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Licenciatura em Engenharia Biomédica Química Geral

NATUREZA ATÓMICA DA MATÉRIA 1

ANO LECTIVO 2019/2020


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1. Toda a matéria é formada por pequenas partículas - átomos.


2. Todos os átomos de um elemento químico possuem propriedades químicas
idênticas.
3. Os compostos químicos são formados por combinação de átomos - moléculas.
4. Os átomos podem variar o modo como estão combinados, mas nunca são
criados ou destruídos nas reações químicas ou nos processos físicos - Lei da
Conservação da Matéria

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MODELOS ATÓMICOS

Dalton (1803)

Thomson (1904)
(cargas positivas e negativas distribuídas uniformemente)

Rutherford (1911)
(presença de núcleo)

Bohr (1913)
(níveis de energia) » Muitas das experiências realizadas até ao
momento, mostram, inequivocamente, que os
átomos, sendo entidades electricamente
neutras, são constituídos por partículas de carga
negativa (os eletrões) e partículas de carga
positiva. No entanto, é necessário conhecer:
Schrödinger (1926) • como se distribuem os eletrões 3
(núvem eletrónica)
• quais as leis que governam essa distribuição
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eletrões
protão núcleo
Modelo de Rutherford
Os eletrões (carga negativa) circulam
em órbitas circulares em torno do
núcleo (carga positiva), sendo atraídos
por uma força eletrostática.
neutrão

Os eletrões possuem carga negativa e o núcleo possui carga positiva, como se explica que
os eletrões não “caiam” no núcleo ?

Condição para manter o eletrão em órbita:

força eletrostática = força centrífuga

=
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Ze - carga do núcleo; e - carga do eletrão; m - massa do eletrão; r - raio da órbita; v - velocidade linear do eletrão; 0
=-permitividade do meio
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eletrões
protão
núcleo Modelo de Rutherford
Os eletrões (carga negativa) circulam em órbitas
circulares em torno do núcleo (carga positiva),
sendo atraídos por uma força eletrostática.

neutrão Os eletrões possuem carga negativa e o núcleo


possui carga positiva, como se explica que os
eletrões não “caiam” no núcleo ?

Condição para manter o eletrão em órbita:


força eletrostática força centrífuga Ze - carga do núcleo
= e - carga do eletrão
m - massa do eletrão
r - raio da órbita
= v - velocidade linear do eletrão
0 - permitividade do meio

Energia total do eletrão:


E = Energia total
V = Energia potencial
T = Energia cinética

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Modelo de Rutherford Incompatibilidades com resultados experimentais:

1. o modelo atómico de Rutherford é mecanicamente instável


De acordo com o eletromagnetismo clássico, uma carga elétrica em movimento irradia
energia de forma contínua (radiação electromagnética)

O eletrão em movimento em torno do


núcleo estaria continuamente a perder
energia.

2. o modelo atómico de Rutherford está em conflito com os espectros óticos das espécies
hidrogenóides

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Física Clássica Teoria Quântica de Planck

Os átomos ou moléculas podiam Os átomos ou moléculas podiam emitir


emitir ou absorver qualquer ou absorver energia apenas em
quantidade de energia quantidades discretas, ou seja, bem
definidas

MODELO DE BOHR

Alguns fenómenos à escala atómica não possuem comportamento contínuo

Planck interpreta a emissão descontínua do corpo negro 7

Einstein interpreta o efeito fotoeléctrico


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Bohr
Primeira ligação entre os espectros atómicos e as ideias de
quantum de Planck e Einstein

Modelo planetário

MODELO ATÓMICO SEMI-QUÂNTICO

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1. Os electrões só se podem deslocar em órbitas para as quais o módulo do momento


angular é um múltiplo inteiro de h/2:

n = 1, 2, 3, ….
n é um número quântico

2. As órbitas permitidas são estacionárias, isto é, embora o


eletrão esteja animado de um movimento periódico e
acelerado, ele não radia energia.

