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REALIZAÇÃO:
CUIABÁ-MT – 2016
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CUIABÁ - MT – 2016
Ministério Halieus – Pregando a Palavra de Deus
prmanoelmb@hotmail.com (65)99229-2174)
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ÍNDICE
A mensagem é. (tema)
Bibliográfica
A pregação da Palavra de Deus é uma das tarefas mais difíceis de ser realizada. Pregar
não é fácil. Há quatro anos atrás escrevi uma breve apostila sobre a pregação como a vox
Dei (A pregação como a voz de Deus) naquela ocasião focalizei sobre a história da
pregação, seguindo por uma lacônica definição de pregação expositiva e suas
características, e por fim, apresentei de forma resumida a quem é destinada a tarefa da
Pregação. Neste curso apresentaremos o lado prático daquilo que foi abordado há quatro
anos atrás. Nos focalizaremos especialmente na tarefa da apresentação e da entrega dos
sermões bíblicos.
O QUE É PREGAÇÃO?
Devemos ressaltar que a pregação apresentada aqui no curso é a que leva a exposição
do texto sagrado comumente conhecida como pregação expositiva. As definições quanto
a este tipo de pregação são variadas: Uma outra definição bastante elucidativa quanto a
este tipo de pregação. Que declara: “Um sermão explicativo [expositivo] toma um
parágrafo inteiro no mínimo (uma cena em narrativa, ou uma estrofe em poesia) e permite
que o texto bíblico forneça a força também o conteúdo da mensagem ou lição do próprio
texto”1. Isto aponta para o fato de que a pregação expositiva tenta apresentar e aplicar as
verdades de uma passagem bíblica específica.
CONCEITOS BÁSICOS.
Definição:
O termo Homilética é derivado do grego "homilo" o que significa, multidão assembleia do
povo, derivando assim outro termo, "homilia" ou pequeno discurso do verbo "omileu"
conversar. O termo grego "homilia" significa um discurso com a finalidade de Convencer e
agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".
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O sentido desta palavra é “dá testemunho dos fatos” tem a ver com falar sobre o
evangelho ou apresentar os temas do evangelho (João 4.39; 1ª João 1.2) e envolve um
elemento da pregação da igreja (Lucas 24.44-48).
– Didasko [διδάσκοw]
A última palavra relacionada com pregação é esta aqui que o sentido básico é “ensinar”, a
pregação do evangelho também carrega uma boa dose de ensino ou doutrina! A
testemunha de Cristo deve ser sempre regada com doutrina. Em Atos 5.42, lemos que os
apóstolos não cessavam “de ensinar e de pregar” (didasko e euangelizo) a Jesus, o
Cristo. Então, pregara a palavra envolve ensinar também doutrinas! E o uso destas
palavras nos mostram que a tarefa da pregação é mais ampla.
Características da Pregação Neotestamentária.
Quais características práticas devem ter a pregação bíblica? O que caracteriza uma
verdadeira pregação da palavra? Olhando para o Novo Testamento podemos identificar
três características básicas de uma pregação.
– Compulsão:
O pregador é chamado a tarefa de pregar. Ele é impulsionado ou mesmo constrangido
para anunciar o evangelho (1ª Coríntios 9.16). Quando os homens querer que paremos a
pregação devemos responder como fizeram os apóstolos (Atos 4.20) não podemos parar
de falar e anunciar o evangelho! É essa compulsão que toma conta de cada um nós
quando subimos no púlpito para pregar o evangelho.
A igreja evangélica de nosso tempo está tão tomada pelo pecado que muitas vezes tenta
silenciar a pregação pelos programas adicionais ao culto: coral, grupo de louvor,
coreografia – mas a pregação precisa ser reduzida! 15 minutos, dizem alguns, já
suficiente para a pregação; mas quem tem essa compulsão dirá não! Preciso pregar a
palavra de Deus.
– Clareza:
A segunda característica de uma pregação verdadeiramente bíblica é a sua “clareza”.
Este termo poderia ser substituído por “popular em seu estilo”, podemos, dizer que o
estilo puritano é o que se aproxima deste conceito. O próprio Richard Baxter, o puritano,
falou sobre a pregação de seus pares como tendo por meta “As palavras mais simples
são a oratória mais proveitosa, quanto às questões mais importantes” 3. William Perkins,
outro puritano, disse que o sermão “Deve estar claro, lúcido, e evidente .... É um provérbio
entre nós: Foi um sermão muito simples: E eu digo novamente, quanto mais simples,
melhor.”4 A clareza na pregação é de fundamental importância.
“A boa-nova apresentada com palavras e frases difíceis não é boa-nova. Se os fatos são
mostrados sem clareza parecerão ficção. ”5 a pregação é a apresentação franca da
verdade (2ª Coríntios 4.2) e que não se deve florir a palavra de Deus com vãs filosofias
(1ª Coríntios 1.17). A clareza na exposição bíblica é importante na vida dos pregadores da
palavra, pois, eles precisam falar à mente e ao coração dos seus ouvintes. (1 Cor 2.1-5).
– Cristocêntrica:
A outra característica da pregação é que ele se centraliza em Cristo. Todo alvo da
pregação deve ser sempre apresentar e levar os homens a Cristo. O tema central de toda
a escritura é cristo. O próprio senhor Jesus nos ensina que a totalidade das Escrituras
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ensinam sobre ele (Lucas 24.25-27;44-48). Paulo ao orientar o jovem pastor Timóteo
evoca que as sagradas letras podem tornar o homem sábio pela fé em Cristo (2 Timóteo
3.15) isto significa que a Palavra de Deus é saturada pelo ensino a respeito do redentor,
então, toda a pregação deve ter uma orientação cristocêntrica.
O que é exegese?
Walter C. Kaiser Jr nos oferece uma definição interessante do que seja a Exegese:
A exegese está ligada a tarefa daquele que prega a palavra. Se queremos ser bons
pregadores precisamos conhecer com exatidão as palavras do texto que iremos pregar,
ou ainda conhecer com precisão o texto da sagrada Palavra de Deus. Mais uma vez devo
fazer menção em aos puritanos porque a “a forma de pregação expositiva puritana
consistiu em introduzir um texto bíblico com exegese acurada, identificar suas principais
doutrinas e provar essa doutrina com uma série de proposições subordinadas...”
O Uso da Alegoria:
Outro tipo de abordagem muitos usam a alegoria como recurso de pregação. Vale
salientar que há bons usos da alegoria, um exemplo é obra o Peregrino de John Bunyan.
Os que fazem uso da alegoria se interessam pela gramática do texto, entretanto, para
eles o que importa é o que precisa ser descoberto por trás das palavras usadas.
O método alegórico “busca sob o significado literal de uma passagem o significado real” 6.
Como coloca outro autor que a “interpretação alegórica vê em cada elemento de um
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relato um símbolo, como representação de um sentido oculto” 7 Esta tem sido uma
tendência da pregação contemporânea, por exemplo, o livro “Cânticos dos cânticos de
Salomão pode ser entendido como expressando não o amor entre um homem e uma
mulher, mas o amor entre Cristo e a Igreja”.
