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Junho de 2023
1. INTRODUÇÃO
Da análise do quadro das actividades económicas existentes em Angola, dado o estágio em que o País se encontra, da afirmação da
economia de mercado, fica evidente que o sector do comércio preenche
LEI 9 /16 maior
DE 16 DE percentual, e deste modo, as actividades comerciais, se
JUNHO
DOS CONTRATOS PÚBLICOS
desdobram em comércio interno e comércio externo.
O comércio interno consiste no exercício da actividade comercial à nível nacional, comportando as suas diversas componentes, tais como
o comércio a grosso, retalho, feirante, ambulante, electrónico, prestação de serviços mercantis, por franshing, distribuição, concessão etc.
Ao passo que actividade externa comporta as facetas de importação
SERVIÇO NACIONAL DAe CONTRATAÇÃO
exportação. PÚBLICA
Ora, enquanto funcionários públicos é relevante a superação constante e obtermos o perfeito conhecimento das nossas atribuições,
domínio da legislação que move a nossa actividade, quer seja de índole técnica ou administrativa, porquanto, o desconhecimento da
norma não te exime da responsabilidade do ponto de vista administrativa, civil ou criminal.
É este espírito que deve levar o licenciador e os aplicadores, “Directores Nacionais, Provinciais, Municipais, Distritais, das autarquias
locais, técnicos, operadores económicos” a conhecerem minuciosamente os instrumentos reguladores da actividade comercial para
melhor aplicação
2. LEGISLAÇÃO COMERCIAL
CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA
DE ANGOLA DECRETO
LEI N.º PRESIDEN
15/03, DE CIAL N.º
126/20
LEI N.º
15/19, DECRETO
AMBULANT PRESIDEN
EE CIAL N.º
FEIRANTE LEI N.º 1/07, 14 DE
MAIO
COMÉRCI
COMÉRCI
O
OA
FRONTERI
RETALHO
ÇO
COMÉRCI
OA HORÁRIO
GROSSO
FISCALIZA
ANIESA
DESCRIÇÃO DE CONCEITOS
Shopping Center/ Centro comercial - é uma edificação que contém um conjunto de estabelecimentos, no mínimo 12 e com área bruta
superior a 500m2, de diferentes bens de consumo, além de prestação de serviços e lazer (lanchonetes, restaurantes, salas de cinema,
teatro, área reservada a recreação, etc.), constituindo-se em uma grande área comercial fechada, praticamente independente e isolada,
dotada de climatização, escadas rolantes, estacionamento e, eventualmente, atracções musicais e outras;
Centro de Logística e de Distribuição (CLOD): Local dotado de infra-estruturas de apoio a produtores, distribuidores e outros agentes
económicos que exercem actividades que lhe estão correlacionados e constituído por mercados abastecedores, entreposto, empresas
de distribuição e de prestação de serviços comerciais permitidos por Lei;
Mercados Abastecedores: equipamentos colectivos como uma única unidade, destinada á organização e comercialização por grosso de
produtos alimentares e não alimentares, de largo consumo diário, visando o abastecimento de grandes aglomerados populacionais.
Comércio de franquia – é o sistema de venda na qual o franquiador cede ao franquiado o direito de uso de sua marca, patente, infra-
estrutura, e o direito de distribuição exclusiva ou semi exclusiva de produtos os serviços;
Comércio electrónico – forma de comércio à distância, realizada fundamentalmente com recurso a meios informáticos.
Comércio Fronteiriço – trocas comercias realizadas entre pessoas residentes habitualmente ao longo da extensão fronteiriça do
território nacional, com um raio de acção até dez mil metros, cujos bens destinam-se a subsistência da família, estritamente
necessários ao uso ou consumo pessoal ou doméstico, bem como de países com os quais a República de Angola faz fronteira.
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• Urbanismo comercial – é o processo de organização que visa a modernização da actividade comercial, de prestação de serviços
mercantis do espaço público envolvente integrado em áreas limitadas dos centros urbanos com características de elevada densidade
comercial, centralidade multifuncionalidade de desenvolvimento económico, patrimonial e social;
• Concessionário – é aquele que, mediante um contrato de concessão comercial, comercializa os produtos do concedente, em seu
nome e por conta própria, numa determinada área ou círculo de clientes.
Produtor – é a entidade que produz bens manufacturados, industriais, serviços e faz a distribuição por ocasião, aos grossistas e
exportadores, com intuito lucrativo.
Reexportação – é a saída de mercadorias do território aduaneiro que não chegaram a ser nele nacionalizadas ou que estiveram
temporariamente em circulação no referido território aduaneiro.
Retalhista – é aquele que adquire ao produtor ou ao grossista mercadorias para as vender ao consumidor final.
