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Saúde Pública
Organização
&EJUPS.BYXFMM.'FSOBOEFT
$PPSEFOB¸·PFEJUPSJBM"OOB:VF
1SPKFUPHS²mDPFFEJUPSB¸·PFMFUSÃOJDB:FOEJT
1SFQBSB¸·PEFUFYUP-VDBT$POTPMJO%F[PUUJ
'PUPT1BVMB)FTTFM
0CSBEBDBQB"4BSSP
%BEPT*OUFSOBDJPOBJTEF$BUBMPHB¸·POB1VCMJDB¸·P $*1
$³NBSB#SBTJMFJSBEP-JWSP 41 #SBTJM
&OTJOBOEPBDVJEBSFNTBÈEFQÈCMJDBPSHBOJ[B¸·P/¹CJB.BSJB"MNFJEBEF
'JHVFJSFEPo4·P$BFUBOPEP4VM 41:FOEJT&EJUPSB
BSFJNQSFTT·PEBBFEJ¸·P
#JCMJPHSBmB
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5FM'BY
ZFOEJT!ZFOEJTDPNCS
XXXZFOEJTDPNCS
36+%2->%(36%
2qFME1EVME%PQIMHEHI*MKYIMVIHS
Livre-docente em Administração de Enfermagem e doutora em Enfermagem
pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Professora titular de Fundamentos de
Enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Diretora do Departamento de
Pós-graduação e coordenadora do Programa de Mestrado em Enfermagem da
Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Áreas de atuação e pesquisa: Fundamentos de
Enfermagem, Cuidado de Enfermagem e Administração de Enfermagem.
'30%&36%(36)7
%HVMERE0IQSW4IVIMVE
Professora assistente do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública
da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Enfermeira sanitarista e mestre em Tecnologia
Educacional para as Ciências da Saúde. Áreas de atuação e pesquisa: Gênero,
Sexualidade e Saúde em Enfermagem.
%PQMVHE'SWXE1SVIMVE
Enfermeiro do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade
Federal Fluminense (UFF). Psicólogo e mestre pela Escola de Enfermagem
Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/
UNIRIO).
IV § CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
&IEXVM^+IVFEWWM%KYMEV
Professora adjunta do Departamento de Enfermagem Médico-cirúrgica
da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Doutora em Enfermagem e diretora da
Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Áreas de atuação e pesquisa: Administração
em Serviço e Infecção Hospitalar Pediátrica e Obstétrica.
&IEXVM^+YMXXSR6IREYH&ETXMWXEHI3PMZIMVE
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Professora adjunta do Departamento de Fundamentos de Enfermagem
e Administração da Universidade Federal Fluminense (UFF). Áreas de atuação
e pesquisa: Enfermagem e Sociedade, Identidade Profissional, Fundamentos de
Enfermagem Médico-cirúrgica.
'EVSPMRI4EZP1EXMSPM
Enfermeira formada pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Univer-
sidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Membro do
Grupo de Incentivo a Inovações Tecnológicas em Enfermagem (GrIITE).
'PEYHMEHI'EVZEPLS(ERXEW
Enfermeira formada pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Univer-
sidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO).
(MVGI0ETPEGE:MERE
Mestre em Ciências pelo Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de
Medicina (Unifesp). Especialista em Pediatria pelo Instituto da Criança do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP).
Docente no curso de especialização em Enfermagem Hospitalar à Criança e ao
Adolescente e no curso de especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos
e Emergência à Criança e ao Adolescente no Instituto da Criança (HC/FMUSP).
Enfermeira na Educação Continuada do Instituto da Criança (HC/FMUSP).
SOBRE OS AUTORES §V
)PEMRI'VMWXMREHI3PMZIMVE7SY^E
Enfermeira formada pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universi-
dade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ).
)RMVXIW'EIXERS4VEXIW1IPS
Professora assistente do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública
da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Enfermeira sanitarista e mestre em Saúde
Pública. Área de atuação e pesquisa: Saúde Pública/Coletiva.
*jXMQE8IVI^MRLE7GEVTEVS'YRLE
Professora assistente do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública
da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Enfermeira sanitarista e doutora em Saúde
Pública. Área de atuação e pesquisa: Planejamento em Saúde.
-PHE'IGvPME1HE7MPZE
Doutora em Enfermagem e professora adjunta da Escola de Enfermagem
Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ). Área de
atuação e pesquisa: Gerência e Exercício Profissional.
