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CURSO DE DIREITO
Goiânia
2016
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Orientador:
Prof. Me. Giulliano Rodrigo Gonçalves e Silva
Goiânia
2016
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Banca Examinadora:
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SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................... 1
ABSTRACT................................................................................................................. 1
INTRODUÇÃO............................................................................................................ 2
1 PONDERAÇÕES CONCEITUAIS ACERCA DO TRABALHO................................3
2 BREVE RELATO HISTÓRICO ACERCA DO TRABALHO INFANTIL NO MUNDO
E NO BRASIL..............................................................................................................3
3 CONVENÇÕES E RECOMEDAÇÕES DA OIT........................................................4
4 NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL......6
5 AS PIORES FORMAS DO TRABALHO INFANTIL.................................................9
6 TRABALHO DOMÉSTICO.....................................................................................11
.......................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
7 PROGRAMAS DE FISCALIZAÇÃO E ERRADICAÇÃO AO TRABALHO
INFANTIL NO BRASIL..............................................................................................12
CONCLUSÃO............................................................................................................16
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 16
A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL COMO FORMA DE
VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS
Boaz Gomes D´Abadia1
Orientador: Me. Giulliano Rodrigo Gonçalves e Silva 2
RESUMO
Este artigo acadêmico por meio do tema “a exploração do trabalho infantil como
forma de violação de direitos humanos”, a criança ou adolescente não deve laborar
com idade inferior á 16 anos, salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos, em
ambientes insalubres, perigosos e penosos. Descreve de forma breve o momento
histórico do trabalho infantil no mundo e no Brasil. Trabalho precoce em idade
abaixo do permitido não garante futuro, afasta a criança e o adolescente da escola,
contribui para o círculo da pobreza, quais sejam: trabalho inadequado, desemprego
e pobreza. A criança e o adolescente deve crescer com garantia do princípio da
dignidade da pessoa humana, desenvolvimento físico, bem estar. O trabalho em
carvoarias, doméstico, lixões, comércio ambulante, guardador de carro, vendedor de
laranjinhas, garimpos, são algumas das piores formas do trabalho infantil. Diversas
ações de combate ao trabalho infantil são feitas em vários órgãos como: o Poder
Judiciário, Ministério Público do Trabalho, Conselho Tutelar e Estado.
ABSTRACT
This academic paper through the theme "the exploitation of child labor as a form of
human rights violation," the child or adolescent should not laboring under the age of
16, except as apprentices from 14 years in unhealthy environments , dangerous and
painful. Briefly describes the historical moment of child labor in the world and in
Brazil. Work early age under the allowed does not guarantee future, away from
children and teenage school contributes to the cycle of poverty, namely: inadequate
work, unemployment and poverty. Children and adolescents must grow to guarantee
the principle of human dignity, physical, well-being. The work in charcoal, domestic,
dumpsites, street vendors, car valet, oranges seller, mining, are some of the worst
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Graduado no Curso de Direito da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) campus Goiânia-
GO.
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Mestre em Direito das Relações Jurídico-empresariais (UNIFRAN/SP). Especialista em Direito Civil
(UFG) e em Direito Processual Penal (UFG). Pesquisador no DGP/CNPQ. Professor Assistente
Mestre e Pesquisador da UNIVERSO, campi Goiânia-GO. Professor Efetivo (concursado) da PUC
Goiás. Advogado licenciado para exercício de cargo público no Tribunal de Justiça de Goiás, onde é
assessor do Desembargador José Lenar de Melo Bandeira desde 1999. Autor de diversos livros e
artigos jurídicos. Palestrante com atuação em todo Brasil.
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forms of child labor. Several actions to combat child labor are made in various organs
such as the judiciary, the Ministry of Labor, Child Protection Council and State.
INTRODUÇÃO
Nesta época não havia proteção aos direitos dos trabalhadores, tampouco
havia para as crianças e adolescentes. Somente em 1979 foi aprovado no Brasil o
Código de Menores, que atendia aos anseios dos menores 18 anos que se
encontrassem em situação irregular, vítimas de maus tratos ou castigos imoderados,
desassistidos socialmente, garantindo-lhes meios de proteção.
Alice Monteiro de Barros (2012, p. 433) alerta para o fato de que a
dificuldade econômica das famílias tem sido a principal responsável pela exploração
de que são vítimas os menores, desde a primeira infância e nas mais variadas
épocas da humanidade.
Ainda hoje, pela enorme desigualdade social que vivenciamos em nosso
país, tal circunstância permanece como um fator preponderante para a exploração
infantil. Vale ressaltar que a dificuldade de profissionalização das pessoas também
contribui para essa chaga.
