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APOSTILA AYÒN

Quem é Ayòn?

Ayan/Ayon o Orixá do Tambor. As


religiões de matrizes africanas há tempos
vêm resgatando alguns elementos que
por ventura ficaram esquecidos dos
meados do ano de 1830 há-te o ano
atual. Orixá “ÀYÀN” orixá do tambor é
um desses elementos. Observando por
onde eu ando, a forma como alguns,
pode chamá-los de: Ogan de tambor,
abatazeiros, abatás, batedores de
tambor, curimbeiros , atabaqueiros seja
lá qual for à denominação que podemos
chamá-los, mas algo nós chama a
atenção; a preparação dessas pessoas
especiais para a liturgia das religiões de
matrizes africana. Assim bem como os
seus segredos. Os segredos dos
Tambores de Batá que é um elemento
sagrado na cultura Yorubá, com rituais
religiosos para sua construção,
preparação e iniciação daqueles que irão
tocá-lo. Os Batás sagrados são tratados
como criaturas viventes, que devem ter
cuidados específicos e uma variedade de
regras para o seu uso.
A força espiritual contida no tambor e
que o consagra e é chamado de “Ayan”
ou “Ayon” O Orixá do tambor. Para que
alguém possa ser iniciado para Ayan e
tocar o Batá, deve cumprir rígidos rituais
religiosos. No Brasil essa tradição
praticamente perdeu-se, mas foi mantida
na Nigéria e Benin a Terra Yorubá e em
Cuba. O iniciado recebe a força espiritual
necessária para tocar os tambores da
forma correta, para que estes possam
“falar” com os Orixás, chamando-os para
as cerimônias a eles dedicadas. Ayan
representa a expressão sonora das
divindades; e o símbolo do tambor que
serve como depositário dos poderes
divinos e ele é o veiculo que Ihe da voz. A
consagração de Ayan no tambor Batá e
feita por meio de ritual e elementos
litúrgicos sagrados, que ficam dentro do
tambor, que e selado hermeticamente
com as duas peles. Quando Ayan é fixado
no tambor é chamado de “Eleekoto”. O
ritual de consagração inclui a pintura do
tambor com a assinatura de Xangô.
Eleekoto e representado por uma
miniatura de tambor Batá que não pode
ser tocada, pois simboliza o “Ayan.”
As religiões de matrizes africanas há
tempos vêm resgatando alguns
elementos que por ventura ficaram
esquecidos dos meados do ano de 1830
até o ano atual.
Orisá Àyàn - Orisá do tambor é um
desses elementos:
Ogan do tambor, Abatazeiros, Abatás,
batedores de tambor, seja lá qual for à
denominação que podemos chamá-los,
mas algo nos chama a atenção:
Os Onilus são os responsáveis pelos
tambores e é admirável a preparação
dessas pessoas especiais para a liturgia
das religiões de matrizes africana, assim
bem como os seus segredos. Os segredos
dos tambores de tambor que é um
elemento sagrado na cultura Yorubá,
com rituais religiosos para sua
construção, preparação e iniciação
daqueles que irão tocá-lo. Os tambor
sagrados são tratados como criaturas
viventes, que devem ter cuidados
específicos e uma variedade de regras
para o seu uso.
A força espiritual contida no tambor e
que o consagra é chamado de " Ayan" ou
" Ayon" O Orisá do tambor. Para que
alguém possa ser iniciado para Ayan e
tocar o tambor, deve cumprir rígidos
rituais religiosos.
No Brasil esta tradição praticamente
perdeu-se, mas foi mantida na Nigéria e
Benin a Terra Yorubá e em Cuba.
O iniciado recebe a força espiritual
necessária para tocar os tambores de
forma correta, para que estes possam
"falar" com os Orisás, chamando-os para
as cerimônias a eles dedicadas. Ayan
representa a expressão sonora das
Divindades; e o símbolo do tambor que
serve como depositário dos poderes
Divinos , e ele é o veículo que lhe dá a
voz. A consagração de Ayan no tambor
Batá é feita por meio de ritual e
elementos litúrgicos sagrados, que ficam
dentro do tambor, que é selado
hermeticamente com as duas peles.
Quando Ayan é fixado no tambor é
chamado de "Eleekoto". O ritual de
consagração inclui pintura do tambor
com a assinatura de Sango.
Eleekoto é simbolizado ou seja
representado por uma miniatura de
tambor que não pode ser tocado, pois
simboliza " Ayan " .
,Diz uma lenda da divindade ÀYÀN/ÀYON,
que Olódùmarè (o Deus Supremo) o
chama para aprender o poder de cada
Òrìşá, para ensinar os homens a louvá-los
através do canto, da dança e dos ritmos
sagrados. Na verdade o próprio
instrumento - o tambor - é considerado
como a veste material de um espírito e
dizem os mitos, que cada tambor possui
seu espírito elemental, que se materializa
dentro dos mesmos durante as
cerimônias para que o rito tenha
prosseguimento segundo a egrégora do
templo em questão, de acordo com o
Òrìşá regente da casa.
A divindade ÀYÀN/ÀYON está ligada a
vários ancestrais através do mito do
tambor. A vara Ixàn (işan) possui o
mesmo fundamento invocatório e de
encantamento que a vara de atori usada
nos tambores.
A origem dos instrumentos musicais é
remota e controversa e sua evolução
acompanha a própria história das
civilizações. Não há povo da Antiguidade
que não tenha feito uso de instrumentos
musicais mais ou menos rudimentares, já
que a música é uma linguagem
espontânea e inerente ao próprio
homem, sendo provável que tenha
aparecido antes da linguagem verbal.
O homem pré – histórico acreditava que
a pele de sua caça esticada em troncos
de árvores reproduzia o choro do animal
morto. E foi com esse sentimento de
gratidão que passou a consagrar a morte
de sua caça. Pode-se dizer que esse foi
um dos princípios da manifestação
religiosa do homem e a origem dos
tambores. O toque do tambor revela a
arte de conectar-se com a Mãe Terra e
com nosso eu interior, sintonizando
nosso coração ao coração dela, e de
viajar ao mundo do invisível, constatando
nossa ancestralidade e todos os reinos da
Natureza.

A música e a dança sempre foram os


principais responsáveis dessa
comunicação com Deus. Alguns
historiadores e antropólogos do século
XX destacaram a idéia de que a maneira
utilizada para se chegar aos
conhecimentos místicos em religiões
primitivas esteve sempre associada ao
êxtase (o transe) provocado pelo toque
do tambor. Esse instrumento seria então
o responsável pela comunicação entre o
homem e as divindades – seres
responsáveis pelo comando da Natureza
em nosso planeta.
O Djembe é possivelmente o mais
influente e a base de todos os outros
tambores africanos, e desde há pelo
menos 500 anos D.C. é um tambor
sagrado utilizado em cerimônias de cura,
rituais de passagem, culto aos ancestrais
e ainda em danças e socialmente.

A origem dos instrumentos musicais é


remota e controversa e sua evolução
acompanha a própria história das
civilizações. Não há povo da Antiguidade
que não tenha feito uso de instrumentos
musicais mais ou menos rudimentares, já
que a música é uma linguagem
espontânea e inerente ao próprio
homem, sendo provável que tenha
aparecido antes da linguagem verbal.

As primeiras descobertas
Os tambores começaram a aparecer
pelas escavações arqueológicas do
período Neolítico. Um tambor
encontrado numa escavação da Morávia,
foi datado de 6000 anos antes de Cristo.
Tambores têm sido encontrados na
antiga Suméria com a idade de
aproximadamente 3000 anos antes de
Cristo. Na Mesopotâmia foram
encontrados pequenos tambores
(tocados tanto verticalmente quanto
horizontalmente) datados de 3000 anos
antes de Cristo. Tambores com peles
esticadas foram descobertos dentre os
artefatos Egípcios, de 4000 anos antes de
Cristo.

Características dos primeiros tambores

Os primeiros tambores provavelmente


consistiam em um pedaço de tronco de
árvore oco (furado). Estes troncos eram
cobertos nas bordas com a pele de algum
réptil ou couro de peixe e eram
percutidos com as mãos. Mais tarde,
começou-se a usar peles mais resistentes
e apareceram as primeiras baquetas. O
tambor com duas peles veio mais tarde,
assim como a variedade de tamanhos.
Muitos métodos foram utilizados para
fixar as peles. Nos tambores de uma pele
eram usados pregos, grampos, cola, etc.
Nos tambores de duas peles eram usadas
cordas que passavam por furos feitos na
própria pele e as esticava. Os tambores
Europeus mais modernos geralmente
prendiam a pele pela pressão de dois
aros, um contra o outro e a pele no meio.

O tambor na religião afro

É necessário estabelecer uma distinção:


uma coisa são os tambores Batá ditos
pagãos, comprados em loja ou não,
destinados apenas a fazer musica. Outra
bem diferente são os tambores
consagrados, sacralizados através de uma
série de rituais que os transformam em
instrumentos de comunicação com os
deuses - tornando os tambores na
morada, no assentamento do orixá Añá.
Nas palavras de Fernando Ortiz, "um jogo
de tambores consagrados - ilú Añá -
é algo mais que um trio de tambores
imembranófonos, capaz de produzir uma
maravilhosa e singular concatenação
musical de ritmos tão belos quanto
complexos. Nos batás-Añá há um poder
divino".
O passado do orixá Añá/Anya no Brasil é
nebuloso. Na África os tambores batá são
próprios ao orixá Ayan, e estão
associados em particular aos cultos de
Xangô e Egungun.
Segundo Ortiz, que nos traz
informações da década de quarenta,
dizem alguns que o Iyá (o tambor maior e
mais grave) representa a todos os santos,
em particular a Xangô. As atribuições de
cada um dos ilús varia e não parecem
nem tradicionais nem ortodoxas. Nos
dias de hoje, segundo a excelente
pesquisa de Amanda Vincent, o Iyá,
divide as opiniões dos tamboreiros
entrevistados entre Xangô, Osain,
Yemanjá ou ainda Oxum. Estas
diferenças, embora aparentemente
contraditórias, devem ser vistas e
entendidas como expressões de relações
das características de diferentes orixás
com o tambor sagrado e suas funções e
propriedades sacro-mágicas.
Independentemente de afinidades ou de
relações baseadas em características
históricas ou de propriedade, existe ainda
a idéia, mais consistente e abrangente de
que os três Ilús do trio batá são, em
conjunto, os instrumentos do orixá Añá,
que crêem alguns, seria uma qualidade
de Xangô como deus dos trovões e da
música. De maneira geral, no estudo das
religiões afro-brasileiras, a Bahia recebeu
uma atenção maior e se tornou mais
conhecida, e o Atabaque das nações de
kêtu, jêje e angola acabou por
transformar-se no grande referencial da
percussão litúrgica de origem africana.
No candomblé da Bahia e do Rio de
Janeiro ou na literatura dos estudos mais
conhecidos feitos sobre a música do
candomblé destes estados, não há
referência a instrumentos ou orixá que
possam ser associados aos Ilú-batá ou a
Añá/Ayan.

