
105
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
A paráfrase é uma técnica que significa repetir o que foi dito com
palavras que facilitam a sistematização do que foi relatado, assunto por
assunto, muitas vezes conseguido retirar da fala frases e palavras ditas de
desafeto ou rancor que dificultam o diálogo. A paráfrase ajuda as partes a
compreenderem melhor os assuntos relatados, reorganizando as ideias e
criando uma ponte para possíveis soluções.
106
TÓPICO 3 — NEGOCIAÇÃO BASEADA EM PRINCÍPIOS: ÉTICA NAS NEGOCIAÇÕES
107
UNIDADE 2 — NEGOCIAÇÃO E CONFLITO
108
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A ética pode ser definida como ciência dos costumes transmitidos na sociedade,
dos estilos permanentes do agir dos indivíduos (hábitos), bem como da
comprovação crítica dos novos valores que a evolução da sociedade faz surgir.
CHAMADA
109
AUTOATIVIDADE
110
• 3 A gestão de conflitos consiste na escolha da melhor estratégia para
solução de conflito, considerando a melhor ferramenta a ser utilizada de
acordo com cada caso. Dado este contexto, assinale a alternativa CORRETA
correspondente à existência de uma terceira pessoa alheia ao conflito, que
atua como uma espécie de “facilitador”, sem interferir na decisão final das
partes.
•
• a) ( ) Mediador.
• b) ( ) Arbitro.
• c) ( ) Consultor.
• d) ( ) Conciliador.
•
• 4 A ética deve ser a base de toda a atividade, seja ela econômica, política
ou social. Por diversos motivos, a preocupação com tema vem crescendo em
todas as esferas da sociedade. Sobre a ética, analise as sentenças a seguir:
•
• I- Empresas que tem seu nome envolvido em escândalos veem suas ações
na bolsa de valores despencarem o que pode levar ao seu fechamento.
• II- A crescente aceitação de ideias liberais enfatiza a desregulamentação
e o livre mercado o que reque um enquadramento legal, institucional e
ético claramente definidos.
• III- A ética está sendo muito discutida justamente pela falta de ética,
amplamente divulgada pela mídia nacional e internacional, esquema de
corrupção, imoralidade, vícios, cartel.
• IV- O comportamento e as ações da vida pessoal de um funcionário não
possuem relação com a empresa, por isso não impactam a imagem da
organização.
•
• Assinale a alternativa CORRETA:
•
• a) ( ) As sentenças I, II e IV estão corretas.
• b) ( ) Somente a sentença III está correta.
• c) ( ) As sentenças II e IV estão corretas.
• d) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
•
• 5 (INEP, 2012 ENADE – Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos)
As negociações são uma parte crítica da dinâmica do varejo – fazemos um
número cada vez maior delas todos os dias, numa velocidade crescente.
Cada negociação mexe com os estoques, com a logística e com as margens.
Nós nos relacionamos com cerca de 5000 fornecedores. Por essas razões,
nossas negociações precisam ser padronizadas tanto quanto possível. Não
podemos deixar que cada comprador tenha uma abordagem ou um objetivo
diferente, ou que meu estilo pessoal dite o do grupo. Também não podemos
abrir mão da ética e da transparência – todas as condições envolvidas
precisam ser absolutamente claras. Surgiu daí a decisão de criar um estilo
corporativo de negociação, com base no qual estamos treinando nossos
profissionais. No treinamento, mostramos que eles devem orientar-se não
111
pelo emocional ou pela força, mas pelo planejamento. Sem planejamento,
você não tem tempo para conhecer melhor quem está do outro lado e
não consegue partir para a negociação munido de todas as informações
necessárias. Mas treinar não significa criar comportamentos mecânicos. Os
contextos mudam, e o negociador precisa saber escolher as ferramentas
adequadas a cada caso, como se fosse um jogador de golfe selecionando o
taco certo para aquela jogada.
•
FONTE: BETHLEM, H. A arte do aperto de mãos. Revista Exa me. 22 abr. 2003. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/revista- exame/edicoes/0790/noticias. Acesso em: 12 jul. 2012.
•
• Considerando as orientações descritas no texto, analise as sentenças a
seguir:
•
I- A criação de um estilo corporativo de negociação, na empresa descrita,
pauta-se em estabelecer convicções éticas e promover treinamentos com
o objetivo de fazer com que os negociadores optem por decisões racionais
baseadas na identificação das questões em pauta na negociação e da
priorização delas, na construção de um leque de acordos alternativos e no
desenvolvimento de estratégias e táticas.
