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■ O Direito das empresas tem a sua génese no Direito Comercial e com ele se
confunde sendo, porém mais vasto.
■ No Direito das empresas, integra-se para alem do Direito comercial, também o
direito público das empresas.
■ O Direito das empresas enquanto Direito Comercial, é um ramo especial do
Direito Privado da Economia.
■ Enquanto agentes do processo económico as empresas devem pautar a sua
atuação, segundo as regras estabelecidas pela organização político-
administrativa da economia.
■ Nesta organização encontramos as normas e os princípios constitucionais e as
normas administrativas, de acesso de exercício de atividades económicas.
■ Entre elas O regime de exercício da atividade industrial aprovado pelo Dec. Lei
nº 209/08, de 29 de outubro e o regime de acesso e de exercício de diversas
atividades económicas estabelecido pelo DL 10/15 de 16 de janeiro.
■ O comércio é uma das mais antigas profissões do mundo, entre os fenícios e
atual globalização mercantil, passando pela Rota das sedas, e pelo império
português do hemisfério sul.
■ As primeiras ferramentas especificas do Direito Comercial, enquanto
instrumento de autorregulação e proteção dos interesses dos comerciantes, só
surgiram nos finais da idade média.
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■ Surgem com as transações mercantis das cidades mercantis Italianas, na
Flandres e em Inglaterra.
■ Este processo não foi estranho a Portugal enquanto ponto da rota marítima,
entre o mediterrâneo e o norte da Europa, destacando-se aqui as cidades de
Lisboa e do Porto.
■ Apareceu aqui a primeira associação mutualista portuguesa para cobrir os
prejuízos resultantes da atividade marítima.
■ Depois de, em 1375, D. Fernando ter promulgado a lei das sesmarias, em 1380
criou a Companhia das Nau, para fomentar o comércio externo.
■ Em 1649, durante o reinado de D. João IV foi criada a Companhia Geral do
Comércio do Brasil.
■ Em França a codificação civil precedeu a comercial. O code de commerce data
de 1807, enquanto o code civil data 1804.
■ Em Portugal sucedeu o contrário. O primeiro código comercial data 1833 e o
código Civil data de 1867.
■ Em Portugal tanto o Código Ferreira Borges, em 1833, como o Código Veiga
Beirão em 1888, encontraram na visão objetivista o seu suporte.
■ O artº1 do Código Veiga Beirão, estabelece que a lei comercial rege os atos de
comércio, sejam ou não comerciantes as pessoas que neles intervém.
■ A revolução industrial, o mercantilismo liberal e a internacionalização do
comércio estimularam o desenvolvimento do Direito Comercial, enquanto ramo
especial do direito privado, e cujo centro de gravidade está nas empresas.
■ O direito Comercial das empresas e as suas atividades, enquanto ramo especial
do direito privado, não exclui o Direito Civil
■ A aplicação da lei civil a matéria mercantil opera subsidiariamente, enquanto
direito comum, nas questões comercias nos termos do Artº 3º do Código
Comercial
■ Na falta de regulamentação comercial especifica, aplicam-se as normas de
direito civil. Devendo aqui atender-se ao preceituado nos Artº(s) 217 e 294 do
CC e os Artº 405 e 406 do mesmo código.
■ A matriz do direito das empresas, radica no direito comercial e nos seus núcleos,
nos quais inserimos os atos de comércio, os comerciantes, os estabelecimentos
e as sociedades comerciais.
■ O comércio em sentido jurídico integra não apenas o comércio em sentido
económico, mas também a atividades industriais e os serviços.
■ Nem todo o comércio em sentido económico é abrangido pelo Direito comercial:
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■ Não estão abrangidos pelo Direito Comercial, as atividades agrícolas e o
artesanato e as profissões liberais regulamentadas.
■ Embora estas atividades não estejam incluídas no direito comercial, não deixam
de integrar matérias de direito empresarial.
■ Fala-se em mercantilização do direito privado para generalizar os princípios
originários do Direito mercantil, entre eles; o reforço do crédito; a proteção da
confiança, da celeridade e certeza das transações, ou a presunção de
onerosidade dos negócios mercantis e dependência económica.
■ Fala-se também em civilização do direito mercantil para falar da parte mais fraca
da relação entre empresas ou profissionais; consumidores; liberdade contratual;
incluindo especiais deveres de informação dispersos em diferentes diplomas
legais.
■ O direito comercial evoluiu como direito privado mercantil, máxime empresa,
mercantil por não restrito a comerciantes em sentido jurídico estrito; privado por
regular a atuação dos sujeitos enquanto particulares.
