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Fecho de Contas de Uma Empresa Passo A Passo
Fecho de Contas de Uma Empresa Passo A Passo
Ficha Técnica
Copyright, 2004
Todos os direitos reservados ao IEFP
Nenhuma parte deste título pode ser reproduzido ou transmitido,
por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prévio, por escrito, do IEFP
Índice Geral
1. Noção ...................................................................................................................................................... 4
2. Balancete de Verificação......................................................................................................................... 6
3. Lançamento de Rectificação e Regularização...................................................................................... 14
4. Balancete Rectificado............................................................................................................................ 40
5. Apuramento de Resultados................................................................................................................... 50
6. Balancete Final...................................................................................................................................... 78
7. Balanço.................................................................................................................................................. 88
8. Demonstração de Resultados ............................................................................................................... 98
9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados.......................................................................... 114
10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos - DOAF (Anteriormente Designada Mapa de
Origens e Aplicação de Fundos) ......................................................................................................... 118
11. Encerramento das Contas................................................................................................................... 134
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................ 167
CONTABILIDADE
GERAL II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Objectivos
Temas:
1. Noção
2. Balancete de verificação
4. Balancete rectificado
5. Apuramento de resultados
6. Balancete Final
7. Balanço
8. Demonstração de Resultados
10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos (anteriormente designada Mapa de
Origens e Aplicação de Fundos)
• Resumo
• Questões e Exercícios
• Resoluções
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 3
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
1. NOÇÃO
4. O apuramento de resultados,
• Fase 2 - Elaboração propriamente dita das demonstrações financeiras, sendo estas compostas
por:
1. Balanço,
2. Demonstração de Resultados,
2. Balancete de fecho,
I
4 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Balancetes de verificação
Balancete rectificado
Demonstração de Resultados
Balanço
O trabalho corrente já foi alvo de estudo anterior pelo que vamos iniciar o nosso estudo a partir da
etapa - Balancetes de verificação.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 5
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
2. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Inventário Geral
A inventariação dos bens, direitos e obrigações existentes no património de cada empresa implica a
sua determinação, descrição e valorização.
Além dos critérios valorimétricos há ainda que respeitar os princípios de contabilidade geralmente
aceites, previstos no Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 4, nomeadamente:
• Principio da prudência – Significa que é possivel integrar nas contas um grau de precaução ao
fazer as estimativas exigidas em condições de incertez sem, contudo, permitir a criação de
reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos
por defeito ou de passivos e custos por excesso;
O inventário geral é obtido pela soma dos diversos inventários parcelares, designadamente:
• inventário do imobilizado;
I
6 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Aplicado nas empresas comerciais e industriais, não se resume a uma simples contagem de
existências, pois tem que ter em conta um conjunto de regras relacionadas com:
• a definição da data de separação dos dois exercícios ou dos dois períodos de contabilização,
chamada a data de “cut-off”, ou seja, a data--limite para considerar os movimentos
contabilísticos e respectivos movimentos reais de mercadorias ou de produtos.
Imaginemos que a contabilização das facturas relativas às matérias primas adquiridas não é
efectuada imediatamente com a entrada das mesmas, pois as matérias primas são acompanhadas
da guia de remessa e a factura é endereçada à empresa por correio.
Pode acontecer que esta factura só seja recepcionada durante a primeira semana de Janeiro do
ano (N+1), logo, no inventário de 31/12/N as matérias primas já estão em armazém, mas não estão
registadas na contabilidade.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 7
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
As contagens devem ser efectuadas com rigor e método, devendo ser definidos de uma forma
muito objectiva os seguintes factores:
• a hora de realização da contagem - esta deverá ser definida de acordo com as possibilidades
dos intervenientes, não esquecer que se for efectuada com o novo exercício iniciado, há que
corrigir as entradas e saídas respectivas;
(Amostragem - processo de selecção de partes de um todo que nos permitem retirar conclusões
sobre esse todo).
Este método depende também do tipo de inventário utilizado, se for o inventário permanente
existirão listagens actualizadas que poderão ser confirmadas por amostragem, se for o
inventário intermitente poderá ser necessário fazer uma contagem exaustiva de todos os bens.
• os intervenientes - as pessoas que vão efectuar as leituras e medições, (tem que se definir
quem observa o quê e em que medida, acautelando sempre o principio da segregação de
funções).
(Principio da segregação de funções - o executante de uma tarefa não deve ser o único
interveniente na inventariação dos grandezas associadas a essa tarefa).
• Custo Especifico;
• Custo Padrão;
Este Métodos variam entre si pela forma como é efectuada a valorização dos bens saídos de
armazém e consequentemente a valorização dos que ficam.
I
8 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
O Inventário do Imobilizado
As empresas devem manter actualizados ficheiros relativos aos seus bens de imobilizado.
O artigo 51 do Código do IVA indica quais os elementos que devem constar desse registo:
1. Número de código;
2. Descrição do bem;
3. Localização do bem;
4. Data de aquisição;
5. Identificação do fornecedor;
13. Seguros;
O inventário de imobilizados tem que responder não só à verificação da existência dos bens, mas
também à verificação daqueles que se encontram obsoletos e dos que não estando em uso
apresentam características de bom funcionamento.
Nº Descrição Local Data aquisição Data utilização Fornecedor Preço aquisição Vida útil
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Contabilidade Geral II Guia do Formando 9
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
• contagens de caixa, ou seja contar o dinheiro físico existente nos cofres da empresa no final
do ano;
Ao fazermos uma contagem de caixa vamos elaborar um registo onde consta o número de
notas e de moedas de cada valor, por exemplo da seguinte forma:
• circularização de saldos, aos bancos, aos clientes e aos fornecedores, ou seja, pedir aos
bancos com que a empresa trabalha, aos devedores e aos credores que nos confirmem o valor
do saldo das nossas contas.
Quando obtemos a resposta é necessário comparar o saldo que temos na contabilidade com a
informação fornecida pelas entidades que foram alvo da circularização.
Quando os saldos não são coincidentes vamos efectuar a sua reconciliação, isto é, compatibilizar
os saldos evidenciados pelos bancos, clientes ou fornecedores, com os da empresa. Esta prática é
denominada de reconciliação de contas.
I
10 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
• depósitos em trânsito - são depósitos que já estão considerados como recebidos na nossa
contabilidade mas ainda não chegaram ao banco, ou pelo contrário são depósitos efectuados
por terceiras entidades que já estão movimentados na conta bancária, mas que a empresa
ainda contabilizou;
• cheques por descontar - a empresa emite os cheques e lança-os na contabilidade nessa altura,
os beneficiários só procedem ao desconto desses cheques quando os recebem, logo entre a
data em que o cheque sai da empresa e a data em é descontado esse cheque consta dos
registos da empresa mas não consta dos registos do banco;
• outros movimentos constantes dos registos contabilísticos mas não dos movimentos bancários -
podem existir valores lançados por erro numa conta bancária que são de outra, ou cheques que
não chegaram a ser utilizados por terem sido anulados, são situações de erro que devem ser
corrigidas;
• outros movimentos constantes dos registos bancários mas não dos contabilísticos - podem
existir valores referentes a operações bancárias cujos documentos ainda não foram
recepcionados na empresa, nomeadamente débito ou crédito de juros, débito de despesas,
devoluções de cheques. Quando detectados, estes movimentos devem ser lançados na
contabilidade tendo como suporte a cópia do extracto de conta. É necessário um cuidado
acrescido para que ao recepcionarmos o documento definitivo não seja efectuado outro
lançamento, mas apenas seja agrafado ao documento do lançamento já efectuado
anteriormente.
1. diminuir os movimentos a débito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não
constam do saldo bancário no banco;
2. adicionar os movimentos a crédito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não
constam do saldo bancário no banco;
3. adicionar os movimentos a débito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não
constam da contabilidade da empresa;
4. diminuir os movimentos a crédito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não
constam da contabilidade da empresa;
• Depois destas operações chegamos ao valor apresentado pelo banco para o saldo da nossa
conta bancária.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 11
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Ao
Banco Avenida
Lisboa
Exmos senhores,
Vimos pela presente solicitar que nos informem dos saldos apresentados pelas seguintes contas
à data de 31.12.N:
No tocante à conta de empréstimos está tudo correcto, enquanto na conta de depósitos à ordem o
mesmo não acontece. Vamos observar o extracto bancário e detectamos que existe um cheque
devolvido do cliente X, que ainda não foi recepcionado na empresa, que está por lançar no valor de
27 u.m..
I
12 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
No final do ano devemos efectuar este movimento e tentar que o documento chegue o mais rápido
possível.
Também aos clientes e fornecedores devem ser dirigidas cartas a solicitar a confirmação dos
saldos evidenciados na contabilidade, neste caso as cartas podem mencionar os saldos pedindo
aos clientes e fornecedores que assinalem se estão ou não de acordo com o valor apresentado, ou
não indicar o valor e esperar que os clientes e fornecedores nos informem do seu saldo.
Ex.mos. Senhores
Francisco Pinguins Lda
Lisboa
Exmos Senhores,
Vimos pela presente solicitar que nos informem se concordam com o seguinte saldo evidenciado
pela conta corrente nos nosso livros contabilísticos, à data de 31.12.N.
O saldo é de 1.250.000 u.m. a nosso favor:
Concordo ________
Não concordo _________ o saldo é de _____________ .
Queiram fazer o favor de devolver esta carta devidamente assinada no envelope selado que
juntamos.
Antecipadamente gratos,
Se o cliente responder que concorda, está tudo bem. Se o cliente responder que não concorda e
indicar qual o seu saldo, vamos reconciliar os dois saldos e identificar as diferenças.
Imagine que este cliente informa que só nos deve 1.000.000 u.m.. Vamos observar o extracto da
primeira semana de Janeiro do ano N+1 e confirmamos que foi recepcionado a 2 de Janeiro um
cheque de 250.000 u.m., cheque este datado de 28/12/N. Está justificada a diferença, o cliente já
tem o cheque abatido na sua contabilidade em 31.12.N, mas nós ainda não.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 13
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Estes lançamentos tem por objectivo adequar os saldos contabilísticos aos saldos reais apurados
pelos inventários.
Nomeadamente:
• Falhas de Caixa;
• Falhas de Caixa;
Exemplo
Considere que o saldo de caixa apresentado no balancete era de 100 u.m., mas no inventário
efectuado em 31.12.N o valor existente era de 95 u.m., sendo a diferença da responsabilidade do
tesoureiro.