6 TRABALHO DOMÉSTICO
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acessada em 15-5-2016.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio- PNAD
2014 do IBGE, existem 3,3 milhões de crianças e adolescentes em situação regular
de trabalho no país. Deste número, 2,7 milhões são adolescentes entre 14 e 17
anos. Ou seja, 84% dos jovens estão trabalhando e 60 % deles exercem atividades
ilegais e perigosas, principalmente em indústria e agricultura, conforme a página
digital do TST, acessada em 15-5-2016.
As empresas devem contratar e matricular nos cursos dos Serviços de
Aprendizagem, no mínimo de 5% e no máximo 15%, dos trabalhadores existentes
no estabelecimento, conforme determina o artigo 429, da CLT.
O Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado
Jean Wyllys (PSOL-RJ), contou aos presentes que vivenciou pessoalmente a
diferença entre o trabalho infantil e a aprendizagem legal. “Comecei a trabalhar aos
dez anos de idade e, aos 13, ingressei em um programa de jovem aprendiz,
conheço na pele a distinção entre trabalho infantil e o aprendizado assistido que
permite aos jovens permanecerem na escola e os protege”, conforme a página
digital do TST, acessada em 21-5-2016.
O contrato de aprendiz é um contrato especial, de prazo determinado não
superior a dois anos, que o empregador contrata adolescentes a partir de 14 anos
de idade até 24 anos, inscrito em programa de formação técnico-profissional
metódica, conforme prescreve o artigo 428, da CLT.
O limite de até 24 anos de idade, não se aplica a pessoa portadora de
deficiência, conforme dispõe o artigo 428, § 5. da CLT.
Este contrato supramencionado exige anotação na CTPS, além disso, é
indispensável que o aprendiz estar frequentado e matriculado na escola, conforme
determina o artigo 428, da CLT.
A jornada de trabalho não poderá exceder a seis horas diárias, sendo
proibida a prorrogação da jornada, este limite pode chegar até 8 horas se o aprendiz
completado o ensino fundamental, artigo 432, caput e § 1, da CLT.
O contrato de aprendizagem insere o adolescente no mercado de
trabalho, não afasta da escola, retira das drogas, garantem direitos básicos previstos
na CLT, quais sejam: jornada de trabalho de seis horas, intervalo intrajornada de 15
minutos, recolhimento do FGTS, 13ª salário, férias preferencialmente com as
escolares, entre outros.
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O Poder Judiciário deve fazer cumprir a lei com eficácia, para garantir que
as crianças e adolescentes brasileiros não trabalhem. Além disso, é indispensável
que o Estado crie incentivos para que empresários possam investir em lugares onde
há falta de empregos para a população.
CONCLUSÃO
Este artigo científico tem por objetivo tentar mostrar para sociedade da
grande chaga que é o trabalho infantil. Que teve seu início no Brasil desde á época
da escravocrata, que as crianças eram exploradas.
Infelizmente em pleno século XXI, mesmo com vasta proteção no
ordenamento jurídico brasileiro, ainda temos que conviver com essa anomalia.
O trabalho infantil se verifica com mais nitidez nos lugares onde a pobreza
é maior, a criança e o adolescente se veem obrigado a ajudar a família. Os pais pela
baixa escolaridade não tem orientação. Ademais, pela dificuldade em enfrentar uma
distância para a chegar a escola, muitas vezes não tem professores, falta
infraestrutura.
Na maioria das vezes os pais não tem lugar adequado para deixar os
filhos quando estão trabalhando, é necessário que construa mais creches.
É dever do Estado e da família assegurar que as crianças e os
adolescentes, tenham direito a dignidade, desenvolvimento, brincar, estudar, estar
com a família, respeito, lazer, profissionalização, entre outros.
É imprescindível que o Estado, aumente os investimentos em escolas,
professores, bibliotecas, lazer e cultura. Incentive os empregadores a contratarem
aprendizes a partir de 14 anos.
O Poder Judiciário, o Ministério Público do Trabalho e outras entidades de
combate ao trabalho infantil é indispensável que continuem lutado para erradicar o
trabalho infantil na sociedade brasileira.
REFERÊNCIAS
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BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 8 ed. São Paulo, LTR.
2012.
BOMFIM, Vólia Bassar. Direito do trabalho. 9 ed.- Rio de Janeiro: Forense, São
Paulo: Método, 2015.
GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa. Manual de direito do trabalho. São Paulo- 7 ed.
Rio de JANEIRO: Forense; São Paulo, Saraiva, 2015.