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Venenos

Venenos atuantes na formação do impulso nervoso

Devido à importância dos canais iônicos, principalmente de sódio e potássio, no sistema


nervoso central, vários animais desenvolveram mecanismos de defesa e ataque que
atuam nos mesmos. Como exemplo dessas substâncias, tem-se:

Baiacu-ará: um peixe produtor de tetrodotoxina

• Tetrodotoxina: atua bloqueando os canais de sódio, impedindo que o potencial de ação


seja gerado e, consequentemente, paralisando os organismos que a ingerem. Tal
substância é encontrada em algumas espécies de peixe-balão.

• Saxitoxina: possui efeito muito semelhante ao da tetrodotoxina, pois é um homólogo


químico da mesma. É produzida pelos dinoflagelados, constituindo um malefícios da
maré vermelha, pois pode contaminar os bivalves que a ingerem através dos
dinoflagelados.

• Alfa-toxinas: prolongam o potencial de ação, causando distúrbios nos SNC, uma


espécie de confusão do SNC. É encontrada no veneno de escorpião.

• Beta-toxinas: altera a diferença de potencial nas quais os canais de sódio são ativados
(abertos), diminuindo drasticamente tais valores, o que novamente causa distúrbios ao
SNC. Também é encontrada no veneno de escorpião.

• Batracotoxina: é uma toxina alcalóide que combina os efeitos das alfa e beta-toxinas.
É produzida por algumas rãs da América do Sul. É usada na ponta de flexas por tribos
indígenas sul-americanas.

• Dendrotoxina, apamina e caibdotoxina: tais toxinas tem como efeito primordial o


bloqueio dos canais de potássio.

Tais tipos de venenos não são produzidos exclusivamente por animais, algumas espécies
de vegetais produzem substâncias semelhantes, como por exemplo a aconitina e a
veratridina.
Venenos atuantes na liberação dos neurotransmissores

Novamente como mecanismos de defesa e ataque os animais desenvolveram estratégias


contras os sistemas nervosos de seus adversários, sendo, desta vez, os
neurotransmissores o alvo.

• Toxinas Clostridiais: atua bloqueando a liberação de neurotransmissores na fenda


sináptica, sendo uma protease extremamente específica que cliva proteínas da
membrana pré-sináptica fundamentais para a fusão das vesículas com a membrana
plasmática do neurônio pré-sináptico.. É um toxina bacteriana extremamente potente
responsável pelo botulismo e tétano.

• Alfa-latrotoxina: liga-se à membrana pré-sináptica facilitando a ligação das vesículas


contendo neurotransmissores com a mesma, o que promove uma descarga abundante de
neurotransmissores. É produzida pelas fêmeas da espécie de aranha viúva negra.

• Alfa-bungarotoxina: é um peptídeo que se liga de forma permanente aos receptores


colinérgicos pós-sinápticos, o que impede a abertura dos canais iônicos da placa-motora
pela acetilcolina, paralisando o alvo. É produzido pela cobra Bungarus multicinctus.

• Alfa-neurotoxina, erabutoxina e curare (mistura de toxinas vegetais): os três venenos


citados tem efeito semelhante ao da alfa-bungarotoxina.

• Conotoxinas: tal classe de veneno possui efeito vasto e devastador, podendo bloquear
desde os canais de sódio e cálcio até receptores para glutamato e acetilcolina. O efeito
primordial é a paralisia total de presa. São produzidas por caracóis marinhos do tipo
gastrópodes.

• Estricnina: é um alcalóide que atua nas sinapses de glicina, causando hiperatividade,


espasmos, convulsões e morte. É retirado da semente do vegetal Strychnas nux-vamica.
Phyllobates terribilis

Phyllobates terribilis

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Subordem: Neobatrachia
Família: Dendrobatidae
Género: Phyllobates
Espécie: Phyllobates terribilis

Phyllobates terribilis é uma espécie de anfíbio da família Dendrobatidae. Em relação ao


peso e ao tamanho, este é o animal consagrado como sendo o mais venenoso do planeta,
com veneno suficiente para matar várias pessoas[carece de fontes?].

Mais de 100 toxinas foram identificadas nesta rã.

O veneno em destaque é a homobatracotoxina, um composto químico mortal cujo único


sintoma é a falência múltipla dos órgãos.