3. Quando o eletrão passa de uma órbita estacionária para


outra órbita estacionária, o átomo radia ou absorve
energia, que é igual à diferença de energia entre as duas
órbitas

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A emissão ou absorção de energia é feita descontinuamente, sob a forma de um
corpúsculo de energia – fotão – cuja energia é dada por E = h.
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Bohr (Prémio Nobel da Física, 1922)

Condição de equilíbrio no modelo de Rutherford: Descrição do comportamento do eletrão num átomo


hidrogenóide numa órbita circular de nº quântico n:

raio da órbita: velocidade do eletrão:

Postulado de Bohr:

energia do eletrão:

E = Energia total
V = Energia potencial
T = Energia cinética
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Constante
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Aplicação da teoria de Bohr ao espectro de emissão do átomo de hidrogénio :

En = -RH(1/n2)

RH = 2,18 x 10-18 J constante de Rydberg

transição ► emissão de um fotão com frequência 

i = estado inicial
DE= h = RH(1/ni2 - 1/nf2) f = estado final

DE = Efinal – Einicial Emissão de um fotão ni nf DE  0  energia libertada

= E fotão Absorção de um fotão ni nf DE  0  energia absorvida


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O modelo atómico de Bohr permite explicar o espectro ótico do átomo de hidrogénio, mas não
interpreta os espectros de átomos polieletrónicos.
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A natureza ondulatória da luz permite Para interpretar o efeito fotoeléctrico, Einstein


explicar alguns fenómenos ópticos, tais como postulou uma natureza corpuscular para a luz.
a difração.
Onda Partícula
E=h E= mc2

Onda − Partícula
h = mc2

 =c/ (hc)/= mc2

 = h/mc  = h/mv

caráter dual onda-partícula


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A luz comporta-se como onda ou como corpúsculo,
conforme a natureza do instrumento com o qual interatua
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Louis de Broglie (Prémio Nobel da Física, 1929)

h
 partícula =
v = velocidade da partícula (eletrão)
m = massa da partícula (eletrão)
h = constante de Planck
mv
A qualquer partícula da microfísica, poderia também ser associado
um comportamento ondulatório

A hipótese de De Broglie retira o caráter artificial do modelo de Bohr

Para que a onda esteja sempre em fase na órbita eletrónica, o


2r = n perímetro da circunferência descrito pela onda associada ao
eletrão tem que conter um número inteiro n de comprimentos de
onda.

Condição de quantificação de Bohr


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é impossível conhecer com exatidão e simultaneamente o momento linear (p = mv) e a


posição de uma partícula subatómica num dado instante.

Dx . Dp ≥ h/ 4 p = mv = quantidade de movimento

Dx e Dp são as incertezas associadas à medição da posição (eixo dos xx) e do momento.


Ao aplicar o Princípio da Incerteza de Heisenberg ao átomo de hidrogénio observou-se
que na realidade o eletrão não orbita em volta do núcleo segundo uma trajetória bem
definida, como Bohr pensava. Se assim fosse poderíamos saber simultaneamente a
posição do eletrão (a partir do raio da órbita) e o seu momento (a partir da energia
cinética).
A posição de um eletrão não é definida com precisão. Os eletrões estão deslocalizados.
Identifica-se uma “localização provável” dos eletrões num átomo, não uma localização
exata.
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ÓRBITA ORBITAL (probabilidade)


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Equação de ondas que descreve o comportamento, independente do tempo, das partículas subatómicas
movendo-se num espaço a três dimensões:

 2  2  2 8 2 m
+ + =−  ( E − V ) 
x 2 y 2 z 2 h2

Y(x,y,z) = função de onda (psi)


x, y, z = coordenadas espaciais (cartesianas)
E=T+V
E = energia total da partícula
T = energia cinética da partícula
V = energia potencial da partícula
^
h = constante de Planck
HY = EY

h2   2 2 2 
 + V ( x, y, z)

operador hamiltoniano H=−  + +
(H = T + V) 8 2 m  x 2 y 2 z 2 
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Outra forma de
escrita da “equação”

operador laplaciano

Significado da função de onda Y (psi)


Y(x,y,z) mede a amplitude e a fase da onda que descreve o comportamento do eletrão
num ponto de coordenadas x, y, z.

