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16 de dezembro de 2023
Epistemologias das Ciências
Doutoramento em Educação
Universidade Lusófona de Lisboa
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Índice
Índice de Tabelas.............................................................................................................3
Resumo.............................................................................................................................4
Abstract............................................................................................................................6
Resumé.............................................................................................................................7
Introdução........................................................................................................................8
1 ....................................................................................................................................16
1.1 Das origens da IA ao ChatGPT...........................................................................16
1.2 O ChatGPT nas salas de aula da atualidade........................................................21
1.3 O futuro do ChatGPT no Processo de Ensino e Aprendizagem..........................22
2 Objetivos do estudo..................................................................................................25
3 Questão de investigação...........................................................................................26
4 Metodologia...............................................................................................................27
5 Recolha de dados......................................................................................................29
5.1 Revisão bibliográfica...........................................................................................29
5.1.1 Estratégias de pesquisa..........................................................................................29
2
Anexo A........................................................................................................................38
Anexo A........................................................................................................................40
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Índice de Tabelas
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Resumo
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Abstract
The present study was developed with the aim of presenting the work of Gaston
Bachelard based on his studies on the New Scientific Spirit, and his contribution to
modern Epistemology. He presents his studies on the notion of rupture of knowledge for
the advancement of science, stating that all historical knowledge must be occupied by
new knowledge, based on a validation of new critical scientific practice, in addition to
deepening his theories about the non philosophicalPresents the historical context and its
approaches to Edgar Morin and Karl Popper.
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1 Introdução
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enquanto processo, a que está acoplada uma história “escrita” por pensadores com
visões diferentes à dele.
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2 Contribuições da Epistemologia Histórica
em Bachelard
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epistemologia, teoria da ciência e o novo espírito crítico da ciência. Já o noturno,
envolve as obras literárias e poé-ticas do autor.
Os estudos epistemológicos de Bachelard têm como referência as revoluções
científicas e suas práticas, a partir da teoria de relatividade de Albert Einstein (1905),
onde o epis-temólogo busca compreender as implicações filosóficas da prática dos
cientistas. A epis-temologia para ele era a história da ciência e como a ciência deve ser
comportar. O Novo modelo de ciência introduzido por Einstein, a partir da teoria da
relatividade, rompe com o modelo epistemológico e metodológico até então tido como
válido e verdadeiro.
O novo espírito científico de Bachelard deve ser construído a partir das novas
conceções epistemológicas.
Com sua filosofia inovadora, o filósofo Gaston Bachelard, membro da Academia
de Ciências Morais e Políticas da Franca, deixa um legado para o século XIX e XX
marcado com uma revolução na Epistemologia das Ciências de grande envergadura.
Nascido em1881, em Champagne, na França, o jovem Barchelard sonhava tornar-
se engenheiro, mas a 1ª Guerra Mundial mudou os seus planos, pelo que resolve
ingressar no magistério secundário, aprofundando estudos de química e física. Mais
adiante dedica-se também à Filosofia e em 1922, apresenta a tese intitulada: “Ensaio
sobre o conhecimento aproximado”.
A sua carreira como docente do ensino superior inicia-se em 1930, sendo
convidado a lecionar na Faculdade de Dijon. Em 1940, inicia as suas aulas em
Sorbonne, lecionando aulas muito frequentadas pelos alunos, em busca de suas ideias
inovadoras sobre fenomenologia e filosofia das ciências.
As principais obras de Bachelard são as seguintes:
O novo espírito científico – 1934
A formação do espírito científico – 1938
O materialismo racional – 1953
A poética do espaço – 1957
A poética do devaneio – 1960.
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Bachelard atribui uma responsabilidade pela transformação epistemológica e pela
mudança no modo de relacionar-se com ciência à nova prática educativa, à figura do
professor e do cientista. Para ele, a tarefa do professor:
(...) consiste no esforço de mudar de cultura experimental, de derrubar os obstáculos
já amontoados pela vida contidiana, de propriciar rupturas com o senso comum, com
um saber que se institui da opinião e com a tradição empiricista das impressões
primeiras. Assim, o epistemólogo tem de tomar os factos como idéias, inserindo-os
num sistema de pensamento (2000, p. 168).
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3 Debate Epistemológico na formação do
investigador em educação
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4 Correlação entre Gaston Bachelard e Edgar
Morin
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complexo na ciência”. Isto vai ao encontro das palavras proferidas por Bachelard, G.,
(1985):
“Enquanto que a ciência de inspiração cartesiana fazia muito logicamente o
complexo com o simples, o pensamento científico contemporâneo procura ler o
complexo real sob a aparência simples fornecida por fenômenos compensados; ela
se esforça em encontrar o pluralismo sob a identidade” (p. 124)
Edgar Morin enquadra-se nessa ideia, pois a ideia de simplicidade vai ao encontro
do que tende a procurar uma ordem no universo, quando para este filósofo, a ciência só
avança com uma necessária desordem no que já está conhecido. A este respeito Edgar
Morin referiu que:
“Assim, o paradigma da simplicidade é um paradigma que põe ordem no universo e
expulsa dele a desordem. A ordem reduz-se a uma lei, a um princípio. A
simplicidade vê quer o uno, quer o múltiplo, mas não pode ver que o Uno pode ser
ao mesmo tempo Múltiplo. O princípio da simplicidade quer separar o que está
ligado (disjunção), quer unifica o que está disperso (redução)” (p. 86).