.SWqXI0Y^ME0IMXI
Professora emérita da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universi-
dade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Pesquisadora do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
.S]GI1EXLMEW*SRWIGE
Enfermeira formada pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universi-
dade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ).
VI § CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
.YPME4IVIW4MRXS
Mestre em Enfermagem Pediátrica pela Escola Paulista de Medicina
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Docente na Universidade
Anhembi-Morumbi. Integrante da Diretoria da Sociedade Brasileira de Enfer-
meiros Pediatras (SOBEP). Área de atuação e pesquisa: Saúde da Criança e do
Adolescente.
0EYVE.SLERWSR
Mestranda e graduada pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Uni-
versidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Bolsista da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
0MPMERE%RKIP:EVKEW
Professora assistente do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública
da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado
do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Enfermeira sanitarista. Áreas de atuação
e pesquisa: Meio Ambiente e Saúde Coletiva.
1EVME%TEVIGMHEHI0YGEHS2EWGMQIRXS
Professora adjunta e coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Estudos sobre
a Saúde da Mulher e da Criança do Departamento de Enfermagem Materno
Infantil (DEMI) da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Doutora em Enfer-
magem. Chefe de divisão do Departamento de Pós-graduação da Pró-reitoria
de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (UNIRIO).
1EVMEHEW+VEpEWHI3*IVRERHIW
Mestre em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp). Docente na Universidade de Guarulhos (UnG).
Áreas de atuação e pesquisa: Saúde da Criança e do Adolescente, Fundamentos
de Enfermagem.
SOBRE OS AUTORES § VII
1jVGMEHI%WWYRpnS*IVVIMVE
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Professora adjunta da Escola de Enfermagem Anna Nery da Univer-
sidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ). Áreas de atuação e pesquisa:
Fundamentos de Enfermagem e Cuidado de Enfermagem.
1EVGMS1EVXMRWHE'SWXE
Enfermeiro formado pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Uni-
versidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Membro do
Grupo de Incentivo a Inovações Tecnológicas em Enfermagem (GrIITE).
1EVPYGM%RHVEHI'SRGIMpnS7XMTT
Professora adjunta da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ).
2IMHI%TEVIGMHE8MXSRIPPM%PZMQ
Professora adjunta do Departamento de Enfermagem Fundamental da
Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(EEAN/UFRJ). Doutora em Enfermagem. Área de atuação e pesquisa: Enfer-
magem Fundamental e Práticas Alternativas em Saúde.
4EYPE6SWIQFIVK%RHVEHI
Mestre em Enfermagem pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Fe-
deral de São Paulo (Unifesp). Enfermeira do Centro Assistencial Cruz de Malta.
4VMWGMPEHI'EWXVS,ERHIQ
Mestranda da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Residente de Enfermagem e
enfermeira do Hospital Central do Exército (HCE).
VIII § CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
6EUYIP2YRIWHE7MPZE
Enfermeira formada pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Univer-
sidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO) e residente em
Enfermagem Médico-cirúrgica. Membro do Grupo de Incentivo a Inovações
Tecnológicas em Enfermagem (GrIITE).
6IRER8EZEVIW
Professor adjunto do Departamento de Enfermagem Fundamental da Es-
cola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Doutor em Estudos Teatrais. Áreas de atuação e
pesquisa: Educação, Teatro, Arte de Cuidar.
8IVIWE8SRMRM
Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universida-
de Estadual do Rio de Janeiro (IMS/UERJ). Professora assistente da Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
(EEAP/UNIRIO). Áreas de atuação e pesquisa: Fundamentos de Enfermagem,
Cuidado de Enfermagem e Administração em Enfermagem.
;IPPMRKXSR1IRHSRpEHI%QSVMQ
Doutor em História da Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna
Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ). Professor
assistente do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública da Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Ja-
neiro (EEAP/UNIRIO). Área de atuação e pesquisa: Saúde Pública e História
da Enfermagem.
SOBRE OS AUTORES § IX
;MPMEQ'qWEV%PZIW1EGLEHS
Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Uni-
versidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ). Professor aposentado do
Departamento de Enfermagem Fundamental Escola de Enfermagem Alfredo
Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO).
Professor titular da Faculdade de Enfermagem da Universidade Presidente An-
tônio Carlos (UNIPAC), campi de Juiz de Fora. Professor da Agência Nacional
de Saúde Suplementar do Ministério da Saúde (ANS/MS). Áreas de atuação e
pesquisa: Fundamentos de Enfermagem, Cuidado de Enfermagem, Reabilitação
e Saúde Suplementar.
X § CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
46)*%'-3
Este livro tem como objetivo abranger todas as áreas de
conhecimento da enfermagem.