No entanto, é precisamente em
diferentes estados do norte, como
Pernambuco e Maranhão, e do sul, no
Rio Grande do Sul, que vamos encontrar
referências e instrumentos que podem
sugerir algum paralelo.
Segundo o músico e pesquisador Paulo
Dias, da Associação Cachuêra, os
tambores encontrados no Brasil que nos
remetem aos ilú-batá seriam os
seguintes:
"O Tambor de Mina do Maranhão
(inclusive da famosa Casa de Nagô) utiliza
dois Abatás, de corpo cilíndrico ou
troncônico, tensionados por tarrachas.
No Xangô do Recife, parece que
atualmente só a casa chamada "Sítio de
Pai Adão", a mais antiga, é que ainda usa
os três batás - com o corpo mais ou
menos aproximado à forma da
ampulheta e couros tensionados por
cordas (é, realmente, o que temos de
mais parecido aos Batás cubanos e
nigerianos). Os ilús utilizados no Xangô
pernambucano são também
bimembranófonos, porém tocados na
vertical, numa das bocas somente. No
Batuque do Rio Grande do Sul, utilizam-
se tambores (o instrumento é chamado
simplesmente tambor)
bimembranófonos com corpo cilíndrico e
tensionados por cordas, podendo ser
tocados na vertical ou na horizontal
(geralmente nos toques lentos), quando
os dois couros são golpeados. Algumas
casas de religião riograndenses também
utilizam um grande tambor troncônico de
duas peles denominado inhã, consagrado
a Aganjú ou Iansã."
Paulo Dias acrescenta ainda que "os
três ilús do Xangô pernambucano
denominam-se melê, meleunkó e yan (o
mais grave, mestre, provavelmente uma
corruptela de yiá)". Os termos melê e
meleunkó nos remetem diretamente não
só aos batás cubanos como aos africanos.
Em Cuba, omelê é utilizado como
sinônimo de itótele, enquanto que na
África - Nigéria e Benin - não só
encontramos o mesmo termo, omele,
como também omele-akó (embora
inicialmente os batás fossem apenas três
na África -iyáalú, omele e kúdi - com o
passar do tempo foram incorporados um
segundo e terceiro tambores - omele-abo
e omele ako. Hoje também é possível
encontrar-se conjuntos que apresentem
também um tambor chamado de omele-
méta, que consiste em verdade de três
kúdis presos um ao outro). Quanto ao
fato de yán em Pernambuco, ou o inhã
do Rio Grande do Sul serem corruptelas
de iyá, é possível e provável. Mas
também me ocorre - embora mais
improvável, mas como especulação - que
tanto yán quanto inhã, possam revelar
uma associação com o vocábulo Ayán, e
por conseqüência, com o orixá.
As semelhanças entre o Batuque e o
Xangô do Recife são surpreendentes,
muito maiores do que com o candomblé
baiano.
ORIKI DE AYÒN

Iggi
Iggi Ayòn
Oluwá oluwowo
Osa Iwin
Oba Iggi
Àtatú ni ti ayòn
Ayòn temi Baba l’o ní ki mi se oríire
Orí rere ni temi
Ayòn yíó gba t’èmi wí
jé ki òrò temi ó se
p’èrò si mi nlé p’èrò si mi l’ónà Má jé ki
won ó dan mí
Àsùn dá ragbada lá à ba igi Ase

2
Ayòn ki í dá tirè k’ó má se
Ayòn ki n ri se, ki n bimo,
Ayòn ki n lówó, ki n kólé
Ayòn k’o tún ìpín mi se
Te ire mó mi lówó
Ojó ikú, Ojó àrùn kóo gbè mí o
Eso mí di oyin e má rojú si mi
Ayòn gbà mi o ase

3
Okiti Kata, Ekùn A Pa Eran Má Ni Yan Olu
Gbongbo Ko Sun Ebi Eje Gosungosun On
Wo Ewu Eje
KO Pá Eni Ko Je Oka Odun Ayòn
A Ni Esin O Ni Kange Odo Bara Otolu
Omi a Dake Je Pa Eni Omo Opara Ogan
ayòn Ilu Ndanu Sese Iba O

OFO PARA ENCANTAR AYÒN

Adimula
Adimuye
Erin di ́ mu Erin yà so
̣
Efon di ́ mu Efon yà já na Ayòn
Má njá gbà ri
Má njá gbà rè
Adifá fún Akika
Ti nlọ réé di Opo ọpẹ mu nitori ́ abiye ọmọ
Ope ẹmi Odi omu ki oma yinminu
Ìyire ara igi ki ́i ́ wọ0 n nu Ayòn
Ijo ti ikú bà nbò kóò bò ó
Ijo ti gbogbo Ayòn bà nbò kóò bò ó
Ijo ti ire aje bà nbò kóò si ́i ́ si ́lé
Ijo ti Ire gbogbo bà nbò kóò si ́i ́ si ́lé

TOQUES DE CANDOMBLÉ

Toques Mais conhecidos


: • Adarrum
• Aguerre
• Alujá
• Angolão
• Apaninjé
• Arrebate
• Barra Vento
• Bravum
• Cabula
• Congo caboclo
• Congo de Ouro
• Congo Nagô
• Ijexá
• Ika
• Ilú
• Olorum
• Quebra Prato
• Rufo
• Samba Cabula
• São Bento
• Sato
• Vaninha

FUNDAMENTAÇÃO DO ATABAQUE
01 carcaça de atabaque devidamente
acabada e reforçada;
01 pedaço de couro de boi (seco);
02 kg de corda de sisal no 10, 8 e 6;
03 arcos de ferro (2 externos e 1 interno);
05 cunhas de madeira;
Martelo;
Chave de fenda;
Alicate; Estilete; Barbante ; Fita adesiva.
Cabaça média
Otá
3 búzios
3 moedas
1 fava de alibe
1 fava de olho de boi
1 nota de dinheiro
1 folha de Akoko
1 folha da fortuna
1 folha de iroko
1 folha de Aridan (folha)
1 folha de oripepe
Dende
Azeite doce
Mel
Gin
Sal
Efum
Waji
Ikodide

Lavar com essas folhas e separar 1 de


cada para colocar fresca dentro da
cabaça.Abra a cabaça na ponta da cabeça
e coloque os ingredientes finalizar com os
temperos e seguir para o oro.
Monte os atabaques

1a Etapa:
Coloque o couro na água para amolecer.
Deixe-o ali por, mais ou menos, 12 horas;
2 a etapa:
Coloque o couro amolecido sobre a boca
do atabaque e, em seguida, o arco
superior externo;
3a etapa:
Com o arco sobre o couro, faça furos com
o estilete para a passagem da corda n.o 6
das tarraxas;
4a etapa:
Com o auxílio da chave de fenda, passe a
corda pelos furos do couro para a
confecção das tarraxas;
5a etapa:
Utilizando a corda grossa, comece a fazer
a primeira fileira do trançado;
6a etapa:
Faça a segunda fileira do trançado;
7a etapa:
Coloque as cinco cunhas de madeira;
8a etapa:
Bata moderadamente nas cunhas para
esticar o trançado;
1a Etapa:
Coloque o couro na água para amolecer.
Deixe-o ali por, mais ou menos, 12 horas;
2 a etapa:
Coloque o couro amolecido sobre a boca
do atabaque e, em seguida, o arco
superior externo;
3a etapa:
Com o arco sobre o couro, faça furos com
o estilete para a passagem da corda n.o 6
das tarraxas;
4a etapa:
Com o auxílio da chave de fenda, passe a
corda pelos furos do couro para a
confecção das tarraxas;
5a etapa:
Utilizando a corda grossa, comece a fazer
a primeira fileira do trançado;
6a etapa:
Faça a segunda fileira do trançado;
7a etapa:
Coloque as cinco cunhas de madeira;
8a etapa:
Bata moderadamente nas cunhas para
esticar o trançado;

Após isso estenda uma esteira no centro


do barracão e deite os atabaques caso
tenha comprado pronto,prepare um abo
e banhe todos os atabaques.
Deite os atabaques e coloque cabaça na
frente em um alguidar
Comece o oro normalmente invocando
através do ofó esse orixá.Faça todos os
pedidos para que esse orixá venha morar
no seu axé e trazer a magia dos
atabaques e do toque do alagbe.Já com o
alagbe escolhido através do jogo de
búzios esse será responsável pelos
cuidados do orixá,oros,e limpezas,troca
de couro etc. Ele quem cortará para esse
orixá
Comece o oro

Cantiga de corte
Ejé xoro Ayan é un pao
Ej xoro ayan é um pao …

4 pés
4 frangos
4 angolas
1 pombo
Todos brancos

Ofereça os axés para o orixá .

no momento do oro,o eje deve ser


jogado nas cabaças e nos atabaques.
Deixe por 1 dia e recolha,despache no
local indicado pelo orixá

Após isso
De ose nos atabaques
Retire o couro e parafusos amarre com
palha da Costa as cabaças dentro dos
atabaques e volte pro local
novamente,Deixe os descansar na
sombra ou no tempo com uma vela é
uma quartinha com água por 7 dias.após
estará feito o atabaque deve ser
alimentado 1 vez por ano.Nesse meio
tempo ofereça sempre que for realizar
uma festividade.Ofereça frutas,comidas
do orixá.flores etc.

COMIDA DE AYÒN

Ingredientes
Batata doce
Dende
Cebola
Gengibre
Pimenta da Costa (pouca)
Taioba

Preparo:Cozinhe as batatas até


desmanchar faça um purê e reserve.
Na pabela aqueça o dendê,corte as
cebolas em cubos e ralé o gengibre
misture os dois com a pimenta e coloquei
na panela corte a taioba em tiras finas e
refogue com o dendê.após misture o
purê e tempere com sal.
Coloque em um alguidar e molde um
“morro” regue com dende e mel e
ofereça a Ayòn.

FRANGADA

Dende
Frango do oro (1,2depende do tamanho)
Cebola
Gengibre
Sal
Noz moscada
Fubá ou farinha de milho
Farinha de feijão fradinho

Corte esse frango todo em pequenos


pedaços aqueça dende na panela e
coloque cebola batida com gengibre e
noz moscada.
Refogue esse frango até criar um caldo e
soltar(amolecer)
Pegue farinha de milho ou fubá faça uma
massa temperada com dende cebola e
gengibre e sal no fogo(angu)pegue 1
alguidar e forre com essa massa espere
esfriar um pouco e coloque por cima o
caldo Enfeite com 16 Ekurus e entregue
ao orixá

Tamanho ideal para a cabaça

15 a 20 cm
O formato ideal para um ota desse orixá
é o formato de uma bola ,ele tem que ser
o mais redondo possível.
O OTA DEVE SER ENCONTRADO NO RIO

O babalorixá deve preparar para o alagbe


responsável um “patuá”com. As ervas
indicadas branco.

Bolsinha bordada com tecido branco


1 Akoko
1 Aridan
1 Buzio
1 moeda
Esse patua deve comer 1 frango somente
para ele juntamente com o oro do orixá.
O Ogan alagbe responsável deve carregar
consigo esse patua para todo lugar.

Fundamentação dos atoris (aguidavi)

Preparo de ervas
1 frango
Bacia de Ágata
Coloque os atoris no fundo e por cima o
preparo de ervas,realize o oro ali e deixe
descansar por 3 dias aos pés de Ayòn.
Após limpe os e deixe secar na sombra.o
sumo jogue no pé de uma árvore
frondosa.Ritual feito 1 vez só faça vários
atoris e fundamente todos,deixe
guardados os que não serão utilizados

QUIZILAS DESSE ORIXÁ

Tocar nele de corpo sujo


Sexo
Bebida alcoólica
Tocar de roupa preta ou vermelha
Somente tocar para orixás com o
atabaque fundamentado
Somente quem pode mexer no
fundamento interno é o baba ou alagbe
responsável
Para tocar peça permissão e bata um paó
para acordar Ayòn antes das festividades
Troque sempre a água da quartinha que
ficará em baixo do suporte dos
atabaques.escondidinho.(faça um
suporte grande e espaçoso )
Somente Ogans do. Ile ase podem tocar
nesses atabaques pois não sabemos se os
da rua seguirão a norma do corpo sujo.Se
o orixá quizilar outro oro deve ser feito
de imediato com o dobro de animais.Ou
a casa entrará em extrema pobreza.
Axé de Ayòn para festividades

Antes de começar as festividades,coloque


a quartinha de Ayòn na frente dos
atabaques,jogue um pouco de melado de
cana e dende. Bata pao e assopre 3
pimentas da Costa com gin para
acordalo.volte para o local comum.

Lenda

sábado, 12 de junho de 2010


Orixá: Baiani

BAYANNI

Bayanni, Baiani ou BanniBaiani, Bayanni


ou Dada filho de Òrànmíyàn é irmão mais
velho de Xangô e Soponna. Tornou-se
Alaafin de Oyo Pacífico, foi um rei fraco
que quase não reinou.

No Brasil é chamado de Bayanni ou Dadá


Ajaká, é representado por uma coroa de
búzios chamada de Ade Bayanni ou Adê
de Banni é enfeitada de búzios com
diversas tiras pendentes.

Orixá cultuado no Terreiro do Gantois,


tem uma festa anual chamada Festa de
Baiani muito concorrida por ser talvez a
única casa de candomblé que cultue este
Orixá.

Dadá Ajaká
Dadá Ajaká, filho mais velho de Oranian,
irmão consanguíneo de Xangô, reinava
então em Oyo.

Ele amava as crianças, a beleza, e as


artes.

De caráter calmo e pacífico, não tinha a


energia que se exigia de um verdadeiro
chefe dessa época.

Dadá é o nome dado pelos yorubás às


crianças cujos cabelos crescem em tufos
que se frisam separadamente.
Xangô o destronou e Dadá Ajaká exilou-
se em Igboho (Nigéria), durante os sete
anos de reinado de seu meio-irmão.

Teve que se contentar, então, em usar


uma coroa feita de búzios, chamada adé
baáyàni (pronuncia-se Adê Baiani), ou
"Coroa de Dadá".

No Terreiro do Gantois na Bahia é


reverenciado e cultuado como Baiani,
onde realiza-se uma festa anual e no Ilê
Omorodé Orixa N´la onde tem um filho
iniciado nesse orixa e também realiza
uma festa anual.
Depois que Xangô deixou Oyo, Dadá
Ajaká voltou a reinar.

Em contraste com a primeira vez, ele


mostrou-se agora valente e guerreiro,
voltou-se contra os parentes da família
materna de Xangô, atacando os tapas.