Vale salientar que a verdadeira pregação insiste na intenção proposital que o autor
tencionou transmitir no texto sagrado. Não pode haver lugar para esta abordagem
alegórica, alguns tem apelado para Gálatas 4.21-31 (onde Paulo usa uma alegoria sobre
Hagar e Sara), entretanto, vemos o apóstolo usando a alegoria para argumentar fatos e
não para criar ilusões que o texto não diz. Há outros que recorrem a textos como 1 Cor
10.1-3 Hb 7.1-3, mas estes textos não são alegoria, são ilustrações que são usadas a
partir do Antigo Testamento e são tipologia (proto-tipo que aponta para o tipo no Novo
Testamento, neste caso Cristo).
A Abordagem Dogmática:
A terceira forma de aproximação não-exegética do texto é aquela que aborda a Escritura
como um compêndio da teologia dogmática. Muitos pregadores, que são bons teólogos
sistemáticos abordam as Escrituras dentro de seu sistema de doutrina e teologia, e por
vezes, confinam as Escrituras à interpretação do sistema dogmático.
Um exemplo disso é a análise que feita de Hebreus 6.4-8. Os que possuem uma
dogmática que ensina a perda da salvação fará este texto dizer que se trata disto; outros
que sua dogmática entende que salvação não se perde fará o texto dizer que isso é uma
mera hipótese. Mas, não houve um estudo exegético sério da passagem para determinar
o verdadeiro sentido do texto. Devemos ressaltar que a Teologia Sistemática é importante
para a vida da Igreja, mas não deve se sobrepor à exegese séria das Escrituras.
O Racionalismo:
Há pregadores que fazem a abordagem da Bíblia de forma racional, pois, rejeitam tudo o
que ofende a razão. O tempo de nossa época é do homem moderno e seu
desenvolvimento; então, pregar sobre milagres, ressurreição e intervenção sobrenatural
de Deus na história não faz parte da pregação de muitos ditos pregadores. O racionalismo
é o juízo da razão sobre as Escrituras. Este procedimento gerou o que conhecemos de
liberalismo Teológico que nega todo o sobrenaturalismo que as Escrituras narram e
apresentam, desde a encarnação de Cristo até sua segunda vinda.
– Princípios Norteadores ao Exegeta-Expositor
Evitar que os pressupostos dominem o sentido do texto:
Não pretendemos sugerir que não existe pressupostos quando nos aproximamos do texto
sagrado. Especialmente em sua leitura hermenêutica que “a interpretação reformada
parte de pressupostos fundamentais e confessionais”. O que queremos salientar é que
estes pressupostos não interfiram na intenção original do texto.
Deus quer que nós leiamos e ouçamos o texto sagrado tal como ele foi inspirado e
outorgado pelo Espírito Santo, ou como nos coloca de forma precisa:
Seguir o sentido gramatical das palavras.
Um dos grandes desafios do pregador é descobrir que tipo de texto estará pregando para
a congregação no domingo à noite. A questão resume-se em uma pergunta: qual o
gênero literário é o usado pelo autor sagrado? O que é um Gênero literário?
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O Gênero é “um tipo de composição literária que pode ser distinguido por aspectos como
o conteúdo de uma forma específica”
Encontramos na Escritura uma gama de Gêneros: Poesia, leis, história, discurso, relatos;
tudo isso, precisa ser estudado e analisado antes de apresentar um sermão à
comunidade do pacto.
No estudo para análise de uma passagem com vista à pregação é necessário estudar as
frases, as sentenças, e muitas vezes o capítulo e por fim, o livro como o todo. 8 Ou seja,
para ser um bom expositor da palavra deve-se realizar os seguintes passos de
interpretação textual:
Deve-se focalizar na passagem que se pretende pregar: realizando o estudo do
vocabulário, observando a gramática e todos os procedimentos gramáticos necessário.
Olhar o contexto Imediato: Isto significa que se deve diagramar as frases do texto em
segmentos
Olhar a seção principal: Ou seja, deve-se observar o fluxo da narrativa ou da passagem
que está sendo analisada.
Também deve-se Estudar o Livro: Devemos identificar o propósito do livro e determinar o
esboço do mesmo, isso facilitará na hora da exposição bíblica.
O autor do livro: Quem escreve o livro, a carta? O que autor pretende ao escrever tal
texto? Qual é a intenção do autor?
Devemos levar em consideração em qual testamento estamos pregando: A passagem
encontra-se no Antigo ou Novo Testamento? Qual a relação desta passagem com todo o
conteúdo deste testamento?
É necessário relacionar a mensagem da passagem com a totalidade da Bíblia: Qual é a
relação deste texto com toda a mensagem da Bíblia sagrada?
E por fim, devemos considerar o Gênero literário: É uma narrativa? É uma novela? É uma
poesia? É uma ironia? É um oráculo profético?
Contexto histórico-Cultural:
Um dos grandes problemas que os pregadores enfrentam é a análise do contexto
histórico-cultural. Há diversas passagens na Bíblia que tratam de costumes específicos e
que está inserido no texto sagrado. E por falta de conhecimento destes fatos muitos tem
oferecido interpretações não legítimas ao texto bíblico. Por exemplo, considere o texto de
Provérbios 22.28: “Não removas os marcos antigos que puseram teus pais. ”. Como
devemos interpretar este texto? Que pergunta deve ser feita a este texto? Há aqueles que
olham para o texto e perguntam: O que este texto significa para mim? Já ouvimos uma
pregação nesta passagem onde o pregador declarou que o significado de “não remover
os marcos” era “não remover a doutrina da igreja”!
Que resposta você ofereceu a esta questão? Se você indagou: o que este texto significa
para mim? Então, sua resposta está errada! A resposta deve levar em consideração o
contexto histórico-cultural. Naquele tampo não havia demarcadores de propriedade, eram
usados pedras e paus para delimitar a extensão de uma propriedade, aqui se proíbe uma
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Abordagem Cristocêntrica:
Como expositor precisamos apresentar Cristo. Há abordagens que sugerem que toda
mensagem da Bíblia é teocêntrica. Mas, quando estudamos mais a fundo esta questão
sabemos que toda a Palavra do Antigo ao Novo Testamento toda história da Salvação
explora de modo significativo o evento Cristo! Gênesis 3.15 é um exemplo clássico desta
abordagem, Longman nos lembra que os “autores do Novo Testamento, que estão lendo
Gênesis depois de Cristo, entenderam que Gêneis 3.15 tem um sentido mais profundo e
último” Jesus aqui é identificado com “ ‘a semente (isto é, descendente) da mulher”. 9
Então o tema da mensagem Cristã e da pregação dominical será sempre Cristo a fonte e
o tema de toda a pregação.
