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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM FARMÁCIA

ELAINE MARTINS DE RESENDE

PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA EM FITOTERAPIA:


LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES PARA SUA IMPLANTAÇÃO
EM CUIABÁ - MT

SÃO PAULO

2015
ELAINE MARTINS DE RESENDE

PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA EM FITOTERAPIA:


LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÕES PARA SUA IMPLANTAÇÃO
EM CUIABÁ - MT

Dissertação de Mestrado apresentada


como requisito parcial para obtenção
do Grau de Mestre em Farmácia pelo
Programa de Pós-Graduação em Farmácia
Da Universidade Anhanguera.
Orientador: Profª Drª Regina Mara

SÃO PAULO

2015
R338p Resende, Elaine Martins de

Prescrição farmacêutica em fitoterapia: condições para sua implantação em Cuiabá -


MT. / Elaine Martins de Resende. – São Paulo, 2015.

69 f.; 30 cm

Dissertação (Programa de Mestrado Profissional em Farmácia) – Coordenadoria de Pós-


graduação, Universidade Anhanguera de São Paulo, 2016.

Orientadora: Profª. Drª. Regina Mara Silva Pereira

1. Assistência farmacêutica. 2. Prescrições de medicamentos. 3. Fitoterapia. I. Título II.


Universidade Anhanguera de São Paulo.

CDD 615.321
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e
Semeando, no fim terás o que colher.”

Cora Coralina
AGRADECIMENTOS

A Deus, minha família e amigos.

A minha orientadora, Profª Drª Regina Mara.

Aos professores, pelo conhecimento transmitido, e em especial ao Profº Drº Luis


Marques, meus sinceros agradecimentos.

Aos colegas e amigos que construímos ao longo do Mestrado

Aos farmacêuticos que participaram desta pesquisa.


RESUMO

No Brasil e no mundo a profissão farmacêutica vem sofrendo mudanças


praticamente desde su a formação, do artesanal pa ra a esfera industrial, do
boticário para o farmacêutico responsável técnico pelo estabelecimento. O
Conselho Federal de Farmácia (CFF) por sua vez, vem regulamentando a atuação
deste profissional. Em agosto de 2013 através da r esolução nº 586, a prescrição
farmacêutica foi regulamentada como mais uma atividade de serviço deste
profissional. Nosso objetivo foi analisar o contexto da profissão farmacêutica em
Cuiabá em termos de preparo profissional do farmacêutico responsável téc nico em
farmácias e drogarias com relação à resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 do
CFF, utilizando a fitoterapia como objeto específico de avaliação. Realizou -se um
estudo transversal quantitativo e qualitativo por meio de uma entrevista com
aplicação de um questionário com questões aberta e fechadas em uma amostra de
sessenta e dois farmacêuticos. Os dados foram avaliados estatisticamente de form a
descritiva e percentual e o teste de Independência entre as variáveis baseou -se na
distribuição do Qui -Quadrado e significância p=0, 05, apresentados em forma de
tabelas. Do total de 62 farmacêuticos entrevistados a maioria eram mulheres
(73%); a idade predominante foi entre 26 -31 anos (37%); tempo de formado entre
1-5 anos (87%), tempo que atua como farmacêu tico em farmácia ou drogaria ficou
entre 1-5 anos (48%). A maioria dos entrevistados conhece a resolução nº 586
(85%), mas não prescrevem medicamentos, sejam eles alopáticos (53%) ou
fitoterápicos (50%). O conhecimento dos farmacêuticos sobre fitoterápicos e suas
interações foi considerado insuficiente (76%), regular para 18% e bom para 6%. A
maioria dos participantes da pesquisa possui uma visão positiva sobre a resolução
nº 586 do CFF, mas não apresentam conhecimento suficiente para a prescrição de
fitoterápicos. É necessário que este profissional busque mais conhecimento sobre
fitoterápicos e planta medicinal.

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica. Prescrições de Medicamentos.


Fitoterapia.
ABSTRACT

In Brazil and worldwide the pharmaceutical profession has been undergoing


changes practicall y since its creation, from the artisanal to the industrial sphere,
from the apothecary friend to the pharma cist technical director of the
establishment. The Federal Pharmacy Council (CFF) in turn, has been regulating
the performance of this professional, so in August 2013 through resolution Nº 586,
regulated the pharmaceutical prescription as an additional serv ice offered by this
professional. To analyze the context of the pharmaceutical profession in Cuiabá in
terms of professional preparation of the technical responsible pharmacist in
pharmacies and drugstores in relation to the CFF’s Resolution Nº 586 of Aug ust
29, 2013, using phytotherapy as a specific object of evaluation. A qualitative and
quantitative cross -sectional study was carried out through an interview with the
application of a questionnaire with open and closed questions in a sample of sixt y -
two pharmacists. Data were statistically assessed through a descriptive and
percentage anal ysis and the test of Independence between the variables was based
on the distribution of the Chi -square test and significance p=0. 05, presented in
tables. The majority o f the 62 pharmacists interviewed were women (73%);
predominantl y between 26 -31 years of age (37.10%); 1 -5 years since graduation
(87%), from 1 to 5 years experience as a pharmacist in pharmacies or drugstores
(48%). Most of the interviewees know the Resolu tion Nº 586 (85%), but do not
prescribe medicine, whether allopathic (53.23%) or phytotherapic (50%). The
pharmacists’ knowledge of phytotherapics and their interactions was considered
insufficient (76%), average for 18 % and good for 6%. Most of the resear ch
participants have a positive point of view about the Resolution Nº 586 do CFF, but
do not show enough knowledge for the prescription of phytotherapics. It is
necessary that these professionals seek more knowledge about phytotherapics and
medicinal plant s.

