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TESTE DE AVALIAÇÃO 3

TEXTO B

Lê o texto.

Ao fim da tarde chegaram os amigos do banqueiro Averardo.


Sentaram-se todos para cear e, enquanto comiam e bebiam, iam conversando. Então o espanto do
Cavaleiro cresceu.
Na sua terra ele procurava a companhia dos trovadores e dos viajantes que lhe contavam as
5 suas aventuras e as histórias lendárias do passado. Mas agora, ali naquela sala de Florença, aqueles homens
discutiam os movimentos do Sol e da Lua e os mistérios do céu e da Terra. Falavam de matemática, de astronomia,
de filosofia. Falavam de estátuas antigas, falavam de pinturas acabadas de pintar. Falavam do passado, do presente,
do futuro. E falavam de poesia, de música, de arquitetura. Parecia que toda a sabedoria da Terra estava reunida
naquela sala.
10 Já no meio do jantar levantou-se uma discussão sobre a obra de Giotto.
– Quem é Giotto? – perguntou o Cavaleiro.
– Giotto – respondeu do outro lado da mesa um homem de belo aspeto e longos cabelos anelados que se
chamava Filippo – é um pintor do século passado que foi discípulo de Cimabué.
– E Cimabué quem é? – perguntou o Cavaleiro.
15 Filippo sorriu e respondeu:
– Tal como Adão foi o primeiro homem da Terra, assim Cimabué foi o primeiro pintor da Itália. E foi ele quem
descobriu o talento do jovem Giotto. Passou-se isto há mais de cem anos, numa manhã de primavera. Voltava então
Cimabué duma viagem quando, a meio do caminho, na vertente dum monte, num lugar solitário e selvagem, viu
um grande penedo todo coberto de
20 desenhos. Eram desenhos simples, mas cheios de beleza e de verdade.
– Quem será o pintor que vem pintar as pedras da colina? – exclamou Cimabué, maravilhado e cheio de
surpresa.
E, abandonando o seu caminho, atou o cavalo a uma árvore e resolveu ir examinar outros pedregulhos que se
avistavam ao longe.
25 Depois de ter caminhado quase meia hora por entre pinheiros, ciprestes, urzes e tojos, encontrou um rebanho com
o seu pastor.
Enquanto as ovelhas pastavam a erva tenra de abril, o pastor, ajoelhado em frente dum penedo, desenhava.
Era um rapazinho que aparentava uns doze anos de idade e estava tão atento, tão absorvido no
30 seu trabalho, que não viu chegar Cimabué nem ouviu o barulho dos seus passos. Estava a desenhar um cordeiro. E
havia tanto amor, tanta verdade e tanta beleza no seu desenho que o coração de Cimabué se encheu de espanto e de
alegria.
– Ouve, rapaz – disse ele. – Quem te ensinou a desenhar?
Vendo perto dele aquele homem da cidade, o rapaz pôs-se em pé num salto. Depois sorriu e
35 respondeu:
– Ninguém me ensinou. Aprendi sozinho.
– Onde vives?
– Nestes montes.
– Que fazes?
40 – Guardo o meu rebanho.
– Como te chamas?
– Giotto.
– Ouve, Giotto. Deixa as tuas ovelhas e vem comigo para Florença. Farei de ti meu discípulo e serás um dia um
grande pintor.
45 E assim foi. O pastor seguiu Cimabué, que lhe ensinou todos os segredos da sua arte. O talento deste
discípulo espantava todos os dias o seu mestre e em breve espantou Florença. Giotto tornou--se assim o pintor mais
célebre daquele tempo.
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca, Porto, Porto Editora,
2014, pp. 23-25.
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TESTE DE AVALIAÇÃO 3

6. Por que razão crescia o espanto do Cavaleiro ao ouvir os amigos do banqueiro Averardo (linhas 3 a 10)?

6.1 Assinala com X os dois recursos expressivos usados nas linhas 5 a 10 para explicar a razão desse espanto do
Cavaleiro quanto ao que ouvia em casa do Banqueiro.

A. Personificação
B. Comparação
C. Enumeração
D. Metáfora
E. Anáfora

7. Ordena as frases seguintes de acordo com o modo como Filippo organiza a sua narrativa nas linhas 15 a 47.

Apresenta o diálogo entre Giotto e Cimabué.


Descreve o local onde Giotto pintava em criança.

Narra as consequências do encontro entre Giotto e Cimabué.

Descreve o comportamento de Giotto a pintar.

8. Explica por que razão Cimabué se espantou tanto quando viu Giotto pela primeira vez.

9. Depois de ter visto Giotto e o seu rebanho, Cimabué faz uma proposta ao pequeno pastor e assume com ele dois
compromissos.
Refere, por palavras tuas, essa proposta e esses compromissos.

10. Giotto aceitou a proposta de Cimabué (linhas 46 a 48).


Por que razão, de acordo com a narrativa de Filippo sobre a evolução artística de Giotto, podemos dizer que ele tomou a
decisão certa?

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Gramática

11. Sublinha o pronome relativo na passagem seguinte.

«Na sua terra ele procurava a companhia dos trovadores e dos viajantes que lhe contavam as suas aventuras e as
histórias lendárias do passado.»