- Aplicando-se a Leitura:
É indispensável que o pregador da Palavra goste de ler. No passado o acesso à livros era
algo muito dificultoso, mas hoje com o advento da internet podemos ter acesso a mais
vasta literatura. Os livros também estão mais fáceis de ser adquiridos por meio
parcelamento. Como pregadores devemos ter uma biblioteca básica para os nossos
labores dominicais. Não acredito em "um pregador que não ler” declarou certa vez meu
professor de hermenêutica. Tomás de Aquino certa vez declarou: “Timeo hominem unius
libri” (tema o homem de um livro só) aqui ele certamente referia-se de um homem que
conhecia profundamente a Bíblia; entretanto, esta frase pode ser tomada no sentido
negativo! Pois, um homem que se guia apenas por livro (ou que rejeita os livros) não pode
ser pregador! Ele deve conhecer o livro supremo (A Bíblia Sagrada), mas não pode
ignorar ler outros livros que ajudam a compreendê-la. Então, cada estudante de
homilética / pregação deverá construir uma biblioteca particular e se aplicar a leitura (1
Tm 4.13). Pois, é no estudo que podemos ser melhores exegetas e expositores da
Palavra de Deus.
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O teólogo Puritano William Perkins nos lembra que a doutrina é “a ciência de viver para
sempre numa bem-aventurança”. Está sempre foi a convicção puritana a respeito da
pregação da Palavra de Deus. James I. Packer nos apresenta um perfil puritano para este
tipo de pregação:
Então na tradição reformada a pregação doutrinária tem sua importância e seu valor. O
que promovemos quando nós pregamos doutrinas em nossos sermões? O que isto
significa para cada um de nós? O Beeke, ainda tratando da pregação dos puritanos
sumariza para nós o que promovemos quando nossa pregação é doutrinária: As
Escrituras precisam ditar a ênfase de cada sermão. A pregação precisa instilar uma
apreciação por cada doutrina bíblica.
doutrinas em nosso púlpito os crentes ficam sem saber como devem viver a vida cristã
isto porque falta-lhe orientação necessária no púlpito da Igreja. Também quando a
pregação não eivada de doutrinas sólidas, oriundas da Palavra de Deus, o testemunho
cristão fica empobrecido isto porque não conhecem todo o conselho de Deus ficam
incapacitados de verdadeiramente discipular e evangelizar pecadores.
E por fim, a vida de oração é abandonada quando não ouvimos exposições bíblicas que
tratam da doutrina da oração na vida cristã. Uma igreja que não ora ou não é motivada a
orar está fadada a fechar as portas porque ignora o alimento necessário à comunhão com
Deus- uma vida prática de oração!
Clareza na Estrutura.
Já temos visto que há uma necessidade de que a pregação seja clara. Então, quando nós
formos elaborar o nosso sermão precisamos que a estrutura seja clara. Precisamos expor
a Palavra de Deus com a maior clareza possível. Neste processo o nosso sermão deve
conter Unidade, Ordem e Proporção:
Consideremos as partes que deve conter um sermão que segue esta estrutura primando
pela clareza de estrutura homilética:
Introdução: É um convite que se faz ao ouvinte concentrar-se em tudo no que será dito, é
a porta de acesso a todos cômodos da casa.
Qual é o propósito da Introdução no sermão? É deixar as pessoas interessadas no
assunto que estaremos abordando. E conseguimos isso quando ganhamos a atenção dos
ouvintes. Devemos lembrar que a introdução não deve ser longa, precisa ser concisa e
clara objetiva e direta. Onde encontrar fontes para melhorar as minhas introduções? A
resposta é simples, livros de pregações e também conhecer bem os meus ouvintes.
Discurso:
É a verdade a ser ensinada a estas pessoas logo após a introdução. É constituída do
material que o pregador se dispõe a comunicar naquele determinado sermão. 10deveremos
seguir uma sequência lógica naquilo que pretendemos abordar, por isso, anunciamos
prontamente o esboço daquilo que será abordado durante todo o sermão. As subdivisões
devem ser claras e agrupem um pensamento único que se integrem ao todo, lembrem-se
seus ouvintes devem lembrar do sermão como um todo. As divisões devem ser naturais e
não forçadas e devem ser excessivamente poucas. Poucas divisões ajudam na
memorização do conteúdo exposto.
Vale salientar também que a divisão deve ser proporcional um a outro em relação ao seu
tempo de transmissão. Deve-se evitar gastar mais tempo em um do que em outro.
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Também o pregador deve persuadir os seus ouvintes a crerem na verdade que está
sendo apresentada diante deles. Buscar falar à mente e ao coração.
Conclusão:
A conclusão é uma das partes mais importantes do sermão que pode ter consequências
eternas na vida das pessoas! Por isso, ela precisa ser pensada e bem escrita. Escrava
exatamente tudo o que você deseja que seu ouvinte receba e guarde no coração e na
mente. A conclusão deve ser curta! Longa quando a necessidade convier, mas
lembremos estamos concluindo o sermão e não fazendo outro!
Uso da Aplicação.
A aplicação é um dos recursos fundamentais para incutir a Palavra de Deus na mente e
no coração dos homens e mulheres que escutam a pregação dominicalmente na igreja.
Todo trabalho de exposição só encontra findo quando se há nele aplicação penetrante,
mais uma vez Stuart Olyott nos apresenta uma ilustração interessante sobre este ponto:
Por que a aplicação é tão escassa em muitas pregações nos dias de hoje? Devemos
ressaltar que sem ela a pregação não tem sentido de ser. Pensamos que a falta de
aplicação está na ausência de considerar o que ela não é: O que é aplicação? Um escritor
do século XIX nos oferece uma definição pertinente a respeito da aplicação: “A aplicação
é, no sentido restrito, aquela parte, ou aquelas partes, do discurso nas quais mostramos
como o assunto se aplica aos ouvintes; mostramos que instruções práticas o sermão lhes
oferece e que exigências práticas o sermão lhes faz” A aplicação é uma parte integrante
da verdadeira pregação expositiva, pois, sem ela o discurso dominical não tem sentido
algum, a pregação sem aplicação assemelha-se a um corpo sem alma - não há vida!
Eficiência da Pregação.
Uma pregação é de fato pregação quando ela é proferida. A eficácia de um sermão será
mostrada se o ouvinte conseguir levá-lo para casa. E para que a pregação seja eficiente
devemos fazê-la com humildade e clareza na apresentação da mesma. Usar uma
linguagem simples e direta. Também devemos depender da ação do Espírito Santo para
tornar a pregação eficaz (Ez 37), pois, Palavra é a espada do Espírito (Hb 4.12)
A autoridade da Pregação:
O último aspecto da pregação é sua autoridade. De onde deriva a autoridade da
pregação? Certamente deriva da Palavra! A autoridade não está na oratória do pregador,
não está nas técnicas, mas unicamente na Palavra de Deus. Então, não esqueçamos, se
queremos que o nosso sermão seja cheio de Autoridade ele deve ser cheio da Escritura,
ele deve está saturado com a Palavra de Deus.
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A ELOQUÊNCIA
Eloquência é um termo derivado Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar, falar
bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a
soma das qualidades do pregador.
Não é gritaria, pularia ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a
comunicação; portanto deve observar o seguinte:
A POSTURA DO ORADOR
É muito importante que o orador saiba como comportar-se em um púlpito ou tribuna.
