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O ser humano é um ser incrível, dotado de capacidades físicas, mentais e intelectuais

que nem ele mesmo tem noção daquilo que ele pode fazer. O que ocorre,
infelizmente, é que muitos não são incentivados ou conduzidos para aprender, ou até
mesmo desenvolver habilidades e capacidades, seja por ignorância dos pais ou por não
possuir condições financeiras para ter acesso aos estudos. Em minha concepção, esse
quadro não mudou muito, pois no mundo em que vivemos, até pouco tempo atrás, os
estudos eram caríssimos, onde a opção era trabalhar ou estudar, ou ter alguém que te
sustentasse em casa para estudar, caso estudasse numa universidade federal. Hoje, os
estudos são mais acessíveis financeiramente e geograficamente, pois podemos estudar
em qualquer lugar, mesmo assim, trabalhar e estudar continua não sendo uma
situação muito fácil. Aí é que entra a metodologia de ensino de Aristóteles: a
Peripatética, a qual, propunha que os alunos não deveriam ficar trancados em uma
sala de aula e ali aprender sobre o mundo. O professor levava os alunos a passear e no
caminho lhes ensinava, mostrando e ensinando. Assim como fazemos com nossos
filhos, ensinamos eles enquanto passeamos, trabalhamos ou até mesmo descansamos.
O estudo faz parte do dia a dia da família, onde a própria curiosidade da criança que se
torna a sua mestre e esta nos faz perguntas que nos fazem nos esforçarmos para
responder da melhor maneira e de forma adequada a sua faixa etária. Trazendo essa
metodologia para a nossa realidade atual, podemos ver que ela pode nos ajudar em
muito a desenvolver os estudos de uma forma mais fácil, pois, além de poder estudar
em qualquer lugar e temos o mundo ao alcance de nossas mãos através de um clique
na internet. Somos como as crianças que estão aprendendo e nossa curiosidade é a
nossa mestre. A peripatética nos faz lembrar que o estudo deve ir mais além da sala de
aula: deve ser vinculado à realidade, e assim deve nos fazer refletir, pensar e analisar,
não só absorver ideias impostas. Isso só é possível se buscarmos conhecimento além
dos livros da escola, se vivenciarmos o aprendizado e o colocarmos em prática, através
das aulas práticas. Aristóteles tem a minha admiração pelo mestre que foi e pela
herança educacional que nos foi legada!

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