11.1 Circunda o antecedente desse pronome relativo.

12. Completa a frase com o pronome, o determinante e o advérbio (relativos) em falta.

Na casa do Banqueiro em Florença, a. o Cavaleiro estava hospedado, conheceu homens


b. falavam de ciência, arte e cultura e c. conhecimen- tos
revelavam grande sabedoria.

13. Associa cada segmento sublinhado nas frases (coluna A) à função sintática adequada (coluna B). Escreve, em cada
círculo da coluna A, o número correspondente da coluna B.

Coluna Coluna
A B
1. Sujeito
a. «Ao fim da tarde chegaram os amigos do banqueiro Averardo.»
2. Predicado

b. «O pastor seguiu Cimabué, que lhe ensinou todos os segredos da sua arte?» 3. Complemento direto
4. Complemento indireto

c. «Falavam de matemática, de astronomia, de filosofia.» 5. Complemento oblíquo

14. Reescreve a frase seguinte, substituindo a expressão sublinhada por uma forma contraída do pronome pessoal que
desempenhe, em simultâneo, as funções sintáticas de complemento direto e de complemento indireto

Filippo contou a história de Giotto ao Cavaleiro.

15. Assinala com X a subclasse dos verbos usados nas frases seguintes.

«Então o espanto do Cavaleiro cresceu.»


«Já no meio do jantar levantou-se uma discussão sobre a obra de Giotto.»

A. Verbos transitivos indiretos


B. Verbos transitivos diretos
C. Verbos transitivos diretos e indiretos
D. Verbos intransitivos

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TESTE DE AVALIAÇÃO 3

leitura e Educação Literária

3. Chave: 3 – 4 – 2 – 1......................................................................................................................................3 pontos

4.1 Chave: B......................................................................................................................................................3 pontos


4.2 Chave: C......................................................................................................................................................3 pontos
4.3 Chave: B......................................................................................................................................................3 pontos

5. Chave: C; A; D.............................................................................................................................................3 pontos


6. …………………………………………………………………………………………….……. 5 pontos
Aspetos de conteúdo (C)...................................................................................................................................3 pontos

Na resposta, deve referir-se:


• a sabedoria / os conhecimentos dos amigos do banqueiro;
• o facto de os amigos do Cavaleiro falarem em aventuras e histórias lendárias.

6.1 Chave: C; E.................................................................................................................................................3 pontos

7. Chave: 3 – 1 – 4 – 2......................................................................................................................................3 pontos

8. …………………………………………………………………………………………….……. 5 pontos
Aspetos de conteúdo (C)...................................................................................................................................3 pontos

Na resposta, deve referir-se:


• o facto de Giotto ser um rapazinho com cerca de doze anos / muito novo / um jovem pastor;
• o facto de Giotto ter muito talento para o desenho / se dedicar tanto ao seu desenho.

9. …………………………………………………………………………………………….……..................5 pontos
Na resposta, deve referir-se o facto de Cimabué:
• ter proposto levar Giotto para Itália;
• se ter comprometido a tornar Giotto seu discípulo;
• se ter comprometido a tornar Giotto um grande pintor.

10. …………………………………………………………………………………………….…… 5 pontos


Na resposta, deve referir-se:
• o facto de Giotto ter aprendido muito sobre pintura com Cimabué;
• o facto de Giotto se ter tornado no pintor mais célebre do seu tempo / muito famoso.

Gramática

11. Chave: que...................................................................................................................................................3 pontos

11.1 Chave: (dos) trovadores e (dos) viajantes.................................................................................................3 pontos

12. Chave: a. onde; b. que; c. cujos..................................................................................................................6 pontos

13. Chave: a. 1; b. 4; c. 5..................................................................................................................................3 pontos

14. Chave: (Filippo) contou-lha........................................................................................................................4 pontos

15. Chave: D......................................................................................................................................................3 ponto

Texto B

Lê o texto.
Espantou-se o Cavaleiro com aquilo que via, pois naquele tempo a pimenta era quase tão rara como o ouro. O
dono da casa pôs mais lenha na lareira, serviu vinho aos seus hóspedes, e os três homens
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sentaram-se em frente do lume.