Histórico (1)
Ajaká foi 2º Aláàfin de Oyó, o Oba Ajaká,
meio irmão de Sàngó, que era muito
pacifico, apático e não realizava um bom
governo.
Sàngó cresceu nas terras dos Tapas
(Nupe),local de origem de Torosí, sua
mãe.

Tempos depois, com seus seguidores se


estabeleceu em Oyó, num bairro que
recebeu o mesmo nome da cidade que
viveu, Kòso e com isso manteve seu título
de Oba Kòso.

Sàngó percebendo a fraqueza de seu


irmão e sendo astuto e ávido por poder,
destrona Ajaká e torna-se o terceiro
Aláàfin de Oyó.
Ajaká, também chamado de Dadá,
exilado, sai de Oyó para reinar numa
cidade menor, Igboho, vizinha de Oyó.

Por ter sido deposto, não poderia mais


usar a coroa real de Oyó, e passa então a
usar neste seu outro reinado uma outra
coroa (ade), que escondesse seus olhos
envergonhados e jura que somente irá
tira-la quando ele puder usar novamente
o ade que lhe foi roubado.

Esta coroa que Dadá Ajaká passa a usar, é


rodeada por vários fios ornados de búzios
no lugar das contas preciosas do Ade Real
de Oyó, e esta chama-se Ade Bayánni
Dadá Ajaká então casa-se e tem um filho
que chama-se Aganju, que vem a ser
sobrinho de Sàngó.

Sàngó reina durante sete anos sobre Oyó


e com intenso remorso das inúmeras
atrocidades cometidas e com o povo
revoltado, ele abandona o trono de Oyó e
se refugia na terra natal de sua mãe em
Tapa.
Após um tempo, suicida-se, enforcando-
se numa árvore chamada de àyòn (àyàn)
na cidade de Kòso.

Com o fato consumado, Dadá Ajaká volta


à Oyó e reassume o trono, retira então o
Ade Bayánni e passa a usar o Ade Aláàfin,
tornando-se então o quarto Aláàfin de
Oyó.

Após sua morte, assume o trono seu filho


Aganju, neto de Òrànmíyàn e sobrinho de
Sàngó, tornando-se o quinto Aláàfin de
Oyó.
PREPARO DE PÓS

Pilão
Oripepe
Akoko
Jambu
Fortuna
Iroko
Beldroega
Jabuti
Efum
Waji
OSSUN
Soque as folhas no pilão até
afinar,coloque em cima de uma forma e
coloque no sol pra secar,após secas
passe no moedor e misture com Waji
Efum e ossun.guarde em um pote de
vidro.

ÄYÄN OU ÀYÒN - ORISÁ DO TAMBOR


"Éyin omo onilù a fi àrán bantè sosán
Omo agbórí odó lù fún Eégún
Omo agbóríi odó lù fún dòsá
Orò Korin lò Ayan tundè l'Ayè!!!"
Tradução: "Vocês, da linhagem do
tambor, que embelezam
seus instrumento com panos e cordas de
veludo.
Descendentes daqueles que fizeram o
fundamento para o
primeiro tambor de Egun
Descendentes daqueles que fizeram o
fundamento para o
primeiro tambor de Orixá.
Toquem e cantem, para Ayan voltar à
Terra!"
(Primeiro verso dos cânticos sagrados de
Ayom)
Hoje os Alabês constituem-se numa das
classes mais
interessantes dentro das comunidades-
terreiros do Brasil.
O nome ALABÈ é de origem Yorubá.
Designa, dependendo
da entonação, uma cabaça coberta de
búzios, um dos
símbolos de Ayom/Ayan/Aña e por
extensão dos músicos-
sacerdotes. Pode significar ainda, num
sentido mais
profundo, ALÁ - O pano branco; ABÊ -
profundidade,
aqueles que conhecem a origem, uma
alusão ao aspecto
Funfun de Ayom.
Ainda que no Brasil erroneamente sejam
chamados apenas
de Ogàs, os músicos dos templos
brasileiros (que podem
ser também chamados de Tabaqueiros,
Batuqueiros,
Xicarangomas, Huntós e outras
designações, segundo a
tradição a que pertençam...) enfrentam
uma posição no
mínimo paradoxal dentro destes mesmos
templos... E
inegável que um dos fatores que mais
chamam a atenção é
a orquestra ritual e mesmo que o templo
conduza os
trabalhos apenas com cânticos, ainda
assim a música ém
ponto de partida mais eficaz e completo
para estabelecer o
contato com o mundo espiritual. E apesar
de toda essa
importância, os Alabês são considerados,
na maior parte
das casas, personagens secundários, no
sistema
Ayàn ou Ayòn representa a expressão
sonora das
Divindades, é o símbolo do tambor que
serve como
depositário dos poderes divinos.E ele o
veiculo que lhe dá
voz.
Ayom Poolo o Orixá da música e dos
tambores
Do seio de Olodumaré, dentro do Orún,
estão os Imolés
(LUZ, BRILHANTE) do qual emanam 400
consciências
denominadas de direita, os Irúnmòlés,
que significa
"Concebidos com a luz do Orún",
espíritos que não
nasceram e nem morreram na Terra, pois
são fonte original
da luz espiritual. Também emanam 201
consciências da
esquerda chamadas Igbamolé, que
significa "Os que
guardam a luz" (igbá - Cabaça, enquanto
substantivo;
enquanto numeral, significa 200). Estes
espíritos foram
responsáveis diretos pela implantação da
evolução em
nosso planeta e pelo despertar da
humanidade, rumo à
civilização. São tradutores dos Irúnmolés
e são mais
conhecidos como Orixás e Eboras. Dentre
eles estão Exu,
Xangô, Obaluaië, Ossain, Yemanjá, Oyá,
etc.
Na primeira categoria, dos Irunmalés,
muitos deles, por
surgirem de dentro da luz de Olorum
foram chamados de
"FUN FUN", os Senhores do Branco e são
potestades
extremamente antigas, a maior parte
quase esquecidas,
Oxalá é o mais conhecido dentre eles,
mas existem muitos
outros, praticamente desconhecidos no
Brasil. Dentre eles
podemos citar Irawó (as estrelas),
Oshupá (A lua), Agba
Lodé (A imensidade do espaço) e em
especial o AYOM
POOLO, o Senhor da Música.
Um desses "FUN FUN", chamado
Orúnmílà (que se traduz
como "Só o céu conhece os que se
salvaram"), é
considerado o primeiro profeta que
passou pela Terra para
trazer os ensinamentos de Olodumaré.
Trouxe o
conhecimento cósmico, através da Antiaa
Sabedoria de
Ifa

que descreve, num de seus textos, as


origens dos
primeiros momentos do Universo, o
despertar da Gênese
por intermédio do AYOM, o Movimento
Pontual, a
Eternidade no Momento, as Eras, ou o
Eterno Sacrifício.
Conhecido em várias culturas com
praticamente o mesmo
nome (Ayom ou Aña para os sudaneses,
Mooyo para os
Bantu, Y-Om Ahed para os Judeus, Aum
para os Hindus,
Eon para os gregos, etc), o Ayom é a
potestade que
encerra alguns dos maiores mistérios da
profunda
Iniciação, pois está ligada a praticamente
todo o sistema de
equilíbrio das divindades, estando
presente no começo e
no fim do mundo, atuando na ritualística
de todos os orixás.
É o espírito da Música e segundo os mitos
antigos, morava
dentro do tambor no princípio dos
tempos. Quando os
homens começaram a fazer a guerra, foi
libertado por
Xangô, que utilizando seu machado,
cortou os tambores
batá (antigos tambores de duas peles,
ainda usados em
alguns cultos) ao meio, fazendo surgir os
tambores de uma
só pele.
O Ayom é a entidade que ensinou os
homens a falar, a
cantar e a preservar e viver a música
como fonte de
equilíbrio e estabilidade. Por isso hoje, os
raros sacerdotes
iniciados nos mistérios do Ayom firmam
sua força através
de um saquinho ou uma cabaça,
preenchidos com seus
fundamentos que fica fixado dentro ou
fora do tambor, o
qual produz um som peculiar quando se
choca com as
paredes do casco. Um tambor bem
preparado é um
verdadeiro ser vivo, e quase sempre o
espírito do Ayom
quando se manifesta nele, induz o Alabê
a executar ritmos
extremamente hipnóticos e complexos,
pois os tambores
chegam a "falar" sozinhos.
O preparo de um tambor para Ayom
requer muitos
cuidados dentro da magia, pois desde a
construção até a
preparação, são utilizados diversos
materiais para a
consagração, que vão do azeite ao mel,
elementos de
alguns peixes e resinas de árvores. Um
especial cuidado
com as tiras que prendem o couro, com
elementos
equilibrio e establlidade. Por Isso hoje, os
raros sacerdotes
iniciados nos mistérios do Ayom firmam
sua força através
de um saquinho ou uma cabaça,
preenchidos com seus
fundamentos que fica fixado dentro ou
fora do tambor, o
qual produz um som peculiar quando se
choca com as
paredes do casco. Um tambor bem
preparado é um
verdadeiro ser vivo, e quase sempre o
espírito do Ayom
quando se manifesta nele, induz o Alabê
a executar ritmos
extremamente hipnóticos e complexos,
pois os tambores
chegam a "falar" sozinhos.
O preparo de um tambor para Ayom
requer muitos
cuidados dentro da magia, pois desde a
construção até a
preparação, são utilizados diversos
materiais para a
consagração, que vão do azeite ao mel,
elementos de
alguns peixes e resinas de árvores. Um
especial cuidado
com as tiras que prendem o couro, com
elementos
diferenciados e polêmicos são
indispensáveis.
Normalmente afina-se os tambores
próximos a nota Lá. Os
fundamentos do Ayom são
conhecimentos que estão
praticamente perdidos e são raríssimos
no Brasil os
iniciados nestes mistérios
Cântico de Ayan:

ljò yí olùwa ayan ijó yí

Persistente Senhora do Dia e da vida

ljò yí olùwa ayan ijó yí

Persistente Senhora do Dia e da vida

Má jé kó bájé
Não me permita aprender a corromper

Má jé kó aro

Não me permita aprender tristezas

Má jé kó bàjé o Não me permita


aprender a corromper-me

Ayan ijó yí

Senhor do Dia e da vida

ORANIAN - ( ÒRÀNMÍYÁN ) - O REI DE


IFÉ
Entre os muitos filhos de Odudua, o Rei
fundador de Ifé, Ogum era o mais velho,
mais forte, mais guerreiro e inteligente
de todos. O maior sonho de Ogum era
subir ao trono e transformar o povo de
sua nação na maior do mundo. Certo dia,
uma desgraça se abateu sobre o Rei
Odudua. Ele havia ficado cego e depois
de muitas consultas ao babalaô real, foi
dito ao Rei, que voltaria a enxergar sim,
mas demoraria muito. O Rei Odudua
então resolveu que Ogum ficaria regente
do trono enquanto aguardava seu
restabelecimanto. Ogum só fazia o que o
pai ordenasse, mas um dia reuniu seus
ministros e partiu para a guerra sem que
Odudua soubesse. Tempos depois voltou
vitorioso e trouxe muitos escravos. No
meio desses escravos, havia uma bela
jovem de cabelos trançados e olhos
rasgados de nome Lakanjê, Ogum
apaixonou-se por ela, mas não poderia se
casar, porque era um príncipe e ela uma
escrava. Então Ogum passou a viver em
segredo com Lakanjê. O tempo foi
passando e um certo dia, para a surpresa
de todos, a visão do Rei voltou. Com
tanta alegria, o Rei deu uma festa e
convidou todo o mundo. Lakanjê também
foi, mas quando Odudua a viu, ficou
apaixonado por ela e casou com a moça,
deixando Ogum muito infeliz, pois não
podia contar o seu segredo ao pai. Depois
do casamento, Lakanjê teve um filho,
mas, para a surpresa de todos, a criança
tinha o corpo dividido em duas cores da
cabeça aos pés. A parte bem escura, era
da cor de Ogum e mulato claro era a cor
de Odudua. Por isso Oranian passou a ser
considerado filho de dois pais. Quando
Odudua soube, ficou muito zangado.
Após algum tempo, Odudua acabou
perdoando e anos mais tarde, veio a
falecer, deixando seu trono para Ogum.
Oranian cresceu e tornou-se um belo
jovem, forte e inteligente, que adorava
caçar, fazer armadilhas e sondar os
animais das florestas. Tinha como seu
maior sonho, fundar sua própria nação,
ter o próprio povo e seu palácio. Com a
ajuda de alguns amigos, começou a
conquistar pequenas aldeias...Só que em
vez de fazer mal aos vencidos, os tratava
bem e conquistou muitos aliados,
formando assim o Reino de Oyó.
obs:
"Òrànmíyàn (Oranian) foi o filho mais
novo de Odùduà e tornou-se o mais
poderoso de todos eles; aquele cuja fama
era a maior em toda a nação iorubá.
Tornou-se famoso como caçador desde a
juventude e, em seguida, pelas grandes,
numerosas e proveitosas conquistas que
realizou. Foi o fundador do reino de Oyó.
Uma de suas mulheres, Torosí (Torosi),
filha de Elempe, o rei da nação Tapa (ou
Nupê), foi a mãe de Xangô, que mais
tarde, subiu ao trono de Oyó. Oranian
instalou um outro filho seu. Eweka, como
rei em Benim, tornando-se ele próprio
Óòni de Ifé. Essa característica de
Oranian é representada todos os anos em
Ifé, por ocasião da festa de olojo, quando
o corpo dos servidores do Óòni é pintado
de preto e branco. Eles acompanham
Óòni de seu palácio até Òkè Mògún, a
colina onde se ergue um monólito
consagrado a Ogum. Essa grande pedra é
cercada de màrìwò òpè, franjas de
palmeiras desfiadas, e, nesse dia, os
sacrifícios de cão e galo são aí
pendurados. Óòni chega vestido
suntuosamente, tendo na cabeça a coroa
de odùduà, É uma das raras ocasiões,
talvez mesmo a única do ano, em que ele
a usa publicamente, fora do palácio.
Chegando diante da pedra de Ogum, ele
cruza por um instante sua espada com
Osògún, chefe do culto de Ogum em Ifé,
em sinal de aliança, apesar do desprazer
experimentado por Odùduà quando
descobriu que não era o único pai de
Oranian.
Oranian, como já dissemos, foi o
fundador da dinastia dos reis de Oyó. O
mito da criação do mundo tal como é
contado em Oyó atribui-lhe esse ato e
não a Odùduà.
Estes dois personagem são os fundadores
das respectivas linhagem reais de Oyó e
de Ifé, o que bem demonstra que o mito
da criação do mundo é, de uma lado e
outro, o reflexo da lenha histórica da
origem das dinastias que dominam
nesses dois reinos.
A supremacia estabelecida por Oranian
sobre seus irmãos nos é narrada em uma
lenda recolhida no século passado Oyó:
"No começo, a terra não existia... No alto
era o céu, embaixo era a água e nenhum
ser animava nem o céu nem a água. Ora,
o todo-Poderoso Olodumaré, o senhor e
o pai de todas as coisas... criou,
inicialmente, sete príncipes coroados...
Em seguida... sete sacos nos quais havia
búzios, pérolas, tecidos e outras riquezas.
Criou uma galinha e vinte e uma barras
de ferro. Criou, ainda, destro de um pano
preto, um pacote volumoso cujo
conteúdo era desconhecido. E,
finalmente, uma corrente de ferro muito
comprida, na qual prendeu os tesouros e
os sete príncipes. Depois, deixou cair
tudo do alto do cér... No limite do vazio
só havia água... Olodumaré, do alto de
sua morada divina, jogou uma semente
que caiu na água. Logo, uma enorme
palmeira cresceu até os príncipes,
Oferecendo-lhe um abrigo grande e
seguro, entre as suas palmas. Os
príncipes se refugiaram ali e se
instalaram com suas bagagens. Eram
todos príncipes coroados e
conseqüentemente, todos queriam
comandar. Resolveram separar-se. Os
nomes desses sete préncipes eram:
Olówu, que se tornou rei do Egbá;
Onisabe, que se tornou rei de Savé;
Orangun, que reinou em Ila; Óòni, que foi
soberano de Ifé; Ajero, que se tornou rei
de Ijerô; Alákétu, que reinou em Kêto; e o
último criado, o mais jovem, Òrànmíyàn,
que se tornou rei de Oyó.
Antes de se separarem para seguirem
seus destinos, os sete príncipes decidiram
reparti entre eles a soma dos tesouros e
das provisões que o Todo-Poderoso lhes
havia dado. Os seis mais velhos pegaram
os búzios, as pérolas, os tecidos e tudo o
que julgaram precioso ou bom para
comer. Deixaram para o mais moço o
pacote de pano preto, as vinte e uma
barras de ferro e a galinha... Os seis
príncipes partiram à descoberta nas
folhas de palmeira. Quando Oranian ficou
sozinho, desejou ver o que continha o
pacote envolto no pano preto. Abriu-o e
viu uma porção de substância preta que
ele desconhecia... sacudiu então o pano e
a substância preta caiu na água e não
desapareceu. Formou um montículo. A
galinha voou para pousar em cima. Ali
chegando, ela pôs-se a ciscar essa
matéria preta, que se espalhou para
longe. E o montículo se ampliou e ocupou
o lugar da água. Eis aí como nasceu a
terra.
Oranian apresou-se em descer para o
domínio, assim formado pela substância
negra, e tomou posse da terra. Por sua
vez, os outros seis príncipes desceram da
palmeira. Quiseram tomar a terra de
Oranian, como já lhe haviam tomado, na
palmeira, sua parte dos búzios, das
pérolas, dos tecidos e dos alimentos...
Mas Oranian tinha armas; suas vinte e
uma barras de ferro haviam se
transformado em lanças, dardos, fechas e
machados. Com a mão direita, ele
brandia uma longa espada, e lhes dizia:
"Esta terra é só minha. Lá em cima,
quando me roubaram, vocês me
deixaram apenas esta terra e este ferro.
A terra cresceu e o ferro também; com
ele defenderei a minha terra! Vou matar
todos vocês. Os seis príncipes pediram
clemência, rastejaram aos pés de
Oranian, suplicantes. Pediram-lhe que
cedesse uma parte de sua terra para que
pudessem viver, e continuar príncipes...
Oranian poupou-lhes a vida e deu-lhes
uma parte da terra. Exigiu apenas uma
condição: esses príncipes e seus
descendentes deveriam permanecer
sempre seus súditos e de seus
descendentes; deveriam, todo ano, vir
presta-lhe homenagem e pagar os
impostos na sua cidade principal, para
demonstrar e lembrar que eles tinham
recebido, por condescendência, a vida e
sua parte de terra. Eis aí como Oranian
tornou-se rei de Oyó e soberano da
nação iorubá é, de toda a terra."
Porém, Ifé reivindica a preponderância
sobre Oyó. É em Ifé que está guardado o
sabre de Oranian, chamado "sabre da
Justiça", que os reis de Oyó devem
segurar nas mãos durante as cerimônias
de entronização, para garantir sua futura
autoridade.
Vêem-se ainda em Ifé duas outras
relíquias de Oranian: um grande
monólito, o Òpá Òrànmíyàn, seu escudo.

DADÁ AJAKÁ

Bayani, irmão mais velho de Xangô,


chamado de Dadá Ajaká. Destronado por
este, passou a usar uma coroa de búzios
chamada "Adê Bayani". As pessoas de
Baniyan são chamadas de Dadá, D. Julia
da Conceição Nazaré, fundadora do
Gantois, era filha de Baniyan,
provavelmente por essa rezão no nome
do terreiro se encontra o nome de
Iyamasse, mão de Bayani.
Esta coroa que Dadá Ajaká passa a usar, é
rodeada por vários fios ornados de búzios
no lugar das contas preciosas do Ade Real
de Òyó, e esta chama-se Ade Bayánni.
Dadá Ajaká então casa-se e tem um filho
que chama-se Aganjú, que vem a ser
sobrinho de Sàngó. Sàngó reina durante
sete anos sobre Òyó e com intenso
remorso das inúmeras atrocidades
cometidas e com o povo revoltado, ele
abandona o trono de Òyó e se refugia na
terra natal de sua mãe em Tapa. Após um
tempo, suicida-se, enforcando-se numa
árvore chamada de àyòn (àyàn) na cidade
de Kòso. Com o fato consumado, Dadá
Ajaká volta à Òyó e reassume o trono,
retira então o Ade Bayánni e passa a usar
o Ade Aláàfin, tornando-se então o
quarto Aláàfin de Òyó. Após sua morte,
assume o trono seu filho Aganjú, neto de
Òrànmíyàn e sobrinho de Sàngó,
tornando-se o quinto Aláàfin de Òyó.
Como Aganjú não teve filhos, com ele
acaba a dinastia de Odùdúwá em Òyó,
assim termina o primeiro período de
formação dos povos yorubanos. De Ifé
até Òyó, de Odùdúwá a Aganjú, passando
por Sàngó.
Ele amava as crianças, a beleza, e as
artes. De caráter calmo e pacífico, não
tinha a energia que se exigia de um
verdadeiro chefe dessa época. Dadá é
onome dado pelos iorubás às crianças
cujos cabelos crescem em tufos que se
frisam separadamente.
Bônus

Ebos

Para Tirar Dinheiro dos Devedores


— Và até um pé de pimenteira e diga:
Ewé ese m i kàiù (por très vezes)
—Tire sete folhas e esfregue-as na sola
dos pés. Após isto feito, và direto à casa
do devedor.
Observação: depois de receber o dinheiro
ou fazer algum acordo, é importante que
lave os pés, antes de voltar para casa.
Para Dinheiro Ficar na Mão
Material
— nove aranhas (ou urna)
— nove ataare (ou urna)
— o importante é que seja igual para os
dois pulsos
Procedimento
— Torram-se as aranhas, os ataare e faz-
se um pó.
— Abrem-se curas nos pulsos, conforme
o número de aranhas e de ataare.
— Aplica-se o pó sobre as curas.
Para Trazer Clientes
Material
—canjica (ègbo) — arroz
— chuchu
— 1 frango
— cana-de-açúcar Procedimento
— Cozinhar a canjica, o arroz e o chuchu,
sem sal.
— Em urna tijela coloque a canjica. Numa
outra travessa coloque o arroz de um
lado e do outro o chu- chu, dividido em
seis partes. P5em-se os ótá (pedras) do
assentamento de Osun no centro da
travessa.
— 0 frango é sacrificado para Lógún-Ede,
em cima dos ótá, que ficam com a cabeça
e tres penas de cada asa.
— Os pés sao atirados na rúa.
— A cana-de-açúcar deve ser picada
sobre as ofe- rendas e sobre o
assentamento de Osun.
— 0 restante do frango é temperado com
azeite- de-dende, cebóla ralada, ataare e
após cozido é ofereci- do a è$ù,
acompanhado de gim.
— Lógún Ede é considerado o
mensageiro de 0§un e E$ú é considerado
aquele que a persegue.
— Obi faz parte de todo o ritual. 116

Para Impotência Sexual


— Comer um o b i vermelho por día.
Fazer um chá com as seguintes ervas:
— pau-de-resposta
— pau-tenente
— catuaba
—Tomar o chá très vezes ao dia, até
resolver o
problema.
Obs.: Nao nos esqueçamos, todavía, que
osmelho- res afrodisiacos sao o amor, a
paixâo e o equilibrio emo- cional.
Para Arrumar Emprego Material
— um coco
— 18 ataare
— 1 kg de açùcar — 1 bucha
— sabao-da-costa — orí e ïyèrèosun
Procedí mentó
— Este ebo é feito ao ar livre. O oficiante
p<5e a pessoa em pé, com a coluna bem
reta, olhos fechados e oferece a esta 9
ataare para mastigar, para que o seu
hálito fique purificado. Entrega-lhe o
coco para que vá fazendo seus pedidos,
enquanto libera o hálito quente sobre o
coco.
O oficiante pega o coco de volta e,
também, com 9 ataare na boca, começa a
liberar o seu hálito no espa- ço. Enquanto
vai fazendo o sacudimento, passa-se o
coco em torno da cabeça, tórax e coluna
da pessoa, pe- dindo tudo de bom.

—O oficiante ajoelha-se e mentaliza urna


coroa de luz na cabega da pessoa.
Quando esta aparecer nitida- mente, com
o coco bem firme ñas maos, solta o ásq
de
seu hálito e quebra o coco contra urna
pedra. O resulta- do pode ser observado
na hora: quando o coco se parte em dois
é sinal de que o eho foi bem aceito.
— Faga urna pasta com sabao-da-costa e
íy?réosun, e ponha na bucha. De para a
pessoa tomar banho, co- megando pela
cabega. Após o banho, passe ori na nuca,
cabega, tórax e nos pulsos.
Observagao: com o coco fazem-se
cocadas e dá-se a outras pessoas para
comerem.
Para Prender o seu Homem Material
— um alguidar mèdio
— um coragao de boi
— um inhame grande (cozido e com o
nome do ca-
sal dentro)
— azeite-de-dendé
— taliscas de dendezeiro
Procedimento
— Corte o, coragao, na vertical, em
quatro partes e coloque-o dentro do
alguidar.
— Crave no inhame 42 palitos (taliscas)
de dende- zeiro e coloque-o no centro do
alguidar.
— Regue tudo com mel e oferega à Ogún
íkgiá. Acompanhado com mu ito vinho
branco e 7 obí.
Observagao: os nomes sao escritos com
grafite (là- pis).