II- A analogia entre o jogador de golfe e o negociador aponta para a ideia
de que não existe um padrão ideal para se aplicar ao comportamento do
negociador. No entanto, é possível estabelecer estilos que, de certo modo,
resultam em encaminhamento da negociação em consonância com os
valores e objetivos organizacionais.
III- De acordo com o texto, a questão ética, priorizada pela organização
descrita, foi um motivo importante para a implementação do treinamento
em negociações na referida empresa. No entanto, sabe-se que é impossível
promover um treinamento em ética, pois a ética de um negociador
corresponde a sua ética pessoal.
•
• Assinale a alternativa CORRETA:
•
• a) ( ) Somente a sentença I está correta.
• b) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
• c) ( ) Somente a sentença III está correta.
• d) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
112
REFERÊNCIAS
ALVES, F. J. D. S. et al. Um estudo empírico sobre a importância do código de
ética profissional para o contabilista. Revista Contabilidade & Finanças, v. 18,
n. SPE, p. 58-68, 2007.
BARRY, B.; ROBINSON, R. Ethics in conflict resolution: the ties that bind.
International Negotiation, v. 7, n. 2, p. 137-142, 2002.
113
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo:
Makron Books, 1999.
114
NASCIMENTO, E. Comportamento organizacional. Curitiba: IESDE, 2008.
115
VEZZULA, J. C. Mediação: guia para usuários e profissionais. Florianópolis:
Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil, 2001.
116
UNIDADE 3 —
NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS
MULTICULTURAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
117
CHAMADA
118
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
2 NEGOCIAÇÃO INTERNACIONAL
Ao abordar o tema negociação internacional, inúmeras questões podem
ser levantadas, tais como: quais são as diferenças da negociação doméstica para
a negociação internacional? Será que a cultura impacta no comportamento do
negociador? Outro importante questionamento é: será que as mesmas estratégias
adotas em negociações domésticas podem ser aplicadas em negociações
internacionais? Esses e outros apontamentos serão discutidos nesta unidade,
porém, essa discussão não se limita ao conteúdo presente neste livro, dado a
complexidade do tema e as constantes transformações do mundo.
DICAS
Caro acadêmico, reúna-se com seus colegas e liste possíveis respostas para
os questionamentos supracitados. Esta tarefa visa identificar o grau de conhecimento que
vocês possuem sobre o tema.
119
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
120
TÓPICO 1 — NEGOCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Aumento da
1830 até o final Introdução manufatura: comércio
da década de das ferrovias através das fronteiras
Primeira fase
1800, com pico e o transporte de commodities, em
em 1880 marítimo. grande parte por
trading companies.
Surgimento e
domínio das
primeiras empresas
Aumento da multinacionais
Segunda fase 1900 a 1930 produção de (principalmente
eletricidade e aço. europeias e norte-
americanas) nos
setores industrial,
extrativista e agrícola
Esforço concentrado
da parte dos países
industrializados
Formação do
ocidentais para
Acordo Geral sobre
redução gradual
Tarifas e Comércio
de barreiras ao
(GATT, do inglês
comércio; crescimento
General Agreement
1948 à década das multinacionais
Terceira fase on Tariff and Trade);
de 1970 japonesas; comércio
fim da Segunda
entre países de bens
Guerra Mundial;
de marca; fluxo entre
Plano Marshall
países de moeda
para reconstrução
em paralelo ao
da Europa.
desenvolvimento de
mercados globais de
capital.
121
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
Taxa de crescimento
Expressivos
sem precedentes
avanços nas
no comércio entre
tecnologias de
fronteiras de bens
informação,
e serviços e capital;
comunicações,
participação
manufatura
nos negócios
Década de e consulta;
internacionais de
Quarta fase 1980 até o privatização de
empresas de pequeno
presente empresas estatais
e grande porte,
em países em
originárias de vários
transição; notável
países; foco nos
crescimento
mercados emergentes
econômico
para atividades de
nos mercados
exportação, IDE e
emergentes.
suprimento.
DICAS
Quer saber mais sobre esse tema tão importante? Assista no Youtube ao vídeo
intitulado “O que é globalização”. Basta clicar no link a seguir: https://www.youtube.com/
watch?v=h5WjNMGztvE.
Você já parou para pensar como a globalização afeta o seu dia a dia?