Então, a pedido do negociante, o capitão começou a falar das suas viagens. Contou como desde muito novo tinha
seguido a carreira de marinheiro, viajado por todos os portos da Europa desde o mar Báltico até ao Mediterrâneo.
Mas era sobretudo entre a Flandres e os portos da Península Ibérica que viajava. Um dia, porém, teve desejo de ir
mais longe, de ir até às terras desconhecidas que surgiam do mar. Então resolveu alistar-se nas expedições
portuguesas que navegavam para o sul à procura de novos países. Veio a Lisboa e aí embarcou numa caravela que
partia a reconhecer e a explorar as costas de África. (…)
Assim um dia a caravela ancorou em frente duma larga e bela baía rodeada de maravilhosos arvoredos. Na longa
praia de areia branca e fina, um pequeno grupo de negros espreitava o navio. Então o capitão resolveu mandar a terra
dois batéis com homens para que tentassem estabelecer contactos com os africanos. Mas logo que os batéis tocaram a
areia os negros fugiram e desapareceram no arvoredo.
– Talvez tenham tido medo por ver que nós somos muitos e eles são poucos – disse um português chamado Pero
Dias.
E pediu aos seus companheiros que lhe deixassem um batel e embarcassem todos no outro e se afastassem da
praia. (…) O português mal ficou sozinho caminhou até meio da praia e ali colocou panos coloridos que tinham
trazido como presente. Depois recuou até à orla do mar, encostou-se ao batel que ficara e esperou. Ao cabo de algum
tempo saiu da floresta um homem que trazia na mão uma lança longa e fina e avançava negro e num na claridade da
praia. (…) Quando eles ficaram só a seis passos de distância, pararam.
– Quero paz contigo – disse o branco na sua língua.
O negro sorriu e respondeu três palavras desconhecidas. (…)
Então Pero Dias começou a falar por gestos. (…) Mas o negro sacudiu a cabeça e recuou um passo. Vendo-o
retrair-se o português, para voltar a estabelecer a confiança, começou a cantar e a dançar. O outro, com grandes
saltos, cantos e risos, seguiu o seu exemplo. Em frente um do outro bailaram algum tempo. Mas no ardor do baile e
da mímica Pero Dias ergueu no ar a sua espada, que faiscou ao sol. O brilho assustou o nativo, que deu um pulo para
trás e estremeceu. Pero Dias fez um gesto para o sossegar. Mas o outro começou a fugir, e o navegador precipitou-se
no seu encalce e agarrou-o por um braço. Vendo-se preso, o negro principiou a debater-se, primeiro com susto,
depois com fúria. Com gritos roucos e sílabas guturais respondia às palavras e aos gestos que o tentavam apaziguar.
Ao longe, no mar os companheiros de Pero Dias avistavam a luta e principiavam a remar para a praia.
O negro viu-os aproximarem-se, julgou-se cercado e perdido e apontou a sua lança. Pero Dias com a espada
tentou aparar o golpe, mas ambos caíram trespassados.
Os portugueses saltaram do batel e correram para os corpos estendidos. Do peito do negro e do branco corriam
dois fios de sangue.
– Olhem – disse um moço –, o sangue deles é exatamente da mesma cor.
De bordo veio o capitão com mais gente e todos durante uma hora choraram o triste embate. O sol subia no céu e
aproximava-se o calor do meio-dia. Não sabendo quando voltariam a desembarcar, o capitão resolveu não levar para
bordo Pero Dias. Os dois corpos foram sepultados ali mesmo, na praia. E com a lança do gentio e a espada do cristão,
os marinheiros fizeram uma cruz, que espetaram na areia entre os túmulos dos dois homens mortos por não poderem
dialogar.

5. Neste texto, um marinheiro, que se encontra em casa de um negociante juntamente com o Cavaleiro, conta um episódio
vivido por um capitão português.

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Refere, por palavras tuas, como tinha sido a carreira de marinheiro, antes do relato da viagem que fez até às costas de
África, alistado numa expedição portuguesa.

6. Numera os tópicos de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as informações são apresentadas na reportagem.

Referência aos objetivos de Pero Dias – contactos com os africanos.


Morte de ambos – causa: incapacidade de manter diálogo.

Descrição do local de desembarque da frota de Pero Dias.

Ambiente em casa do negociante onde se encontrava o Cavaleiro.

Tentativas de Pero Dias para estabelecer contacto com o indígena.

7. Associa cada frase da coluna A a um elemento da coluna B, de acordo com o texto. Escreve, em cada quadrado da
coluna A, a letra correspondente da coluna B.

COLUNA A COLUNA B

1. Contou o episódio que envolveu Pero Dias. A – Negociante

2. Era o dono da casa onde se encontrava o Cavaleiro a ouvir a


B – Capitão
história de Pero Dias.

3. Espantou-se com o ouro e a especiaria que observava. C – Cavaleiro

4. Admiraram-se com a cor do sangue ser igual. D – Pedro Dias

5. Procurou iniciar contacto com os africanos. E – Indígena

6. Trazia na mão uma lança e avançou na praia negro e nu. F – Companheiros

8. Pero Dias tem como objetivo estabelecer contactos com os nativos daquela região.

As ações apresentadas de (A) a (I) referem-se às tentativas de Pero Dias para comunicar com o nativo que apareceu
na praia.

8.1. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem pela qual as ações aparecem no texto.
(A) Agarrou-o por um braço.
(B) Aparou o golpe e caiu trespassado.
(C) Começou a cantar e a dançar.
(D) Disse “Quero paz contigo”.
(E) Ergueu a espada.
(F) Fez gestos.
(G) Fez um gesto para sossegar o nativo.
(H) Ofereceu panos coloridos.
(I) Tentou acalmá-lo perante a luta.