Para Pedir Dinheiro a Èsù Materia!


— 6 acaçás (èkg) vermelhos — azeite-de-
dendè
— gim
— 6obi
Procedimento
—Oferepa os acaçás {¿kg) com um pouco
de azeite- de-dendé.
— Segurando firmemente o ògo vá
fazendo evocação e despejando gim
sobre o assentamento de Esù. Quando
sentir a sua presença, passe um acaçás
no Ogo , no sentido de baixo para cima, e
peça -lhe dinheiro.
— Em seguida, abra os obi e divida-os em
4 partes. Jogue-os sobre o assentamento
de È$ù.
Para Esú Trazer Dinheiro Procedimento
— Antes de se deitar, passar 6 o b i
vermelhos no cor- po e colocá-los sob o
travesseiro.
— No dia seguinte, colocar 1 ataare na
boca eofe- recer os obi (dividi-los em seis
partes) em cima de folhas de mamona a
Èsù.
— Pegar seis notas de um cruzeiro rea!
passar na ca bepa e impregná-las com o
áse de seu hálito. Em seguida, amarre-as
no ògg de Èfù. Ao meio-dia jogá-las em
umn encruzilhada de tres pontas.
Para Chamar Cliente
— Oferecer 3 acapáscom mel, .
— Um acagá ) com água e mel, no
portao para Egún.
Observação: esta é urna das mu ¡tas
junções que se faz da estrutura com o
movimento, ou seja, da estábili- dade
com ¡instabilidade que gera o
movimento.
Para Continuar Tendo Cliente
— Ao tirar um qbo, deixe um pouco deste
enterra- do no portão, do lado esquerdo
de quem entra.
Para Ógún Abrir Caminho Material
— 10 cocos verdes
— 10 espigas de milho verde — 3 litros
de vinho —7obi
— 7 orógbó
— 1 ¡nhame (assado) — açúcar e sal
Procedimento
— Tirar os graos do milho e cozinhá-los
na água do coco. Temperá-los com
agucr^r e sal, deixando-os com sabor de
lágrima.
— Fazer as evocações e oferecer para
Ogún. Derra- mar parte do vinho em cima
do assentamento, e em vol- ta deste
oferecer o b i e orógbó.
— Fazer os pedidos e, em seguida, comer
um pouco do milho.
— O inhame corte em quatro partes e
ofereça à
Ogún.
— Com os cocos preparar um doce e
oferecer uma porção a todas as pessoas
que vierem à casa de culto. Isto
determina a comunicação do Orisà com o
meio
social.
— Três dias depois passar dois pombos
brancos no corpo e soltà-los para Ogún.
Para Engravidar Material
— 1 obi vermelho (ralado) — erva-de-
sao-caetano
— chapéu-de-couro
— malva branca
— amor-do-campo — espinheira-santa —
buchinha do mato
Procedimento
—Junte todos os ingredientes e coloque
dentro de um litro de vinho branco.
Enterre por urna semana em lugar
umido. Desenterre e tome um cálice,
antes de dor- mir.
— Quando acabar o líquido, complete
novamente com mais 1 litro de vinho,
enterre-o e torne a tomá-lo.
— Oferega urna bacia de frutas (menos
abacaxi e tangerina) para Ibéji, em urna
praga. Em volta da bacia coloque
bastante doces (menos de chocolate)
eum litro de leite. Faça as evocações e
pega um filho para Ibéji e terá a alegría
de ter Edjunjobí, ou seja, a satisfação de
ter dois filhos de urna só vez.
Chá para Suspender Menstruação
— Fazer um chá de pétalas de rosa
vermelha e to- mar várías vezes ao dia.
121

Para se Defender de Feiticeiros


procedimento
— Pegue 2 pratos brancos e quebre-os
ñas bordas. Faga com eles urna casinha
em forma de triângulo. Colo- que
embaixo excremento de cavalo, com o
nome do fei-
ticeiro dentro. Regue tudo com cachaça.
P5e-se urna bandeirinha dentro da
garrafa e acende-se urna vela.
Para Afastar Pessoa im pertinente
Procedimento
— Pegue 7 galhos de amoreira. Quando a
pessoa sair de sua casa varra o seu rastro
e jogue os galhos na di- regao em que a
pessoa seguiu.
— Em seguida, ofereça um acagá [eko)
para Egún no porteo de sua casa.
Pó Para Casa Comercial Procedimento
— Pegue 1 obi que tenha sido oferecido a
£sü. — Efun
— dandá-da-costa
— Noz moscada
— Folha-da-fortuna (seca)
— Rale tudo e fapa um pó. Sopre dentro
da casa comercial e pepa prosperidade,
vitória, etc.
Para Amarrar o Seu Amado Procedimento
—Sacrificar 2 pombos brancos para
Ogúrt. Arran- car os corações das aves e
colocar os nomes do casal den- tro, com
eles ainda quentes.
122

— Colocá-los em urna panelinha de


ferro. Por dois acaçás (èko) em cima e
cobri-los com mel.
— Deixar arriado até o dia seguinte.
— Levar ao fogo para torrar e fazer um
pó, mistu- rando canela e obí.
— Fazer um patuá de couro preto, por o
pó dentro deste e usá-lo sempre.
Par o Homem náo Sair em Busca de
Aventuras
Procedimento
— Pegar bifes e passar no corpo. Em
seguida, tem- perá-los com sal, cebóla e
pimenta-da-costa, e oferece- los para o
marido comer.
— Dar um jeito de sobrar um pouco de
comida no prato dele. Esta sobra deverà
ser enterrada sob o batente da porta da
cozinha.
Para Deixar de Beber
Procedimento
— Pegue 7 lambaris e coloque-os vivos
dentro da cachaça. Tampe a garrafa e
deixe-a dentro do rio por 3 dias.
— Quando for pegar a pinga levar urna
oferenda para Èsù, que pode ser:
— 6 pedaços de carne crua — 1 obí
— 1 litro de gim
— azeite-de-dendé
— Retire a garrafa da água, eoe, separe
os lambaris e ponha-os juntamente com
a oferenda de Èsù.
— Leve a pinga para casa e deixe o
alcoólatra bebé- la à vontade.
123

Para Deixar de Fumar


Procedimento
— Pegar o fumo de um cigarro e colocà-
lo dentro de um copo de água minerai, à
noite. No dia seguinte, em jejum, tomar
très goles. Fazer isso por 9 dias.
Para Segurança de Um Ambiente
'L
Material
— 1 vaso de barro mèdio
— 1 pedaço de ferro (bastante
enferrujado) — 1 galovermelho
— 1 litro de vinho branco
— 1 inhame (assado)
—1obi
Procedimento
— Ponha o pedaço de ferro dentro do
vaso e sacri- fique o gaio para ùgùn.
— Oferega o vinho, um pouco de azeite-
de-dende, o inhame e o ob¡\
— No dia seguinte, plante por cima de
tudo um comigo-ninguém-pode
—Cozinhe o frango de forma que a carne
solte dos ossos, que deverão ser torrados
e mofdos. Acres- sente ao pó:
—mirra
. — benjoim
— alfazema
— incenso
— bagaço de cana-de-açúcar — açúcar
— pao seco (farelo)
— borra de pó de café
124

Esta defumação deverá ser feita pelo


menos urna vez por mes, no sentido de
dentro para tora, e de fora para dentro,
onde se apagará o fogo com água.
— A carne do frango pode ser consumida
normal- mente, por ser portadora de
muito áse.
Outros
—Para nao faltar dinheiro, colocar 1
¡kóodíde na carteira.
— Para alimentar o magnetismo pessoal,
utilizar um búzio que tenha comido fY¡q
(sangue) em obrigação de Q$un, como
pingente (com a linha de crescimento
para cima).
— Para descarregar tensões nervosas,
usar 4 ¡de aci- ma do cotovelo.
— Para diabete, fazer chá com 7 folhas
de carambo- la e tomar 1 xícara á noite,
após o jantar, por 7 dias.
— Para acabar com vermes de adultos e
crianças to - mar 1 xlcara de leite, com 1
gota de creolina e sumo de hortelcí ou
mastruz.
— Para dor de cabeça passar alho nas
têmporas e nuca.
— Para criança dormir tranqüila, banhá-
la com água e açúcar. Colocar um copo
com água ao lado da cama e nao deixá-la
com roupas escuras. A água deve ser
despa- chada no dia seguinte e
recolocada todas as noites.

