Você está na página 1de 6

INTRODUÇÃO

O processo de trocas de produtos foi o início do desenvolvimento de actividade comercial nas


civilizações que se desenvolviam na antiguidade. E por ser muito antiga, sendo datada desde a
antiguidade e praticada em diversos locais do mundo, por vários povos e civilizações, torna
bastante difícil definir a partir de qual momento começou ou foi inventada a actividade
comercial.

O comércio surgiu a partir dos processos de trocas na antiguidade, quando determinados grupos
trocavam suas produções por outras. Assim pode-se dizer que o comércio surgiu devido a
necessidade dos cidadãos em obter outros bens e assim, eles trocavam seus bens com outros
desde o tempo em que havia comércio através de troca de produtos e com essa sofisticação criou-
se o mecanismo de existir uma moeda e o comércio veio a modificar até hoje.

CONCEITO DE COMÉRCIO

Comércio é um conjunto de actividades necessárias para tornar um produto disponível aos


consumidores em determinado lugar, no tempo solicitado e em quantidades e preços específicos.

O comércio é a actividade que permite a troca de um ou mais produtos entre dois agentes
económicos, com objectivo de obter lucro.

TIPOS DE COMERCIO

O comércio sendo uma actividade que permite a compra e venda de bens e serviços onde
comerciantes mantem relações económicas, pode ser constituída por comércio formal e informal.

o Comercio Formal

O comércio formal é aquele que as actividades são constituídas por pessoas que trabalham em
negócios reconhecidos pelo governo, com registo sistemático, com acesso a crédito comercial
bancário, realizam suas obrigações fiscais e outros.

Este tipo de comércio é o mais relevante para uma economia pois obedece os critérios de
organização económica do pais, e é constituído pelo comércio formal controlado pelo Estado,
comercio formal controlado pelo sector privado e o comercio formal misto onde o sector privado
controla e o Estado apenas sugere como órgão regulamentador.
O comércio formal é constituído ainda por comércio formal individual e comercio formal
colectivo.

Comercio formal individual é aquele praticado por apenas uma pessoa (empresas ou negócios
individuais) enquanto que o comercio formal colectivo é aquele onde duas ou mais pessoas se
reúnem para realizar uma actividade económica.

o Comércio Informal

É aquele que se realiza a margem das normas que regulam a actividade comercial, e até mesmo
contra elas. O comércio informal pode ser constituído pelo comércio realizado na rua que se
subdivide em comércio fixo e comércio ambulante e o comércio que se realiza nos mercados. As
pessoas que realizam este tipo de comércio não possuem licença para o exercício da actividade, e
não pagam impostos e nem emitem factura nas suas transacções.

o Outros tipos de comércio

Ainda nos tipos de comércio, podemos encontrar o comércio grossista e retalhista.

O comércio grossista compreende a actividade de revenda por grosso enquanto comércio a


retalhista compreende a revenda por retalho.

IMPORTANCIA DO COMERCIO

A importância do comércio e para fins lucrativos, ou seja procura obter lucros. As partes
envolvidas no comércio, o comerciante e o consumidor, procuram satisfazer a necessidade da
comunidade através do intercâmbio. Contribui para o auto emprego da camada juvenil, assim
para o desenvolvimento económico de um país.

EPOCA DA COLHETA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS COMERCIALIZADOS NO


DISTRITO

N/ORD Produto Inicio Fim


1 Milho Fevereiro Abril
2 Gergelim Junho Julho
3 Feijão Bóer Agosto Setembro
COMERCIALIZAÇÃO

Comercialização compreende o conjunto de actividades na transferência de bens e serviços desde


ponto de produção inicial até que eles atinjam o consumidor final.

PERIODO DE COMERCIALIZAAO AGRICOLA

A campanha de comercialzacao agricola esta subdivida em periodo de acordo com o tipo de


produto (cultura) como ilustra a tabela a baixo:

Produto Periodo
Milho Abril Janeiro
Gergelim Junho Agosto
Feijao Boer Setembro Novembro

PRINCIPAIS INTERVENIENTES

Temos como principais intervenientes na comercializacao agricola: Produtor, Comerciantes, e


empresas.

De salientar que para o nosso Distrito de Morrumbala, temos tres empresas que tem os seus
armazens, a exemplo de ETG, AGRO Mozambique Limitada, Moz Green, SA-AGRO
Comoditie, Sedaco.

INSTRUMENTOS DE MEDIDAS USADAS NA COMERCIALIZACAO AGRICOLA

Na comercializacao agricola são usados os seguintes instrumentos de medidas: Baciao, Balança,


Balde de 5l,.

PRECOS PRATICADOS NA COMERCIALIZACAO

Os preços na comercializacao agricola variam de acordo com ademanda do mercado, quanto


menor for a producao maior é o preço de compra e quanto maior for a produção menor é o preço
de compra.

PERIODO DE CONSERVACAO E VENDA DE CEREAIS “ MILHO”


O milho deve ser conservado apartir do mês de Maio e de ser apartir do mês de Outubro.