■ O Direito empresarial, enquanto Direito Comercial, justifica o seu estudo
autónomo, centrado na empresa como sujeito ou como objeto de direitos,
afirmando-se ainda no domínio das suas fontes.
■ As fontes de Direito empresarial podem ser externas ou internas:
■ Fontes externas são as convenções internacionais; os regulamentos e diretivas
da união europeia.
■ Fontes internas são a legislação do direito das empresas, o código comercial e
a legislação das sociedades comerciais
■ No Plano Internacional as convenções são de grande relevo; entre elas temos a
Convenção de Paris; a convenção de Berna; a convenção de Roma e as
convenções de Genebra.
■ Outros institutos ganham relevância, entre eles está a Câmara de Comércio
Internacional, que desenvolve a lex mercatória para os Tribunais arbitrais.
■ Em Portugal, a arbitragem voluntária é regulada pela lei 63/11
■ Na próxima aula vamos falar de Atos de comércio, Comerciantes e Empresas
■ Os atos de comércio são no essencial, operações de interposição, de trocas
comercias;
■ Tem escopo lucrativo;
■ Podem ser realizados por empresas e particulares;
■ Podem envolver pessoas singulares e coletivas.
■ Podem existir atos de comércio desprovidos destas características, que não
estarão cobertos pelo Código Comercial.
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■ Os atos subjetivos do Comércio são os atos praticados por comerciantes que
não tenham natureza exclusivamente civil, nem sejam desligados do seu
comércio,
■ Um ato pode ser objetivamente comercial, mas subjetivamente civil.
■ Os atos de comércio podem der unilaterais ou bilaterais;
■ Autónomos e acessórios;
■ Materiais e formais;
■ Sistemáticos ocasionais;
■ Os atos objetivos de comércio são no essencial;
■ Simples atos;
■ Negócios jurídicos, máxime contratos, regulados por lei comercial
■ Os atos subjetivos do Comércio são os atos praticados por comerciantes que
não tenham natureza exclusivamente civil, nem sejam desligados do seu
comércio,
■ Um ato pode ser objetivamente comercial, mas subjetivamente civil.
■ Os atos de comércio podem der unilaterais ou bilaterais;
■ Autónomos e acessórios;
■ Materiais e formais;
■ Sistemáticos ocasionais;
■ Atos formalmente comerciais são os constitutivos de uma sociedade civil de tipo
comercial e os negócios cambiários;
■ Saque
■ Aceite;
■ Endosso
■ Aval
■ Letra de câmbio
■ Importância da qualificação.
■ Importância da qualificação.
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remuneratórios ou moratórios( Artº 102); liberdade de língua dos documentos(
artº 96).
■ Importância da qualificação.
■ Para além, dos atos caracterizadores do seu objeto comercial, os demais atos
praticados pelas empresas são considerados atos subjetivos de comércio se
cumprirem os necessários requisitos
■ Para além, dos atos caracterizadores do seu objeto comercial, os demais atos
praticados pelas empresas são considerados atos subjetivos de comércio se
cumprirem os necessários requisitos
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■ As atividades de serviços que envolvem profissões liberais, normalmente
regulamentadas, não são enquadráveis no Direito Comercial, porem por
analogia podemos vir a encontrar uma definição diferente.
A) Agricultores;
b) Artesãos;
Nada obsta a que empresas destes setores exerçam atividades puramente civis.
■ Atos subjetivos de comércio são atos praticados por comerciantes nos
termos do artº13 do CCom, sem natureza exclusivamente civil (casamento e
perfilhação) nem desconexos com o seu comércio.
■ O ato é comercial se houver conexão-resultado positivo-ou se não revelar
desconexão com o seu comércio-resultado neutro.
■ O ato é subjetivamente civil, se dele resultar desconexão com o comércio do
sujeito- resultado negativo.
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■ A noção de comerciante prevista no Artº 13/1 tem implícita a nota de
autonomia, no sentido de que a profissão do comércio deve ser exercida de
modo autónomo.
■ Um trabalhador do comércio, enquanto tal, não é um comerciante.
■ O STJ, interpreta de forma restritiva a atividade comercial, exigindo que os
comerciantes atuem em nome próprio.
■ São também comerciantes as sociedades comercias (pessoas coletivas) nos
termos do nº2 do Artº 13º do CCom, que tenham por objeto a prática de atos
de comércio e que adotem um dos tipos de sociedade comercial, nos termos
do nº2 do Artº 1 do CSC.
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