Se analisarmos as propagandas e embalagens dos produtos que consumimos
diariamente, veremos que boa parte deles são de empresas que operam e/ou
comercializam seus produtos também em outras nações.
122
TÓPICO 1 — NEGOCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
FONTE: <https://economia.culturamix.com/blog/wp-content/uploads/2010/11/Multinacionais-
-no-Brasil-5.jpg>. Acesso em: 7 jul. 2021.
Vale ressaltar que não é necessário que uma empresa possua uma
unidade instalada em outro país para comercializar ali seus produtos. Por meio
do comércio eletrônico (e-commerce), o consumidor pode estar localizado em um
país e o prestador em outro.
123
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
NOTA
124
TÓPICO 1 — NEGOCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
DICAS
Firmado em 1968 por vários países, entrando em vigor em 1970, o Tratado de Não
Proliferação de Armas Nucleares é composto por 189 países. O objetivo é impedir o uso de
tecnologia na produção de armas nucleares. Não participam deste acordo Israel, Paquistão,
Índia e Coreia do Norte.
– Mercosul
125
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
FONTE: <https://dalpiazdalpiaz.com.br/opiniao-e-noticia/o-que-sao-acordos-multilaterais#.
YICLtuhKhPY>. Acesso em: 7 jul. 2021.
126
TÓPICO 1 — NEGOCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
127
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
NOTA
128
TÓPICO 1 — NEGOCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
O senhor mora em Nova York. A Natura tem sede em São Paulo; a Aesop,
na Austrália; e a The Body Shop, em Londres. Como será a rotina do grupo?
129
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
O novo presidente da The Body Shop, David Boynton, que já teve passagens
pela L’Occitane, vai trazer um conhecimento enorme nessa área. Temos também
a experiência de Michael O’Keeffe, presidente da Aesop, à frente de uma rede de
quase 200 lojas que não param de crescer. Ao mesmo tempo, contratamos Peter
Saunders para o conselho de administração. Ele foi presidente da The Body Shop
no passado e tem muito conhecimento sobre varejo e sobre a empresa. Hoje ele
está no conselho de redes como [de chocolates] a Godiva.
Sim. Com a The Body Shop, adquirimos uma base presente em 70 países.
Uma rede de franqueados que podem nos ajudar a levar a marca Natura para
fora. A expansão da The Body Shop com a venda direta é outra possibilidade. A
empresa já usa o modelo na Austrália e na Inglaterra e vai bem. Ainda não temos
todas as respostas. Estamos aprendendo.
130
TÓPICO 1 — NEGOCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
• Orientação e pesquisa
• Resistência
DICAS
132
TÓPICO 1 — NEGOCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
• Acordo
• Seguimento
133
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
134
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
135
AUTOATIVIDADE
136
• Assinale a alternativa CORRETA:
•
• a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa correta da I.
• b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é
uma justificativa da I.
• c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma
proposição falsa.
• d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
•
• 4 Atualmente, é inimaginável um mundo sem o enorme fluxo de bens,
recursos financeiros, informações, pessoas e de uma série de outros elementos
mais difusos e menos quantificáveis que transitam continuamente entre as
fronteiras que delimitam os Estados. Na base desse fenômeno, está uma ampla
e complexa malha de organizações internacionais. Diante deste cenário, disserte
sobre o papel desempenhado pelas organizações multilaterais no mundo atual.
•
FONTE: SATO, E. Conflito e cooperação nas relações internacionais: as organizações inter-
nacionais no século XXI. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 46, p. 161-176, 2003.
•
• 5 Importadores de países árabes querem fazer negócios com frigoríficos
paranaenses. Contudo, exigem que os frangos sejam abatidos de um modo
indolor em um local voltado para meca e com frases religiosas em placas no
local de abate. Dado este contexto, assinale a alternativa INCORRETA:
•
FONTE: <https://blog.logcomex.com/como-a-cultura-de-um-pais-influencia-no-comercio-
-internacional/>. Acesso em: 10 jul. 2021.
•
• a) ( ) Neste caso a religião interfere na estrutura do exportador.
• b) ( ) Em negociações internacionais deve-se ponderar os costumes,
tradições, religião, linguagem.
• c) ( ) Neste caso, a religião não interfere na estrutura do exportador.
• d) ( ) Neste caso, ainda que o exportador não se adeque a
negociação será realizada.