CONCEITO DA CADERNETA DE COMERCIALIZACAO

Caderneta de Comercialização Agrícola é um documento emitido pelos SDAEs para os


intervenientes da comercialização agrícola como um instrumento de monitoria para permitir:
Cadastramento dos agentes económicos, Registo estatístico dos dados da comercialização
agrícola, Organização do processo da comercialização agrícola e controlo dos intervenientes.

OBJECTIVO DA CADERNETA DE COMERCIALIZACAO AGRICOLA (Artigo 4 do


Regulamento)

A caderneta de comercialização agrícola tem como objectivo: cadastrar o agente económico,


Registo estatístico da comercialização agrícola, informação da origem e destino dos produtos
comercializados, organizar o processo de comercialização agrícola, simplificar e criar
mecanismos de transparência nas taxas cobradas na emissão de documentos e documentos
exigidos na circulação de mercadorias, melhorar a fiscalização e controlar dos interveniente no
processo da comercialização agrícola, Introduzir uma taxa única em todo o pais para
comercialização agrícola.

INTERVENIENTES ELEGÍVEIS À CADERNETA (Artigo 5 do Regulamento)

São elegíveis à Caderneta de Comercialização Agrícola todos os agentes económicos


intervenientes na comercialização agrícola, nomeadamente: Produtores Agrícolas, Associações
de produtores, Comerciantes, Associações de Comerciantes, Industriais, e Outros intervenientes
que realizam a comercialização

OBRIGATORIEDADE DA CADERNETA (Artigo 7 do Regulamento)

Uso da caderneta é obrigatório para todos os agentes económicos intervenientes na


comercialização agrícola,

São obrigados a registarem-se em cada campanha antes do início da Comercialização Agrícola


no SDAE do distrito em que pretende operar,
Para a circulação de produtos agrícolas o SDAE emite sem custos guia de circulação fazendo
referência ao número da caderneta, o titular, quantidades transportadas, proveniência e destino
do produto.

CONTEÚDO DA CADERNETA ( Art. 9)


A Caderneta da Comercialização Agrícola contempla as seguintes informações:
a) Identificação do interveniente;
b) Endereço físico como sendo Província, Cidade, Distrito, Posto Administrativo,
Localidade, Avenida/Rua; número da caderneta, número de postos de compra, valor da
taxa e Número Único de Identificação Tributária;
c) Número do Alvará;
d) Dados dos produtos agrícolas por cultura, unidade de medida, meta, compras, vendas e
preço unitário de compra;
e) Taxas a pagar pela emissão da Caderneta.

INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA (Artigo 10)


1. Os intervenientes titulares da Caderneta de Comercialização Agrícola devem prestar
mensalmente a informação constante da caderneta aos serviços distritais que
superintendem a área de comércio do respectivo distrito até ao dia 5 de cada mês, através
da apresentação da caderneta para confirmação dos dados.
2. A informação referida no número 1 do presente artigo deve ser mensalmente canalizada
pelos Serviços Distritais que superintendem a área de comércio às Direcções Provinciais
da Indústria e Comércio e Direcção Provincial da Agricultura e Segurança Alimentar,
após a homologação do Administrador até ao dia 10 de cada mês.

TAXAS DE EMISSÃO DA CADERNETA (Artigo 11)

1. A obtenção da Caderneta de Comercialização Agrícola está sujeita ao pagamento de uma


taxa de 5.000,00 (cinco mil meticais).

INFRACÇÕES art.13
No contexto da caderneta são consideradas Infracções no exercício da actividade de
comercialização agrícola, as seguintes: Não prestação de informação mensal contida na
caderneta aos SDAE,s, Intervenção na comercialização de produtos agrícolas sem a respectiva
caderneta; Uso de balanças e outros instrumentos de medição viciados ou não autorizados. Estas
infracções dão lugar a aplicação de multa e apreensão de produtos nos termos do Regulamento
da Caderneta de Comercializacao Agricola. O produto apreendido reverte a favor do Estado.

SANÇÕES Art.13

O produto apreendido reverte a favor do Estado, junto a administração local: Produtos perecíveis
serão canalizados as instituições de caridade, orfanatos, hospitais, internatos, centros de
acolhimento de idosos ou aos quartéis tanto do distrito como de outras províncias.

Produtos não perecíveis serão canalizados ao reforço da Segurança Alimentar da província,


através do Instituto de Cereais de Moçambique.
O Estado pode proceder venda em hasta publica do produto apreendido a entidades interessadas.
A venda é organizada num período máximo de 30 dias contados da data da apreensão

EFEITOS DA CADERNETA

Para o Estado

 Processo da comercialização agrícola organizado.


 Informação estatística da comercialização agrícola fiável
 Maior controle dos intervenientes da comercialização
Para o Agente económico

 Redução do tempo, custos e procedimentos para a comercialização


 Isenção ao pagamento de taxas adicionais durante o processo da comercialização
agrícola,
 Livre circulação dos intervenientes e respectivos produtos

Você também pode gostar