I
14 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
O saldo da conta Caixa fica corrigido sendo o tesoureiro responsável pela diferença.
Consideremos agora que esta diferença não era da responsabilidade de ninguém, tratou-se de um
documento indevidamente eleborado, sendo considerada a diferença uma falha de caixa a
contabilizar em custos extraordinários.
Exemplo
2 12 - Depósitos à ordem
126 - Banco do Oriente
a 12 - Depósitos à ordem
129 - Banco do Sul
Regularização cheque 435 10.000 10.000
------------------------//---------------------------
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 15
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Se na mesma reconciliação bancária for evidenciado que em 31/12/N foram-nos creditados pelo
Banco do Oriente os juros da aplicação financeira Nº1 que se venceu nessa data no valor de 800
u.m., tendo havido retenção na fonte de IRC de 20%, podemos efectuar o lançamento e quando for
recepcionado o documento respectivo juntá-lo-emos ao lançamento já efectuado:
3 Diversos
a 78 Proveitos e Ganhos Financeiros
781 - Juros Obtidos
7815 Outras aplicações de tesouraria
Contabilização dos juros da aplicação Nº3
12 - Depósitos à ordem
126 - Banco do Oriente 800
24 - Estado e outros entes públicos
241 Imposto sobre o rendimento
2412 Retenções na fonte 200 1.000
------------------------//---------------------------
Uma empresa que utilize o Sistema de Inventário Permanente pode, através do inventário de
existências, detectar diferenças substanciais.
Exemplo
O balancete evidencia um valor de 9.500 u.m. referentes a 950 peças pelo valor unitário de 10 u.m.
cada e pelo inventário físico apenas se encontraram 450 peças.
Temos que analisar todos os movimentos de entrada e saída em armazém para justificar esta
diferença e concluímos que não foi dada saída das mercadorias referentes a uma venda de 500
peças cujo custo era de 10 unidade. Vamos efectuar o lançamento correspondente:
I
16 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Algumas facturas dos últimos dias do ano podem estar por lançar. Devemos sempre efectuar os
lançamentos dentro do respectivo mês, com especial cuidado no encerramento do ano.
Exemplo
Estava por pagar e por registar uma factura do fornecedor Artez Lda, de material de escritório no
valor de 170 u.m..
No inventário de imobilizados detectou-se que a máquina de código 1234 foi alienada, não estando
registado o seu abate, as informações relativas a esta máquina são as seguintes:
• Aquisição no ano N-4;
• Valor de aquisição de 5.000 u.m.;
• Amortizações acumuladas na data da venda de 4.000 u.m.;
• Valor de venda de 1.250 u.m..
6 Diversos
a Diversos
Alienação da máquina 1234
48 - Amortizações acumuladas 4.000
12 - Depósitos à ordem 1.250
a 42 - Imobilizações corpóreas 5.000
79 – Proveitos e ganhos extraordinários 250 5.250
------------------------//---------------------------
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 17
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Como neste caso a empresa utilizou o LIFO (Last In First Out), o saldo final é composto por 1.000
unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 100 unidades ao preço unitário de 80 u.m.. Valor total para
balanço: 58 000 u.m.
Se em alternativa utilizasse o FIFO (First In First Out) o saldo final seria determinado da forma
seguinte:
I
18 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
O saldo final é composto por 800 unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 300 unidades ao preço
unitário de 80 u.m..
Como podemos observar da aplicação não consistente dos critérios de valorimetria das existências
podem surgir grandes divergências nos resultados e nos valores apresentados no balanço.
• Principio da prudência
No sentido de permitir registar os custos e proveitos nos exercícios a que respeitam existe no POC
a conta 27 - Acréscimos e Diferimentos.
Considere que uma empresa constituiu em 1/12/N um depósito a prazo com vencimento em
1/6/N+1, na data de vencimento serão creditados na nossa conta de depósitos à ordem juros no
montante de 900 u.m. líquidos do respectivo imposto.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 19
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Em 31/12/N temos que contabilizar os juros já vencidos mas cujo recebimento só ocorrerá em
6/N+1:
Início Recebimento
dos juros
1/12 31/12 1/6/N+1
4 27 - Acréscimos e diferimentos
271- Acréscimos de proveitos
2711 - Juros a receber
a 78 - Proveitos e ganhos financeiros
781 - Juros obtidos
7811 - Depósitos a prazo
Juros a receber em N+1 150 150
------------------------//---------------------------
• Juros cobrados em operações financeiras em regime de desconto por dentro, “juros à cabeça”,
que representam um custo futuro.
I
20 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exemplo
Em Dezembro do ano N pagámos por cheque, a renda do estabelecimento no valor de 1.115 u.m.
referente ao mês de Janeiro do ano N+1, vamos efectuar o seguinte lançamento:
1 27 Acréscimos e diferimentos
272 Custos diferidos
2721 Rendas de instalações
a 62 Fornecimentos e Serviços Externos
622 Fornecimentos e Serviços
62219 Rendas e Alugueres
Pagamento da renda de Janeiro 1.115 1.115
------------------------//---------------------------
Em Setembro do ano N foi pago o prémio do seguro de incêndio, cujo período é de 1/9/N a
31/8/N+1, no valor de 480 u.m., tendo sido contabilizado como custo do exercício na conta 62223 -
seguros. Que se deve fazer?
O custo não é só a este exercício económico mas também ao exercício económico seguinte:
Início Fim
1/9 31/12 31/8/N+
1
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 21
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
2 27 Acréscimos e diferimentos
272 Custos diferidos
2722 Seguros
a 62 - Fornecimento e Serviços Externos
622 Fornecimentos e serviços
62 - Fornecimento e Serviços Externos 320 320
Rectificação do pagamento
------------------------//---------------------------
A mesma empresa obteve em 1/9/N um financiamento de 70.000 u.m. cujos juros foram pagos
antecipadamente, tendo o valor líquido recebido sido de 68.255 u.m., sabendo que o prazo total é
de 182 dias e que os dias decorridos de 1/9/N a 31/12/N são 121 devíamos efectuar o seguinte
lançamento referente aos juros suportados (70.000 - 68.255 = 1.745):
Custo do ano N - Juros de 121 dias = 1.745 / 182 x 121 = 1.160 u.m.
Custo do ano N+1 - Juros dos restantes 61 dias = 1.745 / 182 x 61 = 585 u.m..
3 Diversos
a 23 - Empréstimos obtidos
Empréstimo obtido em 1/9/N
12 - Depósitos à ordem 68.255
68 - Custos e perdas financeiras
681 - Juros suportados
6812 - Empréstimos obtidos 1.160
27 - Acréscimos e diferimentos
272- Custos diferidos
2723 - Juros pagos 585 70.000
------------------------//---------------------------
I
22 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
• Encargos com férias e subsídios de férias vencidos no exercício e cujo processamento ocorrerá
no exercício seguinte;
Exemplo
A empresa Tudo Bem Lda contraiu um empréstimo de 50.000 u.m. em 1 de Setembro do ano N à
taxa de juros de 8% ao ano com pagamento de juros ao semestre, qual o movimento a efectuar em
31.12.N?
Início Pagamento
juros
1/9 31/12 1/3/N+1
0,08
50.000,00 x -------- x 4 = 1.333 u.m.
12
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 23
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
A mesma empresa não tinha ainda contabilizado o valor de encargos com férias e subsídio de
férias para no ano N+1 relativos ao ano N, sabendo que o valor mensal de ordenados é de 12.000
u.m. e que os encargos sociais representam 23,75% , que lançamento vamos efectuar?
2 Diversos
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2732 - Remunerações a liquidar
Contabilização de férias e subsídio de férias a liquidar em N+1
64 - Custos com o pessoal
642 - Remunerações do pessoal
6421 - Vencimentos 12.000
6422 - Subsídio de férias 12.000
645 - Encargos sobre remunerações 5.700 29.700
------------------------//---------------------------
Vamos agora contabilizar o consumo estimado de energia referente ao mês de Dezembro, cuja
factura apenas iremos receber em Janeiro de N+1, no montante de 49 u.m.:
I
24 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exemplo
Recebemos em Dezembro do ano N a renda de uma loja que temos alugada, referente ao mês de
Janeiro do ano N+1, o lançamento a efectuar será o seguinte:
4 12 - Depósitos à ordem
a 27 - Acréscimos e diferimentos
274- Proveitos diferidos
2741 - Rendas recebidas
Recebimento da renda de Janeiro N+1 120 120
------------------------//---------------------------
Princípio da Prudência
O cumprimento deste princípio visa o registo das provisões do exercício por forma a efectuar as
correcções dos valores dos activos que:
• apresentem valores de realização inferiores aos do balanço, é o caso dos títulos e das
existências;
• apresentem dúvidas quanto à sua realização, como sejam os clientes que se mostrem difíceis de
cobrar.
Respeita também a este princípio a constituição de provisões para fazer face a obrigações e
encargos futuros.
As existências em armazém foram avaliadas em 12.450 u.m.. O preço de mercado era inferior em
950 u.m. ao valor de aquisição das referidas existências.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 25
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Vamos constituir provisão pelo valor de 950 u.m., o lançamento a efectuar será o seguinte:
1 67Provisões do exercício
673 - Para depreciação de existências
6732 - Mercadorias
a 39 - Provisões para depreciação de existências
392 - Mercadorias
Constituição de provisão 950 950
------------------------//---------------------------
I
26 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Valor Valor
Divida Escalão Taxa
dívida provisão
2 67Provisões do exercício
671 - Para cobranças duvidosas
6711 - Dívidas de clientes
a 28 - Provisões para Cobranças duvidosas
281 - Dívidas de clientes
Constituição de provisão 470 470
------------------------//---------------------------
Imaginemos agora que esta empresa apresentava um saldo na sua conta de provisões de 400
u.m., assim só teria que constituir a diferença entre 470 e 400 u.m., ou seja 70 u.m., o lançamento
seria:
3 67 Provisões do exercício
671 Para cobranças duvidosas
6711 Dívidas de clientes
a 28 Provisões para Cobranças duvidosas
281 Dívidas de clientes
Reforço de provisão 70 70
------------------------//---------------------------
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 27
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Se a empresa apresentasse um saldo de 500 u.m. teria que reuzir em 30 u.m. o seu saldo. Quando
estamos perante uma redução da necessidade de provisões, ou seja variação negativa da
estimatiova de riscos entre dois periodos contabilisticos consecutivos temos que utilizar um conta
de Proveitos Extraordinários.