A maior dificuldade encontrada foi a de escrever um livro
que contivesse, ao mesmo tempo, um recado terminal para os
alunos de nível técnico e para os alunos de graduação. Tomou-
se cuidado de avançar sem romper o delicado entendimento
do que é ensinar a cuidar para a equipe de enfermagem.
Procurou-se também quebrar a divisão social existente pois
sabe-se que a fronteira entre enfermeiros e técnicos é tênue.
Trata-se de uma divisão pedagógica, política, organizacional e
teórica, além de honesta e solidária. O importante é que cada
um esteja ciente de suas respectivas funções e saiba o que
fazer. No entanto, se muitas vezes o técnico precisa executar
ações pertinentes ao enfermeiro, é aconselhável que ele saiba
como aplicar os conhecimentos do enfermeiro em benefício
de um cliente único.
SUMARIO § XI
791%6-3
5M /LHAR DA !RTE SOBRE A 3A¢DE 0¢BLICA
!MPLIANDO #ONCEITOS
)NTRODU½áO
!RTE 6IDA E 3A¢DE
/ *OGO $RAMÕTICO
%SPA½O #OLETIVO
%NFERMAGEM E A 1UESTáO !MBIENTAL
)NTRODU½áO
! 1UESTáO !MBIENTAL NO "RASIL E NO -UNDO
1UEM £ A 3OCIEDADE
1UANDO 3URGIU A 0OL¤TICA !MBIENTAL NO "RASIL
!S )NCONTESTÕVEIS 2ELA½µES ENTRE -EIO
!MBIENTE E 3A¢DE
! $IMENSáO !MBIENTAL NA 0OL¤TICA DE 3A¢DE
! 1UESTáO !MBIENTAL E A %NFERMAGEM
XII § CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
%DUCA½áO EM 3A¢DE
)NTRODU½áO
"ARREIRAS PARA UMA "OA !TIVIDADE %DUCATIVA
$E QUE 4RATA A %DUCA½áO EM 3A¢DE
4PICOS %MERGENTES EM %DUCA½áO EM 3A¢DE
$34 E !IDS
6IOLãNCIA CONTRA A #RIAN½A E O !DOLESCENTE
!CIDENTE DE 4RºNSITO
/UTROS 4PICOS
0OL¤TICAS DE 3A¢DE 0¢BLICA
)NTRODU½áO
!S 0OL¤TICAS DE 3A¢DE 0¢BLICA NO "RASIL
003 n 0LANO DE 0ACTUA½áO 3OCIAL
0REVIDãNCIA 3OCIAL
2EFORMAS NA 0REVIDãNCIA
-INIST£RIO DA 0REVIDãNCIA E !SSISTãNCIA 3OCIAL
2EFORMA 3ANITÕRIA
!½µES )NTEGRADAS DE 3A¢DE E 3ISTEMA ´NICO E
$ESCENTRALIZADO DE 3A¢DE
353 n 3ISTEMA ´NICO DE 3A¢DE
#ONSTITUI½áO &EDERAL
#OMO 0ARTICIPA A 0OPULA½áO
/ !MBIENTE E OS 0ROCESSOS DE 2ESTAURA½áO
)NTRODU½áO
SUMARIO § XIII
/ 0ROCESSO DE $ES !JUSTAMENTO DO /RGANISMO
E AS $OEN½AS 4RANSMISS¤VEIS
0ECULIARIDADES DAS $OEN½AS 4RANSMISS¤VEIS
)MPLEMENTA½áO DE -EDIDAS
0ROCEDIMENTOS
2EMOVENDO /BSTÕCULOS
4UBERCULOSE
(EPATITE
$ENGUE E &EBRE !MARELA
#UIDADOS 0REVENTIVOS EM 3A¢DE
$ENGUE
4RANSMISSáO
$ESENVOLVIMENTO DA $OEN½A
$IAGNSTICO
0ROCEDIMENTOS "ÕSICOS NO 4RATAMENTO
&EBRE !MARELA
4RANSMISSáO
1UADRO #L¤NICO E 3INTOMAS
$IAGNSTICO
0REVEN½áO E 4RATAMENTO
/ QUE 3ABER SOBRE 6IGILºNCIA EM 3A¢DE