Y2(x,y,z) - densidade de probabilidade


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Y2(x,y,z)dvmede a probabilidade de, num dado instante, se encontrar o
eletrão no elemento de volume infinitesimal, dv, em torno desse ponto do
espaço.
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Transformação para coordenadas polares esféricas:

função de r função de  e 
Função Radial R(r) Função Angular

probabilidade de encontrar o eletrão no “forma” das orbitais 17


espaço em função da distância ao núcleo
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n=1 n=2 n=3 18

Quanto maior for n, maior é a distância média entre o eletrão numa orbital e o
núcleo, portanto, maior é a orbital e maior é a sua energia (e menos estável).
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Orbitais s l=0
n=3
n=2

n=1

Simetria esférica
Orbitais não direcionais
para um dado valor de r a função Y terá sempre o mesmo valor e a função de
densidade de probabilidade angular Y2(,) terá também simetria esférica
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Orbitais p l=1 n2

Os diagramas de superfície fronteira das orbitais p mostram que cada


orbital pode ser vista como dois lóbulos: o núcleo está no centro da orbital
p.
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As três orbitais são idênticas na dimensão, forma e energia apenas
diferem umas das outras nas suas orientações no espaço.
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Orbitais d l=2

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De acordo com a teoria eletromagnética, uma carga em rotação gera um campo magnético e é
esse movimento que faz com que o eletrão se comporte como um íman.
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Yn,l,m Orbital

n l ml Número de Designação das orbitais


orbitais
1 0 0 1 1s
2 0 0 1 2s
1 -1, 0, 1 3 2px, 2py, 2pz
3 0 0 1 3s
1 -1, 0, 1 3 3px, 3py, 3pz
2 -2, -1, 0, 1, 2 5 3dxy, 3dyz, 3dxz, 3dx2-y2, 3dz2

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Representação gráfica da função radial R(r) em função de r para o átomo de hidrogénio:

2s 3s
1s

nodo

2p 3p

3d
A densidade electrónica decresce à medida
que a distância do núcleo aumenta

Nodo ou superfície nodal ⎯ superfície onde a função Y(n, l, ml) se anula


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= zona de probabilidade de existência do eletrão nula
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R2(r) - densidade de probabilidade radial = probabilidade de encontrar o electrão

Energia dos electrões: s < p < d

As orbitais s são mais


penetrantes que as orbitais
p e estas mais penetrantes
que as orbitais d

nº de nodos de uma orbital  (n, l, ml): n-1

l
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- radiais: n-1-

- angulares: l
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Método da nuvem electrónica Superfícies de igual probabilidade

2p 3p
1s 2s 2pz
z z

Contornos exteriores

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Operação de simetria: Inversão em relação ao centro de simetria

simétricas ou gerade g

antissimétricas ou ungerade u

orbitais s – g
orbitais p – u
orbitais d – g simétricas ou gerade g 32

orbitais f – u
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A existência (e a energia) de um eletrão num átomo é descrita por uma única função de
onda: Y = f(n, l, m , m )
l s
Nº quântico
Num átomo com um único eletrão:
principal, n
as orbitais com n = e l ≠ são degeneradas
Nº electrões
1s1 na orbital
n=3
Nº quântico
n=2 do momento angular, l

Diagrama orbital:

n=1 H 33

1s1
A energia das orbitais depende apenas de n
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A energia do eletrão num átomo polieletrónico depende do número quântico


principal e do número quântico de momento angular.
as orbitais com os mesmos n e l (ml ≠) são degeneradas

n=3l=2

n=3l=1 Para cada n


n=3l=0 a energia
depende de l:
n=2l=1
n=2l=0
s<p<d<f

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n=1l=0
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Preenchimento das Orbitais Atómicas Configuração Eletrónica

Princípio da Energia Mínima: No estado fundamental os eletrões ocuparão as orbitais de mais baixa energia.

