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Explorando Regimes Totalitários Através da Cultura

Pop: Uma Abordagem Pedagógica

Allan Farineli Tuller.

Amanda Aparecida Macedo Ferreira

Ana Carolina Jacobelli de Oliveira

Bruno Costa dos Santos

Larissa da Silva Nascimento

Luciene Tranconi Gonçalves

Gelson Machado Pinto

Vander Lúcio Rafael Maia Nunes

Resumo:

O estudo aborda a relevância do ensino sobre regimes totalitários, destacando a


importância de promover a compreensão crítica da história contemporânea e
conscientização sobre os perigos do autoritarismo. A metodologia envolve a análise
crítica de eventos históricos em sala de aula, incentivando o pensamento crítico e o
desenvolvimento de habilidades analíticas nos alunos. A abordagem visa capacitar
os estudantes a compreenderem a fragilidade das instituições democráticas, os
perigos das propagandas mal-intencionadas e o poder das palavras na manipulação
das massas, oferecendo insights valiosos para a avaliação das ameaças
contemporâneas à democracia. Os resultados esperados incluem uma alternativa
para a formação mais sólida de cidadãos informados e engajados, capazes de
participar ativamente na construção de sociedades cada vez mais justas e livres.

Além disso, a discussão em sala de aula sobre regimes totalitários proporciona uma
oportunidade para enfatizar valores fundamentais, como direitos humanos,
tolerância e respeito à diversidade, fortalecendo os alicerces de sociedades
inclusivas. Em um mundo globalizado, a aplicação de metodologias que incorporam
tecnologias e práticas culturais contemporâneas na sala de aula dinamiza o
aprendizado, aproximando os alunos do mundo digital e, por consequência, do
mundo cada vez mais digital a qual, naturalmente, já estão inseridos.

Palavras-Chave:

Cultura, Propaganda, Autoritarismo, Pop, Metodologia.

Introdução

A abordagem de temas relacionados a regimes totalitários, como o fascismo e o


nazismo, no ambiente educacional desempenha um papel crucial na formação de
uma compreensão profunda e crítica da história contemporânea. Além disso, essa
prática visa promover a conscientização sobre os perigos inerentes ao autoritarismo,
cultivando uma mentalidade cívica e democrática entre os estudantes. Ao explorar
esses eventos sombrios, os educadores oferecem uma oportunidade única para que
os alunos adquiram um entendimento abrangente das consequências nefastas de
ideologias extremistas e práticas antidemocráticas. Mas como fazer isso?

Embora o fascismo e o nazismo, assim como demais regimes totalitários, sejam


geralmente vistos de maneira extremamente negativa nos dias de hoje, sendo
considerados, de forma justa, como ideologias e movimentos que causaram
grandes danos e sofrimento durante o século XX, muito pelas suas ideologias
baseadas na censura, no racismo e na opressão, a análise desses regimes
totalitários em sala de aula ainda é muito pertinente e necessária pois capacita os
estudantes a compreenderem a fragilidade das instituições democráticas,
elucidando como fatores socioeconômicos e políticos podem criar um terreno
propício para a ascensão do autoritarismo. A abordagem crítica desses episódios
históricos não apenas enriquece a compreensão do passado, mas também
proporciona insights valiosos para a avaliação das ameaças contemporâneas à
democracia.

Além disso, a discussão desses temas em sala de aula estimula o pensamento


crítico e o desenvolvimento de habilidades analíticas. Desafiando os estudantes a
questionar, comparar e contrastar diferentes sistemas políticos, essa abordagem
permite a identificação de padrões e a aprendizagem com os erros do passado.
Essa perspectiva contribui significativamente para a formação de cidadãos
informados e engajados, capacitados a participar ativamente na construção de
sociedades mais justas e livres.

“Para Paulo Freire (1983), a educação tem como função muito além do que ensinar
pessoas a apenas lerem e repetirem palavras. A educação precisa ter
comprometimento em ensinar as pessoas a lerem criticamente o seu mundo,
formando os educandos sujeitos críticos e criativos, por meio de uma prática de
crescente reflexão conscientizada e conscientizadora”.