-EDIDAS DE 0REVEN½áO E #ONTROLE
.¤VEIS DE !TEN½áO Í 3A¢DE
#UIDADO 0REVENTIVO PARA O #ORPO 3ADIO
)NTRODU½áO
(ISTRIA .ATURAL E 0REVEN½áO DE $OEN½AS
XIV § CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
! !TUA½áO DA %NFERMAGEM
NA %PIDEMIA DE ()6!IDS
/ QUE £ !IDS
()6
4RANSMISSáO
! 4RAJETRIA DO ()6!IDS
/ #LIENTE !MBULATORIAL
0REVEN½áO
4ESTAGEM
! $ESCOBERTA DA )NFEC½áO )MPLICA½µES
PARA A %NFERMAGEM
/ #LIENTE (OSPITALIZADO
)NFEC½áO !GUDA
&ASE !SSINTOMÕTICA
&ASE 3INTOMÕTICA )NICIAL
$OEN½AS /PORTUNISTAS
.ORMAS 5NIVERSAIS DE "IOSSEGURAN½A
!NEXO ) !VALIA½áO DE 1UIMIOPROlLAXIA PARA ()6
!NEXO )) 2EGISTRO DO !CIDENTE DE 4RABALHO
SUMARIO § XV
! %NFERMAGEM $IANTE DA %XCLUSáO 3OCIAL
5SUÕRIO DE $ROGAS
5M 0OUCO DE (ISTRIA
$ROGA
$ElCIENTE &¤SICO
/ 0APEL DA %NFERMAGEM
-ENORES EM 3ITUA½áO DE 2UA
/ 0APEL DA %NFERMAGEM
0ROSTITUI½áO
/ 0APEL DA %NFERMAGEM
)DOSOS
/ 0APEL DA %NFERMAGEM
.EGROS
/ 0APEL DA %NFERMAGEM
0ESSOAS COM ()6!IDS
/ 0APEL DA %NFERMAGEM
2EmETINDO A %XCLUSáO 3OCIAL SOB A
ÊPTICA DA %NFERMAGEM
0ROGRAMAS DE !TEN½áO Í 3A¢DE
)NTRODU½áO
3A¢DE 0¢BLICA
5MA "REVE )NTRODU½áO Í (ISTRIA DA
3A¢DE 0UBLICA
0OL¤TICA E 3ISTEMA DE 3A¢DE O 353
/ 353 NA #ONSTITUI½áO &EDERAL
3A¢DE #OLETIVA
0ROJETO DE 0ROMO½áO DA 3A¢DE
3A¢DE #OMUNITÕRIA
XVI § CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
#UIDANDO DE QUEM #UIDA UM 0ROGRAMA DE
!TEN½áO Í 3A¢DE DO 4RABALHADOR DE %NFERMAGEM
#UIDANDO DE QUEM !PRENDE A #UIDAR
#UIDADOS PARA QUEM #UIDA E
PARA QUEM !PRENDE A #UIDAR
#UIDADO DE %NFERMAGEM PELAS
0LANTAS -EDICINAIS
)NTRODU½áO
SUMARIO § XVII
0LANTAS E 0ROPRIEDADES 4ERAPãUTICAS
5M 0OUCO DE (ISTRIA
/ 5SO DE 0LANTAS -EDICINAIS PARA
#UIDAR DE #LIENTES
&ORMAS DE 0REPARO E 5SO DAS
0LANTAS -EDICINAIS
0RECAU½µES
)NFEC½µES (OSPITALARES 1UESTáO DE
3A¢DE 0¢BLICA E DE %NFERMAGEM
)NTRODU½áO
&UNDAMENTA½áO 4ERICA
#AUSAS DE )NFEC½áO (OSPITALAR
!GENTES %TIOLGICOS
#LASSIlCA½áO DAS )NFEC½µES (OSPITALARES
-EDIDAS DE #ONTROLE
0ARA )NFEC½µES DO 4RATO 5RINÕRIO
0ARA )NFEC½µES #IR¢RGICAS
0ARA )NFEC½µES DO 4RATO 2ESPIRATRIO
0ARA 3EPTICEMIA
#OMISSáO DE )NFEC½µES (OSPITALARES
,EGISLA½áO 3OBRE )(
! %NFERMAGEM E OS
2ES¤DUOS DOS 3ERVI½OS DE 3A¢DE
)NTRODU½áO
#LASSIlCA½áO DO 2ES¤DUO (OSPITALAR
'RUPO ! 0OTENCIALMENTE )NFECTANTES
'RUPO " 1U¤MICOS
XVIII§CUIDANDO EM SAUDE
PUBLICA
!½µES E #UIDADOS DE %NFERMAGEM
$URANTE AS %NCHENTES E SUAS #ONSEQÓãNCIAS
$OEN½AS #AUSADAS PELAS %NCHENTES
,EPTOSPIROSE
(EPATITE !