A sua postura pode ajudar ou atrapalhar a sua exposição.
A fisionomia é muito importe pois transmite os nossos sentimentos:
a. Unção:
Todo sermão deve ter inspiração divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma
excelente estrutura, não apresentará poder para conversão, consolação e edificação.
Devemos lembrar que ao transmitir um sermão estamos não estamos transmitindo
conhecimento humano, mas a Palavra de Deus, portanto é fundamental a unção.
b. Fidelidade textual:
Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência
ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que tomam um texto como referência e
depois se esquecem dele.
c. Unidade:
Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um
único alvo. "Há sermões que são uma colcha de retalho, uma verdadeira miscelânea de
assuntos, idéias e ensinos".
d. Final:
Tudo tem um começo e um final. O pregador deve ter em mente que o ouvinte está se
alimentando espiritualmente. Um sermão bem terminado será muito produtivo ao ponto de
despertar o desejo de querer ouvir mais.
Preparar a introdução
É o início da pregação. O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção
dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.
Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao
tema do sermão. Outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório,
cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta
interessante, a atenção do povo está garantida até o final do sermão.
A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser boa.
Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos.
Nunca (em hipótese alguma) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.
Escolha do texto
É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão, porém
adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:
A ESTRUTURA DO SERMÃO
O homem tem um esqueleto que sustenta toda a sua massa e “conteúdo”. Imagine se não
tivéssemos o esqueleto? Seríamos uma massa sem forma, uma bolha. Não tendo o seu
sermão uma estrutura que o sustente, ele será sem forma e confuso, podendo causar
emoção, mas, sem efeito consistente. Qualquer explicação requer organização,
ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da palavra e vontade de
Deus, ele deve ser didático. As pregações através dos tempos levaram os estudiosos do
assunto a relacionarem alguns elementos básicos que devem estar presentes nos
sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem.
Esses elementos = alvo, texto, tema, introdução, corpo, conclusão, apelo; compõem
o que chamamos de estrutura do sermão e, são imprescindíveis pois norteiam a linha de
pensamento do pregador direcionando o ouvinte para o conteúdo da mensagem.
Alvo – É exatamente aqui que o pregador recebe de Deus a mensagem que deve pregar
e, a partir deste ponto, deve estruturá-la para levar a igreja. Se você não tem nada para
falar, não fale nada. Se o Espírito Santo lhe der algo a falar, fale, mas fale direito.
Texto Bíblico – O assunto do sermão deverá ser baseado na palavra de Deus, a escolha
do texto bíblico, que será usado na apresentação da mensagem.
Tema – Para que o ouvinte possa ter uma ideia do que você tem a falar é imprescindível
o emprego de um tema. O ouvinte realmente estará adentrando o seu sermão.
Corpo - Essa é a principal parte do sermão, onde deverá estar o conteúdo de toda
mensagem, ordenado de forma lógica e precisa.
A CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O sermão é classificado de duas formas: pelo assunto ou pelo método, podendo ser
discursivo ou expositivo.
Temático.
É aquele onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem derivar do tema. A
melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido, tais como: Por que? Como? Quando?
O Que? Onde?
Textual.
São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um método muito bom,
pois oferece aos ouvintes a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do
sermão.
Expositivo.
Quando os textos são longos. Este pode expor uma história ou uma doutrina - (parábola,
milagre, peregrinação, pecado). Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui
indica a extensão do texto - (Lc 24:32).
DIVISÃO DO SERMÃO
O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que
vai ser apresentado:
Introdução
Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser
apresentado e também para o pregador.
Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não
antecipar o sermão.
Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser
tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.
Deve ser breve, é muito importante pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes.
Pode conter: o anúncio do tema, texto a ser lido.
Texto
É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo
uma palavra. Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo
de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por
homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite
textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.
O corpo
É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar.
É o mesmo que desenvolvimento do sermão. O corpo é a sequência das divisões do
sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexas ficará o
sermão) e ainda conter subdivisões. Deve chamar à consciência do ouvido para colocar
em prática os argumentos expostos. O pregador deve saber colocar em ordem as
divisões, ou seja, os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém
ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte. Esta é
uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento.
Ilustração
A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da Palavra de
Deus. A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a
mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade.
A ilustração também ajuda na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém
o pregador deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias". Vamos
comparar dois pregadores que estarão explicando o que é ter fé.
Aplicação
É a arte de persuadir e induzir os ouvintes a entender e colocar em prática em sua vida.
Pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a oportunidade.
Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos
sentimentos dos ouvintes.
Conclusão
A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem-feita, um sermão com
encerramento abrupto é desaconselhável. A conclusão deve ser breve e objetiva. É um
resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados.
Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida.
A ENTREGANDO O SERMÃO
Para os que não estão acostumados a pregar, um dos problemas mais críticos é o
nervosismo, sentem-se amedrontados, começam a tremer e transpirar pensam que não
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vão achar o que dizer, ou vão esquecer-se. Não são apenas os novatos que sentem
medo, ainda existem muitos com experiência que se sentem assim. Apresentaremos três
passos importante que o pregador deve dar para amenizar o nervosismo durante a
pregação:
Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até pela
imprudência. Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou ficam estáticos
como múmias. Se puder não ultrapasse aos 45 minutos, procure evitar ultrapassar os
limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando, pois, o "Amém, Amém"
talvez seja para parar. Procure olhar nos olhos das pessoas e nunca ficar olhando
somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio, parede, janelas, pés, teto ou
ficar com os olhos fechados.
ESTUDO BÍBLICO
Consistem os estudos bíblicos em escolher uma ideia central e depois, através da Bíblia,
fazer um estudo das passagens que se relacionam com a ideia central. Para se conseguir
isso, geralmente se necessita de uma concordância. O segundo passo é escolher e
determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema. Depois escolher,
dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no
desenvolvimento da exposição. Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais
importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão. Para desenvolver de maneira
contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém
copiá-las no esboço. Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o
ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de desenvolver.
• Casamento;
• Natal;
• Aniversariante;
• Dízimos;
• Batismo;
• Consagração;
• Aniversário da Igreja;
• Posse;
• Cultos dos departamentos - (juventude, irmãs, crianças)
• Nascimento e apresentação de bebês;
• Funeral;
• Doutrinário;
• Evangelístico.
Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais
facilmente. “Para pregar, o pregador leigo deve combinar ou casar o assunto do sermão
com um texto da palavra de Deus”. Pegue lápis e papel e faça uma relação de textos para
cada evento acima apresentado.
Ao receber um convite para pregar em situações como as que foram acima citadas ore,
peça a Deus respostas para perguntas como:
Qual é a mensagem a ser pregada?
O que é mais importante nesta mensagem?
Onde será pregada?
Quem são os ouvintes?
Como devo ministrar?
Por quê?
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Não deixe de responder estas perguntas sempre que for convidado para pregar.
O SERMÃO
A homilética é base para a preparação do sermão. O sermão dedica-se a alma sedenta e
busca o crescimento espiritual do ouvinte.