O conhecimento para Edgar Morin não reflete o “mundo objetivo”, mas o traduz e
o constrói, dado que a produção, a reprodução e o desenvolvimento do conhecimento
fazem parte de um constante construir-desconstruir-construir no universo do próprio
conhecimento (Francelin, M., 2005, p.107).
Ambos partilham uma visão dinâmica do conhecimento e consideram como a
verdadeira forma de conhecimento – o conhecimento científico.
Na Tabela 1, estão apresentadas, sumariamente, algumas das principais diferenças
e semelhanças nas abordagens dos dois epistemólogos.
Tabela 1
Correlação entre Gaston Bachelard e Edgar Morin
A razão não é um processo lógico e objetivo. A A ciência não é um conjunto de factos lógicos
ciência não é apenas um conjunto de factos e objetivos.
objetivos, mas um empreendorismo dinâmico que
envolve uma interação complexa entre a mente do
cientista, a imaginação, a observação e a
experimentação.
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ruturas. Os cortes epistemológicos são
descontinuidades na produção do saber científico.
A ciência é um processo dinâmico em constante
alteração. Mostra-se dotada de dinamismo e
inconstâncias. Está em constante evolução.
A razão é fruto da reflexão e da experiência.
A sua visão de ciência assenta numa perspetiva da Sustenta uma visão de epistemologia da
complexidade e da holística. A ciência deve complexidade. Opõe-se à ideia de
abraçar a complexidade e não da simplificação. simplicidade.
Destaca-se a sua obra intitulada, “O Novo
Espírito Científico”, onde na sua introdução se
pode ler: “A complexidade essencial da filosofia
científica”.
Promove uma compreensão mais integrada e
ética do conhecimento.
A tabela mostra que são vários os pontos que se cruzam entre os dois
epidemiologistas quanto à construção e desenvolvimento da ciência.
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5 Contribuição de Popper e Bachelard
Karl Popper, epistemólogo (1902 – 1994), destaca que houve uma reelaboração
científica nos conceitos estabelecidos sobre verdade, ou seja, a verdade era apresentada
como algo que era verdadeiro e se apresentava como tal, coincidindo o fenômeno com o
conceito. O autor entende que uma verdade não é suficiente para confirmar uma teoria,
pois a manutenção de uma teoria só possui validade se for testada, passando por diver-
sas tentativas de falseamento, e não está livre de ser contestada nunca.
Para Popper, uma teoria científica é boa, enquanto mantiver aberta à refultação,
validação, e falseabilidade, estando sempre disponível para verificação. Isso consiste na
verdade da ciência. Para ele, o valor de uma teoria não se mede por sua verdade, mas
pela possibilidade de ser falta. A falseabilidade é o fundamento primeiro do conceito de
verdade para Karl Popper.
Popper afirma que as mudanças científicas são uma consequência da concepção
da verdade como coerência teórica. Ele propõe que uma teoria científica seja avaliada
pelas possibilidades de ser falsa ou falsificada (Chauí, M., 2012, p.282).
Tal idéias de Popper aproximam-se às de Bachelard, pois a sua Filosofia do Não
possui elementos semelhantes às teorias de Popper.
Para Bachelard, as três etapas que constituiram historicamente as Ciências foram
as seguintes:
A) Estado pré-científico, que abrange o período da antiguidade até o início do sé-
culo XVIII;
B) Estado científico, que envolve meados do século XVIII até o início do século
XX;
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C) Novo Espírito Científico, surge com a Teoria da Relatividade, com Albert
Einstein.
Seguindo os mesmos fundamentos de Bachelard, Karl Popper afirma que a ciência
não produz verdades absolutas, que necessita ser verificadas e se fundamente na falsea-
bilidade, ou seja, para validar qualquer teoria, é necessário buscar refutar, testar e passar
pelo crivo da validação, a partir do princípio da falseabilidade, ou seja, testadas pela ex-
perimentação. Qualquer teoria que não possa passar por tais testes, estão no mundo do
mito, da religião, com seus dogmas de fé, e não poderão ser chamados ciência.
As teorias de Popper aproximam-se à teoria de Bachelard, com sua Filosofia do
Não, no qual o autor está em constante investigação e questionamento, em busca de
validação. Bachelard rompe com a opinião, DOXA, e busca a verdade a partir da
experiência científica teorizada.
Para Bachelard, a construção do conhecimento deve ceder ao novo. As formas
mais válidas de produção do saber científico estão baseadas na rutura, que se opõe ao
determinismo científico. Trata-se de reavaliar todo saber existente a partir de uma
postura crítica, distante do saber dogmático e das opiniões, tendo apenas em mente o
novo espírito científico, ele próprio afirmou que;” A própria essência da reflexão é
compreender que não se compreenderá” (Bachelard, G., 2000, p. 147).
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6. Considerações finais
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Referências
Francelin, M. (2008).
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%C3%87%C3%83O_CIENTIFICA_DESAFIO_TE
%C3%93RICO_PARA_O_PESQUISADOR
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