(EPATITE %
$OEN½AS $IARR£ICAS
#LERA
&EBRE 4IFIDE
#UIDADOS COM A ¸GUA PARA 5SO $OM£STICO
,IMPEZA DA ¸GUA E ,AMA
2ESIDUAL DAS %NCHENTES
#UIDADOS COM OS !LIMENTOS
/ QUE &AZER !NTES DAS %NCHENTES
0ROCEDIMENTOS EM #ASO DE %NCHENTE
2ISCOS DE !CIDENTES NOS "UEIROS
#ONSEQÓãNCIAS DOS &ERIMENTOS
/ QUE &AZER $IANTE DE $ESLIZAMENTOS
OU $ESABAMENTOS
#UIDADOS AO 2ETORNAR Í 2ESIDãNCIA
3EGURAN½A CONTRA 2AIOS
-EDIDAS PARA %VITAR A )NSTALA½áO DE
2OEDORES *UNTO AO (OMEM
4RA½ANDO UM 0ARALELO ENTRE A
%MO½áO E A 0ERDA
/ QUE O %NFERMEIRO 0ODE &AZER
SUMARIO § XIX
2EABILITA½áO $OMICILIAR
5MA 1UESTáO DE 3A¢DE 0¢BLICA
)NTRODU½áO
3OCIEDADE )NCLUSIVA E AS
$ISTOR½µES DA 2EALIDADE
)SEN½µES E 4RANSPORTE 0¢BLICO
$A )NCAPACIDADE Í &UNCIONALIDADE -UDAN½AS
NA &ORMA DE COMO A 3OCIEDADE NOS 6ã
!CESSIBILIDADE
!NEXO n 0OL¤TICA .ACIONAL DE 3A¢DE DA 0ESSOA
0ORTADORA DE $ElCIãNCIA
! -ORTE COMO
)NTERESSE )NDIVIDUAL E DE 3A¢DE 0¢BLICA
! -ORTE E A 3A¢DE 0¢BLICA
/ QUE £ 0RECISO 3ABER SOBRE A -ORTE
/S 0ROlSSIONAIS $IANTE DA -ORTE
/ QUE 3ABER
! %NFERMAGEM $IANTE DO ÊBITO
/ QUE &AZER $IANTE DO #ORPO -ORTO
/ QUE £ 0REPARO DO #ORPO
#OMO #UIDAR DO 0ROlSSIONAL
QUE 0REPARA O #ORPO
"IBLIOGRAlA
DENGUE E FEBRE AMARELA: CUIDADOS PREVENTIVOS EM SAäUDE § 99
Dengue
O dengue é uma doença infecciosa febril aguda, benigna
na maior parte dos casos. É causada pelo vírus do grupo
Flavivirus, transmitido ao homem através da picada do
mosquito vetor Aedes aegypti. Após a transmissão, existe
um período de incubação de dois a sete dias; o ciclo de
multiplicação viral dura em média 18 horas.
Os primeiros registros de dengue no mundo foram
feitos no fim do século XVIII, no Sudeste Asiático, em
Java e nos Estados Unidos (Filadélfia). Mas não se atribuiu
ao dengue a importância conferida a outras doenças
tropicais, como à febre amarela ou à malária. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) só o reconheceu
como doença no século XX, quando houve altos índices
endêmicos no Sudeste Asiático e o aparecimento da forma
“hemorrágica” da doença. O aumento do número de casos
100 § CUIDANDO EM SAUä DE PäUBLICA
Transmissão
O Aedes aegypti, inseto transmissor da doença ao
homem, tem origem africana. Na verdade, quem contamina
é a fêmea, pois o macho se alimenta apenas de seivas de
plantas. A fêmea precisa da albumina (substância do
sangue) para completar o processo de amadurecimento
de seus ovos. O mosquito apenas transmite a doença,
mas não sofre seus efeitos.
Seu aspecto é parecido com o do pernilongo, mas
possui listras brancas em seu corpo e só pica durante o
dia. Ele desenvolve sua fase larvária em coleções de
água como poços, caixas d’água, vasos de jardins,
tambores, pneus e outros recipientes. No entanto, esses
ovos podem resistir por mais de seis meses nas paredes
secas dos recipientes até ter contato com água e se
t rans for mar e m mo sq u i to . D e s s a fo r m a , s u a
disseminação pelo planeta foi possibilitada pelo
comércio internacional, já que o mosquito tem
autonomia de vôo muito limitada.