Regra de Hund: O arranjo mais estável dos eletrões em subcamadas é aquele que contém maior nº de spins
paralelos.
Princípio de Exclusão de Pauli: No mesmo átomo não pode haver dois (ou mais) eletrões com os valores dos
quatro números quânticos iguais.

Ordem de preenchimento das orbitais


num átomo polielectrónico

Nos átomos polielectrónicos


as orbitais ns estão abaixo
das orbitais np na escala de
energia.

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1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s
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Exemplo: C (Z=6):1s22s22p2

2px 2py 2pz 2px 2py 2pz 2px 2py 2pz

Se ambos os eletrões se As medidas de propriedades magnéticas fornecem a


situarem na mesma orbital prova mais directa da configuração eletrónica específica
é maior a repulsão mútua de cada elemento
do que quando ocupam
orbitais diferentes Os avanços na concepção de instrumentos de medida
permitem determinar se um átomo é paramagnético e
quantos eletrões desemparelhados estão presentes

Os átomos de carbono são paramagnéticos tendo dois


eletrões desemparelhados 36

Regra de Hund
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N S N N

S N S S

se os spins dos eletrões estão emparelhados se os eletrões têm spins iguais ou paralelos,
ou seja antiparalelos, os efeitos magnéticos os seu campos magnéticos reforçam-se e a
anulam-se e a espécie é diamagnética espécie é paramagnética

Substâncias diamagnéticas são levemente repelidas Substâncias paramagnéticas são atraídas por um
por um íman íman

▪ Átomos com um nº impar de eletrões são paramagnéticos (é necessário um número


par de eletrões para ocorrer o emparelhamento completo)
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▪ Átomos que contêm nº par de eletrões podem ser diamagnéticos ou paramagnéticos


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Efeito de Blindagem
Tomando como exemplo a hipotética configuração electrónica: 1s22s12p1 1s22s22p0
➢ A orbital 1s está preenchida com dois eletrões, uma vez que as orbitais 2s e 2p são maiores que a orbital 1s,
um eletrão em qualquer destas orbitais passa mais tempo longe do núcleo, em média que um eletrão da
orbital 1s.
➢ O eletrão 2s ou 2p está parcialmente blindado da força atractiva do núcleo pelos eletrões 1s. A
consequência do efeito de blindagem é que este reduz a atracção electroestática entre os protões do núcleo e
o eletrão 2s ou 2p.

➢ A forma como a densidade electrónica varia numa orbital 2s e 2p é diferente. A densidade electrónica
junto do núcleo é maior para o eletrão 2s que para o eletrão 2p.

➢ Em média, um eletrão 2s passa mais tempo perto do núcleo que um eletrão 2p. Diz-se então que a orbital 2s
é mais penetrante que a orbital 2p e é menos blindada pelos electrões 1s.

Conclusão: Para o mesmo número quântico principal, n, o poder penetrante diminui à


medida que aumenta o número quântico de momento angular, l ou seja:
s  p  d  f…
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A estabilidade de um eletrão é determinada É necessário menos energia para remover um
pela força com que este é atraído pelo núcleo eletrão 2p que um eletrão 2s
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Exº:
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Potássio Z=19 1s2 2s22p6 3s23p6 4s1 [Ar]4s1
Cálcio Z=20 1s2 2s22p6 3s23p6 4s2 [Ar]4s2
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Espécies que tenham o mesmo nº de eletrões, e portanto a mesma configuração
eletrónica no estado fundamental designam-se por isoeletrónicas
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Os metais de transição têm subcamadas d não completamente preenchidas ou originam facilmente


catiões com subcamadas d não completamente preenchidas.

1ª série de metais de transição - os electrões adicionados são colocados nas orbitais d de acordo
com a regra de Hund.