Ela divide o veneno (embora em concentração menor) nas penas do Pitohui, um pássaro
venenoso encontrado na Nova Guiné
Pitohui

Pitohui

Pitohui

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Família: Corvidae
Subfamília: Pachycephalinae
Género: Pitohui
Espécies

Ver texto.

A Wikispecies tem informações sobre: Pitohui

Pitohui é um género de aves canoras peculiar da sub-família Pachycephalinae,


encontrado nas florestas tropicais da Nova Guiné.

Esse pássaro é incomum, pois é o único em todo o planeta que possui um tipo de toxina,
presente na pele e nas penas, chamado de batracotoxina, os mesmos compostos
presentes nas rãs Dendrobatidae.
Foi descoberto recentemente, e pouco se sabe sobre sua vida, sendo diurno, alimentando
de besouros da família Melirydae, onde consegue, de alguma forma, absorver o veneno
e depositá-lo em seu próprio corpo.

Os nativos das ilhas onde a ave habita não a comem, pois sabem que o veneno provoca
uma sensação de dormência e paralisação da boca. Pode-se saber a toxicidade
conhecendo a coloração das espécies, o Pitohui marrom é pouco venenoso, ao contrário
do Pitohui de penacho, com suas penas vermelhas e pretas, é o mais venenoso deles.

Cubozoa

Cubozoa

Os cubozoários de Ernst Haeckel, numa


ilustração do livro Kunstformen der Natur

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Cnidaria
Classe: Cubozoa
Werner, 1975
Ordens

Carybdeida
Chirodropida

A classe Cubozoa (do grego kybos, um cubo + zoon, animal) é um grupo pouco
estudado do filo Cnidaria, que inclui os animais vulgarmente chamados de cubozoários.
Apesar das semelhanças morfológicas do corpo, constituido por um sifão e numerosos
tentáculos, os cubozoários não são estritamente medusas (classe Scyphozoa). O grupo é
típico do Oceano Pacífico e inclui alguns dos mais venenosos animais existentes na
actualidade, responsáveis pelo que se designa em medicina como síndrome de Irukandji.
O nome da classe refere-se ao aspecto visual dos sifões, que lembram um cubo (ao
contrário das medusas, que são circulares).

Os cubozoários, ao contrário das medusas que são animais planctónicos filtradores, são
predadores activos, com capacidade de deslocação própria. Estudos preliminares
realizados por cientistas da Universidade de James Cook da Austrália demonstraram
que os cubozoários não se limitam a acompanhar as correntes oceânicas e podem
percorrer cerca de um quilómetro em meia hora. Este modo de vida activo implica a
necessidade de períodos de descanso, que os cubozoários realizam durante as noites que
passam assentes no fundo do mar.

Outra característica especial dos cubozoários é serem dotados de visão. Estes animais
têm 24 olhos agrupados em conjuntos de seis e dispostos nas quatro faces que compõem
o sifão do cubozoário. Cada um destes conjuntos tem dois tipos de olhos: fossas que
detectam a luz (semelhantes às observadas nos outros cnidários) e olhos propriamente
ditos, extremamente complexos e com a mesma estrutura que o olho humano composto
por lente, retina e córnea. Apesar desta complexidade, não está claro como é que estes
animais processam a informação adquirida pelos olhos, uma vez que não possuem
cérebro. Em vez de um sistema cognitivo central, os cubozoários têm zonas de elevada
densidade de nervos junto aos conjuntos de olhos, que podem ser centros de
processamento de informação. Para justificar a evolução de um sistema visual tão
elaborado foi sugerido que os cubozoários procuram e caçam activamente as suas
presas, que incluem krill, pequenos caranguejos e peixes.