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9. Olhem – disse um moço –, o sangue deles é exatamente da mesma cor. (l. 40)

9.1. Como interpretas a reação dos companheiros de Pedro Dias e o facto de este capitão ter sido sepultado
na praia, junto ao indígena.___________________________________________________________________

Gramática
11. Reescreve as frases seguintes, substituindo as expressões sublinhadas pelos pronomes adequados.
(A) O dono da casa pôs mais lenha na lareira.
____________________________________________________________________________________________
(B) Pero Dias ergueu no ar a sua espada.
____________________________________________________________________________________________
(C) O capitão resolveu não levar para bordo Pero Dias.

12. Associa as expressões destacadas nas frases da coluna A à função sintática da coluna B.

COLUNA A COLUNA B
1. Espantou-se o Cavaleiro com aquilo que via… A – Sujeito
2. Ali colocou panos coloridos. B – Predicado
3. Veio a Lisboa e aí embarcou numa caravela. C – Complemento direto
4. Os marinheiros fizeram uma cruz, que espetaram na areia. D – Complemento indireto
E – Complemento oblíquo
F – Modificador do nome restritivo
G – Predicativo do sujeito

14. Assinala com um X a frase que contém uma oração coordenada adversativa.
(A) Quando eles ficaram só a seis passos de distância, pararam.

(B) O negro sorriu e respondeu três palavras desconhecidas.

(C) Pero Dias tentou aparar o golpe, mas ambos caíram trespassados.
2.1. D; 2.2. C; 2.3. B.
3. 3, 2, 1, 5, 4.
4.1. A; 4.2. C; 4.3. B; 4.4. A.
5. O capitão contou que tinha sido marinheiro desde criança, que tinha viajado por todos os portos da Europa, incluindo os da
Península Ibérica e que um dia decidiu alistar-se nas expedições portuguesas para viajar para sul.
6. 3, 5, 2, 1, 4.
7. 1. B; 2. A; 3. C; 4. F; 5. D; 6. E.
8.1. (H) – (D) – (F) – (C) – (E) – (G) – (A) – (I) – (B)
9.1. A reação dos companheiros de Pero Dias revela ignorância e desconhecimento; o sangue dos humanos é igual,
independentemente da raça de cada um. Além disso, esta frase revela o racismo e a discriminação por parte dos
marinheiros; talvez julgassem que o sangue dos brancos tivesse uma cor diferente da dos negros. Ao ter sido sepultado na
praia, junto ao indígena, a mensagem que se quer transmitir é a de igualdade e de paz entre as raças e os diferentes povos.
10. Verbo principal: pôs, bailaram
Verbo copulativo: ficou.
Verbo auxiliar: tenham.
11. A. O dono da casa pô-la.
B. Pero Dias ergueu-a no ar.
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C. O capitão resolveu não o levar para bordo.


12. 1. A; 2. F; 3. E; 4. C.
13. Derivação: desconhecidas, apaziguar, arvoredo;
Composição: meio-dia.
14. C.

GRUPO II – LEITURA

É Natal?

Dantes o Natal era uma coisa como um presépio vivo cheio de musgo e coisas pequeninas como ovelhas de loiça pintadas
à mão. Era o tempo de adivinhar o que estaria dentro daqueles tantos embrulhos em cima dos armários altos onde não
chegávamos nunca.
Era o tempo do frenesim1 de contar os dias e ver a meia grossa de lã pendurada na lareira e imaginar como raio iria o Pai
Natal colocar todas as nossas prendas ali dentro. Era o tempo de espreitar de vez em quando a chaminé cheia de fuligem e
pensar como é que as barbas do Pai Natal se mantinham imaculadas 2 de neve apesar daquela travessia difícil e como poderia a
barriga rechonchuda caber naquele funil tão estreitinho e escuro que era o caminho entre o céu e a nossa sala…
Natal era quando os crescidos falavam com meias palavras para não percebermos que estavam a falar dos nossos presentes,
era quando os tios-avós e restante família apareciam vindos do nada e se juntavam à volta da canja de galinha servida em
chávenas com duas – duas! – asas e quando os passarinhos de plumas a fingir saíam dos armários cheios de louça antiga para
vir decorar a mesa grande.
Natal era quando a minha avó embrulhava dezenas de lâmpadas em papel celofane às cores e os empregados do meu avô –
coitados – iam pendurá-las na grande ameixoeira que fazia de abeto nórdico a fingir, para termos no jardim a árvore colorida e
iluminada da Leiria provinciana daquele tempo.
Natal era a certeza de o tempo ser infinito, de termos eternamente tudo e todos à nossa volta e de tudo ser bom e quentinho
no inverno que rugia lá fora.
Depois crescemos.
Sabemos então que nada é infinito, nem todos permanecem à nossa volta, nem tudo nos acompanha.
Mas, damos connosco a repetir rituais, a jurar a pés juntos que o Pai Natal virá, a pendurar as mesmas meias grossas de lã
na chaminé, a esconder presentes nos roupeiros, a lembrar com saudades a canja da consoada, a tecer o maravilhoso do Natal
dentro dos corações das crianças, a ver o espírito da época adoçar gente rabugenta, uma espécie de delicadeza e se faz favores
e Boas Festas a descer como um manto invisível por sobre o mundo.
E o mundo continua terrível, mau, difícil, com todas as atrocidades3 que o tornam sem sentido.
Mas, por breves momentos, é Natal, e desejamos do fundo de nós que haja mais dias assim, dias em que estejamos juntos,
vivos, próximos, iluminados e de coração cheio.
É, pois, Natal sim senhor.
Sempre que pudermos, no resto do tempo, no resto dos dias, nas pequenas grandes coisas que tornam a vida dos outros um
pouco melhor – uma pequena atenção, um grande abraço, uma mensagem, um pouco de nós – somos também o Natal dos
outros e isso, sim, é para levar o resto do ano na lembrança.
Alexandra Azambuja, https://www.jornaldeleiria.pt/opiniao/e-natal (texto com supressões)

