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LOJA MAÇÔNICA VALE DO RIO QUENTE 114

TRABALHO SOBRE A SEGUNDA INSTRUÇÃO DO PRIMEIRO GRAU

ALESSANDRO BORGES ROSA

A Segunda Instrução nos mostra uma grande verdade, a existência de


um ser superior, do Grande Arquiteto do Universo (G.’.A.’.D.’.U.’.) criador de
tudo que existiu, existe e existirá.
Sabemos disso pois somos dotados de inteligência, e com ela sabemos
distinguir o bem do mal e a Maçonaria está aí para nos ajudar a fazer
progressos e a aperfeiçoar a forma de distinguir o bem que devemos sempre
fazer do mal que devemos evitar em nós e que nos cercam.

Dentre os vários assuntos nos apresentados na segunda instrução o


escolhido por mim foi o avental do aprendiz, adorno essencial a qualquer
maçom em Loja, que na antiguidade era derivado de pele de cordeiro e de
forma alguma lhe será permitido participar de uma sessão em Loja sem o seu
avental. O maçom usa o avental para simbolizar as vestimentas dos antigos
Maçons, que usavam aventais de couro para se proteger, enquanto realizavam
seu trabalho. Este é apenas um dos muitos legados dos Maçons Operativos,
que continua através dos maçons de hoje. Não só nas vestimentas somos
influenciados pelos Maçons Operativos, mas praticamente todo o simbolismo
da Maçonaria Especulativa advém da Operativa.

Quanto ao avental do aprendiz, cabem algumas observações


específicas, ele é branco, simbolizando a pureza, com a Aba levantada
formando um triângulo sobre um retângulo e nele não consta nenhum adorno e
antigamente, como dito, era confeccionado com pele de cordeiro. Hoje em dia
são encontrados em diversos materiais, e sua utilização varia de acordo com o
Rito praticado. O uso do avental na maçonaria especulativa é herança da
maçonaria operativa, quando o avental era um adorno de proteção, utilizado –
não somente, mas principalmente - pelo aprendiz operativo no desempenhar
de sua função: desbastar a pedra bruta, a ser utilizada na edificação de
Templos.

Existem também algumas explicações místicas que: acreditava-se na


antiguidade, que a sede das emoções humanas era o estômago, o avental do
aprendiz estando com a aba levantada cobriria exatamente esta região. Isso
significa que não sabendo ainda trabalhar ele precisa proteger-se devendo ter
o seu estômago coberto, para que essas emoções não possam perturbar os
trabalhos da loja e para que não influam na espiritualidade das sessões.
Outra interpretação vê no triângulo formado pela aba, a alma plantada sobre o
corpo inferior (fora do corpo) que, quando for abaixada (ao atingir o Grau de
Companheiro), mostrará que a alma se encontra dentro do corpo, e dele
fazendo seu instrumento.

Contudo posso concluir que quando nos tornamos Maçons, não estamos
“nem nu, nem vestidos” e sim “Vestidos com Avental”, e assim devemos
permanecer durante toda a nossa jornada Maçônica, ou seja, livre de vaidades,
ricos de pureza de intenções e sempre prontos ao trabalho. O aprendiz
simbolicamente desbasta a pedra bruta vencendo suas paixões, seus vícios,
seus defeitos e impurezas da vida profana, eis que agora como Maçom irá
instruir-se e aperfeiçoar-se como um homem cada vez melhor para a vida
social.

´´Terminamos nossos trabalhos simbolicamente à meia noite. Aí


despimos o Avental, mas o nosso “eu” continua conosco, invisível. É a
nossa consciência´´.

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