O tipo de presas que os cubozoários consomem é a explicação para o facto de terem


desenvolvido venenos tão tóxicos. Dada a sua constituição frágil, estes animais têm
obrigatoriamente que matar a sua presa depressa, para que esta não se debata e não
tenha oportunidade de lhes provocar danos. O veneno dos cubozoários é injectado nas
presas através dos cnidócitos presentes nos tentáculos, que disparam ao menor contacto.
O tipo de toxina presente é ainda desconhecido e parece variar de espécie para espécie,
mas a sintomatologia associada a encontros com estes animais sugere que ataque o
sistema nervoso central. Todos os anos há centenas de pessoas na Austrália e outras
regiões do Pacífico que sofrem de encontros com cubozoários, alguns com
consequências fatais. O animal não ataca deliberadamente o Homem, mas o facto de
serem transparentes e praticamente invisíveis para quem está desatento faz com que os
acidentes aconteçam. As vítimas descrevem um intenso mal estar, acompanhado por
dores lancinantes na área afectada, vómitos, náusea e tensão arterial extremamente
elevada. Estes sintomas foram descritos como síndrome de Irukandji (sendo Irukandji o
nome de uma tribo de aborígenes australianos). Presentemente ainda não existe nenhum
antídoto para esta toxina e a única acção que parece resultar é a aplicação de vinagre nas
zonas afectadas pelos tentáculos, o que impede o disparo dos cnidócitos que
permanecem fechados mas que em nada reduz o mal que já está feito. Alguns encontros
com cubozoários resultam, na melhor das hipóteses, em cicatrizes permanentes de cor
vermelha na pele da vítima.
Irukandji

Irukandji
Ficheiro:Irukandji.jpg
Foto de uma Irukandji

Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Subreino: Parazoa
Filo: Cnidaria
Classe: Cubozoa
Ordem: Carybdeida
Família: Carybdeidae
Género: Carukia
Espécie: C. barnesi
Nome binomial
Carukia barnesi
Southcott, 1967

A Wikispecies tem informações sobre: Irukandji

Carukia barnesi, popularmente conhecida como Irukandji, é uma espécie de água-viva


cúbica (Cubozoa) da família Carybdeidae. É o responsável pelas principais ocorrências
de síndrome de Irukandji.

É encontrada nas quentes praias australianas (de grande concentração nas praias de
Queensland) e em outros locais do Indo-Pacífico.

Com mais ou menos o tamanho de uma unha e seus tentáculos com alguns centímetros,
a irukandji possui um veneno mortal que já levou milhares de pessoas à morte.

Durante anos, os cientistas achavam que a tal síndrome ocorria quando uma pessoa
apenas entrava no mar, mas pesquisas indicaram que se tratava de uma pequena
cubomedusa, agora chamada com o nome de "Irukandji".

Vespa-do-mar
Vespa-do-mar

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Cnidaria
Classe: Cubozoa
Ordem: Cubomedusae
Família: Chirodropidae
Género: Chironex
Espécie: C. fleckeri
Nome binomial
Chinorex fleckeri
Southcott, 1956

Vespa-do-mar (Chinorex fleckeri) é um cnidário marinho da classe dos cubozoários e


da ordem das cubomedusas. Seus tentáculos, devido à presença de nematocistos, podem
causar ferimentos letais em banhistas. Elas costumam atacar nas costas Australianas, o
veneno delas é tão poderoso que pode matar uma pessoa em 2 minutos, o que torna o
resgate muito difícil, na verdade ela carrega veneno suficiente para aniquilar
aproximadamente 60 homens. Espécie de medusa cúbica da família Chirodropidae. Seu
veneno é 500 vezes mais potente que a caravela Portuguesa.

Elas são um tipo de medusa, que só vive nas águas do Oceano Pacífico, seus tentáculos
medem até 3 metros, e seu corpo é do tamanho de uma bola de basquete. Seu veneno é
liberado ao mínimo contato com a pele, ele se dissolve nos glóbulos vermelhos do
sangue, causando parada cardíaca e respiratória. Além disso, as Vespas-do-Mar são os
animais mais venenosos que já existiram no planeta[carece de fontes?].

O veneno pode ser disparado ao menor contato com os tentáculos, mesmo que estes já
não estejam mais ligados ao corpo da água viva.
Ela provoca um impressionante colapso generalizado na vítima: a respiração se
descontrola, o sistema linfático cessa, a pessoa desmaia e o coração começa a bombear
intensamente até que, anestesiado, pára também de funcionar.

Todos recomendam a respiração artificial e massagem cardíaca como ítens de primeiros


socorros.

Serpentes da Índia:
- Bungarus Ceruleus
- Echis Carinatus
- Víbora de Russel

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose é uma rara doença pulmonar,


contraída pela aspiração das cinzas vulcânicas[1].

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