A principal característica que diferencia estes dois tipos de inventário é o facto de no primeiro
podermos permanentemente determinar, através dos registos contabilísticos, o custo das
mercadorias vendidas e das matérias consumidas. As contagens físicas efectuadas na
inventariação são muito importantes como meio de controlo.
Nas empresas que utilizam este tipo de inventário as seguintes contas vão apresentar saldos:
• 31 - Compras (devedor);
• 32 - Mercadorias (devedor).
I
28 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Para apurarmos o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (valor a constar na
conta 61), iremos:
1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências;
2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências;
3. creditar a conta de existências pelo valor dos consumos efectuados, ou seja, pelo Custo das
Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, debitando assim a conta 61 (CMVMC).
CMVMC = Ei + C - Reg - Ef
Ei - Existências inicias
C - Compras
Reg - Regularizações
Ef - Existências finais
Exemplo
Do inventário realizado em 31/12/N soube-se que as existências finais ascendem a 1.250 unidades
monetárias.
Vamos efectuar os movimentos de apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas:
1 32 - Existências
a 31 - Compras
Saldar conta de compras 100.000 100.000
------------------------//---------------------------
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 29
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
2 38 - Regularização de existências
a 32 - Existências
Saldar conta de regularizações 400 400
------------------------//---------------------------
3. creditar a conta de existências pelo valor do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas por contrapartida da conta 61.
3 61 - CMVMC
a 32 - Existências
Apuramento do CMVMC 100.350 100.350
------------------------//---------------------------
31- Compras
100.000 (1) 100.000
32 - Mercadorias
2.000 (2) 400
(1) 100.000 (3) 100.350
38 - Regularização de existências
(2) 400 400
I
30 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
A vida útil dos bens é o periodo durante o qual se reintegram ou amortizam os bens integralmente,
assim é expressa em anos ou meses.
Neste Decreto estão definidos os diversos métodos de amortização e as taxas máximas e minimas
a que as mesmas podem ser calculdas.
Assim um equipamento adquirido em 1998 pelo valor de 10.000 u.m. cuja vida util estimada é de 5
anos poderá ser amortizado nesses cinco anos em parcelas mensais de 2.000 u.m. efectuando-se
o seguinte lançamento:
1 66 – Amortizações do exercicio
662 – Imobilizações corpóreas
a 42 – Imobilizações Corpóreas
423 – Equipamento Básico
Amortização anual Máquina X 2.000 2.000
------------------------//---------------------------
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 31
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Exercícios Propostos
Tendo presentes as informações a seguir indicadas, efectue a reconciliação dos dois saldos e
prepare os lançamentos de rectificação ou de regularização a efectuar antes do encerramento
de N:
1. em 31/12/N foram considerados depositados cheques no valor de 923 u.m. que, por
problemas com o carro do paquete, apenas chegaram ao banco a 2/1/N+1;
2. estava lançado, com data de 28/12/N, no extracto de conta bancário a devolução do cheque
do cliente Alberto Lda, no valor de 800 u.m.;
4. no extracto de conta bancário está debitado o valor de 125 u.m. referente ao pagamento de
juros ocorrido em 31/12/N, a empresa ainda contabilizou este facto por não ter recebido o
respectivo aviso de débito bancário.
I
32 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Resolução
Lançamentos a realizar:
1 21 - Clientes
211 - Clientes c/c
a 12 - Depósitos à ordem
Estorno de lançamento 923 923
------------------------//---------------------------
2 21 - Clientes
211 - Clientes c/c
a 12 - Depósitos à ordem
Cheque devolvido de Alberto Lda. 800 800
------------------------//---------------------------
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 33
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
2. Com base nos elementos seguintes pretende-se que efectue a conferência da conta corrente do
fornecedor de serviços informáticos “Silva Santos Lda.”
O fornecedor informou-nos que o saldo a seu favor é de 5.800 u.m. em 31/12/N, composto
pelas seguintes facturas:
Resolução
Após a reconciliação da nossa conta com os valores apresentados pelo nosso fornecedor
constatamos que não foi efectuado o lançamento da factura 43 de 1.250 u.m., que por lapso foi
tomada por um recibo e como tal arquivada sem qualquer lançamento contabilístico.
I
34 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Informações complementares:
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 35
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
• O saldo da conta 15 - Títulos negociáveis é composto por 100 acções de valor nominal de 1.000
u.m. adquiridas por 920 u.m. cada, a cotação em 31.12/N é de 800 u.m.;
I
36 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 37
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
392 - Mercadorias
a 79 - Proveitos e ganhos extraordinários
796 - Reduções de amortizações e de provisões
7962 - Provisões 12.753 12.753
-------------------------//----------------------------
6 68 - Custos e perdas financeiras
684 - Provisões para aplicações financeiras
6841 - Títulos negociáveis
a 19 - Provisões para aplicações de tesouraria
195 - Títulos negociáveis 7.600 7.600
-------------------------//----------------------------
7 Diversos
a Diversos
Amortizações anuais
68 - Custos e perdas financeiras
683 - Amortizações de investimentos em imóveis 3.000
66 - Amortizações do exercício
662 - Imobilizações corpóreas 10.789
663 - Imobilizações incorpóreas 1.980
a 48 - Amortizações acumuladas
481 - De investimentos em imóveis 3.000
482 - De imobilizações corpóreas 20.789
483 - De imobilizações incorpóreas 1.980 25.769
------------------------//---------------------------
I
38 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
3. Renda recebida
1.300
Valor Bruto = ---------------- = 1625
0,8
6. A provisão para títulos negociáveis necessária é de 120 u.m. por cada título, ou seja:
Como existe uma provisão de 4.400 u.m. vamos constituir a diferença (7600u.m.).
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 39
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
4. BALANCETE RECTIFICADO
Exemplo
• Amortizações do exercício.
• Não se encontram ainda contabilizadas as férias e subsidio de férias a liquidar no ano N+1,
o valor mensal é de 30.000 u.m. e os encargos sociais ascendem a 23,75%.
Para obtermos o balancete rectificado temos que efectuar estes movimentos de regularização.
Vamos efectuá-los no Diário e no Razão e, posteriormente, elaboramos o balancete rectificado:
I
40 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Balancete de 1º grau
Empresa “Luar de Agosto” unid:u.m.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 41
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
42 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
(9) Diversos
a 273 Acréscimos de custos
Remunerações a liquidar (3)
642 Remunerações do pessoal 60.000
645 Encargos sobre remunerações 14.250 74.250
------------------//------------------
(1) O Custo das mercadorias vendidas e consumidas (CMVC)é calculado da seguinte forma:
CMVC = 1.349.566
(2) O Custo das matérias primas consumidas (CMPC) é calculado da seguinte forma:
CMPC = 140.238
321 - Mercadorias
239.970 (3) 1.349.566
(1) 1.476.555
1.716.525 1.349.566
Saldo devedor de 366.959
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 43
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
31 - Compras
1.766.151 121.532
(1) 1.476.555
(2) 168.064
1.766.151 1.766.151
Conta saldada
227.954 140.238
Saldo devedor de 87.716
1.489.804
Saldo devedor de 1.489.804
66 - Amortizações do exercício
(5) 81.708
(6) 6.895
88.603
Saldo devedor de 88.603
48 - amortizações acumuladas
42.452 504.804
(5) 81.708
(6) 6.895
42.452 593.407
Saldo credor de 550.955
I
44 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
68 - Custos financeiros
121.612 2.348
(7) 2.704
124.316 2.348
Saldo devedor de 121.968
27 - Acréscimos e diferimentos
69.745 152.293
(8) 3.260 (7) 2.704
(9) 74.250
73.005 229.247
Saldo credor de 156.242
579.231 37.512
Saldo devedor de 541.719
543.677
Saldo devedor de 543.677
Balancete de 1º grau
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 45
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
46 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 47
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Resolução
Vamos apurar o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas, sabendo que as
existências finais apuradas pelo Inventário são de 165.754 u.m.:
32 Existências
321 Mercadorias
a 31 Compras
312 Mercadorias
Transferência das compras 1.639.067 1.639.067
------------------//------------------
61 Custo das mercadorias vendidas
e das matérias consumidas
612 Mercadorias
a 32 Existências
321 Mercadorias
Apuramento do custo das 1.797.513 1.797.513
mercadorias vendidas
------------------//------------------
I
48 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
21 Clientes 382.867 0
32 Mercadorias 165.754 0
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo merc. vendidas e mat. Cons. 1.797.513 0
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 49
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
5. APURAMENTO DE RESULTADOS
Tendo por objectivo final apurar o valor do resultado líquido do exercício que estamos a encerrar,
vamos transferir os saldos das contas de Custos e Perdas e de Proveitos e Ganhos para as
principais contas de Resultados, e fazer transferências entre saldos das próprias contas de
Resultados.
Conta 63 - Impostos
Conta 71 - Vendas
I
50 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Classe 8 - Resultados
pelo que,
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 51
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
• A débito
• A crédito
Esquematicamente:
81 - Resultados
Débito Crédito
Operacionais
Conta 61 → ← Conta 71
Conta 62 → ← Conta 72
Conta 63 → ← Conta 73
Conta 64 → ← Conta 74
Conta 65 → ← Conta 75
Conta 66 → ← Conta 76
Conta 67 →
Existências Iniciais: Existências Finais:
Conta 33 → ← Conta 33
Conta 34 → ← Conta 34
Conta 35 → ← Conta 35
I
52 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exemplo
1. Sabendo a empresa Fruta Verde apresenta os seguintes dados. Vamos calcular os diversos
tipos de resultados:
32 - Existências iniciais de mercadorias 5.000 u.m.
32 - Existências finais de mercadorias 7.000 u.m
31 - Compras 100.000 u.m.
61 - Custo das mercadorias vendidas 98.000 u.m.
62 - Fornecimentos e serviços externos 25.000 u.m.
64 - Custos com o pessoal 15.000 u.m.
68 - Custos e perdas financeiros 4.500 u.m.
69 - Custos e perdas extraordinários 8.050 u.m.
71 - Vendas 140.000 u.m
73 - Proveitos suplementares 1.200 u.m.