(SANTOS, Vitor Hugo da Silva, Cultura Pop e Educação: Uma Proposta de Ensino
a Partir da Perspectiva de Paulo Freire, 2022, p. 4.)

Ao explorar os regimes totalitários, os professores também têm a oportunidade de


enfatizar a importância dos direitos humanos, da tolerância e do respeito à
diversidade. Esses valores fundamentais não apenas fortalecem os alicerces de
sociedades inclusivas, mas também desempenham um papel crucial na prevenção
de manifestações extremistas no futuro. Este artigo pretende explorar a relevância e
os benefícios dessa abordagem educacional, destacando a sua contribuição para a
formação de cidadãos críticos e comprometidos com os princípios democráticos.
Uma das formas de se abordar temas mais sérios de um jeito mais dinamizado é
através da cultura pop.

Quadrinhos, animes, games, filmes e séries fazem parte da vida cultural de muitos
jovens. Esses processos midiáticos, como os filmes de super-heróis, chamam a
atenção de diversos grupos e podem ser usados para criar métodos didáticos que
incentivem os estudantes a aprenderem de uma maneira mais atrativa. Hoje em dia
a chamada cultura pop não está apenas no cinema, nos livros ou nos celulares, está
no imaginário popular dos jovens.
Dos quadrinhos aos filmes de heróis lançados em larga escala nos cinemas, das
séries populares em aplicativos de streaming, dos animes (animações japonesas)
de sucesso com produtos vendidos por todo o canto ou nos chamados idols do k-
pop, todos conquistaram muitos espectadores ao redor do mundo, estando acultura
pop permeando gerações, através das mídias digitais e redes sociais. A influência
das mídias audiovisuais no cotidiano dos jovens é notória.

O componente curricular História é um exemplo bem apropriado para a aplicação


dessa proposta pela possibilidade de explorar na própria ficção dos filmes e gibis,
elementos que podem ser associados à figuram e épocas históricas diversas. Deste
modo, é possível, e recomendado, usar de tais artifícios para captar a atenção dos
alunos e dinamizar o ensino.

Em um mundo cada dia mais globalizado, autômato e conectado, o uso de


metodologias voltadas as mais recentes tecnologias e práticas culturais são uma
poderosa ferramenta para trazer à sala de aula o dinamismo para as aulas
aproximando-os, dentro da sala de aula, considerada um lugar “tedioso” por alguns,
do mundo digital que eles já estão familiarizados fora dela.

Desenvolvimento

O planejamento para a intervenção no Colégio Estadual Presidente Roosevelt


demonstrou tratar-se de um processo demorado, reflexivo e desafiador.

Os bolsistas do polo Roosevelt reuniram-se com o professor orientador para uma


reunião dentro da escola após um dia de aula. A reunião, convocada com fim de
discutir e acertar, por fim, o tema da intervenção que seria realizada em poucas
semanas ocorreu após o fim das aulas. Segundo os objetivos da proposta curricular
do terceiro ano do ensino médio regular, o conteúdo que seria abordado seria um
tema importante de ser discutido e abordado de maneira crítica, mas delicado:
“Regimes Totalitários”.

A reunião entre os bolsistas e o professor orientador foi um ponto crucial nesse


processo, servindo como um fórum para a discussão e definição dos objetivos da
intervenção. Neta mesma reunião o tempo hábil para o planejamento e preparo da
intervenção havia sido definido.

Os bolsistas, em pleno acordo com o professor orientador, definiram que o projeto


de intervenção deveria cumprir certos objetivos, sendo eles:

 Aprofundar os já bem introduzidos - através de aulas daquele mesmo


bimestre escolar - regimes totalitários que vigoraram na Europa na primeira
metade do século XX, mostrando como estes regimes utilizaram de
propagandas de cunho político, social e econômico para manipular as
massas e, deste modo, acender e se perpetuar no poder de seus
determinados países.