A estrutura do sermão
O homem tem um esqueleto que sustenta toda a sua massa e “conteúdo”. Imagine se não
tivéssemos o esqueleto? Seríamos uma massa sem forma, uma bolha. Não tendo o seu
sermão uma estrutura que o sustente, ele será sem forma e confuso, podendo causar
emoção mas, sem efeito consistente. Qualquer explicação requer organização,
ordenação, lógica e clareza. Sendo o sermão uma explicação da palavra e vontade de
Deus, ele deve ser didático. As pregações através dos tempos levaram os estudiosos
do assunto a relacionarem alguns elementos básicos que devem estar presentes
nos sermões, dando a eles uma estrutura que facilita o desenvolvimento da mensagem.
Esses elementos, Alvo, texto, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo compõem o
que chamamos de estrutura do sermão e, são imprescindíveis pois norteiam a linha
de pensamento do pregador direcionando o ouvinte para o conteúdo da mensagem.
Alvo
É exatamente aqui que o pregador recebe de Deus a mensagem que deve pregar e, a
partir deste ponto, deve estruturá-la para levar a igreja. Se você não tem nada para falar,
não fale nada. Se o Espírito Santo lhe der algo a falar, fale, mas fale direito.
Texto bíblico
O assunto do sermão deverá ser baseado na palavra de Deus, o texto bíblico.
Tema
Para que o ouvinte possa ter uma idéia do que você tem a falar é imprescindível o
emprego de um tema. O ouvinte realmente estará adentrando o seu sermão.
Introdução
Começar bem é provocar interesse e despertar atenção. Aproximar o ouvinte do sermão e
dar a ele uma noção ou explicação do que vai ser falado.
Corpo
Essa é a principal parte do sermão, onde deverá estar o conteúdo de toda mensagem,
ordenado de forma lógica e precisa.
Argumentação
Neste ponto, também, deverão ser abordadas algumas aplicações utilizadas durante o
sermão como, ilustrações.
ESTRUTURA DO SERMÃO
Observe com atenção este modelo de sermão e, veja a forma como ele está estruturado.
Corpo
Divisão
Tópicos
Introdução
Palavras iniciais
Argumentação
Conteúdo do sermão
Conclusão
Aonde você quer chegar?
Objetivo=assunto
Qual é o assunto a ser falado?
Texto bíblico
Baseado em que texto?
Tema
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Despertar atenção.
Apelo
É fazer o convite e o desafio aos ouvintes da mensagem.
O texto bíblico
Estas palavras de Cristo em Mateus 4:4, revelam que o alimento do homem deve ser a
palavra de Deus, por isso, devemos pregar a palavra inspirada e revelada, a própria
Bíblia. O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão. Esse texto
deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Não esqueça o texto. Ele é a
palavra a ser pregada. Nunca se deve tomar um texto por pretexto. Alguns
pregadores usam sempre as mesmas passagens em suas pregações. A escolha do
texto deve ser bem distribuídas por todos os livros da bíblia. A oração é indispensável,
também, o conhecimento básico de exegese.
Exegese
Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.
Veja como é simples: Procure a etimologia e o significado de palavras chaves no texto
perguntando-se sempre: “O que está escrito? O pregador não deve deixar de pesquisar
os dados e circunstâncias históricas, costumes e tradições, os significados teológicos,
espirituais e doutrinários.
A mensagem é (tema)
“Nem antes, nem depois, no tempo de Deus”.
Ao anunciar este tema o pregador conseguiu chamar a atenção e atrair o interesse dos
ouvintes. Este é o principal objetivo do tema. A idéia principal e o objetivo da mensagem
devem estar no tema. Em Atos 17:23 Paulo conseguiu a atenção dos atenienses
quando se utilizou de uma frase que
observou em um dos altares da cidade: “ao Deus desconhecido”. Ele fez desta frase
o tema do seu sermão. Um bom tema deve gerar expectativas, ser estimulante,
despertar o interesse, a curiosidade e a
atenção do ouvinte, ser claro, simples e preciso, bem como, oportuno e ligado ao texto.
Para que você possa desenvolver um bom tema cultive sua criatividade, hábito de
leitura, visão global do sermão e ser sintético.
Os publicitários usam frases fortes para impressionar os consumidores. O tema do
sermão é a apresentação do seu " produto", logo, deve convencer o ouvinte do que
vai ser exposto. Lembre-se que um out-door contêm mensagens que levam as
pessoas até as empresas para adquirirem produtos e serviços. O que você tem a
oferecer é uma mensagem muito mais importante do que qualquer produto, por isso,
deve trazer as pessoas para dentro do seu sermão, para que elas possam receber essa
palavra. Crie temas inéditos. Dê ao ouvinte a certeza de que ele só tem a ganhar se
decidir prestar atenção a mensagem.
Lógico = explicativo. Pense em causa e efeito, como: "O que o homem semear, ceifará"
Um acontecimento gera outro acontecimento. Logo, o que será ceifado é resultado do que
foi semeado. Este tipo de tema contém, em seu bojo, de forma sintética, a idéia principal
do sermão. Imperativos: Caracteriza-se pela presença do verbo no modo imperativo
(vinde, ide, faça, etc.).
Geral: Aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo. Amor, fé, esperança.
Exemplos de temas:
• Onde estás?
• As três avenidas perigosas da vida.
• As dimensões do amor de Deus.
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ATIVIDADES E CRIATIVIDADE
Trabalhe sua criatividade na produção de temas. Faça como o Apóstolo Paulo, seja um
bom observador. Veja sempre o que está ao seu redor. Aprenda a definir com clareza o
que Deus quer falar através de você.
2 – Construa várias frases com as seguintes palavras:
a) Deus, vida e forte.
b) Homem, fé e desafio.
c) Voltar, salvo e amor.
Ilustrações:
Como você pode observar, as ilustrações são recursos usados para o enriqueci mento, e
o esclarecimento de uma mensagem. Desperta o interesse, convence, comove, desafia e
estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a mensagem, além de relaxar o pregador. O senhor
Jesus sempre tinha uma boa história para iluminaras verdades que ensinava ao povo.
Quem nunca ouviu falar na parábola do “filho pródigo”, do “trigo e do joio, do “semeador”,
etc. O significado do termo ilustrar é tornar claro, iluminar, esclarecer mediante um
exemplo, ajudando o ouvinte a compreender a mensagem proclamada. A ilustração não
substitui o texto bíblico apenas tem uma função psicológica e didática, para tornar mais
claro aquilo que o texto revela. As ilustrações devem ser simples, correlacionadas com a
mensagem, fornece fatos de interesses humanos e ter um ponto alto ou clímax. Quando
bem escolhida uma ilustração leva rapidamente à compreensão dos conceitos mais
complexos e abstratos.
Aplicação: Quanto mais perto você está de Deus, maior é a atuação de Deus na sua
vida, e o propósito dele se estabelece com sucesso.
Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:
AS CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO
Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza
e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de
pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode
dar. Esteja atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e
proporcional ao sermão. Evite desculpas que possam trazer uma má impressão.