Keywords: Pharmaceutical Services. Drug Prescriptions. Phytoterapy


LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dados pessoais dos farmacêuticos entrevistados. 28


Tabela 2. Dados profissionais dos farmacêuticos entrevistados. 29
Tabela 3. Distribuição do conhecimento das resoluções nº 546 e nº 586 pelos 30
farmacêuticos entrevistados.
Tabela 4. Distribuição das opiniões entre os farmacêuticos sobre as resoluções 31
nº 546 e nº 586.h
Tabela 5. Dados relacionados dos farmacêuticos para exercerem as atividades 32
dispostas nas resoluções nº 546 e nº 586.
Tabela 6. Dados referentes ao reconhecimento de uma RAM pelos entrevistados. 33
Tabela 7. Fontes utilizadas para obtenção de informação sobre plantas 34
medicinais e medicamentos fitoterápicos.
Tabela 8. Dados relacionados à prescrição de medicamentos pelos farmacêuticos 35
entrevistados.
Tabela 9. Frequência dos dados referentes às orientações dadas pelos 36
farmacêuticos entrevistados.
Tabela 10. Dados referentes à dificuldade em expressar in formação sobre 37
medicamentos pelos farmacêuticos.
Tabela 11. Dados sobre o conhecimento dos farmacêuticos entrevistados sobre 41
medicamentos fitoterápicos e suas interações.
Tabela 12. Distribuição dos farmacêuticos segundo nível do conhecimento. 42
Tabela 13. Distribuição das IES. 43
Tabela 14. Distribuição dos dados das IES. 44
Tabela 15. Relação entre o gênero e a dificuldade em expressar informação sobre 47
medicamentos.
Tabela 16. Relação entre o tempo que atua em farmácia ou drogaria e a 47
dificuldade em expressar informação sobre medicamentos.
Tabela 17. Relação entre o nível de formação e a dificuldade em expressar 48
informação sobre medicamentos.
Tabela 18. Relação entre o gênero e orientação sobre interação medicamentosa. 48
Tabela 19. Relação entre o tempo que atua como farmacêutico em farmácia ou 49
drogaria e orientação sobre interação medicamentosa.
Tabela 20 Relação entre o nível de formação e orientação sobre interação 49
medicamentosa.
Tabela 21 Relação entre gênero e a prescrição de medicamento fitoterápico. 50
Tabela 22 Relação entre o tempo que atua como farmacêutico em farmácia ou 50
drogaria e a prescrição de medicamento fitoterápico.
Tabela 23. Relação entre o nível de formação e a prescrição de medicamento 51
fitoterápico.
Tabela 24. Relação entre gênero e o nível do conhecimento. 51
Tabela 25. Relação entre tempo que atua como farmacêutico em farmácia ou 52
drogaria e o nível do conhecimento.
Tabela 26. Relação entre o nível de formação e o nível do conhecimento. 52
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CES – Câmara de Educação Superior

CEP – Comitê de Ética e Pesquisa

CFF – Conselho Federal de Farmácia

CFN – Conselho Federal de Nutricionistas

CNS – Conselho Nacional de Saúde

CRF – Conselho Regional de Farmácia

DCB – Denominação Comum Brasileira

DCI – Denominação Comum Internacional

DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais

IES – Instituição de Ensino

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

MT – Mato Grosso

PRF – Problemas Relacionados à Farmacoterapia

PSF – Programa de Saúde da Família

RAM – Reação Adversa a Medicamentos

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10
2 REVISÃO DA LITERATURA 12
2.1 Profissão farmacêutica 12
2.2 O uso dos fitoterápicos 12
2.3 Interações e reações adversas a fitoterápicos e plantas 13
medicinais
2.3.1 Interações medicamentosas de fitoterápicos 13
2.3.2 Reações adversas a medicamentos 16
2.4 Conhecimento do farmacêutico 18
3 OBJETIVOS 18
3.1 Objetivo geral 19
3.2 Objetivo específico 20
4 MATERIAL E MÉTODOS 22
4.1 Tipo e local de estudo 22
4.2 Amostra 22
4.3 Fontes de coleta de dados 22
4.4 Descrição das variáveis 23
4.4.1 Variáveis independentes 23
4.4.2 Variáveis dependentes 24
4.5 Análise dos dados 25
4.6 Questões éticas 25
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 27
5.1 Entrevistas com farmacêuticos 27
5.1.1 Perfil dos profissionais 27
5.1.2 Conhecimentos e opiniões sobre as resoluções CFF nº 546 e 30
nº 586
5.1.3 Reconhecimento das reações adversas 32
5.1.4 Fontes de informação sobre plantas medicinais e medicamento 33
fitoterápico
5.1.5 Atividades realizadas pelos farmacêuticos 34
5.1.6 Conhecimento sobre fitoterápicos e suas interações 37
medicamentosas
5.1.7 Conhecimentos – escore geral 41
5.2 Entrevista com coordenadores 42
6 ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS 46
7 CONCLUSÃO 53
REFERÊNCIAS 55
ANEXOS 59
10