 Mostrar exemplos destas propagandas e ensinar sobre como elas eram


criadas, como eram exibidas, quais eram os seus objetivos, que efeitos elas
exerciam sobre as pessoas que as consumiam mesmo sem saber, seus
simbolismos, etc.

 Fazer um paralelo com propagandas da atualidade, sejam elas comerciais ou


políticas, demonstrando a força que uma boa propaganda tem sobre a vida e
modo de pensar e agir da população comum afim de conscientizá-los sobre
os riscos das propagandas e ensiná-los a nunca acreditar na primeira coisa
que leem, assistem ou escutam, incentivando assim a busca constante por
novas informações antes de tirar suas conclusões.

Durante a discussão sobre os objetivos do projeto e como este seria feito, surgiu a
ideia de utilizar discursos dos líderes destes regimes como forma de ensinar como
não apenas cartazes, panfletos e boletins influenciam o olhar das pessoas, mas
palavras e como elas são apresentadas ao público também exercem essa função.

Surgiu então, de repente uma ideia: E se utilizássemos de obras da cultura pop que
abordassem o mesmo tema (Regimes Totalitários) para representar como a arte e a
cultura também exercem, seja direta ou indiretamente, certa influência sobre as
pessoas?
A ideia não era de toda ruim, afinal:

“As produções de cultura pop são instrumentos de transferências de conceito e


possibilidade de desenvolvimento do pensamento crítico. Construir narrativas de
culturas de identidades, é uma maneira de lidar com o desconhecido, algo que não
aprendemos ainda a criar significados automaticamente, e é possível estimular o
pensamento crítico de como estamos reproduzindo essas narrativas
espontaneamente”.

(SILVA. Gleyton de Moura Ferreira, Cultura Pop e Práticas Pedagógicas: Uma


Reflexão para a Educação Básica, 2023, v.7 n.1 p.7.)

Uma vez consolidado o tema e os objetivos centrais do projeto, chegou a hora de


definir qual metodologia seria utilizada. Como o objetivo central era mostrar aos
alunos propagandas da época e trazer uma reflexão para a sala de aula, a utilização
de um projetor de imagens e uma apresentação de slides com algumas dezenas de
mapas e imagens de cartazes, selos postais e boletins seria a opção que melhor se
adequaria a proposta da intervenção.

A proposta de incorporar discursos dos líderes totalitários como parte do projeto


adicionou uma dimensão crucial à intervenção, destacando como as palavras
também desempenham um papel significativo na manipulação das massas. A
surpreendente ideia de utilizar, em paralelo e como forma de comparação entre a
ficção e a realidade, obras da cultura pop que abordam o tema dos regimes
totalitários trouxe uma perspectiva inovadora para o projeto.

Começou então um longo processo de seleção de trechos de obras da cultura pop


de diferentes mídias do entretenimento. Como o objetivo central era usar o
audiovisual como ferramenta de ensino, foi decidido que livros, histórias em
quadrinhos e demais obras de literatura não seriam abordadas, embora tivessem
sim um grande impacto na discussão do tema central, não seriam utilizados.

A seleção usou diferentes critérios de avaliação para selecionar os trechos que


seriam discutidos em sala de aula, sendo eles:
 Popularidade de determinada obra ou gênero para com a faixa etária dos
alunos e estudantes.

 Os trechos deveriam retratar discursos e deveriam ser falados por


personagens importantes que assumissem papeis de liderança na trama da
obra a qual participam, sejam eles vilões ou protagonistas.

 Semelhanças entre as falas dos líderes autoritários da vida real com os


personagens que discursariam na ficção.

 Os discursos deveriam carregar as características dos regimes totalitários


como o discurso agressivo, o nacionalismo extremo, promessas de triunfo ou
expansionismo, etc.

Foi decidido então a utilização de filmes e desenhos animados, mídias do


audiovisual que, além de populares, eram de fácil acesso e compreensão aos
alunos já familiarizados em consumir este tipo de conteúdo.

A professora de história Marina Garcia de Oliveira relata que:

“As metodologias ativas podem e devem ser utilizadas com o propósito de


aproximar o conteúdo trabalhado da realidade dos estudantes e de propiciar o
desenvolvimento da autonomia, do espírito crítico e da cidadania dos estudantes”.
OLIVEIRA (2017, p. 74).