79 - Proveitos e ganhos extraordinários 10.000 u.m.
Saldo = 0
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 53
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Saldo = 0
Saldo = 0
71 - Venda de mercadorias
(1) 140.000 140.000
Saldo = 0
73 - Proveitos suplementares
(2) 1.200 1.200
Saldo = 0
81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
Saldo 3.200
Credor
141.200 141.200
O resultado financeiro resulta da comparação dos saldos das contas 68 - Custos e perdas
financeiros e da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros.
I
54 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
É movimentada:
Esquematicamente:
Conta 68 → ← Conta 78
82 - Resultados financeiros
(3) 4.500
Esta conta pode ser ou não movimentada, desse facto dependerá a forma de apuramento do
resultado na conta 85 - Resultado antes de impostos.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 55
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
• 81 - Resultados Operacionais, e,
• 82 - Resultados Financeiros
Esquematicamente:
83 - Resultados
Débito Crédito
Correntes
Conta 81 e 82 → ← Conta 81 e 82
quando quando
saldo devedor saldo credor
82 - Resultados financeiros
(3) 4.500 (4) 4.500
I
56 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
(5) 3.200
141.200 141.200
83 - Resultados Correntes
(4) 4.500 (5) 3.200
O resultado extraordinário resulta da comparação dos saldos das contas 69 - Custos e perdas
extraordinários e da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários.
É movimentada:
Esquematicamente:
84 - Resultados
Débito Crédito
Extraordinários
Conta 69 → ← Conta 79
(6) 84 Resultados
Extraordinários
a 69 Custos e perdas
extraordinárias
Transferência dos custos 8.050 8.050
extraordinários
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 57
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
84 - Resultados Extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
Esta conta tem movimentação facultativa, dela dependendo a forma de movimentação da conta 88
- Resultado liquido do exercício.
Este apuramento faz-se na conta 85 e esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da
movimentação ou não da conta 83 - Resultados Correntes, como anteriormente referimos.
Se tivermos utilizado a conta 83 esta conta receberá os saldos das contas movimentadas
anteriormente:
• 83 - Resultados Correntes, e,
• 84 - Resultados Extraordinários.
I
58 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Esquematicamente:
85 - Resultados antes de
Débito Crédito
impostos
Conta 83 e 84 se → ← Conta 83 e 84 se
saldo devedor saldo credor
83 - Resultados correntes
(4) 4.500 (5) 3.200
(8) 1.300
(9) 84 Resultados
extraordinárias
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos 1.950 1.950
resultados
extraordinários
84 - Resultados extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
(9) 1.950
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 59
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Alternativamente
• 81 - Resultados operacionais;
• 82 - Resultados financeiros, e,
• 84 - Resultados extraordinários
Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.
Esquematicamente:
85 - Resultados antes de
Débito Crédito
impostos
81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
(10) 3.200
141.200 141.200
I
60 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
82 - Resultados financeiros
(3) 4.500 (11) 4.500
(12) 84 Resultados
extraordinários
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos 1.950 1.950
resultados
extraordinários
84 - Resultados extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
(12) 1.950
O resultado antes de impostos apurado é de 650 u.m., saldo credor da conta 85.
Numa economia sujeita a imposto sobre o rendimento, no caso português o IRC - Imposto sobre o
Rendimento das pessoas Colectivas, este valor tem que ser expresso nas contas das empresas:
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 61
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
É uma realidade cuja movimentação não se limita às contas da classe 8 - Resultados e que
engloba dois movimentos:
Vamos considerar que no nosso exemplo o valor da estimativa é de 34% para IRC, incidindo a taxa
de derrama de 10%, ou seja (34% x 1,1 = 37,4%)
I
62 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Este apuramento faz-se na conta 88. Esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da
movimentação ou não das contas 83 - Resultados Correntes e 85 - Resultados Correntes, como
anteriormente referimos.
Consoante a conta 84 apresente saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a
crédito a conta 88 - Resultado Líquido do Exercício.
Esquematicamente:
88 - Resultado liquido do
Débito Crédito
exercício
Conta 86 →
Conta 85 se → ← Conta 85 se
saldo devedor saldo credor
• 81 - Resultados operacionais;
• 82 - Resultados financeiros,
• 84 - Resultados extraordinários, e,
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 63
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 88 - Resultado liquido do exercício.
Esquematicamente:
88 - Resultado liquido do
Débito Crédito
exercício
Conta 86 →
Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84
se saldo devedor se saldo credor
88 - Resultado liquido do
Débito Crédito
exercício
I
64 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exercício de Aplicação 2
Do Balancete rectificado antes do apuramento de resultados apenas nos interessam as contas das
classes 6 e 7 e as informações referentes às suas existências de produtos acabados:
Balancete de 1º grau
unid:u.m.
Empresa “Luar de Agosto”
Conta Descrição Acumulados anuais Saldo
Sabendo que:
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 65
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
(1) Diversos
a 81 Resultados Operacionais
Transferência de Proveitos
71 Vendas 2.749.619
72 Prestação de serviços 23.253
73 Proveitos suplementares 4.655 2.777.527
------------------//----------------
(2) 81 Resultados operacionais
a Diversos
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias 1.489.804
vendidas
a 62 Fornecimentos e serviços 541.719
externos
a 63 Impostos 18.767
a 64 Custos com pessoal 543.677
a 65 Outros custos operacionais 1.206
a 66 Amortizações do exercício 88.603 2.683.776
-----------------//----------------
(3) 82 Resultados financeiros
a 68 Custos e perdas financeiras
Transferência de Custos 121.968 121.968
financeiros
-----------------//----------------
(4) 78 Proveitos e ganhos
financeiros
a 82 Resultados financeiros
Transferências de proveitos 36.562 36.562
financeiros
-----------------//----------------
I
66 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 67
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
1.489.804 1.489.804
541.719 541.719
63 - Impostos
18.767 (2) 18.767
18.767 18.767
543.677 543.677
1.206 1.206
66 - Amortizações do exercício
88.603 (2) 88.603
88.603 88.603
I
68 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
121.968 121.968
53.027 53.027
71 - Vendas
(1) 2.749.619 2.749.619
2.749.619 2.749.619
72 - Prestações de serviços
(1) 23.253 23.253
23.253 23.253
73 - Proveitos suplementares
(1) 4.655 4.655
4.655 4.655
36.562 36.562
4.277 4.277
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 69
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
81 - Resultados operacionais
(2) 1.489.80 (1) 2.749.619
(2) 541.719 (1) 23.253
(2) 18.767 (1) 4.655
(2) 543.677
(2) 1.206
(2) 88.603
(6) 93.751
2.777.527 2.777.527
82 - Resultados financeiros
(3) 121.968 (4) 36.562
(5) 85.406
121.968 121.968
83 - Resultados correntes
(5) 85.406 (6) 93.751
(9) 8.345
93.751 93.751
84 - Resultados extraordinários
(7) 53.027 (8) 4.277
(10) 48.750
53.027 53.027
I
70 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
48.750 48.750
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 71
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Exercício de Aplicação 3
I
72 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
1 Diversos
a 81 Resultados Operacionais
Transferência de Proveitos
a 71 Vendas 3.041.333
a 72 Prestação de serviços 36.200 3.077.533
----------------//----------------
2 81 Resultados operacionais
a Diversos
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias vendidas 1.797.513
a 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792
a 64 Custos com pessoal 861.300
a 66 Amortizações do exercício 22.769
a 67 Provisões do exercício 8.153 2.949.527
----------------//----------------
3 82 Resultados financeiros
a 68 Custos e perdas financeiras
Transferência de custos financeiros 65.533 65.533
----------------//----------------
4 78 Proveitos e ganhos financeiros
a 82 Resultados financeiros
Transferências de proveitos financeiros 33.842 33.842
----------------//----------------
5 83 Resultados Correntes
a 82 Resultados Financeiros
Transferência do resultado financeiro 31.691 31.691
----------------//----------------
6 81 Resultados Operacionais
a 83 Resultados Correntes
Transferência de Resultados Operacionais 128.006 128.006
----------------//----------------
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 73
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
7 84 Resultados Extraordinários
a 69 Custos e perdas extraordinárias
Transferência dos custos extraordinários 11.200 11.200
----------------//----------------
8 79 Proveitos e ganhos extraordinárias
a 84 Resultados Extraordinários
Transferência dos proveitos extraordinários 25.020 25.020
----------------//----------------
9 83 Resultados correntes
a 85 Resultados antes de impostos
Transferência dos resultados correntes 96.315 96.315
----------------//----------------
10 84 Resultados extraordinários
a 85 Resultados antes de impostos
Transferência dos resultados extraordinários 13.820 13.820
----------------//----------------
11 86 Estimativa de IRC
a 24 Estado e outros entes públicos
Estimativa de IRC 37.446 37.446
----------------//----------------
12 88 Resultado liquido do exercício
a 86 Estimativa de IRC
Estimativa de IRC 37.446 37.446
----------------//----------------
13 85 Resultados antes de impostos
a 88 Resultado liquido do exercício
Apuramento do resultado liquido do exercício 110.135 110.135
I
74 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
1.797.513 1.797.513
259.792 259.792
861.300 861.300
8.153 8.153
66 - Amortizações do exercício
22.769 (2) 22.769
22.769 22.769
65.533 65.533
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 75
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
11.200 11.200
71 - Vendas
(1) 3.041.333 3.041.333
3.041.333 3.041.333
72 - Prestações de serviços
(1) 36.200 36.200
36.200 36.200
33.842 33.842
25.020 25.020
81 - Resultados operacionais
(2) 1.797.513 (1) 3.041.333
(2) 259.792 (1) 36.200
(2) 861.300
(2) 8.153
(2) 22.769
(6) 128.006
3.077.533 3.077.533
I
76 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
82 - Resultados financeiros
(3) 65.533 (4) 33.842
(5) 31.691
65.533 65.533
83 - Resultados correntes
(5) 31.691 (6) 128.006
(9) 96.315
128.006 128.006
84 - Resultados extraordinários
(7) 11.200 (8) 25.020
(10) 13.820
25.020 25.020
37.446 37.446
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 77
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
6. BALANCETE FINAL
Balancete Final também designado por Balancete de apuramento de resultados, neste as contas
das classes 1, 2, 3,4 e 5, evidenciam os saldos de acordo com o inventário, as classes 6 e 7,
encontram-se saldadas e das contas da classe 8 - Resultados apenas a 88 - Resultados Líquidos
do exercício apresenta o resultado gerado apurado nesse exercício após a consideração da
estimativa de imposto a pagar.
