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T. M.

R
CÉD. PROF. Nº 116 - CONTR. Nº 2401207104
MÁRIO KANDOTI MULATO (E.)
CÉD. PROV. Nº 2.835- CONTR. Nº102614988LA0328
ADVOGADOS & ASSOCIADOS

AO
MERITÍSSIMO DR. JUÍZ DE DIREITO
DO TRIBUNAL PROVINCIAL DE
LUANDA - SALA DE TRABALHO
3.ª SECÇÃO
LUANDA

PROC. Nº 258/16-I2

A MUANGOLA LDA, Requerida no processo a margem cotado, citada para querendo


contestar a presente acção;

Vem apresentar a sua douta contestação, nos termos e fundamentos que passa a expor:

CONTESTAÇÃO

I – QUESTÃO PREVIA

a) Da Ilegitimidade


O Requerida nunca celebrou qualquer contrato de trabalho a tempo indeterminado com
o Requerente nem na forma escrita, nem de forma verbal, onde se pode confirmar que o
requerente fez parte do quadro do pessoal da requerida desde o mês de Outubro de
2014, com o salário de 60.000 kwanzas/mês.

ASSIM
2.º
Não há vínculo jurídico-laboral entre a Requerida e o Requerente, que possa levar ao
despedimento que o aqui requerente alega na sua douta p. e i.

3.º
Porquanto se infere nos termos do artigo 288.º nº 1 al. d do Cod. Do Processo Civil,
aqui aplicado ex-vi, que o juiz deve abster-se de conhecer do pedido e absolver o réu da
instância, quando considere que uma das partes é ilegítima.

4.º
Ora, uma vez que o Requerente não celebrou nenhum contrato com a Requerida, mas na
verdade foi contratado pelo subempreiteiro vietnamita, a requerida não tem interesse
directo em contradizer a pretensão do Requerente (vide in fine do art.º 26 nº 1 do
C.P.C), por isso o requerente não pode alegar que sofreu um despedimento. Como
consequência a Requerida requer a sua absolvição da instancia nos termos dos artigos
493.º nº 1, 494º al. b, conjugado com o artigo 288.º nº 1 al. d., todos do do Cod. Proc.
Civil, aqui aplicado ex-vi.
COM ESCRITÓRIO SITO NA VIANA, RUA CDT VALODIA, FRENTE AO BANCO BCI, TELEFS. 915394630/ 934517547
E-mail: dr.tiago.ribeiro@gmail.com - LUANDA * ANGOLA
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II. POR IMPUGNAÇÃO

5.º
O requerente propôs a presente acção contra a Requerida, pedindo que seja declarado
nulo o seu despedimento.
6.º
Não tem, porem, qualquer viabilidade a pretensão do requerente.

7.º
A Petição Inicial, que deduziu para além de incoerências que apresenta, assenta em
factos falsos.
Vejamos:
8.º
Não é certo o alegado no artigo 1º da douta Petição Inicial, uma vez que o requerente
nunca celebrou um contrato de trabalho indeterminado com a Requerida. Igualmente a
Requerida desconhece o alegado no articulado 2.º.

9.º
São falsos os factos constantes do articulado 2º e 3.º do petitório. Na verdade a
Requerida fornecia apenas alimentação ao subempreiteiro vietnamita e outros ajudantes
que estavam sob sua responsabilidade, como é o caso dos que constam do mapa que
aqui se junta como anexo 1.

OUTROSSIM
10.º
O Sr. João Romão na qualidade de Responsável da R. Humanos da requerida, nunca
recebeu telefonema nenhum por parte da Requerente a informar a falta de alimentação,
porque a Requerida tem no quadro do seu pessoal alguém encarregue desta área.
11.º
A Requerida desconhece também os factos apresentados na parte final do articulado 3.º
e dos constantes no articulado 4º ab início, porque o Sr. Emiliano, não exerce cargo de
Direcção, bem como nunca marcou qualquer reunião entre o Requerente e a Requerida
para fazer o fecho de conta, como o requerente quer fazer crer para ludibriar este
Augusto Tribunal.

O QUE SE PRESUME QUE ACONTECEU


12.º
Como o subempreiteiro vietnamita que contratou o requerente e que presume-se que
pagava os seus salários desde o mês de Outubro de 2014, não cumpria mais com esta
sua obrigação, o requerente não encontrou outra forma senão pressionar a Requerida
com métodos poucos convencionais, o que funcionou.

PORQUE
14.º

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Com os distúrbios causados pelo Requerente que estevão a denegrir o bom nome da
Empresa perante os seus clientes, a Requerida não encontrou outra forma senão pagar o
dinheiro que o Requerente reclamava, e posteriormente efectuar o desconto no
subempreiteiro vietnamita, o que aconteceu.

15º.
Prova de que está atitude da Requerida tratava-se apenas para despachar o Requerente e
evitar um mal-estar no seio dos trabalhadores e clientes, o recibo onde consta a
confirmação de que o Requerente recebeu os valores foi preenchido a manuscrito e não
consta qualquer desconto obrigatório nos termos da Lei, tanto do INSS como do IRT, o
que demonstra claramente que o requerente não faz parte do quadro do pessoal e em
consequência não faz parte do sistema de pagamento de salários da Empresa que é
bancarizado.
14.º
A requerida nega um por um todos os factos que eventualmente não tenham sidos
impugnados.

Nestes termos e nos melhores de Direito aplicável, e sempre com mui


douto suprimento de V. Excia, deve a presente acção ser julgada
improcedente, com todas as consequências legais, dando procedente a
excepção dilatória da ilegitimidade aqui deduzida e a Requerida ser
absolvida da instância. Não sendo este o entendimento, deve ser
julgado provado e procedente a presente contestação e a Requerida ser
absolvida do pedido.

Para comprovar os factos acima aduzidos, apresenta o Rol de testemunha:

 João Romão
 .

VALOR DA ACÇÃO: O DA ACÇÁO


JUNTA: Documentos
ENTREGA: Duplicados legais.

O ADVOGADO ESTAGIÁRIO
Na qualidade de gestor de negócios, protestando juntar procuração no prazo de 15 dias

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