VOCABULÁRIO: 1 frenesim: entusiasmo, excitação; 2 imaculada: limpa; 3 atrocidades: crueldades.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Assinala as afirmações verdadeiras, tendo em conta a opinião da jornalista relativamente à imagem que tinha do
Natal, quando era pequena.

(A) O Natal era associado ao presépio e aos embrulhos escondidos.

(B) O Natal era apenas o tempo dos presépios vivos e cheios de musgo.
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(C) O Natal era o tempo da família se unir para cumprir tradições.

(D) O Natal era o tempo do aconchego, da família que estava sempre presente.

(E) O Natal servia apenas para se preocupar com as prendas que não caberiam na meia pendurada na
chaminé.

2. Para cada item (2.1. a 2.3.), escolhe a opção que completa corretamente as afirmações que se seguem.

2.1. Ao ficar adulta, a autora do texto reconhece que

(A) o Natal não tem tanta importância.

(B) as coisas e as pessoas têm um fim, não ficam sempre connosco.

(C) as coisas e as pessoas permanecem sempre connosco.

(D) nada muda em relação ao que achamos da vida.

2.2. Em relação às suas crenças da infância, o autora do texto acredita que

(A) todas mudam quando se torna adulto.

(B) são completamente diferentes quando se é adulto.

(C) não têm importância quando crescemos.

(D) se mantêm, apesar de termos crescido.

2.3. A palavra “Mas” , usada na linha 31, pode ser associada à ideia de

(A) consequência,

(B) conclusão.

(C) causa.

(D) contraste.

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GRUPO III – EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o seguinte excerto que relativo ao regresso do Cavaleiro à Dinamarca.

O regresso

Finalmente, na antevéspera do Natal, ao fim da tarde, chegou a uma pequena povoação que ficava a
poucos quilómetros da sua floresta. Aí foi recebido com grande alegria pelos seus amigos, que ao cabo de
tão longa ausência já o julgavam perdido. Um deles hospedou-o em sua casa e emprestou-lhe um cavalo
seu, pois o do viajante vinha exausto e coxo. O Cavaleiro pediu notícias daqueles que deixara.
‒ Estão à tua espera, afligem-se pela tua demora e rezam pelo teu regresso ‒ respondeu um amigo.
E na madrugada seguinte o peregrino partiu.
Era o dia 24 de dezembro, um dos dias mais curtos do ano, e ele caminhava com grande pressa, pois
queria aproveitar as poucas horas de luz.
Antes da meia-noite, sem falta, tinha de chegar à sua casa na clareira de bétulas.
E ao fim de três quilómetros de marcha, cheio de confiança, penetrou na grande floresta.
A alegria de estar já tão perto dos seus fazia-lhe esquecer o cansaço e o frio.
Mas agora, depois de quase dois anos de ausência, a floresta parecia-lhe fantástica e estranha. Tudo
estava imóvel, mudo, suspenso. E o silêncio e a solidão pareciam assustadores e desmedidos.
O inverno tinha despido as árvores, e os ramos nus desenhavam-se negros, esbranquiçados,
avermelhados. Só os pinheiros cobertos de agulhas continuavam verdes. Eram daqueles pinheiros do Norte
que se chamam abetos, que são largos em baixo e afilados em cima, que têm o tronco coberto de ramos
desde o chão e crescem em forma de cone da terra para o céu.
A neve apagara todos os rastos, todos os carreiros. E através do labirinto do arvoredo o Cavaleiro
procurava o seu caminho. O seu plano era chegar ainda com dia a uma pequena aldeia de lenhadores que
ficava perto do rio que passava junto da sua casa. Uma vez encontrado esse rio, mesmo de noite, não se
poderia perder, pois o curso gelado o guiaria.
À medida que avançava, os seus ouvidos iam-se habituando ao silêncio e começavam a distinguir ruídos
e estalidos. Era um esquilo saltando de ramo em ramo, uma raposa que fugia na neve. Depois ao longe,
entre os troncos das árvores, avistou um veado. Caminhava em direção ao nascente e ao fim de uma hora
encontrou na neve rastos frescos de trenós.
— Bom sinal — pensou ele —, não me enganei no caminho.
De facto, seguindo esses rastos, depressa chegou à pequena aldeia dos lenhadores.
Todas as portas se abriram, e os homens da floresta reconheceram o Cavaleiro que rodearam com
grandes saudações.

Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca,


Porto, Porto Editora, 2017, pp. 41.43.