CAMINHOS PROFISSIONAIS -
ETAOGUNDÁ - OGUM - Banho da cabeça
aos pés de caruru sem espinho e saião,
durante 3 dias. Cozinhe um inhame do
norte, descasque e corte no sentido do
comprimento. Ofereça a Ogum numa rua
de terra, com 7 velas e 7 moedas.
PROBLEMAS PROFISSIONAIS - OGUM -
ETAOGUNDÁ - Prenda uma bandeira
branca em um mastro com a sua altura.
Na estrada finque a bandeira no chão e
passe pelo corpo canjica cozida e 3
orobôs. Peça a Ogum que toda a guerra
se afaste do seu caminho. Use branco.
CONSEGUIR EMPREGO - OGUM -
ETAOGUNDÁ - Coloque dentro de uma
folha de mamona sem o talo uma cebola
branca descascada, 3 moedas e 1 obi.
Numa estrada passe a trouxinha pelo
corpo pedindo trabalho a Ogum. Acenda
3 velas brancas.
CAMINHOS PROFISSIONAIS - OGUM -
ETAOGUNDÁ - Numa estrada, faça um
ninho com folhas de abre-caminho e
vence-tudo. Passe pelo corpo milho de
galinha e feijão fradinho torrado e
coloque dentro do ninho, pedindo a
Ogum caminhos profissionais abertos.
Acenda 3 velas brancas.
BOAS VENDAS - OKARAN - EXU ODARÁ -
Numa tigela coloque 7 punhados de arroz
agulhinha cru, com folhas frescas de
dinheiro em penca. Numa encruzilhada
aberta converse com Exu Odara e peça
prosperidade. Volte jogando o arroz para
os lados, até à porta de seu comércio.
DEPRESSÃO - OXÊ - Macere folhas frescas
de chocalho do mato e banhe-se do
pescoço para baixo. Ofereça a seu anjo
de guarda uma vela de cera com essência
de laranja. Vista bege.
ALCOOLISMO - YOROSUN - Em uma
panela de barro com tampa coloque o
resto da bebida que a pessoa deixou.
Cubra com canjica cozida. Tampe e
amarre com 7 metros de barbante
virgem. Enterre sob uma árvore seca, e
pede para que todo o vício da pessoa seja
enterrado.
DESPACHAR DOENÇAS - OXÊ - Passe pelo
corpo pedaços de morim branco,
vermelho e preto. Arrume nessa ordem
um em cima do outro. Passe pelo corpo 5
bolas de feijão preto, 5 bolas de feijão
fradinho e 5 punhados de pipoca. Amarre
a trouxa e despache no mato.
PROBLEMAS DE INTESTINO - OXÊ -
Esfregue na barriga 5 obis claros e
coloque- os numa tigela de canjica
cozida. Despache na beira de um rio com
5 velas amarelas. Peça saúde a Oxê.
PROBLEMAS GINECOLÓGICOS - OXÊ -
OXUM - Pegue um pedaço de morim
amarelo e ponha dentro 300g de feijão
fradinho cozido. Rale por cima uma pedra
de efun. Faça uma trouxa e passe na
barriga, pedindo a Oxum para acabar o
problema. Despache num rio.
ENGRAVIDAR - OXUM - OXÊ - Use
durante 5 dias uma faixa amarela na
barriga, retirando-a apenas para tomar
banho e fazer sexo. Corte uma janela
num melão e coloque a faixa dentro.
Coloque o melão numa tigela de canjica e
ofereça a Oxum na beira de um rio, com
5 velas.
ATRAIR AMOR - OXÊ - Macere folhas
frescas de patchuli em água de chuva ou
cachoeira. Deixe dormir no sereno e
recolha antes do sol se levantar. Lave o
rosto e banhe-se do pescoço para baixo.
Distribua moedas para 7 crianças de rua.
CONQUISTAR ALGUÉM - ERÊS DE OXUM -
OXÊ - Ponha o nome da pessoa num
prato de papelão dourado com um
manjar por cima. Enfeite com 5 espelhos.
Numa praça ofereça aos erês de Oxum,
pedindo que assim como o espelho
reflete sua imagem (olhe-se no espelho)
o coração da pessoa reflita o seu amor.
AMOR - OXUM - OXÊ - Escreva seu nome
e o da pessoa amada em duas tiras de
papel branco. Junte e envolva com linha
amarela fazendo os pedidos a Oxum.
Ponha o papel numa quartinha de louça
branca e encha com mel, água de flor de
laranja e açúcar. Deixe na sua cabeceira.
ATRAIR AMOR - OXÊ - OXUM - Ponha
uma folha de ochibatá num prato. Cubra
com 5 gemas de ovos crus, 5 espelhos
amarelos e fitas coloridas. Ofereça a
Oxum num rio, e peça amor. Derrame na
água um perfume de boa qualidade.
AMOR - OXÊ - CIGANAS ENCANTADAS -
Amarre seu nome e da pessoa amada
num par de alianças, com fita dourada.
Coloque dentro de um melão aberto ao
meio, e coloque o melão sobre um prato
com padê de mel. Enfeite com verbena,
salsa e coentro. Ofereça às ciganas
encantadas numa campina, e faça os
pedidos.
OBTER UM "SIM" - OXÊ - Prepare um
banho com folhas frescas de alfazema e
jogue do pescoço para baixo. Fale com
aquela pessoa que você quer conquistar.
PROSPERIDADE - EJIOKO - OXUPÁ - Na lua
cheia agrade a mãe Lua. 500g de canjica
cozida, numa tigela branca misturada
com pétalas de rosas brancas. Vista
branco e ofereça na praia a Oxupá,
pedindo prosperidade e saúde.
RIQUEZA - OXÊ - OXUM APARÁ - Num
prato de papelão dourado, faça uma
farofa de mel. Arrume em cima duas
gemas de ovos crus. Ofereça a Oxum
Apará na beira de um rio, dizendo: "Estas
gemas são os olhos da riqueza. Que por
onde eu passe eles possam me ver. "
PROSPERIDADE - YOROSUN - OXOSSI -
Faça 4 trouxas de morim branco com
milho torrado dentro. Passe pelo corpo
chamando Oxossi. Despache uma na
porta de um banco, a segunda numa
praça, a terceira numa estrada e a quarta
na mata, acendendo uma vela branca.
Peça prosperidade.
PROSPERIDADE - OXÊ - Numa tigela
branca coloque água de flor de laranja,
água de rosas, ml e 5 rosas amarelas.
Deixe dormir no sereno, retire antes do
sol nascer. Banhe-se da cabeça aos pés e
despache as rosas num rio limpo. Vista
amarelo ou branco.
PROSPERIDADE - OXÊ - OXUM KARÊ -
Escame e retire as tripas de um peixe
cioba deixando as guelras e barbatanas.
tempere com cebola ralada, camarão
seco moído e regue com dendê. Enrole
numa folha de bananeira e asse. Ponha
numa travessa de louça com rosas
amarelas, e ofereça a Oxum Karê na beira
do rio, pedindo prosperidade.
OBTER UM "SIM" - OXÊ - Prepare um
banho com folhas frescas de alfazema e
jogue do pescoço para baixo. Fale com
aquela pessoa que você quer conquistar.
PROSPERIDADE - EJIOKO - OXUPÁ - Na lua
cheia agrade a mãe Lua. 500g de canjica
cozida, numa tigela branca misturada
com pétalas de rosas brancas. Vista
branco e ofereça na praia a Oxupá,
pedindo prosperidade e saúde.
RIQUEZA - OXÊ - OXUM APARÁ - Num
prato de papelão dourado, faça uma
farofa de mel. Arrume em cima duas
gemas de ovos crus. Ofereça a Oxum
Apará na beira de um rio, dizendo: "Estas
gemas são os olhos da riqueza. Que por
onde eu passe eles possam me ver. "
PROSPERIDADE - YOROSUN - OXOSSI -
Faça 4 trouxas de morim branco com
milho torrado dentro. Passe pelo corpo
chamando Oxossi. Despache uma na
porta de um banco, a segunda numa
praça, a terceira numa estrada e a quarta
na mata, acendendo uma vela branca.
Peça prosperidade.
PROSPERIDADE - OXÊ - Numa tigela
branca coloque água de flor de laranja,
água de rosas, ml e 5 rosas amarelas.
Deixe dormir no sereno, retire antes do
sol nascer. Banhe-se da cabeça aos pés e
despache as rosas num rio limpo. Vista
amarelo ou branco.
PROSPERIDADE - OXÊ - OXUM KARÊ -
Escame e retire as tripas de um peixe
cioba deixando as guelras e barbatanas.
tempere com cebola ralada, camarão
seco moído e regue com dendê. Enrole
numa folha de bananeira e asse. Ponha
numa travessa de louça com rosas
amarelas, e ofereça a Oxum Karê na beira
do rio, pedindo prosperidade.
BOA SORTE - OXÊ - Rale uma maçã verde
num recipiente contendo vinho branco
doce e água mineral sem gás. Jogue do
pescoço para baixo. Enxague com sabão
de coco. Vista roupas amarelas e
bijuterias douradas. Bom para fazer no
carnaval.
ALTO ASTRAL NO ANO NOVO -YOROSUN
- Macere folhas de saião, manjericão,
abebé, elevante e macaçá (folhas frias).
Banhe-se da cabeça aos pés. Mulheres
devem usar um amuleto em forma de lua
cheia. Homens em forma de lua
crescente.
AFASTAR NEGATIVIDADE - OXÊ - Durma
sobre um pedaço de morim branco. Num
lugar onde haja lixo passe o morim pelo
corpo e jogue-o em direção ao lixo,
dizendo: Ä negatividade não acrescenta
nada em minha vida, por isso a jogo no
lixo." Banho de oriri.
PRESENTE PARA IEMANJÁ - YOROSUN -
Ofereça na beira de uma praia um buquê
de rosas brancas e 16 moedas. Peça
muita paz, saúde e prosperidade.
NEGATIVIDADE - OXÊ - Debaixo de uma
jaqueira passe pelo corpo 7 ovos crus e
coloque numa panela de barro. Cubra
com dendê, dizendo: "Assim como o
dendê não entra no ovo, que a
negatividade não entre em minha vida.'
Banho de oriri da cabeça aos pés.
AFASTAR GUERRAS - OXUM APARÁ - OXÊ
- Na cachoeira passe no corpo, do
pescoço para baixo, uma espada de
madeira. Quebre-a e deixe as águas
levarem. Jogue mel nas águas e peça para
afastar as guerras da sua vida.

ADOÇAR - OXÊ - OXUM - Torre 300 g de


milho vermelho e moa fazendo uma
farinha fina. Coe e misture bastante mel.
Coloque num prato branco e ofereça a
Oxum com uma vela. Deixe uma semana
e despache num jardim.
ENERGIAS NEGATIVAS - OXÊ -
Depressões, dores e nervosismo são
algumas das consequências das energias
negativas. Passe pelo corpo pipocas, 5
moedas e 5 ovos, no mato. Banho de
elevante.
DESPACHAR OLHO GRANDE - OXÊ - Faça
uma trouxa com 1 m de chita colocando
dentro 500g de canjica aferventada, 5
moedas, 5 velas e 5 obis. Passe a trouxa
pelo corpo. Despache perto de uma
lixeira. Em casa, banho de saião oriri.
PAZ - YOROSUN - No mato [asse pelo
coro e jogue para trás 4 punhados de
pipoca, 4 velas brancas, 4 ovos crus e 4
moedas. Macere folhas de oriri e banhe-
se da cabeça aos pés.
TIRAR MÁGOAS - OXÊ - ATRAIR O AMOR -
IBEJI - Corte cinco bananas ouro em
rodelas. Em seguida faça uma farofa de
mel num prato branco a arrume as
bananas por cima. Regue com mel e
ofereça a Ibeji numa praça com duas
velas brancas.
PRESENTE OXUM - OXÊ - Ofereça à Deusa
do Amor um cesto de frutas e fitas
coloridas, pente, espelho e perfume na
beira de um rio limpo. Os domínios de
Oxum são as águas dos rios.
ENERGIA POSITIVA - OXÊ - Faça um
banho com 5 rosas brancas, erva-doce,
anis estrelado, dandá da costa ralado,
noz moscada e 5 cravos da índia sem
cabeça. Coe, despache as sobras num
jardim. Lave o rosto e banhe-se do
pescoço para baixo. Vista amarelo.
OLHO GRANDE - OXÊ - Na praia ponha
uma panela de barro aos seus pés. Passe
pelo corpo duas favas de olho de boi,
dois ovos crus e duas moedas. Cubra com
canjica cozida, tampe a panela, enrole em
morim branco e enterre na praia.
DESMANCHAR FEITIÇOS - OXÊ - Numa
lixeira passe pelo corpo 5 ovos, 5 bolas de
arroz, 5 velas, canjica e feijão fradinho
aferventado. Em casa tome banho de
elevante.
SORTE - OXÊ - IEMANJÁ - Recolha água do
mar em horário de maré cheia. Antes
jogue 16 moedas pedindo licença a
Olokun. Durante 5 dias lave o rosto com
essa água pela manhã e peça sorte e
felicidade a Iemanjá. No quinto dia jogue
5 rosas brancas no mar.
ALEGRIA (6)
Ferva 12 folhas de louro verde em 1 litro
de água e jogue do pescoço para baixo.
Vista roupas claras e acenda uma vela
para o seu eledá. Rale favas de noz
moscada, pixurim e cumaru e sopre na
porta de entrada, pedindo que os orixás
tragam alegria.
PARA EVITAR QUE O PARCEIRO SAIA DE
CASA (7)
Coloque seu nome completo e a raspa da
sola do sapato dele numa panela de
barro número 0, tampe e enterre num
vaso de comigo-ninguém-pode. Deixe
atrás da porta de entrada e todas as
segundas-feiras regue com água e mel.
ESQUECER UM AMOR (10)
Macere folhas de saião, jogue da cabeça
aos pés e vista branco. Numa colina passe
um pombo branco pelo corpo e diga
"Assim como dou liberdade a este
pássaro que representa a paz, dou
liberdade a este amor que se encontra
trancado no meu peito."
TIRAR NEGATIVIDADE (EXU)
Escreva a lápis, em 7 ovos crus, o que
quer despachar. Numa encruzilhada
passe os ovos pelo corpo e quebre no
chão. Com 7 moedas nas mãos, diga:
"Exu, mensageiro dos Orixás, estou te
pagando para levar toda a negatividade
do meu caminho."
CONSEGUIR EMPREGO(6)
Faça um chá com 21 cravos-da-índia sem
cabeça,, 7 pedaços de canela em pau e 6
rosas brancas. Jogue do pescoço para
baixo. Prepare uma farofa de mel,
coloque num prato banco com 6 ímãs e 6
moedas. Leve para uma praça
movimentada e peça trabalho a Obará.
BRILHO E RIQUEZA (5)
Num prato de papelão dourado coloque
5 maçãs vermelhas, 5 quindins, 5 moedas
e 2 espelhos sem uso. Na beira do rio
arrume tudo, se olhe bem nos espelhos e
mire a luz do sol em seu rosto. Ofereça a
Oxê pedindo brilho e riqueza.
ACABAR COM TRISTEZA DO AMOR
PERDIDO (ESPÍRITOS ANDARILHOS)
Soque carvão. Com o pó cubra os olhos
de uma cabeça de cera (do mesmo sexo
da pessoa amada). Coloque num prato
branco e leve para a porta de uma igreja,
pedindo aos espíritos andarilhos que
afastem a desilusão.
ACABAR COM O MAU HUMOR (10)
Ofereça a Baba Elejubé uma tigela de
canjica cozida, com 10 bandeirinhas de
morim branco. Peça paz para o seu lar e
tranquilidade para sua cabeça. Vista-se
de branco.
EVITAR ROUBOS E ACIDENTES (7)
Asse um inhame-do-norte, descasque
(sem faca) e corte horizontalmente.
Ponha num prato de barro e leve a um
desvio de estrada de ferro. Enfeite com 7
moedas, acenda 7 velas brancas e peça
proteção a Ogum.
AFASTAR NEGATIVIDADE (5)
Prepare um banho com folhas frescas de
manjericão, oriri e saião, e jogue da
cabeça aos pés. Acenda uma vela para o
seu eledá. Vista-se de branco.
DESEMPENHO SEXUAL
Para bom desempenho sexual, bata no
liquidificador um pedaço de obi, uma
marmelada de boa qualidade e 1/2 litro
de vinho moscatel. Coloque alguns
pedaços de pau-de-resposta e enterre
por 7 dias. Tome todos os dias um cálice
pela manhã em jejum.
VENCER OBSTÁCULOS DA VIDA (7)
Ofereça a Oxossi, no mato, um alguidar
com 7 qualidades de frutas, 7 cores de
fitas e 7 moedas correntes. Peça ao rei
caçador de uma só flecha força para
vencer os obstáculos impostos pela vida.
CLAREZA PARA RESOLVER PROBLEMAS
(10)
No alto de uma pedra em frente ao mar
ofereça uma cabaça média cortada ao
meio. Numa metade coloque canjica
cozida. Na outra metade coloque água de
rio. Acenda uma vela e peça clareza para
resolver seus problemas.
MEDICINA PARA OS RINS
Tomar diariamente banhos de assento
com ewe ré (Rosmarinus officinalis, Lin).
Chá
de mastruço e ewe olubó (planatillo de
Cuba) três vezes ao dia.
- PARA VENCER UMA DEMANDA
Sacrifica-se uma galinha sobre uma
corrente de ferro do tamanho da pessoa
e despacha-se numa linha férrea o bicho
sacrificado. A corrente é jogada no mar.
- PARA TIRAR NEGATIVIDADE COM
AUXÍLIO DE EXÚ.
Quando este Odu surge trazendo
Osogbo, pega-se uma franga, abre-se ao
meio, enche-se de epô pupá e coloca-se
em cima de Exú.
- TRABALHO PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS
Pega-se um galo, apresenta-se a Exú e
pede-se tudo ao contrário do que se
deseja.
Faz-se a cerimônia mas não se sacrifica
o animal nem se dá nada. Desta forma,
Exú sente-se
enganado e concede tudo ao contrário
do que se pediu.
- PARA PROGREDIR E TER
TRANQUILIDADE
Quatro pintos, dois obís, panos branco,
vermelho e preto, quatro carás e tudo o
que
leva num ebó. Os pintos são sacrificados
para Exú, assados, e no dia seguinte,
despachados no
mato.
- EBÓ PARA TER FILHOS.
Agutan, akukó, uma acha de lenha, milho
de galinha, inhame, epô, pó de ekú, pó de
ejá, ori-da-costa, efun, mel, otí, e muitas
moedas. Oferece-se tudo a Exú e passa-
se a usar um
idefá consagrado.
- OUTRO EBÓ PARA A MESMA
FINALIDADE
Um galo, dois pombos, uma cabaça com
água de chuva, um feixe de lenha, uma
corda
com a medida da mulher, pó de ekú, pó
de ejá, milho, ori, epô pupá, mel, otí
funfun, moedas e
um ekodidé. Tudo para Exú. Usar
também um idefá consagrado. A corda
fica enrolada perto de
Exú até que a mulher fique grávida,
depois é amarrada no tronco de uma
árvore dentro da mata.
- PARA TIRAR EGUN DE DENTRO DE CASA.

