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Introdução
No contexto do Direito Processual Civil brasileiro, a conformidade com os princípios
e diretrizes fundamentais é crucial para garantir a justiça e o acesso ao sistema judicial.
Baseado nos direitos e garantias consagrados na Constituição Federal, esse sistema busca
harmonizar o processo com os direitos fundamentais, estabelecendo um procedimento que
assegure o devido processo legal e o contraditório. O objetivo principal é tomar decisões bem
fundamentadas em prazos razoáveis para qualquer reivindicação apresentada em juízo. Neste
texto, exploraremos os princípios que orientam o Direito Processual Civil, discutiremos a
implementação das audiências virtuais por meio de videoconferência e examinaremos a
necessidade de observar as normas que regem esse novo cenário, especialmente à luz da
pandemia de COVID-19. A partir dessa base, investigaremos as mudanças e adaptações que a
tecnologia trouxe ao sistema judicial, bem como as precauções necessárias para garantir a
eficácia e a adaptabilidade das audiências virtuais, mantendo a integridade dos princípios
fundamentais do processo civil.
Desenvolvimento
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES FUNDAMENTAIS QUE ORIENTAM O DIREITO
PROCESSUAL CIVIL E A CONDUÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM
O sistema processual civil do Brasil, juntamente com suas regras de procedimento, foi
moldado com base nos direitos e garantias fundamentais consagrados na Constituição Federal.
O objetivo principal do legislador foi estabelecer um processo que assegurasse a justiça e o
acesso ao sistema judicial. Sendo assim, para conciliar o processo com os direitos
fundamentais, o procedimento deve seguir rigorosamente o devido processo legal, garantindo
É importante enfatizar que todas as precauções rotineiras tomadas pelo juiz durante
uma audiência presencial de instrução também devem ser aplicadas durante uma audiência
virtual, garantindo sua eficácia e adaptabilidade às particularidades do ato. Nesse contexto,
tanto a parte quanto a testemunha devem sempre estar sob a supervisão do juiz, dos
advogados e das partes.
Assim, ao ouvir uma parte, seja por solicitação da parte contrária ou por ordem do juiz
(interrogatório livre, com base no art. 139, inc. VIII, do CPC/2015), ou ao tomar o
depoimento de uma testemunha, a inquirição deve ser feita de forma separada e sequencial.
Outro ponto relevante a ser destacado é que a audiência virtual, por meio da
videoconferência, não compromete o princípio da oralidade. O formato virtual permite que o
juiz natural do caso esteja envolvido na coleta de provas durante a audiência, sem
intermediários, mesmo que esteja fisicamente distante, sem contato presencial com as partes,
seus advogados, testemunhas e outros participantes do processo.
A proximidade do juiz com as partes e a prova oral produzida na audiência, um
subprincípio da oralidade, também é atendida pelo uso da videoconferência na audiência
virtual. O juiz da causa pode ter as mesmas impressões que teria em uma audiência presencial,
avaliando se os participantes do processo estão à vontade para se expressar de forma sincera e
precisa ao responder à s perguntas feitas.
CONCLUSÃO
As audiências por videoconferência se tornaram uma alternativa viável durante a
pandemia da COVID-19, quando o distanciamento social e as restrições de viagem foram
implementados para conter a propagação do vírus. Aqui estão algumas vantagens das
audiências por videoconferência durante esse período:
É importante ressaltar que nem todas as audiências podem ou devem ser realizadas
virtualmente, pois certas situações ainda demandam a presença física. No entanto, as
audiências virtuais têm proporcionado benefícios significativos em termos de acesso,
eficiência e sustentabilidade durante a pandemia da COVID-19.
REFERÊNCIA
BUENO, C. S. Manual de direito processual civil: volume único. São Paulo: Saraiva, 2018.
Disponível em:<https://integrada.minhabiblioteca.com.
br/#/books/9788553609130/>
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Temas de Direito Processual. Quarta Série. São Paulo:
Saraiva, 1999, p. 152-153.
BONICIO, Marcelo José Magalhães. Princípios do processo novo Código de Processo Civil.
São Paulo: Saraiva, 2016, p. 203.v