137
138
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
NEGOCIAÇÕES MULTICULTURAIS
1 INTRODUÇÃO
139
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
140
TÓPICO 2 — NEGOCIAÇÕES MULTICULTURAIS
• I. uso do tempo;
• II. individualismo vs. Orientação coletiva;
• III. estabilidade de funções e conformidade;
• IV. padrões de comunicação.
O uso do tempo diz respeito à relação das culturas com o horário e prazos.
Como exemplo, utilizamos o povo suíço, onde atrasos são faltas graves – ao
contrário das culturas latinas.
141
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
142
TÓPICO 2 — NEGOCIAÇÕES MULTICULTURAIS
143
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
Quem lida com negociação sabe que a tarefa não é para amadores.
Dominar as técnicas, conhecer bem o negócio e o interlocutor são algumas das
exigências, mas quando a missão envolve outro país, o que já era difícil torna-se
mais desafiador.
144
TÓPICO 2 — NEGOCIAÇÕES MULTICULTURAIS
Karla também procura conhecer a região que visita, pois sabe que as
oportunidades podem estar em qualquer lugar. Foi assim quando fechou um dos
negócios internacionais mais recentes.
Certo dia, no Sudão, percebeu muitos pneus jogados nas estradas e
procurou entender o que ocasionava aquilo. Descobriu que os pneus estouram
frequentemente devido à grande oscilação de temperatura. Da curiosidade,
nasceu uma parceria para transferência tecnológica e de material para reciclagem
do produto.
Ela aconselha estudar sobre o país, seus costumes e ter bem claro o
objetivo da viagem. Um cuidado simples para não errar logo de início é verificar
os feriados locais. Algumas datas são tratadas com muita importância e marcar
reuniões nesses dias é uma grande gafe.
Vale a pena, também, dar uma olhadinha nos jornais locais ao chegar.
Jurema afirma que isto demonstra interesse pela localidade e contribui para
estabelecer uma conversa informal com os interlocutores.
Gesticular demais é algo que deve ser evitado em qualquer lugar, diz
Jurema, porque pode ser interpretado como falta de preparo.
Alguns costumes são bem específicos, por isso, cada viagem é única. De
acordo com a professora da Univille, os árabes querem conhecer a pessoa por trás
do cartão de visita. E nessa cultura, nunca se deve mostrar a sola do sapato. Algo
considerado indelicado.
A troca de cartão acontece com as duas mãos e este nunca deve ser colocado
imediatamente no bolso. Ainda que não entenda o idioma, o ideal é fazer uma
expressão de aprovação, olhar atentamente para o que está escrito no cartão e, só então,
deixá-lo na mesma ao seu lado. Jamais colocá-lo no bolso ou na pasta imediatamente.
145
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
Para saber como agir em ambientes tão distintos quanto à China, Sudão
ou Estados Unidos, uma dica é conhecer os padrões de comportamento descritos
pelo mestre em negociação e escritor Frank L. Acuff. Entre eles, está o uso do
tempo. A pontualidade tem peso diferente conforme a cultura. Também é
importante saber em que regiões o negociador pensa de forma coletiva e onde
é mais individualista, ou quem valoriza mais a forma da apresentação e quais
focam o conteúdo.
A ênfase ao grupo ajuda a explicar por que os japoneses são tão lentos
ao tomar decisões nas negociações. Precisam de tempo para assegurarem-se de
que todos os membros da equipe concordam com a decisão. A ênfase no grupo
também condiciona a quem você tenta convencer na mesa de negociações. Os
norte-americanos que negociam com outros norte-americanos normalmente
procuram o representante mais importante do outro lado, porém, nas culturas
centradas na coletividade, é o grupo que você deve convencer, não o indivíduo.
146
TÓPICO 2 — NEGOCIAÇÕES MULTICULTURAIS
• Padrões de comunicação
FONTE: <https://www.nsctotal.com.br/noticias/para-negociar-bem-no-exterior-e-preciso-estar-
-atento-as-tradicoes-e-costumes>. Acesso em: 7 jul. 2021.
147
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
148
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
149
AUTOATIVIDADE
150
• 3 Para Erbesdobler (2015), a cultura pode ser comparada a um iceberg,
em que a parte superior denota as questões visíveis, enquanto a parte
inferior submersa na água representa as questões não visíveis. Dado este
contexto, disserte sobre o iceberg da cultura.