Leva-se um pouco de comida a um


cemitério e arria-se nos pés de uma
árvore, oferecendo-a ao egun em
questão.
- PARA QUE O HOMEM NÃO TRAIA A
MULHER.
Sacrifica-se um bode pequeno (sem
chifres) para Exú. Deixa-se a cabeça secar
e se
reduz a pó que se mistura a talco de
toucador. Esta mistura, a mulher deve
passar no corpo,
principalmente nas partes genitais para
que seu homem nunca mais a traia.
- PARA FICAR EM IRE.
Quando este Odu surge em Atefá, tira-se
as orelhas do cabrito de Exú e se leva a
um
local dentro da mata onde se enterra
junto com um pinto, pó de ekú e pó de
ejá.
- TRABALHO COM XANGÔ PARA
PROBLEMAS DE JUSTIÇA.
Prepara-se um ekó que deve ser
desmanchado dentro da gamela de
Xangô. Sacrificase
um pombo e, no terceiro dia, recolhe-se
o ekó, coloca-se num balde com água
para que a
pessoa tome um banho. Indicado para
solucionar problemas de justiça e de
documentos.
- TRABALHO PARA EVITAR UM
ABORRECIMENTO
Pega-se quatro cocos, parte-se ao meio,
põe-se nos pés de Obatalá e despacha- se
nos pés de uma palmeira
depois de três dias.
- TRABALHO COM EXÚ PARA SE LIVRAR
DE INIMIGOS.
Pega-se três pedras. Cobre-se uma com
pó de efun e embrulha-se uma em pano
branco. Cobre-se a outra com pó de
carvão vegetal e embrulha-se em pano
preto. A terceira,
cobre-se com pó de osun e embrulha-se
em pano vermelho. Em cada embrulho
coloca-se um
papel com o nome da pessoa. Sacrifica-se
um preá sobre os embrulhos e enterra-se
o vermelho aos pés de uma árvore, o
branco atira-se no mar e o preto deixa-se
na porta do cemitério. Em cada embrulho
coloca-se também, três grãos de ataré,
pó de ewe kunino (amansaguapo), pó de
ewe asan (Chrisophylum cainito, Lin.), pó
de kisiambolo (Amyris balsamifera, Lin.),
vence demanda e ewe loaso (Almiris
balsamifera, Lin.).
- PARA SE OBTER UMA COISA DIFÍCIL.
Coloca-se inhame com dendê para Exú e
inhame com ori e efun para Obatalá. Tem
que dar comida aos Eguns e colocar uma
bandeira branca em casa.
- EBÓ PARA DESMANCHAR UM FEITIÇO
Oferece-se um galo e um inhame
grelhado regado com muito epô para
Exú. Um ovo de
galinha untado com ori e efun é colocado
para Egun com nove velas.
- PARA UMA MULHER RECUPERAR A
BELEZA DO SEU CORPO.
Pega-se uma abóbora e abre-se ao meio.
Dentro dela coloca-se cinco faixas de
seda
amarela com a medida da cintura da
mulher. Enche-se a abóbora de mel e
deixa-se nos pés de

Oxun durante cinco dias. Todos os dias a


mulher tem que acender uma vela e
pedir ao Orixá
para recuperar sua formas. Despacha-se
numa cachoeira.
- PARA TRAZER A SORTE PARA DENTRO
DE CASA.
Para que a boa sorte não fique parada do
lado de fora de casa, a pessoa tem que
oferecer duas galinhas pretas e dois
cravos de linha de trem a Orunmilá. Os
cravos são furados
na parte de cima e ali coloca-se pó feito
com as cabeças das galinhas, pó de
bejerekun e pó de
obí. Enterra-se os cravos na entrada da
porta. As carnes são comidas pelas
pessoas de casa.
- PARA OBTER UMA GRAÇA DE OLOKUN.
Oferece-se um galo a Olokun e embrulha-
se num pano bem colorido com ekó, epô,
milho, otí, mel e sete guizos de cascavel.
Entrega-se no mar. - PARA QUE UM
SEGREDO NÃO SEJA DESCOBERTO.
Sacrifica-se para Osain, um galo cego de
um olho, que deve ser passado na cabeça
do
cliente.
- TRABALHO CONTRA A MISÉRIA
Uma roupa velha bem surrada, sapatos
velhos, dois caranguejos, folhas de jamao
(Árvore silvestre da família das
meliáceas), uma franga preta, uma franga
branca, uma cabaça
grande, uma escova, três obís, pó de ekú,
de ejá, epô, mel, otí e velas.
Abre-se a cabaça ao meio, passa-se tudo
no corpo da pessoa e vai-se arrumando
dentro da cabaça. Rasga-se a roupa velha
que tem no corpo e coloca-se junto com
os sapatos,
dentro da cabaça. Sacrifica-se as frangas
e passa-se a escova no corpo da pessoa
para limpála.
Coloca-se tudo dentro da cabaça, cobre-
se com os pós, mel, epô e otí. Fecha-se a
cabaça, embrulha-se num lençol velho
que tenha pertencido à pessoa e
despacha-se nas águas de um rio. A
pessoa, depois do ebó, banha-se com
omieró das folhas deste Odu e veste
roupa limpa, de preferência branca e
nova.
- EBÓ PARA ABRIR CAMINHOS
Um galo, uma franga, duas galinhas
pretas, dois etú, milho, ewe exin
(Maloja), terra de quatro esquinas, pano
branco, pano preto, ewe kokodi
(Meibomia barbata), obí, velas, pó de
ekúe de ejá, epô e moedas.
O galo é para Exú junto com o milho e o
ewe exin. Os dois etú para Obaluaye, as
duas galinhas pretas para Orunmilá e a
franga para fazer sacudimento. Pergunta-
se no jogo onde
deve ser despachado.
- EBÓ PARA ACABAR COM AS PERDAS.
Duas galinhas, um galo, uma estaca, pó
de ekú e de ejá, epô, milho de galinha e
bastante moedas.
Enterra-se o milho e no local, crava-se a
estaca e prende-se as galinhas vivas a ela.
Na medida em que as galinhas vão
escavando o solo, o milho vai aparecendo
e aí é que está o segredo do ebó. O galo é
sacrificado para Exu e as moedas são
passadas na pessoa e espalhados no solo,
no local onde se enterrou o milho.
- PARA ADQUIRIR RIQUEZA.
Primeiro a pessoa tem que dar comida à
Exú. Depois pega Exú e leva-o para
passear
numa praça. No dia seguinte, arruma,
dentro de um cesto, um inhame e muitas
moedas, leva à
mesma praça e deixa-o ali de forma que
as pessoas vejam o que está fazendo.
- TRABALHO PARRA DERROTAR
INIMIGOS.
Para derrotar os inimigos faz-se ebó com:
Um galo branco, um galo preto, um galo
vermelho, uma corrente, carvão em
brasa e um okutá. O galo branco é
sacrificado sobre o okutá, o preto sobre a
brasa e o vermelho sobre a corrente.
Despacha-se tudo numa encruzilhada de
três caminhos. Depois, oferece-se
saraekó ao Sol, à Lua e às estrelas e
refresca-se a Terra.
Tem que dar comida a Exú.
Limpa-se a casa com peregun, epô, otí,
obí, pó de ekú, pó de ejá, farinha de
milho branco, feijão-fradinho e amalá de
quiabo.
- PARA NEUTRALIZAR UM INIMIGO COM
A AJUDA DE EXÚ.
Primeiro, coloca-se mel em Oxun
pedindo-lhe que traga Exú para dentro de
casa. Logo em seguida diz-se: "Exú, tudo
o que tem aqui é para você" e apresenta-
se a ele a comida que será servida. Logo
depois, convida-se o inimigo para comer.
Isto serve para neutralizá-lo.
- PARA AGRADAR EXÚ NOS CAMINHO DE
OKANRAN
Oferece-se um etú a Exú seguindo o
seguinte preceito: Forra-se o piso atrás
da porta com bastante ewe amó (Erva-
fina), coloca-se Exú em cima e se cobre
com ewe onibara (melão de São
Caetano). Oferece-se obi-omi-tutu e
sacrifica-se o etú deixando o ejé correr ao
redor de Exú e as últimas gotas sobre as
folhas que cobre o igbá.

- EBÓ PARA CONSEGUIR DINHEIRO.


Um galo, uma galinha, um pombo, otí,
uma cesta, folhas de golfo e moedas. O
pombo para Ilê. O galo e a galinha para
Exú. O carrego sai dentro da cesta.
- EBÓ PARA DESMASCARAR UM INIMIGO
Um galo, um tomate, uma bola de
farinha. Passa-se no corpo e sacrifica-se o
galo em cima de Exú. Pergunta-se no jogo
onde será despachado.
- PARA TIRAR OLHO GRANDE E INVEJA
Quando a inveja que lhe têm não deixa a
pessoa prosperar, tem que colocar um
cavalinho branco e um colorido junto ao
seu Orixá, e ter muito cuidado para que
não os roubem. Deve tomar banhos
constantemente com ewe ewe (Mirabilis
jalapa, Lin)
- PARA ESFRIAR A CABEÇA E OBTER A
PROTEÇÃO DE XANGÔ.
Pegar uma placa de ferro, esquentá-la ao
fogo até que fique em brasa e derramar
sobre ela uma colher de água fresca
dizendo: "Bobila omi ipao aiyuá".
Em seguida, sacrificar dois galos para
Xangô e oferecer-lhe uma penca de
bananas.
Tomar borí.
- SEGURANÇA PARA CONSEGUIR
DINHEIRO
Uma galinha, dois pombos, folhas e
sementes de ewe ewe, uma espinha
dorsal de um peixe fresco, penas dos
bichos do ebó, os miolos dos bichos e
suas cristas, terra de casa, terra de 16
esquinas, terra de mata recolhida ao
meio-dia, terra de cemitério recolhida à
meia-noite e feijão fradinho. Prepara-se
ekurú, olelé, acarajé e acaçá.
Faz-se o ebó e oferece-se olelé, acaçá e
acarajé a todos os Orixás. Sacrifica-se a
galinha a Exú e os pombos a Osain.