Este balancete designa-se por final porque é com base nele que se elaboram os balanços finais e
se efectuam os lançamentos de fecho do exercício.
Exemplo de Aplicação 1
Retomando os nossos exemplos anteriores para a empresa Luar de Agosto o Balancete Final será
o seguinte:
I
78 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 79
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689
Total 1.272.487 1.272.487
I
80 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exercícios Propostos
1. Sr. Joaquim não tem conhecimentos de contabilidade e utiliza um sistema em que todos os
factos modificativos que ocorrem na sua empresa são “contabilizados” numa conta de Perdas e
Ganhos.
Sabendo que no ano passado ocorreram os movimentos a seguir indicados, determine o saldo
dessa conta:
Na sua qualidade de estudante de contabilidade explique ao Sr. Joaquim de que forma a sua
conta de Perdas e Ganhos deve ser encarada do ponto de vista contabilístico, nomeadamente
explicando-lhe as contas apropriadas e demonstrando o resultado obtido.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 81
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
A nível financeiro, patrimonial e monetário vamos elaborar, o Balanço, a Demonstração das Origens
e Aplicações de Fundos e a Demonstração de Fluxos de Caixa.
I
82 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Estes documentos, são apresentados pelo Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 2:
• Balanço;
Todas as empresas que apliquem o Plano Oficial de Contabilidade são obrigadas a elaborar este
conjunto de informação, nomeadamente as referidas no nº 1 do artigo 2º do Decreto-lei 410/89:
• Empresas públicas;
• Cooperativas;
• Outras entidades que, por legislação especifica, já se encontrem sujeitas à sua adopção ou
venham a estar.
De salientar que o Plano Oficial de Contabilidade não se aplica aos bancos e empresas financeiras,
às empresas de seguros ou a outras entidades para as quais esteja prevista a utilização de planos
específicos.
• Objectivos:
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 83
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
• Características qualitativas
1. A informação deve ser compreensível para poder ser utilizada pelos utentes, pois só assim
esta informação se torna útil;
Relevante - toda aquela informação cuja omissão pode alterar as decisões tomadas pelos
utentes;
I
84 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Resoluções
1. Determinação do resultado:
1. 71 - Vendas 12.567
2. 61 - Custo das Mercadorias Vendidas e 6.421
Consumidas
3. Margem nas Vendas (1-2) 6.146
4. 62 - Fornecimentos e Serviços Externos 499
5. 63 - Impostos 15
6. 64 - Custos com o Pessoal 2.340
7. 66 - Amortizações do Exercício 1.600
8. 68 - Custos e Perdas Financeiras 435
9. 68 - Custos e Perdas Financeiras 50
10. Total de custos Operacionais e Financeiros 4.889
11. Resultado 1.257
1.000 = D + (-117)
D = 1.000 + 117
D = 1.117
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 85
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
C = 1.117 - 100
C = 1.017
100 = 450 - B
B = 350
Para determinarmos o valor de A - Custo das mercadorias Vendidas e Consumidas vamos partir do
Resultado Operacional e do Total de Proveitos para determinarmos o Total de Custos e
posteriormente o nosso A:
Total de Custos Operacionais = A + 5.420 + 198 + 2.130 + 200 + 453 + 1.500 = A + 9.901
A = 11.282
I
86 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 87
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
7. BALANÇO
Como pode ser observado no capítulo 6 do Plano Oficial de Contabilidade são apresentados dois
tipos de Balanços:
• Balanço Analítico;
• Balanço Sintético.
ou Vertical:
Activo
I
88 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
1 2 3 4 5 6 7
A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilística nº4.
• coluna 4 - AB - valores de Activo Bruto, ou seja os valores constantes nas contas de activo não
modificados por qualquer amortização ou provisão;
A coluna 7 destina-se ao valor do Activo Líquido do exercício económico anterior, para cada uma
das rubricas apresentada
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 89
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
1 2 3 4 5
A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilística nº4.
I
90 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 91
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Passivo:
B 29 Provisões para riscos e encargos X X
C 21 a 26 Dívidas a terceiros:
médio e longo prazo X X
curto prazo X X
X X
D 27 Acréscimos e diferimentos: X X
Total do passivo X X
Total do capital próprio e do X X
passivo
I
92 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exercício de Aplicação 1
Com base no balancete rectificado da empresa Luar de Agosto vamos elaborar o seu Balanço para
o ano em curso. Como não dispomos de elementos sobre os valores do ano anterior não
colocamos as colunas respectivas:
Acumulados anuais
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Saldo
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 93
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Acumulados anuais
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Saldo
I
94 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 95
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Saldo
Conta Descrição Saldo credor
devedor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo Merc. Vend. Mat. Cons. 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689
Total 1.272.487 1.272.487
I
96 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 97
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
8. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
A primeira respeita a classificação de custos e perdas, proveitos e ganhos apresentada pelo Plano
Oficial de Contabilidade, pelo que é também denominada de Demonstração de resultados por
Natureza.
Horizontal:
Resumo
I
98 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
ou Vertical:
Custos e Perdas
Proveitos e Ganhos
Resumo
1 2 3 4 5 6 7
A coluna 1 destina-se ao código de contas da CEE de acordo com a Directiva Contabilistica nº4.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 99
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
• operacionais;
• financeiros;
• correntes;
• antes de impostos, e,
I
100 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
B Proveitos e ganhos
71+72 Vendas e prestações de serviços X X
Variação da produção ±X ±X
75 Trabalhos para a própria empresa X X
74 Subsídios à exploração X X
73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais X X X X
(B) X X
784 Rendimentos de participações de capital X X
Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações X X
financeiras
Outros juros e proveitos similares X X X X
(D) X X
79 Proveitos e ganhos extraordinários X X
(F) X
Resumo:
Resultados operacionais (B) - (A) =
Resultados financeiros (D-B) - (C-A) =
Resultados correntes (D) - (C) =
Resultados antes de impostos (F) - (E) =
Resultado líquido do exercício (F) - (G) =
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 101
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Exercício de Aplicação 2
Para tal temos que ter presente o balancete antes de apuramento de resultados, respeitante às
contas da classe 6 e 7:
Acumulados anuais
Descrição
Débito Crédito Saldo
61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603
68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 -2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 -23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 -4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 -36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 -4.277
I
102 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Resolução
Custos e perdas
61 Custo das Merc. Vend. e das Mat. Cons. 1.489.804
62 Fornecimentos e serviços externos 541.719 2.031.523
Custos com o pessoal:
641+6 Remunerações 450.000
42
643 a Encargos sociais 93.677 543.677
648
66 Amortizações do imobilizado corp. e incorp. 88.603
67 Provisões 0 88.603
63 Impostos 18.767
65 Outros custos e perdas operacionais 1.206 19.973
(A) 2.683.776
683+6 Amort. e prov. de aplic. e inv. financeiros 0
84
Juros e custos similares 121.968 121.968
(C) 2.805.754
69 Custos e perdas extraordinárias 53.027
(E) 2.858.781
86 Imposto sobre o rendimento do exercício 0
(G) 2.858.781
88 Resultado Liquido do exercício (40.405)
2.818.366
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 103
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Proveitos e ganhos
71+72 Vendas e prestações de serviços 2.772.872
Variação da produção
75 Trabalhos para a própria empresa
74 Subsídios à exploração
73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais 4.655 2.777.527
(B) 2.777.527
784 Rendimentos de participações de capital
Rend. de Tít. Neg. e de outras apl. Financ.
Outros juros e proveitos similares 36.562 36.562
(D) 2.814.089
79 Proveitos e ganhos extraordinários 4.277
(F) 2.818.366
Resumo:
Resultados operacionais (B) - (A) = 93.751
Resultados financeiros (D-B) - (C-A) = -85.406
Resultados correntes (D) - (C) = 8.345
Resultados antes de impostos (F) - (E) = -40.405
Resultado líquido d exercício (F) - (G) = -40.405
I
104 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Parafusos Unidos
Custos e perdas
61 Custo das merc. Vend. e das mat. Cons. 1.797.513
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 2.057.305
Custos com o pessoal:
641/ 2 Remunerações 600.000
643/8 Encargos sociais 261.300 861.300
66 Amortizações do imobilizado corp. e inc. 22.769
67 Provisões 8.153 30.922
63 Impostos 0
65 Outros custos e perdas operacionais 0
(A) 2.949.527
683/4 Amort. e prov. de aplic. Inv. Financeiros 0
Juros e custos similares 65.533 65.533
(C) 3.015.060
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200
(E) 3.026.260
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 105
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
128.006
-31.691
96.315
110.135
72.689
I
106 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exercícios
N N-1
1 Vendas e prestações de serviços
2 Custo das vendas e prestações de serviços
3 Resultados brutos
4 Custos de distribuição
5 Custos administrativos
6 Outros proveitos operacionais
Resultados operacionais
7 Rendimentos de participações de capital
Relativos a empresas interligadas
Relativos a outras empresas
8 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras
aplicações financeiras
Relativos a empresas interligadas
Outros
9 Outros juros e proveitos similares
Relativos a empresas interligadas
Outros
10 Amortizações e provisões de aplicações e
investimentos financeiros
11 Juros e custos similares
Relativos a empresas interligadas
Outros
Resultados correntes
14 Proveitos e ganhos extraordinários
15 Custos e perdas extraordinárias
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimentos do exercício
19 Resultado líquido do exercício
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 107
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
1. Em caixa havia apenas 10 u.m. sendo que a diferença de 7 u.m. respeita a uma despesa por
regularizar do tesoureiro.
I
108 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
2. O saldo de depósitos à ordem do banco com que a empresa trabalha apresentava um saldo de
4.500 u.m., sendo a diferença explicada por:
2. Estar por contabilizar o valor de juros pagos em 30/12/N referentes ao empréstimo que
terminou nessa data, os juros ascendem a 653 u.m.;
4. Está por contabilizar o pagamento da renda de janeiro do escritório, no valor de 500 u.m., esta
renda foi paga por cheque. Está também por contabilizar uma factura de compra de material
de escritório no valor de 100 u.m. e IVA a 17%;
• As existências em armazém foram avaliadas em 500 u.m., o preço de mercado era inferior em
40 u.m. ao valor de aquisição relativamente às 50 unidades armazenadas;
• O saldo devedor da conta 24 respeita a pagamentos por conta de IRC e o valor a crédito
respeita a IRS retido em salários e IVA a entregar ao Estado.