•
• 4 A negociação muitas vezes não é uma maneira de discutir uma
questão, mas de aprender mais sobre a outra parte. Assim, uma negociação
inserida em um relacionamento, talvez nunca termine. Dado este contexto,
assinale a alternativa CORRETA:
•
• a) ( ) Conhecer os conceitos e entender os tipos de negociação e os
estilos de negociadores nem sempre é importante em uma transação.
• b) ( ) A negociação pode ser considerada uma técnica, ou mesmo
arte, ainda não desvendada por profissionais e estudiosos.
• c) ( ) O objetivo maior de uma negociação é o lucro imediato para
que não se perca tempo com negócios que gerem prejuízo financeiros.
• d) ( ) Em negociações o que vale é chegar em um acordo em que
ambas as partes saiam satisfeitas.
•
• 5 Na literatura não há um consenso quanto à definição do termo cultura,
mas sabe-se que em negociações internacionais os fatores culturais exercem
significativo impacto. Disserte sobre a importância de se conhecer os fatores
culturais da outra parte com quem e está negociando.
151
152
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
153
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
DICAS
154
TÓPICO 3 — DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
Na figura exposta, vemos um gesto que nos Estados Unidos tem uma
conotação positiva associada ao time de futebol da Universidade do Texas.
Entretanto, neste mesmo país, no meio de outras subculturas, ele também pode
representar "cultos satânicos". Da mesma forma, no Brasil, tanto pode representar
"cultos satânicos" (indicando os chifres diabólicos), como também pode ser
entendido como sinal de "sorte". Já na Itália a conotação é de insulto. Isto mostra
que um gesto só deve ser usado, quando se tem certeza de que o seu interlocutor
irá compreender exatamente o sentido que se quer transmitir (ARRUDA, 2001).
FIGURA 6 – POSTURA
FONTE: <https://assets.almanaquesos.com/wp-content/uploads/2016/12/corpo_fala_sosoltei-
ros_0.1.jpg>. Acesso em: 7 jul. 2021.
155
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
3 NEGOCIAÇÃO ESTRATÉGICA
A globalização aliada ao avanço da ciência e da tecnologia diminuíram
barreiras possibilitando um número maior de trocas e compartilhamentos entre
pessoas, entre empresas, entre países, entre blocos comerciais.
NOTA
156
TÓPICO 3 — DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
157
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
• Inovação.
• Diversificação.
• Expansão.
• Diferenciação.
• Alianças e parcerias.
• Quanto menor a obrigação de uma parte em seu fechar o acordo mais forte ela
será em uma barganha.
• O poder de uma negociação não está diretamente associado aos ativos de
uma parte e sim aos incentivos que ela tem, ou não, para estar em uma mesa
de negociação.
• Quanto mais se entende as alternativas do outro lado, melhor preparado
para se negociar.
158
TÓPICO 3 — DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
Toda empresa deve possuir uma estratégia. Não ter uma estratégia
significa ser a estratégia de alguém. A negociação estratégica vai além das
negociações comuns, pois são fundamentadas na estratégia macro da empresa.
Assim, toda negociação é premeditada visando a sustentabilidade do negócio.
Examine a figura a seguir.
159
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
• a) ganhar agora;
• b) ganhar agora e depois;
• c) ganhar depois;
• d) construir um relacionamento;
• e) manter um relacionamento;
• f) consertar um relacionamento;
• g) tudo junto.
160
TÓPICO 3 — DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
DICAS
161
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
162
TÓPICO 3 — DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
163
UNIDADE 3 — NEGOCIAÇÕES EM CONTEXTOS MULTICULTURAIS
• 1. Interesses comuns.
• 2. Interesses conflitantes.
• 3. Discussão.
• 4. Acordo.
Os dois primeiros situam-se mais no nível das ideias. Os dois últimos estão
mais no nível da ação. Os negociadores de ambos os lados devem estar conscientes
de seus próprios vieses culturais na medida em que possam surgir nesses quatro
aspectos do processo. No mundo atual, simplesmente não é possível que seja
apenas responsabilidade de alguém (seja quem for este alguém) manter-se sensível
aos padrões culturais, de modo que apenas esse alguém possa “compreender” e se
adaptar às maneiras “estranhas” dos outros. Deve haver uma reciprocidade entre
as pessoas no pavor ou no encanto pela cultura do seu adversário.
164
TÓPICO 3 — DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
• 1) Abertura;
• 2) Exploração;
• 3) Apresentação e
• 4) Clarificação, Ação final, Avaliação e Controle.