Com as cabeças das aves, a espinha do


peixe, as folhas, e as sementes, monta-se
um amuleto que deve ficar atrás da porta
de casa, coberta por um ramo de folhas
de ewe ewe.
Come, de vez em quando, com Exú e com
Osain.
- AMULETO PARA CONSEGUIR DINHEIRO
Sacrifica-se dois pombos no alto de uma
montanha para ela (a montanha). Pega-
se as cabeças dos pombos, seca-se, faz-se
pó e mistura-se com pó de ejá, de ekú, de
efun, de aridan, de pixurim, de folhas e
sementes de maravilha, de espinha de
peixe fresco e de carvão. Depois
de tudo bem misturado, coloca-se num
saquinho de pano preto e branco e se
pendura atrás da porta de casa.
- PARA QUE O FILHO SEJA GRANDE E
PODEROSO.
Sacrifica-se um etú em nome de seu filho.
Depois, com o ori do etú, faz-se uma
segurança colocando dentro de um
saquinho com uma fava de pixurim, um
búzio, uma moeda antiga, pó de ejá e
folhas de ewé aje. Coloca-se em Oiyá,
preso a um leque enfeitado com penas
de pavão, de ganso e de peru.
- PARA AGRADAR E OBTER UMA GRAÇA
DE OSAIN.
Tem que sacrificar um pombo para Osain
e para Ogun. Tomar borí com dois obís.
- PARA A PESSOA AMEAÇADA DE
LOUCURA OU FRAQUEZA DA CABEÇA.
Fazer ebó com um pombo, três pratos,
dois alguidares, três velas, sabão da costa
e bucha vegetal. Leva-se o cliente a um
rio, banha-se com o sabão e a bucha,
apresenta-se o pombo à sua cabeça e
solta-se com vida para que leve a loucura
para longe. A bucha e o sabão usados são
deixados dentro de um dos alguidares
com o outro emborcado por cima.
Acende-se três velas, uma em

cada prato e arruma-se ao redor dos


alguidares. Fica na beira do rio, próximo
ao lugar em que foi dado o banho.
- PARA TIRAR NEGATIVIDADE.
Tem que tomar sacudimento e banhos
com folhas de algodão, sempre-viva e
ewe
musenguene (Paritit tiliaceum, Hil.).
- TRABALHO CONTRA A INVEJA E O OLHO
GRANDE.
Pega-se um coco seco, coloca-se atrás da
porta de casa dentro de um prato branco,
com uma vela acesa ao lado, pedindo a
Exú que defenda a casa da inveja e do
olho grande.
Renova-se a cada sete dias despachando
o que sair na encruzilhada mais próxima
de casa.
- PARA ENLOUQUECER ALGUÉM.
Dentro de um coco seco, depois de
retirada a água, coloca-se: Um pouco de
terra de quatro esquinas, um pouco de
terra de formigueiro, um pouco da terra
da casa da pessoa que se deseja
prejudicar, o seu nome escrito num
pedaço de papel sujo, uma colher de óleo
de rícino, uma colher de óleo de
mamona, um pedacinho de osso
humano, um pedacinho de galho de
vence-demanda e nove grãos de milho
torrado bem queimados.
Depois que tudo estiver dentro do coco,
tapa-se a abertura bem tapada, coloca-
se num alguidar de barro e arria-se para
Egun. Durante nove dias, acende-se três
velas por dia, sendo uma às seis da
manhã, a outra às 12 horas do dia e a
terceira à meia-noite.
Numa outra versão deste mesmo
trabalho, ao invés de acender-se as velas,
coloca-se o coco para ferver.

- PARA MARTIRIZAR O INIMIGO E TIRAR


O SEU SOSSÊGO.
Pega-se um pedaço de galho reto de
irôko que tenha cerca de um metro de
comprimento, serra-se ao meio com
muito cuidado numa das pontas para
abrir uma fresta.
Pega-se um papel com o nome da pessoa
escrito nove vezes, um pedacinho de
pano vermelho, nove pimentas
malaguetas, pelos de gato preto, um
pouco de alcatrão, nove gotas de
azougue, nove agulhas, nove grãos de
milho torrado, um pedaço de fita
vermelha, um pedaço de fita amarela, um
pedaço de fita branca, um carretel de
linha preta, pó de ekú, pó de ejá, osun e
uáji e coloca-se sobre o papel com o
nome, dobrando-o em seguida.
Coloca-se tudo dentro do pano vermelho,
enrola-se com a linha preta e introduz-se
na abertura feita no galho de irôko.
Enrola-se as fitas na seguinte ordem:
Branca, amarela e vermelha. Pega-se o
galho, coloca-se num prato branco e
arria-se diante de Egun com uma vela
acesa. Sacrifica-se um galo preto sobre o
fetiche e despacha-se a ave inteira
dentro de um cemitério. Durante os nove
dias subsequentes, a pessoa vai diante de
Egun, pega o galho com a mão esquerda
e, chamando o nome da pessoa, dá três
pancadas no chão, pedindo a Egun o mal
que deseja. Depois do nono dia, pega-se
o pau, leva-se ao cemitério e enterra-se
com a parte onde está o embrulho para
baixo.
- BANHO PARA TIRAR MALDIÇÃO.
Quina-se numa bacia com água de rio,
folhas de elevante e de quebra
mandinga.
Acrescenta-se umas gotas de loção de
alfazema (perfume), água benta e pó de
efun. Mistura-se bem e toma-se um
banho de corpo inteiro. Depois do banho
a pessoa não pode enxaguar-se e tem
que deixar que o corpo seque sem ajuda
de toalha.
- PARA AFASTAR A MORTE DE CIMA DE
ALGUÉM.
Água de poço, folhas de algodão, folhas
de lírio branco, um copo de leite de vaca,
um

copo de leite de cabra, pó de efun, ori


da costa, água benta, perfume, um copo
de água de chuva. Coloca-se tudo dentro
de um balde e com uma bucha vegetal
nova, ensaboa-se todo o corpo com
sabão de coco, molhando-se a bucha na
água do balde. Depois de ensaboado
(inclusive a cabeça), despeja-se o
conteúdo do balde da cabeça para baixo.
Enxágua-se com água da bica e enxuga-se
com toalha branca nova. A pessoa,
depois do banho, deve vestir-sede branco
durante sete dias.
EJIOKO
- SEGURANÇA DO ODU
Um pedaço de pele de tigre, um imã, três
agulhas, um anzol, pó de efun, de carvão
e de osun, três grãos de ataré, terra de
quatro esquinas, hortelã, ewe ewa
(Mirabilis jalapa, Lin.), eweniyé
(Partenium histerophorus, Lin.), sempre-
viva, e diversas moedas correntes.
Coloca-se tudo dentro de uma cabaça e
pendura-se atrás da porta de entrada de
sua casa.
- EBÓ DE TROCA.
Quando "Le"- a Terra - exige um sacrifício
que substitua a morte próxima de sua
mãe, seu pai, mulher ou filho, pressupõe-
se que o sacrifício será considerável, uma
vez que tem por objetivo "enganar a
morte".
No mesmo dia em que o signo for
encontrado o cliente adquire o cabrito
mais bonito que puder encontrar e uma
cabaça suficientemente grande para que
possa comportar uma galinha, a polpa de
uma abóbora, um mamão e dezesseis
acaçás.
O sacerdote sacrifica o cabrito, derrama o
seu sangue dentro da cabaça, retira seus
intestinos que são esvaziados, limpos e
lavados com muito cuidado, o coração, os
pulmões, os rins, o fígado e a gordura.
Sacrifica a galinha, junta suas vísceras ao
conteúdo da cabaça.
Antes de iniciar este ritual, os dezesseis
Odu Meji devem ser traçados no iyerofá,
que é despejado dentro da cabaça depois
das vísceras da galinha.
Depois disto, vai colocando, dentro da
cabaça, um número de búzios
correspondente ao número de parentes
vivos do consulente. Os búzios são
colocados um a um dentro da cabaça e a
cada búzio colocado, o cliente diz:

"Heis aqui minha mãe, ela pagou! Heis


aqui meu pai, ele pagou! Heis aqui minha
mulher (ou marido) ela (ele) pagou! Heis
aqui meu filho fulano,
ele pagou! Heis aqui meu filho sicrano,
ele pagou!" E assim, até chegar ao nome
do último parente vivo. Depois de
oferecido o búzio correspondente ao
filho ou neto mais novo, o cliente
colocará um último búzio, dizendo as
seguintes palavras :"Heis aqui, este sou
eu e também estou pagando!"
Este ebó exige muito critério e muita
atenção, se o nome de algum parente for
omitido propositadamente ou não
durante a entrega dos búzios, a pessoa
cujo nome não tenha sido relacionado
estará irremediavelmente condenada à
morte. O Sacerdote deverá prescrever,
além deste, outros sacrifícios
considerados de segurança, tanto sua,
como do cliente. - Por tratar-se
de um ebó que visa "enganar a morte",
as pessoas envolvidas devem proteger-
se através de outros ebós além de
sacrifícios oferecidos a Orixás, Exú, Eguns,
etc.
O Sacerdote, acompanhado do cliente,
penetra numa floresta, constrói um
monte de terra limpa sobre o qual coloca
toalhas brancas e toalhas vermelhas,
traça os doze primeiros signos e, por
deferência, os quatro últimos. Na medida
em que vai traçando cada signo, vai
fazendo suas saudações, depois despeja
o iyerosun em que foram traçados sobre
o sacrifício que está oferecendo.
A cabaça com todo o seu conteúdo é
depositada sobre os panos vermelhos.
Junta-se dez (10) obís batá dentro de
uma quartinha com água à esquerda da
cabaça. Depois disto todos os presentes
batem cabeça em homenagem à Terra e
retiram-se no mais absoluto silêncio.
(Este sacrifício serve para todos os Odu).
- TRABALHO PARA OBTER DINHEIRO
Uma porção de feijão fradinho cozida
sem sal e sem qualquer outro tempero.
Coloca-se os feijões, depois de cozidos,
dentro de uma cabaça, rega-se com
bastante epô pupá, coloca-se em cima do
opon com iyerofá e reza-se o Odu. Pega-
se o iyerofá, depois de terminada a reza,
e coloca-se dentro da cabaça. Passa-se
um galo preto no corpo, sacrifica-se
sobre o conteúdo da cabaça, limpa-se e
esquarteja-se o bicho, coloca-se suas
partes dentro da cabaça
- PARA RESOLVER PROBLEMAS DE
TRABALHO
Acender uma lamparina com óleo
queimado para Egun, pedindo-lhe
trabalho e evolução.
- TRABALHO CONTRA IMPOTÊNCIA.
Pega-se um pênis em miniatura de
qualquer material e um ofázinho de ferro
presos a uma corrente e coloca-se sobre
uma bigorna e faz-se a seguinte reza:
Ogunda Edeji umami eru odo Okunin
kankuru ofuri buri fowo ba oko idire
boiyá otiku ofikaletrupon opolo odara
orokoko iywo le koku kiki epon. Epon
odara Ifá omó, Ifá awo awa ariku Baba wa
Axé ofikaletrupon odara.
Depois disto, sacrifica-se um galo com o
material rezado em cima de Exú e de
Ogun. A pessoa deverá depois, usar a
corrente com as peças presas à sua
cintura e sempre que for fazer sexo tem
que tirar e passar em seu próprio pênis.
Tem que preparar também uma poção
com álcool puro, sete colheres de aveia e
pimentas malagueta. Diariamente, antes
de dormir, a pessoa tem que tomar 50
gotas da poção diluídas em 1/4 de copo
d'água.
- EBÓ EM ETAOGUNDÁ PARA CONSEGUIR
DINHEIRO.
Passar um galo no corpo e sacrificá-lo
para Ogun. A cabeça fica no igbá e o
corpo é preparado para ser comido pelas
pessoas da casa e todos os que
chegarem. Todas as pessoas que
comerem devem receber uma moeda
corrente. A pessoa que faz o ebó não
come da carne da ave. Depois de três
dias, retira-se a cabeça da ave do igbá e
coloca-se para secar. Depois de seca,
Bàbálóórisa Sango Solá
prepara-se com ela um pó que é
colocado num saquinho de couro junto
com um búzio. O saquinho deverá andar
sempre no bolso da pessoa.
- SEGURANÇA DE ETAOGUNDÁ
Um cabrito pequeno, três cravos ou
parafusos de linha férrea, uma corrente
de ferro, três velas, otí, milho, pó de ekú,
pó de ejá, três agulhas, três pedras de
carvão, epô, uma panela de barro, um
pombo, obí, bejerekun, orogbo, iguí niká
(Trichilia hirta, Lin.), ewe tabate
(Eupatorium odoratum, Lin.) e baria
(Cordia gerascanthus, Lin.). Coloca-se
tudo dentro da panela de barro, sacrifica-
se os bichos, deixa-se a cabeça do pombo
dentro da panela e fecha-se.
Come galo junto com Ogun, uma vez por
ano.
- PARA OBTER-SE UMA GRAÇA COM A
PROTEÇÃO DE ORUNMILÁ.
Oferece-se camarões bem cozidos a
Orunmilá e come-se uma parte com ele
sem falar nada com ninguém. O que ficar
nos pés de Orunmilá tem que ser
despachado depois de dois dias.
POR BABALORIXÁ ANTÔNIO D’OGUN
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