Este exercício tem por objectivo aplicar todos os elementos estudados nesta unidade temática,
desde os lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 109
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
110 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
3. Não estão ainda contabilizadas as férias e o subsidio de férias a apagar no ano N+1 referentes
ap ano N, o valor mensal é de 1.617 u.m. estando previsto um acréscimo de 3% e uma taxa de
encargos patronais de 23,755.
4. Sabe-se que no saldo de clientes existem dividas em mora com o seguinte escalonamento
temporal, a 30 dias, 1.000 u.m., a 150 dias, 200 u.m. e a 370 dias, 800 u.m..
5. As existências finais ascendem a 9.500 u.m..
Tem este exercício por objectivo aplicar todos os elementos estudados neste capítulo, desde os
lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 111
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
112 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
2. Faltavam contabilizar os juros vencidos do depósito a prazo desde 1/9/N à taxa de 5% e cujo
pagamento ocorrerá em 1/3/N+1.
4. A inventariação física das existências mostrou que as mesmas valem 30.000 u.m. ao seu preço
de custo, verificando-se uma quebra face ao valor de mercado de 1.950 u.m..
6. O valor de férias e subsidio de férias ascendem a 5.000 u.m. por mês estando previsto um
aumento de 3% e encargos sociais obrigatórios de 23.75%.
7. Estava paga a renda do armazém referente ao mês de Janeiro do ano N+1 no valor de 200 u.m.
Tem este exercício por objectivo aplicar todos os elementos estudados neste capítulo, desde os
lançamentos de rectificação até à elaboração das Demonstrações Financeiras.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 113
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Trata-se de uma lista de 48 pontos, nem todos são preenchidos por todas as empresa, e também
alguns dos pontos estão em branco para serem preenchidos face às necessidades de cada
empresa;
1. Indicar e analisar as disposições do Plano Oficial de Contabilidade que não tenham sido
devidamente aplicadas, quantificando o seu impacto nas Demonstrações Financeiras.
2. Indicar e comentar as contas em que os métodos aplicados sejam diferentes dos do exercício
anterior, para se poderem comparar.
I
114 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Activo Bruto
Imobilizações
Incorpóreas:
(discriminar)
Imobilizações corpóreas:
(discriminar)
Imobilizações
financeiros:
(discriminar)
Amortizações e provisões
Imobilizações Incorpóreas:
(discriminar)
Imobilizações corpóreas:
(discriminar)
Imobilizações financeiros:
(discriminar)
11. Indicação dos custos incorridos no exercício no recursos a empréstimos para financiamento de
imobilizações em construção e que tenham ficado terminadas neste exercício.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 115
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
12. Indicação dos diplomas legais à luz dos quais se efectuaram as reavaliações do imobilizado.
13. Elaboração de mapa discriminativo das reavaliações, indicando rubrica a rubrica o custo
histórico, o valor de acréscimo provocado pela reavaliação e o valor após a reavaliação.
14. Indicar para as imobilizações corpóreas e em curso as suas características no tocante a origem,
financiamento e prazos de conclusão.
15. Indicação dos bens utilizados em locação financeira e respectivos valores contabilisticos.
17. Indicação das parcelas integradas em “Títulos negociáveis” cujo peso seja superior a 5% do
activo circulante da empresa.
20. Justificação da atribuição de valor inferior ao do valor de mercado a bens do activo circulante.
24. Indicação de eventuais movimentos financeiros verificados entre a empresa e os seus órgãos
de administração, de direcção e de fiscalização, no tocante a adiantamentos ou empréstimos.
26. Valor de dividas tituladas que no balanço não evidenciem tal característica.
27. Quantidades e valores de títulos emitidos pela empresa com indicação dos direitos que
conferem.
33. Indicação de eventuais diferenças entre as dividas a pagar e quantias já recebidas por conta
dessas dividas.
I
116 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
36. Numero de acções e seu valor nominal que compõem o capital social da empresa.
40. Explicitação de outras alterações nas rubricas de capitais próprios, ainda não referidas.
44. Repartição dos valores apresentados nas contas 71 - Vendas e 72 - Prestação de serviços pelo
mercado interno e externo.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 117
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
• etc.
Origem de fundos é considerada toda a fonte de fundos próprios ou alheios que nos permitem
financiar a vida da empresa e que se vão reflectir em:
Aplicação de fundos é o destino dado a todos os fundos obtidos pela empresa e que se vão
materializar em:
I
118 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
2. Renegociação de uma dívida de curto prazo por utilização de um novo empréstimo de médio e
longo prazo:
4. Aplicação financeira:
De todos os custos reflectidos na Demonstração de Resultados existem dois tipos de custos a que
não estão associados desembolsos de fundos, são eles:
• as amortizações, e
• as provisões.
Estamos perante dois tipos de movimentos que não se traduzem em pagamentos, logo os valores
recuperados nas vendas para suportar estes dois tipos de custos são também uma origem de
fundos, surgindo a noção de Autofinanciamento, ou seja, todos os fundos gerados e que
permanecem ao serviço da empresa, ou seja:
• Resultados Líquidos;
• Amortizações;
• Provisões.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 119
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Para elaborarmos a DOAF necessitamos de ter os Balanços de dois anos sucessivos da empresa,
com base nestes elementos são elaborados três mapas:
• a Demonstração das Origens e Aplicação de Fundos, que nos apresenta as variações nas
rubricas de natureza permanente, ou seja de médio e longo prazo e onde vamos encontrar uma
linha com o resultado da Demonstração das Variações de fundos Circulantes (aumento ou
diminuição dos fundos circulantes).
I
120 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Activo
Imobilizados
Existências
Dividas de terceiros
Médio e longo prazo
Curto prazo
Disponibilidades
Total
Capital próprio
Capital
Reservas
Resultados
Passivo
Dividas a terceiros
Médio e longo prazo
Curto prazo
Total
Os valores para preenchimento deste mapa são obtidos directamente do mapa de mutação de
valores, compreendem todas as rubricas de curto prazo e permite-nos obter o resultado verificado
nos findos circulantes.
As rubricas de médio e longo prazo serão tratadas na elaboração da DOAF.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 121
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Internas Distribuições
Resultado liquido do exercício ±x Por aplicação de resultados x
Amortizações ±x Por aplicação de reservas x x
Variação de provisões ±x ±x
Diminuições de capitais próprios
Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares x
Aumentos dos capitais próprios:
Aumentos de capital e prestações suplementares x Movimentos financeiros a médio e longo prazo:
Aumentos de prémios de emissão e de reservas especiais x Aumentos de investimentos financeiros x
Cobertura de prejuízos x x Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo x
Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo x x
Diminuições de investimentos financeiros x
Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo x Aumento de imobilizações
Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo x x Trabalhos da empresa para ela própria x
Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações x x
Cessão de imobilizações x
I
122 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Todas as rubricas devem ser desdobradas de acordo com os balanços de cada empresa.
Origens internas:
3. Variação de provisões - vamos determinar a diferença entre o saldo do final do ano anterior e
o saldo final do ano em causa, relativamente a todas as provisões constantes do balanço, por
exemplo:
A rubrica “Variação de provisões” origem terá sinal negativo e valor de 5.000 u.m.
Origens externas:
Nestas rubricas apenas se consideram as entradas de “dinheiro fresco”, não são consideradas
as outras formas de aumento de capital ou de cobertura de prejuízo, nomeadamente por
incorporação de reservas;
2. Movimentos financeiros a médio e longo prazo - resultam da comparação dos dois balanços,
obtêm-se directamente do mapa de mutação de balanços;
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 123
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Aplicações
1. Distribuições
3. Movimentos financeiros a médio e longo prazo - determinam-se pelas variações dos dois
balanços, obtêm-se directamente do mapa de mutação de valores.
Exemplo de Aplicação 1
ACTIVO
I
124 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
CAPITAL PRÓPRIO E
PASSIVO
Capital 4.000 10.000 6.000
Reservas 1.300 2.000 700
Resultados transitados 840 0 -840
Resultado liquido do exercício 1.660 2.400 740
Empréstimos obtidos m/l prazo 0 1.000 1.000
Fornecedores C/C 8.900 8.700 -200
Estado e outros entes públicos 900 1.900 1.000
Total 17.600 26.000 8.400
E ainda que:
1. Foram vendidos imobilizados corpóreos, por 60 u.m., que estavam integralmente amortizados e
cujo custo de aquisição tinha sido 800 u.m..
2. O acréscimo das reservas (de 1.300 para 2.000) resultou da reavaliação dos imobilizados
corpóreos. Esta reavaliação provocou um acréscimo nos valores de aquisição de 1.200 u.m..
3. No ano N+1 os resultados foram afectados da seguinte forma: 1.700 u.m. para accionistas e
800 u.m. para aumento de capital.
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 125
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Resolução
Deste investimento há uma parte que se encontrava em Imobilizado em Curso pelo que o
Investimento de Imobilizado Corpóreo a considerar é de
I
126 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Nesta equações encontramos duas incógnitas vamos ter que determinar em primeiro lugar o
acréscimo de amortizações acumuladas provocado pela Reavaliação do Imobilizado:
+ 1.200 - X = 700
X = 500 u.m.
Neste momento já podemos resolver o nosso problema e determinar o valor das amortizações do
exercício:
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 127
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
128 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Internas Distribuições
Resultado liquido do exercício 2.400 Por aplicação de resultados 1.700
Amortizações 1.200 Por aplicação de reservas 1700
Variação de provisões 130 3.730
Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 200
Diminuições de investimentos financeiros
Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo prazo Aumento de imobilizações
Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 1.000 1.000 Trabalhos da empresa para ela própria
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 129
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
2. As amortizações do exercício foram de 400 u.m para imobilizado corpóreo e 60 u.m. para
imobilizado incorpóreo;
3. Houve uma reavaliação do imobilizado corpóreo no ano N+1, tendo-se calculado uma reserva
de reavaliação de 800 u.m.;
4. Foi alienado um equipamento que se encontrava amortizado em 50%, tendo o seu custo sido de
280 u.m..
5. Durante o ano N+1 foram adquiridos 10% do capital da empresa ZAS LDA, no valor de 600
u.m., foi também alienada a quota que detinha na TRUZ.