Atividade: Aproveite este momento para redigir uma introdução. Faça-a em forma de
redação. O tema é “Um passo para a salvação”. Aproveite para fazê-la de tipos diferentes.
Experimente todos os tipos apresentados anteriormente.
No caso dos sermões que estão ligados a um texto básico. É importante que o pregador
leia todo o texto e dele retire a idéia principal, observando sempre os principais
verbos e seus complementos, bem como, a ação que eles exprimem. Na
Corpo:
1 – Andar de acordo com a influência e apelos da sociedade; (conselho dos ímpios)
2 – Entrar nas trevas e nela se deter (caminho dos pecadores e roda dos escarnecedores)
3 – Deixar de meditar na palavra do Senhor. (lei do Senhor)
Faça o mesmo para At 2:42-47 desenvolva cinco divisões para o seguinte sermão
onde o tema é “As características da verdadeira igreja de Cristo”.
Obs.: O ideal é que o sermão não tenha mais de cinco divisões. As divisões podem ser
subdividias.
Esboço:
O esboço do sermão é um resumo. Ele deve apresentar somente os tópicos e os
pontos importantes, que não podem ser esquecidos durante a exposição do sermão.
O preparo do esboço é uma arte e requer técnica. Preparar o esboço não é uma
obrigação do pregador. Ele auxilia na apresentação do sermão.
É comum o pregador perder a linha de pensamento, mas o esboço mantém a unidade.
Como deve ser o esboço? Deve estar ligado ao tema; corresponder ao texto bíblico;
conter divisões diferentes; estar ordenado e sequencial; ser coerente e lógico; com o
menor número possível de pontos e, por fim, caminhar em direção ao ponto mais
importante do sermão.
Discussão – Cada ponto, tópico ou divisão deverá ser exposto pelo pregador. A
frase que indica a divisão é uma base para o que vai ser discutido.
Saiba que você precisará de argumentos. Desenvolva a capacidade de formular
opiniões, raciocínios, argumentos diferentes ou mesmo opostos. Isso é necessário
para uma boa discussão. Faça comparações. Potencialize o seu conhecimento bíblico
e cultural.
Atividades: (Criatividade) Não deixe de fazer estas atividades. São importantes para
que você possa explorar sua criatividade e, para auxilia-lo a redigir seus pensamentos.
1 - Para que serve um giz? Escreva em cinco minutos o maior número de usos diferentes
para este objeto.
2 - Elabore o maior número de frases em que a palavra SOL seja usada em
sentido figurado. Ex.: “Porquanto o Senhor Deus é [sol] e escudo” , “o seu trono será
como o [sol] diante de mim”.
3 - Elabore o maior número de frases em que a palavra RIO seja utilizada em sentido
figurativo, como no exemplo: “Meus olhos derramaram RIOS de lágrimas”
4 - Faça uma lista de pontos comuns entre um livro e uma lâmpada. Ex.: “Um livro aberto
é uma lâmpada acesa”, “Servem como enfeite”.
5 - Faça uma lista de diferenças entre um jardim e uma múmia.
OS TIPOS DE SERMÃOS
Tradicionalmente encontramos, praticamente em todos as obras homiléticas, três tipos
básicos de sermões:
Sermão textual - Cujos argumentos (divisões) são tirados diretamente do texto bíblico;
Atividades
Nas próximas reuniões que participar esteja atento ao tema do sermão. Caso não
seja anunciado pelo pregador , crie um tema de acordo com a mensagem que ele
anunciou; Procure identificar qual é o tipo do sermão; Faça anotações,
principalmente das ilustrações; Separe as idéias principais e tente fazer um esboço
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Conclusão
APRESENTAÇÃO DO SERMÃO
A complexidade, a variabilidade e as rápidas mudanças que caracterizam o mundo
hoje exigem novas formas de se abordar os problemas. Apresentamos agora, alguns
métodos de como tirar maior proveito do sermão. Deus deu ao homem a capacidade
de criar, falar e realizar e você precisa explora-lá de tal forma que contribua para
sua missão de preparar e pregar sermões.
• Retire a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se repetir nos argumentos);
• Separe no mínimo três argumentos ligados ao tema;
• Pesquise passagens bíblicas que se refiram aos argumentos.;
• As divisões são explicação ou respostas do tema.
Exemplo: Tema: “Onde estás?”
1 – No mundo físico
2 – No mundo moral
3 – No mundo espiritual
Inferência:
Quem sabe argumentar pode empregar este tipo de discurso com bons resultados.
Deduzir com raciocínio. Tirar dos fatos ou princípios deduções. A idéia retirada não está
explícita no texto. Deve-se ter cuidado para não inferir de forma errada e acrescentar ao
texto o que ele não diz.
Corpo:
Significado de adoração
• No grego clássico – Serviço público
• Hebraico – serviço do sacerdócio
• Grego koinê – prostrar-se; submeter-se
• Apogeu de Roma – Jogar beijo para a divindade
Lugar de adoração
• Samaritanos – costumes; Gerizim
• Judeus – Costumes; Jerusalém
• Cristãos – Não importa o lugar
Atitude de adoração
• Adorar ao Pai
• Adorar em espírito
• Adorar em verdade
Pregação ao alcance de todos
Esse tipo de sermão é de um alto valor quanto à sua natureza e um dos mais difícil
quanto ao preparo.
Observe, no exemplo acima, que cada parte do texto é explicada detalhadamente
fazendo-se então um
estudo profundo do assunto adoração.
O sermão expositivo também pode ser desenvolvido utilizando-se de vários textos.
Falar
Comunicar vem do latim “comunicare” que significa por em comum. A forma de emitir
os sons vocálicos caracteriza a nossa voz. Para ser um bom comunicador da palavra de
Deus é preciso saber utilizar a fala como um grande instrumento. Apresentaremos alguns
exercícios e atividades para uma boa postura da voz.
Relaxamento:
Antes de falar é ideal fazer um relaxamento dos ombros, cabeça e pescoço. Comece
a falar com cuidado, suavemente, para não dispender demasiada força.
Intensidade:
Cuidado para não usar a intensidade de forma inadequada. Ex.: Falar
excessivamente alto em locais ou situações onde não é exigido este esforço.
Leia uma lista de palavras ou texto com voz suave, cochichando. Fale, mas não sussurre.
Altura
Classifica-se em grave, média e aguda. Devemos empregar o registro médio para
falar. As vozes bem impostadas não apresentam diferenças de timbre na passagem de
um registro para o outro.Fale a seqüência de dias da semana prolongando a última
vogal.
Timbre
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É a melodia da voz. É importante manter a saúde e tomar cuidados adequados para ter
resistência na voz.
Cuidados com a voz:
a) não ficar exposto ao ar condicionado, principalmente sem proteção;
b) não beber gelado;
c) não beber quente;
d) não falar demasiadamente alto;
e) falar naturalmente no tom médio
f) ficar um período em silêncio
g) Fazer gargarejo (água e sal, romã, aspirina, gengibre)
Ritmo
Mantenha um ritmo adequado. Não fale muito rápido ou muito devagar. Tenha uma
cadência. Diga “Por favor, poderia repetir o seu nome” rapidamente, lentamente e
normalmente.