Após uma reunião on-line entre os bolsistas foram, enfim, selecionados os trechos
que seriam exibidos na intervenção. O primeiro era o discurso do Rei de Britânia,
Charles zi Britania, antagonista principal do anime “Code Geass”. O discurso
consistia na promessa do triunfo da nação fictícia “Britania” sobre um inimigo
insurgente que desafiava diretamente seu poder, no caso, o protagonista. O
segundo foi um trecho do discurso do General Hux, um dos antagonistas do filme de
fantasia cientifica “Star Wars: O Despertar da Força”. Em seu discurso ele anuncia a
finalização de uma superarma com a qual a Primeira Ordem poderia conquistar a
galáxia e destruir a Nova República.

Em meio a discussão foi levantada a possibilidade de, além de utilizarmos de


discursos da ficção para conscientizar sobre o perigo de propagandas como
ferramentas de manipulação das massas e propagação de ideias tiranas, mostrar
como propagandas, especialmente discursos, podem transmitir também mensagens
de liberdade e tolerância. Assim o mundialmente famoso discurso final do filme de
comédia "O Grande Ditador", expressado pelo Ditador Adenoid Hynkel, líder
autoritário do país fictício Tomânia, e posteriormente na trama Imperador do Mundo,
interpretado pelo comediante e ator Charlie Chaplin.

Junto aos trechos da cultura pop foram selecionados também exatamente trinta e
quatro imagens de posteres, boletins e panfletos de época, coletados durante e
após os regimes fascistas e nazistas na Europa durante a primeira metade do
século XX. Quatorze delas foram selecionadas para discutir as propagandas
italianas, doze para as propagandas alemãs e nove para as propagandas
japonesas. A decisão de focar-se nos países que compuseram o “Eixo” durante a
Segunda Guerra Mundial foi tomada para revisar a matéria de Segunda Guerra
Mundial, junto a matéria de regimes totalitários, para as provas bimestrais que
ocorreriam a semana posterior a data da intervenção e, pois, as propagandas
destes países foram muito bem-sucedidas em seus objetivos de manipulação e
convencimento das massas.

Como relata a autora Caroline de Oliveira:

“Durante o regime nazista, o Ministério da Propaganda, dirigido por Goebbels,


desenvolveu aproximadamente 96 longas- -metragens, porém, ao todo, foram
veiculadas cerca de 1350 peças nos doze anos de duração do regime. Nesses
filmes, o racismo e a xenofobia, ideologias que faziam parte da pretensão midiática,
eram exaltados, pois estavam de acordo com a crença dos seguidores. Além de
haver o esforço para reforçar tanto o lado positivo (exaltação do heroísmo nazista)
quanto negativo (brutalidade ao inimigo).”

(SANTOS, Caroline de Oliveira dos, Nazismo: Explicando o Autoritarismo a partir


da Comunicação Usada no Cartaz “Es Lebe Deutschland”, 2029, pág. 88.)
Apresentação:

A intervenção, de fato, ocorreu no dia 12/05/2023 e contou com a presença de


todos os bolsistas, como combinado previamente, do professor orientador e dos
alunos das turmas 3001, 3002 e 3003 do ensino médio do Colégio Estadual
Presidente Roosevelt. A intervenção se iniciou às 7:00hrs da manhã e se estendeu
até 12:30hrs daquele mesmo dia. A sala de vídeo do colégio fora reservada para a
intervenção.

O projeto, nomeado “Fascismo e Nazismo: A Propagação do Autoritarismo”, foi


divido em quatro partes distintas. Primeiramente, a intervenção se iniciou com a
apresentação em vídeo do compilado de discursos retirados pelas já mencionadas
obras da cultura pop. Em seguida, os bolsistas incentivaram os alunos e estudantes
a debaterem pontos em comum entre os discursos dos líderes fictícios. O resultado
foi o levantamento das características comumente associadas aos regimes
totalitários, como o expansionismo, o militarismo e a implementação de um inimigo
ideológico.