1. As seguintes palavras permitem caracterizar os sentimentos dos amigos do Cavaleiro no início do texto (linhas 1 a
7).

Alegres Generosos Compreensivos

1.1. Seleciona uma destas palavras e explica por que razão ela é adequada para caracterizar os sentimentos
demonstrados pelos amigos.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

2. Lê o seguinte excerto.

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“E ao fim de três quilómetros de marcha, cheio de confiança, penetrou na grande floresta. A alegria de
estar já tão perto dos seus fazia-lhe esquecer o cansaço e o frio.
Mas agora, depois de quase dois anos de ausência, a floresta parecia-lhe fantástica e estranha. Tudo
estava imóvel, mudo, suspenso. E o silêncio e a solidão pareciam assustadores e desmedidos.” (linhas 12
a 16)

Para os itens 2.1. e 2.2. seleciona a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.

2.1. Com este excerto, o narrador acentua a ideia de que


(A) o Cavaleiro estava dominado pelo cansaço e pelo frio.

(B) o Cavaleiro se perdeu no meio da floresta devido à neve.

(C) a força de vontade do Cavaleiro estava ameaçada pela floresta.

(D) os dois anos passados em viagem o tinham tornado mais confiante.

2.2. No segundo parágrafo do excerto, o recurso expressivo dominante é uma


(A) metáfora.

(B) comparação.

(C) personificação.

(D) enumeração.

3. Apresenta três elementos da descrição do espaço físico que indicam que a ação se desenrola no inverno. Baseia a tua
resposta nos parágrafos compreendidos entre as linhas 17 a 24.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

4. Identifica três informações do texto que comprovam que o Cavaleiro estava disposto a vencer todas as dificuldades
para chegar a casa.
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
GRUPO IV – GRAMÁTICA

1. Associa as palavras sublinhadas em cada frase da coluna A à classe que lhe corresponde na coluna B.

Coluna A Coluna B

A. O Cavaleiro foi recebido com entusiasmo. 1. Advérbio


B. O Cavaleiro caminhava depressa para chegar a casa. 2. Determinante
C. Chegar a casa era o seu objetivo. 3. Pronome
D. Era véspera de Natal e ele ainda não chegara a casa. 4. Preposição
E. Os caminhos estavam gelados. 5. Nome
6. Adjetivo

2. Reescreve a frase apresentada, substituindo o constituinte sublinhado pela forma adequada do pronome pessoal.
Todos receberam o Cavaleiro com grande alegria.

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_________________________________________________________________________

3. Seleciona a opção que completa corretamente cada afirmação (3.1. e 3.2.).


3.1. A palavra anoitecer é, quanto ao seu processo de formação,
(A) derivada por prefixação.

(B) derivada por sufixação.

(C) derivada por parassíntese.

(D) composta por radicais.

3.2. A função sintática desempenhada pelo constituinte sublinhado na frase “Aí foi recebido com grande alegria
pelos seus amigos.” é
(A) complemento direto.

(B) complemento indireto.

(C) complemento oblíquo.

(D) complemento agente da passiva.

4. Conjuga os verbos no tempo e nos modos indicados entre parênteses.


a) ___________ (fazer, imperfeito do indicativo) muito frio durante a viagem.

b) Se o Cavaleiro não _______________ (encontrar, imperfeito do conjuntivo) o caminho, não ___________


(chegar, condicional) a casa a tempo da ceia.

c) Todos _____________ (ansiar, pretérito imperfeito do indicativo) pela chegada do peregrino que
___________________ (inspirar, pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo) esta história.

PROPOSTAS DE CORREÇÃO

Grupo II – Leitura
1. (A) – V; (B) – F; (C) – V; (D) – V; (E) – F
2.1. (B)
2.2. (D)
2.3. (D)
Grupo III – Educação Literária
1.1. O aluno apresenta uma destas três possibilidades:

‒ O adjetivo alegres é adequado para caracterizar os amigos do Cavaleiro porque foi este o sentimento que eles
demonstraram ao verem o Cavaleiro, a quem já julgavam morto, após tanto tempo de ausência;
‒ O adjetivo generosos é adequado para caracterizar os amigos do Cavaleiro porque um dos amigos ofereceu-
- lhe dormida e um dos seus cavalos, pois o Cavaleiro queria continuar viagem, mas o seu cavalo vinha cansado e
coxo;
‒ O adjetivo compreensivos é adequado para caracterizar os amigos do Cavaleiro porque eles compreenderam a
preocupação do Cavaleiro em ir ao encontro da família e da família, que estava ansiosa com o seu regresso e
preocupada com o que poderia ter acontecido.
2.1. (C)
2.2. (D)
3. Vários elementos apontam para o facto de a ação se desenrolar no inverno: a maioria das árvores encontravam-
-se sem folhas e os seus ramos estavam negros, vermelhos e esbranquiçados da neve e os caminhos estavam cobertos de
neve, rio gelado
4. Logo no início do texto, é dito que o cavalo do Cavaleiro vinha cansado e coxo, o que comprova o esforço feito para
chegar a casa a tempo do Natal; no dia seguinte, o Cavaleiro continuou viagem, o que
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comprova a sua determinação em chegar a casa. Afirma-se também que “ele caminhava com grande pressa” (ll. 9-10)
para aproveitar a luz do dia, que o ajudava a encontrar o caminho. Por fim, apesar de não conseguir ver o caminho por
este estar coberto de neve, ele não desistiu e continuou viagem pela floresta.