Inflexões
É a forma como se fala. Influencia na interpretação da fala.
Toda frase falada descreve uma curva melódica.
“Bom dia! ” Pronunciado com várias modulações:
1 – Indiferente
2 – Natural
3 – Atencioso
4 – Alegre
5 – Surpresa
7 – Raiva
O pregador precisa saber interpretar e exprimir bem os sentimentos para que sua
pregação tenha mais “vida”. Saber expressar o que está escrito no texto e seus próprios
sentimentos. Procure exprimir com clareza os seguintes sentimentos de acordo com as
frases:
Vontade – “Hei de vencer, haja o que houver” . “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Alegria – “Como é boa a vida!”. “Jesus me libertou!”
Coragem – “Irei e enfrentarei a situação.” “Se Deus é por nós quem será contra nós?”
Medo – “Estão nos perseguindo”
Orgulho – “Consegui uma promoção por bons serviços prestados”
Humildade – “Quem sou eu, meu caro amigo”
Surpresa – “Tirei em primeiro lugar no concurso”
Importante:
1 – Não fale com muita intensidade, reserve forças para o ponto culminante.
2 – Não deixe que a voz caísse nas últimas sentenças das palavras.
3 – Respirem de forma disciplinada
4 – Varie a força, a velocidade e o ritmo da voz para não cansar a plateia.
5 – Leitura do sermão somente em solenidade ou formaturas especiais.
A NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA
A possibilidade da Hermenêutica
Talvez a questão mais fundamental da hermenêutica enquanto ciência seja sua própria
aplicabilidade ou seu valor científico. Ou seja: é possível fazer a hermenêutica de um
texto? A questão já faz sentido enquanto se aplica à literatura humana, mas quando
aplicada à bíblia (que pretende ser a palavra de Deus) o problema toma proporções
eternas. Antes, porém, de tratar da interpretação bíblica, devemos estudar a própria
questão da interpretação: existe um sentido no texto? E, se a resposta for afirmativa, qual
é este sentido? A questão da linguagem e do sentido foi levantada pelos filósofos do final
do séc. XIX e início do séc. XX. O trabalho de autores existencialistas e fenomenologistas
como Nietzsche e concluíram que o significado de um texto é aquele atribuído pelo leitor,
ou seja, existem tantos significados quantos são os leitores. Ora, se todo e qualquer
sentido é válido, não há necessidade de uma ciência hermenêutica. Além disso, todas as
religiões, seitas e heresias têm o seu valor e estão certas a seu próprio modo. Entre as
várias bandeiras que se levantaram contra essa idéia está Karl Barth. De acordo com
Barth e com uma nova legião de pensadores, a tarefa do exegeta é descobrir a intenção
do autor. O trabalho, no estudo da bíblia, é determinar o que Deus queria dizer. A bíblia
possui apenas um sentido – o sentido do autor, embora possa comportar várias
aplicações diferentes, dependendo da cultura e ambiente do leitor.
Essa posição soluciona, pelo menos em tese, o velho problema de determinar se o texto
bíblico é literal ou alegórico. Se o autor pretendia que o texto fosse interpretado
simbolicamente, erramos se o interpretarmos literalmente. Se o autor pretendia uma
interpretação literal, erramos igualmente se interpretarmos alegoricamente.
(Ef 4.17-24), seja porque o próprio Deus esconde a verdade do homem (1Co 2.6-7) ou por
um sentimento interior contrário à revelação de Deus (1Jo 2.11). Aliás, uma das sínteses
mais claras da Escritura é o fato de que Deus vem ao homem (na pessoa dos profetas e
de seu próprio Filho) exatamente pelo fato de que o homem não pode ir a Deus.
A segunda questão, continuação e, talvez, solução da primeira, começa com a lembrança
de que a hermenêutica é uma ciência e um campo de conhecimento humano e, como tal,
possui suas próprias regras e exigências. Todo campo de conhecimento demanda uma
certa atitude e até mesmo uma certa personalidade por parte do observador. Este é o
motivo pelo qual ninguém se interessa ou tem habilidade para toda e qualquer área da
cultura humana.
A própria bíblia responderia sim e não (2Co 4.4; Ef 2.1; 1Co 2.14). Qualquer
pessoa pode compreender o sentido gramatical do texto bíblico, mas não pode entender o
sentido espiritual e transcendente da bíblia, já que tal compreensão só se processa no
nível da vivência. Daí o tipo de disposição interior necessária à interpretação do texto
bíblico: regeneração, reverência, humildade, espírito de oração, disposição para a
obediência ou, em uma palavra - o espírito religioso.
A interpretação Rabínica:
Os judeus palestinos desenvolveram nos séculos que sucederam ao retorno da Babilônia
uma reverência quase doentia pelo texto bíblico. As páginas e as letras do texto sagrado
possuíam um status divino num sentido que nenhuma outra literatura o tinha. O lado
positivo dessa concepção foi a preservação do texto bíblico para as gerações futuras. O
lado negativo foi o menosprezo ao significado original do autor sagrado e a
supervalorização dos significados ocultos por trás das letras (motivo pelo qual esta
interpretação é chamada de “letrista”). Embora o rabino Hillel tenha tentado chamar a
atenção para a importância das comparações, dos contextos e dos princípios gerais, a
hermenêutica rabínica regrediu para o nível da fantasia e da criatividade.
A Escola de Antioquia:
Luciano (240-312 o fundador) Diodoro, Teodoro de Mopsuéstia, João Crisótomo (354-
407) e Teodoreto incentivaram a interpretação histórica e literal e o estudo das línguas
originais. O AT e o NT segundo essa escola, estavam ligados pela tipologia e não pela
alegorização. Seus autores escreveram muitos comentários bem parecidos com os
modernos. Infelizmente, essa escola entrou em declínio, sobretudo pelas idéias
extravagantes de Nestório, excomungado no sec. V.
Lutero e a Reforma:
A história consagrara três tipos de interpretação: a literal, a alegórica e, a partir da
alegórica, a interpretação ortodoxa. De acordo com a interpretação ortodoxa, nenhum
texto da bíblia pode contrariar o ensino da igreja. Esta foi a hermenêutica oficial em toda a
idade média até o aparecimento de Lutero. Lutero sustentou que não era a igreja que
deveria determinar o sentido das Escrituras, mas as Escrituras é que deveriam determinar
o que a igreja ensina. Lutero rejeitou o método alegórico e o método ortodoxo, aceitando
a interpretação literal como única forma de compreender a bíblia. E, na busca pelo
sentido, o exegeta contava com a ajuda de 3 apoios: o contexto histórico, o contexto literal
e a gramática. Alguns dos princípios hermenêuticos de Lutero, tais como a necessidade
dos idiomas originais, os textos mais claros interpretarem os mais obscuros e a
necessidade da iluminação do Espírito Santo são empregados até hoje.
Exageros à parte, Lutero teve o mérito de rejeitar a interpretação mística das Escrituras.