DENGUE E FEBRE AMARELA: CUIDADOS PREVENTIVOS EM SAäUDE § 101
A transmissão pode dar-se também pelo Aedes
albopictus, espécie que se reproduz no mesmo tipo de
reservatório e também em coleções naturais de água ou
em ambiente silvestre. O seu papel na transmissão do
dengue é secundário, mas representa uma ameaça por
sua capacidade de adaptar-se às regiões temperadas.
O vírus do dengue precisa de tempo para se manifestar
no homem ou mesmo para infectar o mosquito transmissor.
A idade ideal do mosquito para transmitir a doença é
após trinta dias de vida – seu ciclo total demora 45 dias.
Uma vez contaminado, um ser humano passa de dois a
15 dias até sentir os sintomas da doença. Não ocorre
infecção de pessoa a pessoa. Os clientes são infectantes
para o mosquito até o quinto dia de doença. O período
de incubação varia de três a seis dias, podendo estender-
se até o 15o dia. A suscetibilidade é geral, e a imunidade
é de longa duração e sorotipo específica.
As epidemias caracterizam-se pelo aumento do número
de casos, principalmente no verão, quando as condições
ambientais favorecem a proliferação dos transmissores.
Desenvolvimento da Doença
Por não ter sintomas específicos, a doença pode ser
confundida com diversas outras, como leptospirose,
sarampo e rubéola. Todas estas doenças provocam febre,
prostração, dor de cabeça e dores musculares
generalizadas. Através da avaliação dos sintomas e dos
exames de laboratório pode-se definir a doença e tratá-
la corretamente.
102 § CUIDANDO EM SAUä DE PäUBLICA
Diagnóstico
A hipótese de dengue é fácil de ser estabelecida em
função da exuberância do quadro. O diagnóstico feito em
bases puramente clínicas não é confiável, ficando o índice
de acerto em torno de 50% apenas. A história
epidemiológica é essencial para que se suspeite de doenças
confundíveis com o dengue. Algumas doenças têm
apresentação clínica inicial indistinguível, havendo
necessidade de exames complementares para a
diferenciação. Entre elas estão:
• leptospirose;
• infecções respiratórias;
• sarampo;
• parvovirose;
• rubéola;
• malária;
• febre amarela;
• meningococcemia;
• meningoencefalites;
• pielonefrite;
• faringites;
• sepse;
• endocardites.
Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, febril,
de natureza viral, curta duração, gravidade variável, causada
por vírus e transmitida por mosquitos-fêmeas infectados.
Manifesta-se por insuficiência hepática e renal, podendo
matar. Pode ser de dois tipos: febre amarela urbana e silvestre.
A febre amarela não era conhecida entre os povos antigos.
Soube-se de sua existência depois da descoberta da América,
mas o agente causal e a forma de transmissão permaneceram
desconhecidos. No Brasil, as primeiras referências sobre a
ocorrência de casos de febre amarela datam de 1685, em
Recife. Depois, em 1692, teriam aparecido casos também
em Salvador, provocando duas mil mortes. Em 1749,
reapareceu em Salvador de forma explosiva, tornando-se
então grave problema nosológico. Espalhou-se por todo o
país, assolando-o por mais de um século.
Os trabalhos de combate aos mosquitos prosseguiram
por muitos anos, contando durante bastante tempo com
o auxílio da Fundação Rockfeller. Em 1903, uma equipe
de cientistas franceses que trabalhava no Rio de Janeiro
conseguiu demonstrar que a febre amarela é provocada
por um vírus. Nos laboratórios dessa mesma fundação foi
desenvolvida a vacina que, a partir de 1937, passou a ser
preparada no Instituto Oswaldo Cruz, possibilitando que
os surtos urbanos de febre amarela fossem eliminados.
Em 1957, após ampla campanha de combate ao Aedes
aegypti, desenvolvida em São Paulo pelo Serviço Especial de
Combate à Febre Amarela e no restante do país pelo Serviço
Nacional de Febre Amarela, a espécie foi declarada erradicada
do Brasil durante a XV Conferência Sanitária Panamericana.
Inicialmente sem grande importância, tais observações
vieram a ser confirmadas muitos anos depois, quando se
DENGUE E FEBRE AMARELA: CUIDADOS PREVENTIVOS EM SAäUDE § 109
registrou a ocorrência, nas matas, da febre amarela silvestre
transmitida por mosquitos, como Haemagogus spegazzinii,
Aedes scapularis e outros que habitam esses locais. É de
se notar também que, nas regiões de matas, a vacinação
antiamarílica tornou-se medida profilática da maior eficácia,
protegendo os que ali vivem e trabalham.
