Você está na página 1de 2

Primeira instruçãon

Quando falamos em primeira instrução nos salta aos olhos que esta
expressão significa que não há um conhecimento anterior, eis porque é a
primeira instrução, o primeiro ensinamento recebido.
Também reza o nosso manual que é o primeiro grau, o alicerce da filosofia
maçônica, e eu friso aqui, filosofia, não falei ciência matemática, pois é
esta filosofia que nos permite resumir toda a moral maçônica, a qual se
empenhará no aperfeiçoamento da humanidade.
É, portanto, a partir de agora que o aprendiz de malho em punho dará
início ao desbaste de sua pedra bruta, ou seja, começa a desvencilhar-se
dos seus defeitos e paixões profanas, para poder contribuir com a
construção do moral da humanidade, e já que este é nosso objetivo, este
é o nosso verdadeiro Templo, esta também é a nossa grande obra, já que
nossas ferramentas são simbólicas.
Se o painel de aprendiz representa o domínio de nós mesmos, tanto pelo
trabalho quanto pela observação continuada, fica bem claro que quem
não enxerga, não pode ser maçom, ainda que creia em um princípio
criador do mundo, porém, quando uso o termo enxergar, eu me refiro não
no olhar físico e sim no olhar espiritual, no olhar oriundo do coração, onde
a premissa é o próximo, não seus interesses particulares muitas vezes
mesquinhos.
Se o nosso objetivo principal é crescer e avançar na graça do GADU, então
que não façamos da maçonaria um degrau social. Imaginando que por
termos sido iniciados já vestimos nesse momento o manto da pureza
social protetor da humanidade.
O aprendizado é continuado e é a verdadeira escada de Jacó que nos
conduzirá até o céu, porém sempre caminhando com o mesmo objetivo,
qual seja, crescer, amparar, perdoar, mas e sobre tudo, dar a mão a quem
dela necessitar.
Não é com o alcance de nossos graus que nos tornam homens melhores,
nossos graus simbólicos nos dão a oportunidade de avançarmos no
conhecimento, o qual moldará nosso ser como um todo incluindo o nosso
caráter, que eu acho até subjetivo dizer isto, uma vez que devemos tê-lo
para o ingresso na ordem.
Desde o princípio do mundo o Todo Poderoso jamais deixou de dar
testemunho da sua existência entre os homens, todavia deu-lhes também
o livre arbítrio, para que cada um escolha o seu caminho, portanto e bem
aventurados são os maçons mansos de coração, que veem na amargura
de um irmão o momento certo de socorre-lo, não de espezinha-lo
segundo sua idiossincrasia.
Esta repetido aqui na primeira instrução e copiado do livro da lei que Abel
fez uma oferta mais agradável a Deus do que a de Caim, mas que Noé era
um homem justo e por isso Deus o salvou, portanto, meus irmãos está aí o
uso do livre arbítrio, que nos diz que precisamos nos convencer de que
não somos donos da nossa verdade pura e simplesmente e que ela precisa
ser avaliada por terceiros para as devidas adequações a fim de que possa
servir de manto ou de masmorra a um Irmão.
É este Templo de Salomão, inspirado na tenda de Moisés que devemos
usar como um instrumento de aperfeiçoamento do nosso “modus
operand” a fim de que anos e décadas não se escoem, ainda que sempre
dedicados a maçonaria, mas venham nos parecer uma luta inglória, um
luta sem sentidos, inócuas, portanto, fazendo com que permanecemos
dentro da maçonaria e não permitindo que a maçonaria entre em nós.
Eu no meu entender, a primeira instrução do primeiro grau é a chave da
vida maçônica e tudo que vier a mais, é apenas o complemento da nossa
formação filosófica. Obrigado
Zildo MI Loja Abolição 100

Você também pode gostar