Está claro que ninguém vai muito longe na negociação se tenta persuadir
na base do estereótipo, confundindo o comportamento de vendedores de carros
usados, antiquários e feirantes com uma negociação para valer.
Quem está “certo” nessas ilustrações é algo que pode ser discutido
eternamente – nunca haverá uma conclusão. O certo é que as pessoas de
diferentes culturas têm diferentes expectativas sobre o que deva ser considerado
comportamento normal na prática das várias fases do processo de negociação”.
166
TÓPICO 3 — DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO
167
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A linguagem pode ser uma chave que abre ou fecha portas. Utilizar uma
palavra inapropriada ou produzir um gesto ofensivo pode resultar em ofensas
irreparáveis.
CHAMADA
168
AUTOATIVIDADE
169
atualmente. Negociar é uma prática que faz parte do cotidiano das
instituições. Sobre negociação, classifique V para as sentenças verdadeiras
e F para as falsas:
• ( ) Todas as organizações, sejam elas públicas ou privadas, constantemente
precisam negociar.
• ( ) As negociações empresariais não possuem relação com a estratégia
delimitada pela organização.
• ( ) A negociação estratégica vai além das negociações comuns.
• ( ) Toda negociação é estratégica.
•
• Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
•
• a) ( ) V – F – F – V.
• b) ( ) V – F – V – F.
• c) ( ) F – V – F – V.
• d) ( ) V – V – V – V.
•
• 4 Um bom negociador, além de criar seu próprio BATNA, tentar
descobrir o BATNA da outra parte. Para construção do BATNA é necessário
seguir algumas etapas. Disserte sobre o processo de construção do BATNA.
•
• 5 O BATNA (best alternative to no agreement) é uma técnica de negociação
que detalha o que seria um bom e o que seria um mau acordo. Um bom
negociador jamais vai para uma rodada de negociação sem o BATNA.
Diante deste contexto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para
as falsas:
•
• ( ) Quanto menor a obrigação de uma parte em seu fechar o acordo mais
forte ela será em uma barganha.
• ( ) O poder de uma negociação não está diretamente associado aos ativos
de uma parte, e sim aos incentivos que ela tem (ou não) para estar em
uma mesa de negociação.
• ( ) Quanto mais se entende as alternativas do outro lado melhor preparado
para se negociar.
• ( ) A parte quem tem o BATNA mais forte é a parte que tem o maior
poder de negociação.
•
• Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
•
• a) ( ) V – F – F – V.
• b) ( ) V – V – V – F.
• c) ( ) V – V – F – V.
• d) ( ) V – V – V – V.
170
• 6 Depois de três derrotas consecutivas em eleições à Presidência da
República, Lula declarou que só se candidataria pela quarta vez se sua
campanha eleitoral fosse dirigida por um publicitário. Tal fato denota a
preocupação com a figura que também é uma forma de comunicação. Dado
este contexto, disserte sobre a relação da figura com a comunicação.
•
FONTE: RODRIGUES, C. de C.; PÉREZ-NEBRA, A. R. A mudança na imagem do presidente
Lula nas campanhas eleitorais à Presidência da República. Conexão-Comunicação e Cultu-
ra, v. 6, n. 12, 2007.
171
REFERÊNCIAS
ACUFF, F. L. Como negociar qualquer coisa em qualquer lugar do mundo. 2.
ed. São Paulo: Senac, 2004. 355 p.
172
JACOBUS; A. M.; MULLER; V. D. A influência da cultura nas negociações
internacionais entre Brasil e China. 2013. Disponível em: https://www.
marketingviewer.com.br/a-influencia-da-cultura-nas-negociacoes-
internacionais-entre-brasil-e-china/. Acesso em: 10 jul. 2021.
173
PIRES, J. C. de S.; MACÊDO, K. B. Cultura organizacional em organizações
públicas no Brasil. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 40, n. 1,
p. 81-105, jan./ fev. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rap/a/8tWmWP
Zd8jYbQvDMkzkdcGx/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 20 maio 2019.
RAIFFA, H. The Art and Science of Negotiation: How to resolve conflicts and
get the best out of bargaining. Cambridge, Massachusetts: Harvard University
Press, 1982.
SALACUSE, J. W. Negotiating: The top ten ways that culture can affect your
negotiation. IVEY business journal, v. 69, n. 1, p. 1-6, 2004.
174