Embora tenha se considerado livre do mosquito Aedes
aegypti, o Brasil não conseguiu evitar que esse mosquito
voltasse a invadir seu território alguns anos depois. Foi o que
aconteceu em 1967, quando foi ele observado no Pará. Depois
foi encontrado em Salvador (1976) e no Rio de Janeiro (1977),
já com outro papel reconhecido: transmissor de dengue.
Transmissão
A transmissão da febre amarela é feita por um mos-
quito que exibe marcas prateadas no fundo negro das
patas, no abdome e nos palpos. No tórax, as linhas
prateadas tomam o aspecto de uma lira com duas cordas.
Apenas a fêmea é hematófaga (alimenta-se de sangue),
sendo responsável pela transmissão da doença. O macho
se alimenta de restos alimentares do homem.
Ao contrário do pernilongo comum – que possui hábitos
noturnos –, a fêmea do Aedes ataca durante o dia.
Independente do sexo, o Aedes é essencialmente doméstico;
a fêmea põe seus ovos em recipientes ou depósitos de
água. Os ovos podem sobrexistir até um ano no caso de
seca, à espera das chuvas para eclodirem e se transformarem
em mosquitos adultos. O sangue ingerido por esses insetos
está ligado ao processo de gestação, sendo uma fonte
essencial de proteínas e outros fatores energéticos de que
a fêmea necessita para a boa formação de sua prole. Sem
110 § CUIDANDO EM SAUä DE PäUBLICA
ATENÇÃO
A febre amarela urbana é transmitida de um homem
a outro pela picada de fêmeas infectadas de Aedes
aegypti. A febre amarela silvestre é transmitida ao
homem pela picada de fêmeas de mosquitos do
gênero Haemagogus e outros, infectadas ao sugar
macacos que servem de reservatório do vírus.
Diagnóstico
Para efetuar o diagnóstico, devem ser considerados os
aspectos clínicos, ou seja, quadro típico de febre alta, dor
de cabeça, mal-estar geral, náuseas, vômitos, dores nos
músculos e articulações, prostração e icterícia. Os exames
laboratoriais necessários são:
• exame sorológico – visando detectar a presença
de anticorpos;
• exame virológico – visando realizar o isolamento
do vírus.
114 § CUIDANDO EM SAUä DE PäUBLICA
Prevenção e Tratamento
A prevenção é o papel mais importante dentro do
tratamento da febre amarela. Em uma fiscalização intensiva,
as autoridades sanitárias orientam a população a destruir
possíveis criadouros do mosquito e garantem a vacinação
em massa de todos os que habitam regiões com princípio
de epidemia. No momento, a vacinação é o único recurso
disponível para o combate preventivo da doença,
proporcionando imunidade ativa.
Vacinação
A vacina contra a febre amarela ou antiamarílica (17D)
é elaborada com o vírus vivo atenuado, sendo produzida
inclusive no Brasil (Rio de Janeiro). Em 95% das pessoas,
o efeito protetor ocorre uma semana após a aplicação e
confere imunidade por pelo menos dez anos –
normalmente por toda a vida. Pode ser utilizada a partir
dos nove meses de idade. É aplicada por via subcutânea
na região deltóidea (braço).
No Rio de Janeiro, a vacina está disponível nos Centros
Municipais de Saúde, com prioridade para viajantes que
tenham como destino as áreas de risco de aquisição de
febre amarela – a vacina deve ser recebida pelo menos dez
dias antes da viagem. As pessoas vacinadas nos Centros
Municipais de Saúde recebem um comprovante de
vacinação válido em todo território nacional. A emissão do
Certificado Internacional de Vacinação é feita somente no
Posto de Vacinação do Ministério da Saúde. O certificado
tem validade por dez anos, a contar a partir do décimo dia
da primeira aplicação da vacina. Nas vacinações seguintes
DENGUE E FEBRE AMARELA: CUIDADOS PREVENTIVOS EM SAäUDE § 115
(feitas a cada dez anos), o certificado é válido no mesmo
dia da aplicação se apresentado junto com o antigo.
Efeitos colaterais. Sendo utilizada há mais de sessenta
anos, a vacina geralmente produz poucos efeitos colaterais.