I
130 Guia do Formador Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Resolução
Nesta equações encontramos duas incógnitas vamos ter que determinar em primeiro lugar o
acréscimo de Imobilizado provocado pela Reavaliação do Imobilizado:
I
Contabilidade Geral II Guia do Formador 131
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
132 Guia do Formador Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Podemos finalmente preencher o mapa de Dotação de Origens e Aplicação de Fundos Demonstração da origem e da aplicação de fundos
Internas Distribuições
Resultado liquido do exercício 200 Por aplicação de resultados
Amortizações 460 Por aplicação de reservas
Variação de provisões -6 654
Diminuições de capitais próprios
Externas Diminuições de capital e de prestações suplementares
Aumentos dos capitais próprios:
Aumentos de capital e prestações suplementares 400 Movimentos financeiros a médio e longo prazo:
Aumentos de prémios de emissão e de reservas Aumentos de investimentos financeiros 600
especiais
Cobertura de prejuízos 120 520 Aumentos das dívidas de terceiros a médio e longo prazo
Movimentos financeiros a médio e longo prazo: Diminuições das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 600
Diminuições de investimentos financeiros 540
Diminuições das dívidas de terceiros a médio e longo Aumento de imobilizações
prazo
Aumentos das dívidas a terceiros a médio e longo prazo 540 Trabalhos da empresa para ela própria
Diminuição de imobilizações Aquisição de imobilizações 1.260 1.260
Cessão de imobilizações
Diminuição dos fundos circulantes 146 Aumento dos fundos circulantes
1.860 1.860
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 133
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
134 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Conta
Nr. Descrição Conta creditada Valor
debitada
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 135
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I
136 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exercício de Aplicação 1
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo Mercadorias Vendidas Mat. Cons. 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689
Total 1.272.487 1.272.487
Resolução
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 137
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Conta Conta
Nr. Descrição Valor
debitada creditada
1 Fecho do exercício., pelo saldo das contas 11 14.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 12 123.467
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 15 92.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 21 382.867
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 10.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 83.333
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 860
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 32 165.754
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 41 200.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 42 176.133
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 43 16.333
1.272.487
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 19 12.000
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 22 284.400
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 24 129.446
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 26 15.333
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 27 34.050
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 28 17.620
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 29 16.600
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 39 3.580
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 48 108.769
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 51 333.333
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 59 30.667
Fecho do exercício, pelo saldo das contas 88 72.689
1.272.487
I
138 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Saldo Saldo
Conta Descrição
devedor credor
11 Caixa 0 0
12 Depósitos à ordem 0 0
15 Títulos negociáveis 0 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 0
21 Clientes 0 0
22 Fornecedores 0 0
24 Estado e outros entes públicos 0 0
27 Acréscimos e diferimentos 0 0
26 Outros devedores e credores 0 0
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 0
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 0
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 0 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 0
41 Investimentos financeiros 0 0
42 Imobilizações corpóreas 0 0
43 imobilizações Incorpóreas 0 0
48 Amortizações acumuladas 0 0
51 Capital 0 0
55 Reservas 0 0
59 Resultados transitados 0 0
61 Custo Mercadorias Vendidas Mat. Cons. 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Líquido do exercício 0 0
Total 0 0
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 139
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Exercício de Aplicação 2
I
140 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Acumulados anuais
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Saldo
78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 21.115 21.115 0
81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0
82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0
83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0
84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0
85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0
88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405
Total 37.533.747 37.533.747 0
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 141
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Resolução
Conta Conta
Nr. Descrição Valor
debitada creditada
I
142 Guia do Formando Contabilidade Geral II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Resumo
I
Contabilidade Geral II Guia do Formando 143
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Balanço - mapa financeiro que nos transmite a posição da empresa no dia em que é elaborado,
evidenciando todos os direitos e obrigações de que a empresa é titular
Demonstração de Origem e Aplicações de Fundos - mapa financeiro que nos informa sobre o
natureza dos movimentos financeiros verificados entre dois períodos sucessivos
I
144 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
CONTABILIDADE
GERAL II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Objectivos
Temas:
2. Aplicação de resultados
• Resumo
• Questões e Exercícios
• Resoluções
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 147
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
No início de cada exercício económico há que reabrir as contas para se começar a trabalhar de
novo. Vamos efectuar o lançamento no Diário inverso ao que efectuámos para encerrar as contas
no capítulo anterior.
II
148 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Acumulados anuais
Débito Crédito Saldo
11 Caixa 22.000 22.000 0
12 Depósitos à ordem 32.000 32.000 0
13 Depósitos a prazo 8.000 8.000 0
21 Clientes 66.800 66.800 0
22 Fornecedores 40.000 40.000 0
24 Estado e outros entes públicos 3.800 3.800 0
26 Outros devedores e credores 52.800 52.800 0
28 Provisão para cobrança duvidosa 1.800 1.800 0
32 Mercadorias 63.600 63.600 0
39 Provisão p/ depreciação existências 1.200 1.200 0
41 Investimentos financeiros 2.000 2.000 0
42 Imobilizações corpóreas 13.820 13.820 0
48 Amortizações acumuladas 4.200 4.200 0
51 Capital 20.000 20.000 0
57 Reservas 11.600 11.600 0
61 Compras 122.000 122.000 0
62 Fornecimentos e serviços externos 9.600 9.600 0
63 Impostos 2.000 2.000 0
64 Custos com o pessoal 61.600 61.600 0
68 Custos e perdas financeiras 1.400 1.400 0
69 Custos e perdas extraordinárias 720 720 0
71 Vendas 236.000 236.000 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 10.000 10.000 0
81 Resultados operacionais 235.000 235.000 0
82 Resultados financeiros 10.000 10.000 0
83 Resultados correntes 51.400 51.400 0
84 Resultados extraordinários 300 300 0
85 Resultados antes de impostos 51.400 51.400 0
88 Resultados líquido exercício 51.100 51.100 0
1.186.140 1.186.140 0
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 149
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Conta
Nº Descrição Conta creditada Valor
debitada
1 Abertura do exercício 11 280
Abertura do exercício 12 4.000
Abertura do exercício 13 8.000
Abertura do exercício 21 6.800
Abertura do exercício 26 120
Abertura do exercício 32 63.600
Abertura do exercício 41 2.000
Abertura do exercício 42 13.020
97,820
II
150 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Balancete de abertura
Acumulados anuais
Débito Crédito Saldo
11 Caixa 280 280
12 Depósitos à ordem 4.000 4.000
13 Depósitos a prazo 8.000 8.000
21 Clientes 6.800 6.800
22 Fornecedores 10.000 -10.000
24 Estado e outros entes públicos 600 -600
26 Outros devedores e credores 120 120
28 Provisão p/ cobrança duvidosa 920 -920
32 Mercadorias 63.600 63.600
39 Provisão p/ depreciação Exist. 1.000 -1.000
41 Investimentos financeiros 2.000 2.000
42 Imobilizações corpóreas 13.020 13.020
48 Amortizações acumuladas 2.600 -2.600
51 Capital 20.000 -20.000
57 Reservas 11.600 -11.600
88 Resultados liquido exercício 51.100 -51.100
97.820 97.820 0
Como se pode verificar as contas da classe 6 e 7 ainda não apresentam quaisquer valores,
começarão a ter movimento quando se iniciarem as operações do ano, agora aberto, todas as
outras contas, contas de Balanço, apresentam os saldos constantes do Balanço de fecho do
exercício.
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 151
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
2. APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Só falta uma operação para termos o trabalho de fecho do exercício completamente realizado - a
aplicação de resultados.
• Lucros, ou
• Prejuízos.
Em função do tipo de resultado apurado assim serão deliberadas diferentes formas de aplicação do
resultado.
Saldo credor
LUCRO de
X
(Débito X ) (Crédito X)
Saldo
devedor
PREJUÍZO
de X
(Crédito X) (Débito X )
II
152 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
a) Para cobrir a parte do prejuízo acusado no balanço do exercício que não possa ser coberto pela
utilização de outras reservas;
b) Para cobrir a parte dos prejuízos transitados do exercício anterior que não possa ser coberto
pelo lucro do exercício nem pela utilização de outras reservas;
Ou seja do resultado líquido positivo (lucro) terão obrigatoriamente que ser afectos à Reserva Legal
5% (1/20) até se atingir o montante acumulado de 20% do capital social.
Os resultados apurados pela empresa “Faz Sol” foram os seguintes nos últimos cinco anos:
Valor de
Ano
resultados
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 153
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Reserva a Reserva
Ano Resultado
constituir Acumulada
(1) A reserva a ser constituída de 5% do resultado era 50 u.m., mas o valor mínimo é de 200 u.m.,
sendo que por unidades monetárias estamos a considerar a centena de escudos, no entanto
este valor será transposto para EURO em função do factor de conversão estipulado.
O valor limite da reserva legal desta empresa é de 20.000 u.m. pelo que o valor já constituído ainda
é inferior ao limite.
Suponhamos agora que o seu capital social são 75.000 u.m., o valor da reserva legal terá por limite
15.000 u.m., logo no último ano a reserva a constituir não será de 4.350 u.m. mas de 1.850
teríamos o seguinte quadro:
Reserva a Reserva
Ano Resultado
constituir Acumulada
X X
II
154 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Podem os estatutos de cada empresa definir regras para constituição de reservas ou afectação de
resultados.
X X
Poderão ainda existir contratos entre a empresa e diferentes organismos que determinem a
afectação de resultados a finalidades específicas no seguimento de acordos ou operações
concretas.
X X
• gratificações de lucros;
• accionistas / sócios;
• outras reservas;
• resultados transitados.
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 155
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Gratificações de Lucros
Forma de distribuir resultados aos órgãos sociais e ao pessoal que, embora decididas após o
encerramento do exercício, constituem um custo fiscalmente aceite aquando da entrega da
declaração fiscal respectiva.
Montante Montante
atribuído atribuído
Pelo pagamento:
Dividendo é a forma de repartir os lucros proporcionalmente à quota parte do capital social de cada
sócio ou accionista.
Sobre este assunto existem diversos artigos do Código das Sociedades Comerciais, no sentido de
serem defendidos os direitos de todos os sócios / accionistas ao dividendo, da existência de lucros
que não se podem distribuir para salvaguardar a continuidade da empresa.