Grupo IV – Gramática
1. A – 4; B – 1; C – 2; D – 5; E – 6
2. Todos o receberam com grande alegria.
3.
3.1. (C)
3.2. (D)
4. a. Fazia; b. encontrasse; chegaria; c. ansiavam; tinha inspirado

Texto B

Lê o texto.
Dante e Beatriz

– Quando Dante tinha nove anos de idade, viu um dia na rua uma rapariguinha, tão jovem como ele,
e que se chamava Beatriz. Beatriz era a criança mais bela de Florença: os seus olhos eram verdes e
brilhantes, o seu pescoço alto e fino, os seus cabelos leves e loiros, trémulos sob a brisa. E caminhava
com ar tão puro, tão grave e tão honesto que lembrava as madonas que estão pintadas nas nossas igrejas.
Dante amou-a desde essa idade e desde esse primeiro encontro. Mas passados anos, em plena juventude,
Beatriz morreu. Esta morte foi o tormento de Dante. Então, para esquecer o seu desgosto, começou uma
vida de loucuras e erros. Até que um dia, numa Sexta-Feira Santa, a 8 de abril do ano de 1300, se
encontrou perdido no meio duma floresta escura e selvagem. Aí lhe apareceram um leopardo, um leão e
uma loba. Dante olhou então à roda de si e viu passar uma sombra. Ele chamou-a em seu auxílio e a
sombra disse-lhe:
«Sou a sombra de Virgílio, o poeta morto há mais de mil anos, e venho da parte de Beatriz para te
guiar até ao lugar onde ela te espera.»
Dante seguiu Virgílio. Primeiro passaram sob a porta do Inferno onde está escrito: «Vós que entrais
deixai toda a esperança».
Depois atravessaram os nove círculos onde estão os condenados. Viram aqueles que estão cobertos
por chuvas de lama, viram os que são eternamente arrastados em tempestades de vento, viram os que
moram dentro do fogo e viram os traidores presos em lagos de gelo. Por toda a parte se erguiam
monstros e demónios, e Dante agarrava-se a Virgílio tremendo de terror. E por toda a parte reinava a
escuridão como numa mina. […]
Depois de terem percorrido todos os abismos do Inferno voltaram à luz do sol e chegaram ao
Purgatório, que é um monte no meio duma ilha subindo para o céu. Aí Dante e Virgílio viram as almas
que através de penitências e preces vão a caminho do Paraíso. Neste lugar já não se viam demónios, mas
em cada nova estrada surgiam anjos brilhantes como estrelas.
Até que chegaram ao Paraíso Terrestre, que fica no cimo do monte do Purgatório. Aí, entre relvas,
bosques, fontes e flores, Dante tornou a ver Beatriz. Trazia na cabeça um véu branco cingido de oliveira:
os seus ombros estavam cobertos por um manto verde e o seu vestido era da cor da chama viva. Vinha
num carro puxado por um estranho animal metade leão e metade pássaro.
– Dante – disse ela –, mandei-te chamar para te curar dos teus erros e pecados. Já viste o que sofrem
as almas do Inferno e já viste as grandes penitências daqueles que estão no Purgatório. Agora vou-te
levar comigo ao Céu, para que vejas a felicidade e a alegria dos bons e dos justos.
Guiado por Beatriz, o poeta atravessou os nove círculos do Céu. Caminharam entre estrelas e
planetas, rodeados de anjos e cânticos. E viram as almas dos justos cheias de glória e de alegria. Quando
chegaram ao décimo Céu, Beatriz despediu-se do seu amigo e disse-lhe:
– Volta à Terra e escreve num livro todas estas coisas que viste. Assim ensinarás os homens a
detestarem o mal e a desejarem o bem.
Dante voltou a este mundo e cumpriu a vontade de Beatriz. Escreveu um longo e maravilhoso poema
chamado «A Divina Comédia», no qual contou a sua viagem através do reino dos mortos.

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Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca, Porto, Porto Editora, 2017, pp. 26-30.
3. Faz a descrição física de Beatriz, explicitando a intenção da utilização do adjetivo «bela» (linha 2) no grau superlativo
relativo de superioridade.

4. Indica a reação de Dante perante o que observou no Inferno.


Transcreve um excerto que comprove a tua resposta.

5. Identifica o recurso expressivo presente no excerto «em cada nova estrada surgiam anjos brilhantes como estrelas.»
(linhas 22-23), explicitando o seu valor expressivo.

6. Refere os elementos que contribuem para transmitir a ideia de serenidade associada ao Paraíso Terrestre.

7. Relê os três últimos parágrafos do texto. Explicita o pedido que Beatriz fez a Dante.

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8. Assinala com um  o processo de organização das sequências narrativas através do qual a história de Dante é integrada na
ação principal da obra O Cavaleiro da Dinamarca.