Na prática, porém, os princípios de Lutero não resistiram às tempestades dos anos
posteriores. Em reação ao protestantismo, o catolicismo promoveu o Concílio de Trento
(1545-1563), que condenou o protestantismo e estabeleceu várias formulações
teológicas. O artigo que estipula as regras hermenêuticas diz o seguinte:
Racionalismo e Liberalismo:
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A Nova Hermenêutica:
A partir da segunda guerra mundial começou a surgir uma nova linha hermenêutica
baseada na obra de Rudolf Bultman. De acordo com essa linha interpretativa, a
linguagem não é realidade, mas uma interpretação pessoal da realidade. Ou seja, usar a
linguagem já é uma interpretação. A hermenêutica não poderia mais ser a ciência que
estuda a fala, pois a fala já é a própria hermenêutica. O que conhecemos como
hermenêutica seria, na verdade, a investigação da função hermenêutica da fala.
A Nova Hermenêutica pressupõe que o texto bíblico é a interpretação pessoal do autor
sagrado, ou seja, é a verdade do autor. Já não é mais importante a veracidade histórica
do que foi relatado na Escritura, nem a Verdade transcendente que o texto quer transmitir,
mas o modo como o autor concebia o fato histórico ou a Verdade transcendente. A
“queda”, por exemplo (e não é importante se existiu mesmo um homem chamado Adão),
nos informa sobre a inevitabilidade da corrupção moral do ser humano.
Ortodoxismo:
Nem é preciso dizer que nunca faltaram, nos últimos séculos, teólogos e interpretes que
defenderam a Escritura como auto-revelação de Deus, a necessidade de descobrir a
intenção do autor original, do estudo do contexto, da cultura e da língua bíblicas, etc. É
possível encontrar traduções brasileiras de autores como H.A.W Meyer, J.P Lange,
F.Godet, F.J.A. Hort, Charles Hodge, John Broadus, Louis Berkhof e outros.
As dificuldades da Hermenêutica:
Segundo Lund, a bíblia é um livro fácil e simples. Se ela pretende ser a revelação de
Deus ao homem e, ainda mais, a todos os homens, ela não poderá ser um livro difícil. Ao
ler a bíblia, nossa compreensão é, geralmente, automática, espontânea e inconsciente,
como acontece com qualquer texto. Eventualmente, porém, algo do que lemos parece
bloquear a compreensão espontânea e neste ponto é que surge a necessidade da
hermenêutica. Existem quatro bloqueios básicos na leitura da bíblia:
A barreira cultural (A cultura da bíblia é o Oriente Médio)
A barreira histórica (Nós estamos separados pelo tempo, tanto quanto os autores da bíblia
estão separados entre si).
Por vezes a própria figura pode levar a várias consequências: pecado como dívida,
redenção como pagamento da dívida, perdão como remissão da dívida. Mesmo assim
deve-se tomar cuidado ao estender as aplicações para além das inferências bíblicas - por
exemplo, a discussão histórica sobre quem é o credor da dívida. A figura bíblica do
pecado como consequência da dívida não está preocupada com a inferência do credor.
Quando se diz que o homem está morto no pecado, não se está dizendo que ele não seja
responsável por seus atos.
Palavras paralelas:
- O que são as “marcas” de Gl 6.17? (2Co 4.10 e 2Co 11.23-25).
- O que significa “revestir-se de Cristo” em Gl 3.27? (Rm 13.13-14 e Cl 3.12,14)
- Explique como Davi, o “homem segundo o coração de Deus” em At 13.22 não é um
modelo de perfeição (1Sm 2.35; 1Sm 13.14).
- O Texto de Nm 22-24 não deixa claro se Balaão era realmente um profeta. Afinal,
Balaão era, ou não, um profeta? (2Pe 2.15-16, Jd 11 e Ap 2.14)
Porém, tendo em vista a mudança de sentido das palavras conforme muda a época ou o
autor, deve-se dar preferência a alguns paralelismos (na ordem em que constam aqui):
- No mesmo livro
- No mesmo autor
- Nos demais livros da mesma época
- No restante da escritura
Um dos exemplos mais famosos da mudança de sentido das palavras bíblicas é a palavra
“obra” usada por Paulo e por Tiago. Em Paulo significa o oposto da fé e em Tiago é
obediência, santidade. Outro excelente exemplo da mudança teológica de uma palavra é
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o termo “arrepender-se” que no AT pode ser aplicado até a Deus e no Novo significará a
mudança de mente para a salvação. Porém esta regra tem exceções: um mesmo autor
pode dar mais de um sentido à mesma palavra:
Paralelos:
As vezes devem ser estabelecidos com o contexto geral da Bíblia, já que nem sempre os
paralelos particulares aclaram o sentido das palavras ou das idéias.
No estudo das escrituras, a investigação estrutural pode ser uma excelente forma de
abordar um texto. A análise estrutural, entretanto, deve ser apenas uma aproximação do
texto, antes da aplicação da exegese e da hermenêutica. O método estrutural nega a
necessidade da interpretação, ou melhor, ele se constitui na própria interpretação,
anexando a verdade ao próprio texto em si mesmo. Se um autor antigo diz algo que não
tem correspondente contextual em nosso tempo, ou que foi desacreditado pela pesquisa
posterior, a análise estrutural simplesmente manterá a opinião do texto, transformando-o
em uma “verdade em si”. Aplicado às escrituras, o método estrutural poderia transformar
a bíblia em uma colcha de retalhos, na qual cada autor tem sua razão particular.
2- Defina sua meta de comunicação. Qual é a sua motivação para falar? Que resultados
você deseja? Como espera que seja seu público, o que espera que ele sinta e faça depois
que você se expressar? Em outras palavras, como espera mudar a pessoa? Visualize o
encontro na sua própria mente. Veja o ouvinte, ouça sua voz, experimente a interação
antes que ela realmente aconteça. Alguém disse certa vez que falar sem pensar é como
atirar sem almejar o alvo.
3- Fale com convicção. Quando você fala com convicção, usa tanto o coração quanto a
voz. Se não acreditar no que está dizendo, não espere que os outros acreditem em você.
Nas palavras de Alan Cimberg, motivador de vendas, " seu cliente nunca ficará mais
entusiasmado com seu produto do que você".
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4- Fale sobre eles, não sobre você. As pessoas querem saber o que vão ganhar com
isso. Sua mensagem deve apelar para as preocupações, necessidades e problemas
deles. Não espere persuadi-los sem que eles vejam que o que você está lhe pedindo para
fazer só irá beneficiá-los. Construa sua mensagem em torno dessa lei simples da
natureza humana.
6- Envolva seus ouvintes. Faça perguntas que exijam respostas. Faça perguntas
retóricas que os levem a pensar. Crie situações hipotéticas e peça aos seus ouvintes para
se imaginarem naquela situação. Chame-os pelo nome.
BIBLIOGRAFIA:
GOLDSWORTHY, Graeme. Pregando toda a Bíblia como Escritura Crista. Ed. Fiel.
São José dos Campos – SP. 2013.
CHAPELL, Bryan. Pregação Cristocentrica. Ed. Cultura Cristã. São Paulo - SP 2002.
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