II
156 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Por outro lado é ainda importante referir que para se distribuir dinheiro, é necessário que se
encontrem disponíveis meios monetários. Sabemos que lucro não é sinónimo de “dinheiro em
caixa”, pelo que a tesouraria de empresa deve ser devidamente preparada para que a distribuição
de resultados não limite o normal desenvolvimento financeiro da organização.
A atribuição do dividendo
Montante Montante
atribuído atribuído
Na classe 25 - Accionistas ou sócios cada uma das categorias de sócios ou accionistas está
desdobrada num conjunto de contas iguais sendo sempre a 2513, 2523, 2533, 2543 ou 2553 - as
contas de resultados atribuídos, daí ser utilizado 25X3.
O pagamento pode ocorrer num momento temporal próximo, ou não. Esta conta apresenta um
saldo relativo à atribuição efectuada mas ainda não disponibilizada, ou seja a intenção está
reconhecida mas ainda não se procedeu à disponibilização destes fundos.
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 157
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Outras Reservas
A Assembleia Geral pode decidir efectuar outro tipo de aplicação constituindo as chamadas
reservas livres, para fins produtivos, sociais ou outros.
Resultados Transitados
Prejuízos
Quando se verifiquem prejuízos a Assembleia Geral pode deliberar a sua transferência para
Resultados Transitados, proceder à sua cobertura através de Reservas ou ainda fazer entrada de
dinheiro dos sócios.
Montante do Montante do
prejuízo prejuízo
Montante do Montante do
prejuízo prejuízo
II
158 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Exemplo
Sabendo que o saldo da conta 88 era credor em 2.000 u.m. determine o valor que permanecerá na
empresa em Resultados Transitados e efectue os lançamentos de aplicação de resultados no
Diário e no Razão.
X = 2.000 - 1.450
X = 550
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 159
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Lançamentos no diário:
----------------------//------------------------
II
160 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Lançamentos no razão:
Saldo = 0
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 161
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Resumo
Por razões de natureza legal é normal que só durante o primeiro trimestre de cada ano sejam
deliberados pelos órgãos das sociedades comerciais os destinos a dar aos resultados obtidos no
exercício económico anterior, esta afectação pode revestir diversas formas, que apresentamos
esquematicamente:
1. Formas obrigatórias
Constituição de reserva legal
2. Obrigações estatutárias
Constituição de reserva estatutária
3. Obrigações contratuais
Constituição de reserva contratual
4. Formas livres
Atribuição de gratificações de lucros
Atribuição de resultados aos sócios
Outras reservas
Manter em resultados transitados
II
162 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Questões e Exercícios
A empresa Tudo em Cima AS. Procedeu à seguinte deliberação de aplicação de resultados do ano
N (lucro de 123.587 u.m.) na Assembleia Geral realizada em 25 de Março do ano N+1:
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 163
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Resoluções
X = 123.587 - 55.512
X = 68.075
II
164 Guia do Formando Contabilidade Geral II
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Lançamentos no Diário
II
Contabilidade Geral II Guia do Formando 165
IEFP II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO
Lançamentos no Razão
II
166 Guia do Formando Contabilidade Geral II
BIBLIOGRAFIA IEFP
Bibliografia
BAPTISTA DA COSTA, Carlos e Correia Alves, Gabriel, Contabilidade Financeira, Editora Rei dos
Livros,1996.
BORGES, António e Ferrão, Martins, A Contabilidade e a Prestação de Contas, Editora Rei dos
Livros 7ª edição 1995.
BORGES, António e Ferrão, Martins, Manual de casos práticos, Editora Rei dos Livros 6ª edição.
OLIVEIRA, António, Contabilidade Geral e Financeira, Editora Rei dos Livros 3ª Edição, 1997.
SILVA CUNHA, Carlos Alberto da, O Encerramento Anual das Contas, Editora Rei dos Livros, 1998.
VIEIRA DA SILVA, Luís, Apontamentos de Contabilidade Geral, Editora Rei dos Livros 1997
Glossário
C D
Contabilidade analítica Desvio de preços
contabilidade que permite a análise de desvio verificado pela variação dos preços
custos e proveitos e consequentemente do praticados, no pressuposto de que as
resultado gerado explicando os seus valores quantidades se mantêm constantes.
de uma forma individual e desagregada.
Desvio de produção
Contabilidade geral desvio formado pelos desvios de matérias
contabilidade global da empresa, visa obter primas, de mão de obra directa e de gastos
o seu resultado global comparando o total gerais de fabrico.
de proveitos com o total de custos
Desvio de quantidades
registados num determinado período
desvio verificado pela variação das
económico.
quantidades consumidas ou produzidas, no
Custo complexivo pressuposto de que os preços se mantêm
custo formado pelos custos industriais e não constantes.
industriais excluindo qualquer componente
de recuperação de capitais investidos, limiar G
mínimo do preço de venda, corresponde ao Gastos gerais de fabrico
lucro nulo. são todas as matérias subsidiárias e custos
Custo de transformação indirectos de produção que não possam ser
representa a incorporação efectuada no classificados como mão de obra directa ou
produto de mão de obra directa e de gastos como matérias primas.
gerais de fabrico.
L
Custo económico técnico
representa o preço de venda normal que Lucro bruto
deve ser praticado, engloba o custo representa o lucro se apenas for
complexivo e os custos figurativos. considerado como custo o custo industrial
dos produtos vendidos.
Custo industrial
corresponde ao custo de produção dos Lucro liquido
produtos e engloba o custo da mão de obra é o lucro verificado entre o preço de venda e
directa dos gastos gerais de fabrico e das o custo complexivo.
matérias primas consumidas. Lucro puro
Custo primo ou directo é o lucro total verificado entre o preço de
é definido pela parcela das matérias primas venda e o custo económico - técnico.
e da mão de obra directa.
M
Custos dos períodos
custos que existem independentemente dos Mão de obra directa
produtos serem ou não produzidos. é constituída pelas remunerações e
encargos do pessoal que trabalha
Custos dos produtos directamente na produção.
são os custos relacionados com os
produtos, se não de produzir esses custos Matérias primas
não existem. engloba todos os custos suportados com as
matérias primas e materiais utilizados na
produção.
S Sistema monista
sistema de registo de movimentos
Secção Homogénea contabilistico em que se verifica
unidade organizacional que tem um só contrapartidas entre as contas da
responsável, as funções desempenhadas contabilidade Geral e da Contabilidade
são semelhantes e é passível de ser medida Analítica.
a sua actividade.
Sistema de custeio com imputação U
racional de custos fixos básicos Unidade de custeio
na determinação do custo industrial dos unidade de medida de cada centro de custo.
produtos apenas se consideram os custos
Unidade de imputação
variáveis e os custos fixos, básicos, na
unidade de medida do centro de custo a
proporção da produção esperada para o
incorporar nos produtos finais ou noutros
período em análise.
centros de custos.
Sistema de custeio com imputação
Unidade de obra
racional de custos fixos reais
quando, num determinado centro de custo, a
na determinação do custo industrial dos
unidade de custeio corresponde à unidade
produtos apenas se consideram os custos
de imputação.
variáveis e os custos fixos, reais, na
proporção da produção esperada para o
período em análise.
Sistema de custeio total básico
consideram-se todo o tipo de custos, fixos
ou variáveis, no apuramento do custo
industrial dos produtos, a preços básicos.
Índice Remissivo
A I
Acréscimos e diferimentos .................. 23, 24, Imposto sobre o rendimento do exercício .. 58,
25, 26, 27, 28, 41, 46, 51, 52, 54, 56, 88, 75, 124, 128, 132
97, 99, 112, 113, 114, 116, 118, 120, 121,
165, 168 L
Activo.................................................109, 110, Lançamento de rectificação e regularização 3,
112, 116, 117, 120, 121, 141, 142, 144, 147 16
Amostragem .................................................10 Lançamentos de encerramento ou de fecho . 4
Anexo .......................3, 4, 6, 45, 104, 140, 173 Lucros........................ 183, 184, 186, 188, 189
Aplicação de fundos ...................................144 P
Aplicação de resultados .............177, 183, 191
Passivo ...... 109, 111, 113, 116, 120, 121, 147
Apuramento de resultados .......................3, 57
Prejuízos............................................ 183, 189
B Principio da consistência ............................... 7
Balancete de fecho.........................................4 Principio da especialização ou do acréscimo7,
Balancete de verificação ......................3, 7, 45 22
Balancete rectificado .............................. 3, 6, Principio da materialidade ............................. 7
45, 51, 79, 118, 165, 172 Principio da prudência ............................. 7, 22
Balanço ............................................... 3, 4, 6, Principio da substância sobre a forma .......... 7
103, 104, 109, 112, 114, 115, 140, 142,
144, 146, 173, 182 Principio do custo histórico............................ 7
Proveitos e ganhos.............................. 20, 23,
C 38, 41, 42, 46, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 62,
Capital próprio ............................111, 113, 147 63, 65, 67, 79, 80, 81, 84, 88, 90, 91, 93,
98, 99, 102, 115, 118, 126, 127, 129, 130,
Custos e perdas .................................. 25, 26,
132, 133, 134, 136, 138, 160, 163, 165,
36, 38, 42, 46, 52, 54, 56, 57, 59, 60, 62,
170, 179
63, 65, 67, 79, 80, 81, 84, 88, 90, 91, 92,
93, 98, 99, 102, 115, 118, 124, 127, 128, Provisões............................................. 29, 30,
130, 133, 134, 136, 138, 160, 163, 165, 31, 38, 41, 42, 44, 54, 56, 57, 88, 90, 92,
168, 179 99, 102, 110, 113, 116, 118, 120, 124, 128,
130, 136, 145, 149, 165
D
R
Demonstração das Origens e da Aplicação de
Fundos ........................................................4 Reserva estatutária ................................... 186
Demonstração de resultados .....122, 132, 143 Reserva legal............................. 156, 191, 192
Demonstração de resultados por funções..132 Resultado liquido do exercício............. 58, 67,
75, 77, 78, 91, 124, 148, 151, 155
Dividendos....................................58, 113, 195
Resultados antes de impostos ............ 58, 68,
Dividendos antecipados .......................58, 113
69, 70, 71, 73, 77, 78, 81, 87, 91, 95, 98,
102, 115, 126, 129, 160, 163, 170, 179
G
Gratificações de lucros...............................187