Excepção:
Z = 24 Cr Z = 29 Cu
Ar4s13d5 Ar4s13d10
Proximidade energética entre as
orbitais 3d e 4s em átomos
Ar4s23d4 Ar4s23d9 polieletrónicos

No início da série o nível 4s tem uma energia menor que o nível 3d porque é mais penetrante. À
medida que andamos da esquerda para a direita na série, aumenta a carga nuclear, o cerne de
electrões é mais atraído e o seu efeito penetrante diminui  3d é cada vez mais estável 41
comparativamente com 4s.
Á
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O
M
O Na formação de um anião, a partir de um átomo neutro, acrescenta-se um ou mais electrões à
S camada parcialmente ocupada mais externa.
P Exemplos: H 1s1 H- 1s2 ou He
O
L F 1s22s22p5 F- 1s22s22p6 ou Ne
I
E O 1s22s22p4 O2- 1s22s22p6 ou Ne
L
E N 1s22s22p3 N3- 1s22s22p6 ou Ne
T
R
Ó
N A maioria dos elementos representativos dão origem a iões com configuração electrónica exterior
I de gás nobre ns2 np6.
C
O
S Espécies que tenham o mesmo número de eletrões, e portanto a mesma configuração eletrónica no
estado fundamental designam-se por isoeletrónicas

Catiões de metais de transição


Na formação de um catião a partir de um átomo de metal de transição, os electrões são primeiramente
removidos de uma orbital ns e só em seguida das orbitais (n-1)d.

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A maioria dos metais de transição pode formar mais de um catião e frequentemente os
catiões não são isoeletrónicos dos gases raros que os precedem.
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Número de massa A
ZX
Símbolo do Elemento Químico
Número atómico

Número de massa (A) = n.º de protões + n.º de neutrões = n.º atómico (Z) + n.º de neutrões

Número atómico (Z) = n.º de protões no núcleo = n.º de electrões

Isótopos
são átomos do mesmo elemento (X) com diferentes números de neutrões no seu 43
núcleo
Ex: Prótio Deutério Trítio
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Noble Gas
Halogen
The Modern Periodic Table

Group
Period

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Alkali Earth Metal
Alkali Metal
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Catiões - perda de eletrões para


adquirir configuração de gás nobre

Aniões - ganho de eletrões


para adquir configuração de
gás nobre

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Efeito de Blindagem

Tomando como exemplo a configuração electrónica: 1s22s12p1

A orbital 1s está preenchida com dois eletrões, uma vez que as orbitais 2s e 2p são maiores que
a orbital 1s, um eletrão em qualquer destas orbitais passa mais tempo longe do núcleo, em
média que um eletrão da orbital 1s.

O eletrão 2s ou 2p está parcialmente blindado da força atractiva do núcleo pelos eletrões 1s.
A consequência do efeito de blindagem é que este reduz a atracção electroestática entre os
protões do núcleo e o eletrão 2s ou 2p.

A forma como a densidade electrónica varia numa orbital 2s e 2p é diferente. A densidade


electrónica junto do núcleo é maior para o eletrão 2s que para o eletrão 2p.

Em média, um eletrão 2s passa mais tempo perto do núcleo que um eletrão 2p. Diz-se então
52que a orbital 2s é mais penetrante que a orbital 2p e é menos blindada pelos electrões 1s.
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Conclusão:
Para o mesmo número quântico principal, n, o poder penetrante diminui à medida que
aumenta o número quântico de momento angular, l ou seja:

s  p  d  f…

Uma vez que a estabilidade de um eletrão é determinada pela força com que este é
atraído pelo núcleo, então é necessária menos energia para remover um eletrão 2p
que um eletrão 2s porque o eletrão 2p não está tão fortemente ligado ao núcleo.

Excepto para o H e o He, as configurações eletrónicas de todos os elementos são representadas


por um cerne de gás nobre (apresenta-se entre parêntesis rectos o elemento gás nobre que
precede o elemento considerado), seguido pelos símbolos correspondentes às subcamadas
preenchidas das camadas externas.

Exemplo: O preenchimento da orbital


4s antes da orbital 3d está
relacionado com a energia
Potássio Z=19 1s2 2s22p6 3s23p6 4s1 [Ar]4s1 destas orbitais em átomos
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polieletrónicos
Cálcio Z=20 1s2 2s22p6 3s23p6 4s2 [Ar]4s2
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