Serviços mercantis – é a actividade através da qual uma das partes se obriga a proporcionar a outro certo resultado do seu trabalho
intelectual ou manual, mediante retribuição.
Feirante – é aquele que exerce actividade comercial a retalho de forma não sedentária em mercados cober¬tos ou descobertos, em
instalações não fixas.
Grossista – é a pessoa jurídica que adquire junto do produtor ou do importador as mercadorias para as distribuir a outros operadores
económicos sem efectuar vendas direc¬tas ao público consumidor.
Importador – é aquele que adquire directamente nos mercados externos produtos destinados ao consumo interno ou para posterior
reexportação.
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Actividade comercial – actividade realizada profissionalmente por pessoas jurídicas, nacionais ou estrangeiras que possuam
capacidade civil, comercial e financeira para praticar actos de comércio, com o objectivo de obter lucro.
Actos de comércio – são considerados actos de comércio todos aqueles que se achem especialmente regulados na presente lei e
demais legislação complementar e além deles, todos os contractos e obrigações dos comerciantes que não forem de natureza
exclusivamente civil, se o contrário do próprio acto não resultar.
Agente económico – toda a pessoa jurídica que exerce actividade comercial e económica, proporcionando a outrem certo
resultado do seu trabalho.
Agente de comércio – toda a pessoa singular ou colectiva que, através de um contrato se obriga a promover, por conta e em nome
de outrem, a celebração de actos de comércio numa determinada zona, de modo autónomo e estável mediante retribuição.
Agente comercial – é a pessoa singular ou colectiva que promove por conta de outrem a celebração de contractos em certa zona
ou determinado círculo de clientes de I modo autónomo, estável e mediante retribuição.
Cadastro comercial – ficheiro com informações de identificação e caracterização dos comerciantes e seus estabelecimentos, sua
localização, número e qualificação de trabalhadores empregue, superfícies de vendas, actividades económicas e comerciais
exercidas e outras informações.
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COMERCIANTES
É toda pessoa singular ou colectiva que prática actos de comércio subjectivamente comercial, definido nos termos do código
comercial e na Lei das actividades comerciais;
As actividades subjectivamente comerciais devem ser licenciadas;
O licenciamento comercial visa a segurança e certeza jurídica nas relações comerciais;
O licenciamento comercial permete o registo e o cadastro dos comerciantes a fim de conhecer o estado da actividade económico do
país, evitando as actividades ilícitas, tais como: O branqueamento de capitais; financiamento de terrorismo, tráfico de seres
humanos;
Os comerciantes classificam-se em
operadores de:
Comércio á grosso;
Comércio à retalho; A imagem Esta Fotografia de Autor Desconhecido está licenciada
ao abrigo da CC BY-NC-ND
® Comércio de Representação;
Prestação de Serviços Mercantis. A imagem Esta Fotografia de Autor Desconhecido está licenciada ao abrigo da
CC BY-SA-NC
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CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS PARA EFEITOS DE LICENCIAMENTO COMERCIAL
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AUTORIZAÇÃO DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE COMERCIAL
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CADASTRAMENTO COMERCIAL
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URBANISMO COMERCIAL
É a regulação, distribuição e implantação territorial dos estabelecimentos comerciais de acordo a mobilidade
populacional, o trafego, o impacte ambiental e a valorização da função comercia
A instalação e construção de estabelecimentos comerciais é autorizado nos termos da equiparação da
competência para o licenciamento comercial.
1. Para salvaguarda do urbanismo comercial, deve ser observado o seguinte:
Zonas urbanas – estabelecem-se em geral, superfícies comerciais, nomeadamente hipermercados, centros
comerciais, supermercados, minimercados, assim como mercados municipais urbanas, estabelecimentos de
prestação de serviços mercantis de dimensão relevante e actividade comercial grossista na modalidade de
comércio por grosso em livre serviço (cash and carry);
Zonas suburbanas – além das superfícies comerciais estabelecem-se em geral nestas zonas, comércio
retalhista, comércio precário, comércio geral, comércio ambulante, comércio feirante, mercados municipais
urbanos, mercados abastecedores, entrepostos comerciais e outras actividades previstas por lei;
Zonas rurais – estabelecem-se em geral comércio retalhista, comércio precário, comércio geral, comércio
ambulante, comércio feirante, mercados municipais rurais, pequena actividade agro-pecuária e transportadora
e outras actividades previstas por lei.
O comércio a grosso deve ser exercido em áreas previamente delimitadas e determinadas pelos órgãos
competentes do Governo. Sem prejuízo do regime especial fixado, os estabelecimentos comerciais podem
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estar abertos ao público ao período compreendido entre as 6 horas da manha e as 20 horas.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ACTIVIDADE COMERCIAL
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Ministério da Indústria e Comércio
Muito Obrigado