Efeitos colaterais graves são extremamente raros. Cerca
de 5% das pessoas podem desenvolver, entre cinco e dez
dias depois da vacinação, sintomas como febre, dor de
cabeça e dor muscular, não sendo freqüente a ocorrência
de reações no local de aplicação. Reações de
hipersensibilidade são muito raras, geralmente atribuídas
às proteínas do ovo contidas na vacina. A ocorrência de
encefalite é raríssima; a maioria dos casos ocorreu em
crianças vacinadas com menos de cinco meses de idade.
A vacina é contra-indicada para:
• crianças com quatro meses ou menos de idade –
risco de encefalite viral (contra-indicação absoluta);
• gestantes – possível risco de infecção para o feto;
• pessoas com imunodeficiências associadas a doenças
ou a terapêuticas – infecção pelo HIV, neoplasias
em geral (incluindo leucemias e linfomas),
corticoterapia, quimioterapia ou radioterapia;
• pessoas que tenham alergia a componentes do ovo
– a vacina é preparada em ovos embrionados;
• pessoas com antecedente de reação alérgica à dose
prévia da vacina antiamarílica.
A decisão de vacinar pessoas que apresentam contra-
indicações, inclusive crianças entre cinco e nove meses
de idade e mulheres amamentando (flavivírus podem ser
eliminados junto com o leite), deve ser feita com bases
individuais pelo médico. Devem ser analisados os riscos
de aquisição da doença e os da imunização. É prudente
adiar a vacinação de pessoas com febre, casos de doenças
agudas ainda sem diagnóstico e doenças crônicas
descompensadas. Em razão de possível interferência na
indução de imunidade, deve-se postergar a aplicação em
116 § CUIDANDO EM SAUä DE PäUBLICA
Tratamento
Não existe tratamento específico para o vírus da febre
amarela. O tratamento consiste no uso de medicação
sintomática, evitando-se os salicilatos (ácido acetilsalicílico
e derivados) em função do risco de hemorragias; utiliza-
se preferencialmente o paracetamol. Clientes com formas
graves da doença necessitam de cuidados de terapia
intensiva. A enfermagem deve executar os cuidados
necessários dependendo da gravidade da situação e deve
estar atenta ao registro da evolução clínica e realizar a
notificação compulsória de forma clara e objetiva. A
notificação possibilita a descoberta de novos casos, ações
de controle e análise do comportamento epidemiológico
da doença, além da avaliação da eficiência dos programas.
Cartão de Vacinação. O Cartão de Vacinação é um
documento de comprovação de imunidade. As -unidades
de saúde são responsáveis por emiti-lo ou atualizá-lo na
administração de qualquer vacina. Deve ser guardado
junto com documentos de identificação pessoal. É -
importante que seja apresentado nos atendimentos -
médicos de rotina e fundamental que esteja -disponível
em caso de acidente.
Forneça orientações sobre as medidas de proteção:
DENGUE E FEBRE AMARELA: CUIDADOS PREVENTIVOS EM SAäUDE § 117
• Vacinar-se contra a febre amarela ou atualizar a
vacinação – tem validade de dez anos a partir do
décimo dia da aplicação inicial. No Rio de Janeiro, a
vacinação com emissão de certificado internacional
é realizada pela Vigilância Sanitária na Secretaria de
Estado de Saúde.
• De acordo com o roteiro, o tipo de atividade e o
tempo de permanência, pode ser igualmente
necessária a vacinação contra a encefalite japonesa,
não disponível na rede pública.
• Procurar hospedar-se em locais que disponham de
ar-condicionado. Se não for possível, utilizar
mosquiteiros impregnados com permetrina (mantém-
se efetivo durante vários meses) e inseticida com
aerossol nos locais fechados de dormir.
• Usar repelentes na pele à base de DEET (Autan®,
Off®) enquanto estiver ao ar livre. Lavar a pele para
retirar o repelente quando permanecer em locais
fechados. Não aplicar DEET nos olhos, na boca ou
em ferimentos.
• Ler cuidadosamente as recomendações do fabricante
do repelente. As concentrações máximas
recomendadas de DEET são de 30% para adultos e
10% para crianças.
• Usar calças e camisas de manga comprida sempre
que possível, para reduzir a área corporal exposta
às picadas de insetos.
• Usar repelentes na roupa à base de permetrina
(Kwell®) ou deltametrina (Deltacid®, Deltametrina®).
Fonte: www.cives.ufrj.br
118 § CUIDANDO EM SAUä DE PäUBLICA
Busca e coleta
de dados
Avaliação Processamento de
dados e análise de
informações
Tomada de decisão e
Divulgação da
implementação de
informação
medidas