A. encadeamento. B. alternância. C. encaixe.

GRUPO III

GRAMÁTICA

1. Associa as palavras sublinhadas (coluna A) à classe e subclasse correspondente (coluna B).

A B
1. verbo auxiliar
a. Beatriz, cuja beleza impressionava todos, era 2. pronome relativo
muito jovem. 3. determinante indefinido
b. Ela era muito amada por Dante. 4. determinante relativo
c. O desgosto que Dante sofreu fê-lo começar uma 5. preposição simples
vida de excessos. 6. verbo principal
d. Certo dia, o poeta encontrou-se perdido numa transitivo direto e
floresta. indireto
e. No Inferno, Dante estava a tremer de terror. 7. verbo copulativo
f. Beatriz fez um pedido a Dante. 8. pronome pessoal
a. ____ b. ____ c.____ d. ____ e. ____ f. ____

2. Indica a função sintática dos constituintes sublinhados nas frases seguintes.

a. Dante e Virgílio foram recebidos por Beatriz, no Paraíso.


____________________________________________________________________________

b. Beatriz estava serena.


____________________________________________________________________________

c. Dante pensava em Beatriz, todos os dias.


____________________________________________________________________________

3. Reescreve as frases seguintes, substituindo a expressão sublinhada pela forma adequada do pronome pessoal. Faz as
alterações necessárias.

a. Dante escreveria a Divina Comédia.


_____________________________________________________________________________

b. Nunca leram esta obra?


____________________________________________________________________________

4. Classifica, de forma completa, as orações sublinhadas nas frases apresentadas.

a. Assim que chegou ao Paraíso, Dante viu Beatriz.


_________________________________________________________________________

b. O poeta ficaria triste, se não encontrasse a amada.

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__________________________________________________________________________

5. Assinala com um  a frase que contém uma oração coordenada assindética.

A. No Inferno, já não se viam demónios nem se sentia terror.

B. Era um lugar de dor, um lugar de terror.

C. Atravessaram os nove círculos, viram as almas condenadas.

D. Dante voltou à Terra e cumpriu o pedido de Beatriz.

6. Completa as frases seguintes com as formas verbais indicadas.

a.
Para que ___________________ (poder, pretérito imperfeito do modo conjuntivo) curar Dante dos seus erros e
pecados, Beatriz chamou-o ao Paraíso.
b. Quando o poeta ___________________ (transpor, pretérito perfeito simples do modo indicativo) os nove
círculos do céu, caminhou entre estrelas e planetas rodeados de anjos e cânticos.
c. Se Dante aceder ao pedido de Beatriz, ________________________ (cumprir, futuro composto do modo
indicativo) a sua vontade.
SOLUÇÕES

GRUPO II – LEITURA E EDUCAÇÃO LITERÁRIA


Texto A
1. 5 – 4 – 1 – 2 – 3.
2. 2.1 C; 2.2 A; 2.3 D.

Texto B
3. Beatriz era jovem. Tinha olhos verdes e brilhantes, pescoço alto e fino e os seus cabelos eram leves e loiros. Além
disso, era detentora de uma enorme beleza, ideia que se pretende realçar com a utilização do adjetivo «bela» no grau
superlativo relativo de superioridade.
4. Dante ficou aterrorizado com o que observou no Inferno. «Dante agarrava-se a Virgílio, tremendo de terror.» (linha
18)
5. O recurso expressivo presente no excerto é a comparação, utilizada para destacar a luminosidade e, por associação, a
esperança, associadas ao lugar onde Dante se encontrava, o Purgatório. Estes «anjos brilhantes como estrelas» eram as
almas que iam a caminho do Paraíso, depois de cumprirem as suas penitências.
6. A ideia de serenidade do Paraíso Terrestre é transmitida através de elementos como as relvas, os bosques, as fontes e as
flores, associados a um ambiente aprazível e calmo. Além disso, a cor do véu de Beatriz, o branco, também,
simbolicamente, se relaciona com a ideia de paz, de tranquilidade.
7. Beatriz pediu a Dante que regressasse à Terra e registasse num livro tudo o que viu na sua viagem através do reino dos
mortos, para que pudesse ensinar os homens a escolher o caminho do Bem.
8. C.
9. Cenário de resposta
No anúncio apresentado, observamos a entidade promotora (Fnac), o slogan («Uso obrigatório») e o texto
argumentativo («Há máscaras… partilha a tua»).
O objetivo deste anúncio é promover a leitura, enfatizando a ideia de que esta permite adquirir mais sabedoria e
desenvolver a imaginação.
A imagem, ao mostrar que os livros estão a ser usados como as máscaras que, a certa altura, foram de uso obrigatório,
destaca como a leitura é vital para nos proteger da falta de conhecimento e abrir novos horizontes.
GRUPO III – GRAMÁTICA
1. a. 4; b. 1; c. 2; d. 3; e. 5; f. 6.
2.
a. Complemento agente da passiva; b. Predicativo do sujeito; c. Complemento oblíquo.
3. a. Dante escrevê-la-ia. b. Nunca a leram?
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4. a. Oração subordinada adverbial temporal; b. Oração subordinada adverbial condicional.


5. C.
6. a. pudesse; b. transpôs; c. terá cumprido.

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