Após a apresentação dos discursos da ficção, como fonte de comparação direta,


foram apresentados dois discursos, o primeiro de Benito Mussolini e o segundo de
Adolf Hitler respectivamente, para que fosse comparado semelhanças ou pontos
chave entre os discursos dos personagens fictícios e os discursos de campanha
proferidos por estas lideranças políticas.

Por decisão unanime, o discurso performado por Charlie Chaplin em “O Grande


Ditador” foi escalonado para ser exibido por último simbolicamente. A ideia era
apresentar o celebre discurso em defesa da união dos povos, liberdade e igualdade
como uma chama de esperança, uma “luz no fim do túnel”, e apresentar o poder dos
discursos em promover valores, virtudes e esperanças de um futuro melhor.

A segunda parte da intervenção foi voltada a dar aos alunos uma breve
contextualização do período entreguerras após a Primeira Guerra Mundial e as
condições sociais, econômicas e políticas que levaram estas ideologias a serem tão
populares na Alemanha e na Itália na primeira metade do século XX. A metodologia
utilizada foram mapas políticos da Europa pós-guerra, fotos reais e imagens
históricas para contextualizar de forma mais eficiente a difícil situação a qual a
Europa ficou após o término da chamada “Grande Guerra”.

A terceira parte da intervenção se deu através da exibição das imagens coletadas


dos posteres, panfletos e slogans utilizados por estas determinadas nações para
propagandear as ideologias do partido dominante. Breves explicações sobre a
forma como eram pensadas, como eram apresentadas ao público e quais os
simbolismos ocultos nelas assim como suas intenções. Nesta parte também foi
realizada uma reflexão sobre como uma propaganda bem construída, às vezes,
transmite ideias que, por repetição, sendo verdadeiras ou não, acabam,
inevitavelmente, se tornando uma verdade universal para aquele povo. Como dizia o
ministro da propaganda do regime nazista Joseph Goebbels: “Uma mentira contada
mil vezes se torna verdade”.

Finalmente, tendo abordado todos os conteúdos trazidos para a sala de aula e


cumprindo os requeridos objetivos, foi então exibido o famigerado discurso de
Charlie Chaplin do filme “O Grande Ditador”. A reação dos alunos foi bastante mista.
Enquanto alguns ouviam atentamente o discurso, outros comentavam sobre o que
era dito com os colegas ao seu lado. De modo geral, o discurso causou uma
reflexão nos alunos sobre o tema central.

Resultado:

Após toda a apresentação e o fim das aulas daquele dia, os bolsistas puderam
perceber que a intervenção havia dado resultados. Os alunos deixaram a sala de
aula com uma cabeça um pouco mais aberta. Eles aprenderam, de uma forma
dinâmica e familiar a seu cotidiano nas redes como uma propaganda é construída,
aprenderam a diferenciar seus objetivos e, certamente, conseguiram desenvolver
um raciocínio mais crítico quanto a forma como palavras podem impactar seu
cotidiano, sua vida e o futuro de uma sociedade.
Considerações Finais:

A incorporação da cultura pop no ensino em escolas é reconhecida como uma


estratégia valiosa para engajar os estudantes e tornar o processo de aprendizado
mais atrativo. Quadrinhos, animes, games, filmes, séries e demais elementos
proeminentes da cultura pop, oferecem contextos relevantes e cativantes que
podem ser aplicados em métodos didáticos.

O componente curricular de História, por exemplo, se beneficia ao explorar


elementos fictícios dessas mídias, associando-os a diferentes épocas e figuras
históricas usando como base de estudo ou como fonte de comparação direta entre a
ficção e o evento histórico.

A cultura pop, definida como práticas e produtos midiáticos enraizados no


entretenimento, transcende fronteiras culturais, promovendo um senso de
comunidade global. Ao integrar esses elementos na educação, as escolas podem
criar um ambiente de aprendizado mais dinâmico e alinhado aos interesses dos
estudantes, facilitando a compreensão de conceitos e estimulando a participação
ativa no processo educacional.

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