1 INTRODUÇÃO

No Brasil e no mundo a profissão farmacêutica vem sofrendo mudanças


praticamente desde a sua formação, do artesanal pa ra a esfera industrial, do
boticário para o farmacêutico responsável técnico pelo estabelecimento.

Ao longo dos anos, estas mudanças foram delineando o que é ser um


profissional farmacêutico.

Com a publicação das Diretrizes Curric ulares Nacionais (DCN) para o


curso de Farmácia em 2002 se normatizou a reformulação curricular proposta
pela Lei de Diretrizes e Ba ses da Educação (LDB) (BRASIL, 19 96), com
formação generalista para o farmacêutico, ao invés das especializações
anteriores (medicamento, análises clínicas e alimentos).

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) por sua vez, vem


regulamentan do a atuação deste profissional. A ssim, em agosto de 2013 o CFF
através da resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 regulou a prescrição
farmacêutica como mais uma oferta de serviço deste profissional (CONSELHO,
2013).

Segundo o CFF (2013) “concepções de prescrição farmacêutica


encontram-se fragmentadas na legislação vigente, tanto sanitária como
profissional”, desse modo, avaliar as atitud es e aptidões deste profissional
possibilitará uma reflexão sobre a formação do mesmo. Ainda segundo o CFF
(2013) seria esta uma prática multiprofissional, que já ocorre em vários
sistemas de saúde, onde não só o profissional médico está autorizado para
realizá-la, com responsabilidades e limites de cada profissional.

Além de medicamentos, outros produtos com finalidade terapêutica,


como preparações magistrais, plantas medicinais e fitoterápicos poderão ser
prescritos.

O benefício desta ação seria um melh or acesso pelo usuário ao


medicamento, melhor controle sobre os gastos e o uso racional do
medicamento.
11

Segundo o Ministério da Saúde (2006), atualmente os fitoterápicos


constituem importante fonte de inovação em saúde, sendo objeto de interesses
empresariais privados e fator de Competividade do Complexo Produtivo da
Saúde.

Em sua Política Nacional de Plantas Medicinal e Fitoterápico


(M INISTÉRIO DA SAÚDE, 2006) o Ministério pontua como uma das diretrizes
incentivar a formação e capacitação de recursos human os para o
desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e inovação em plantas medicinais e
os fitoterápicos. Assim, faz-se necessário que o acadêmico e/ou farmacêutico
tenha um maior conhecimento sobre as plantas medicinais e os fitoterápicos .

Outra forma de incentivar o profissional por mais conhecimento nesta


área surgiu quando o CFF através da resolução de nº 546, de 21 de julho de
2011, regulamentou a indicação farmacêutica ou uso correto e racional de
plantas medicinal e fitoterápico (CONSELHO, 2011).

Hoje o farmacêutico tem à obrigação de possui r conhecimentos sobre


plantas medicinais e fitoterápicos para que a prescrição de medicamentos seja
segura e eficiente, não causando efeitos adversos ao usuário.

Tendo em vista a novidade da determinação da prescrição farmacêutica


no Brasil, os riscos associados a tal prática e a crescente importância da
fitoterapia na terapêutica, decidiu -se estudar o contexto da profissão em termos
de preparo para essa importante ativ idade. Assim, pretende -se analisar a
importância da resolução para o profissional farmacêutico e discutir o seu
impacto para a sociedade.
12

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 PROFISSÃO FARMACÊUTICA

A profissão farmacêutica encontra -se em um momento de ascensão e


profundas transformações no mundo e no Brasil. A história da Farmácia e, por
conseguinte, do farmacêutico vem passando por evoluções, quedas e
novamente, na atualidade, por restabelecimento (SOUZA, 2012).

Pode-se considerar que a profissão farma cêutica passou por três fases: a
primeira exercida pelos boticários que não só vendiam, mas preparavam os
medicamentos; a segunda em que houve uma diminuição do papel do
farmacêutico devido à industrialização do medicamento, caracterizando o
farmacêutico como um comerciante e em um terceiro momento houve um inicio
de conscientização por parte deste profissional do seu papel social , nascendo à
farmácia clínica, com uma atenção mais voltada para o paciente . O profissional
volta a ter, assim, um papel importante na saúde pública.

Os boticários datam da idade média, e com o passar do tempo se


tornaram artesãos do medicamento, deixando de ser exclusivamente
comerciantes de matérias pr imas e envolvendo -se também com o preparo destes
(CORRAL et al, 2009)

Com as descobertas terapêuticas dos antimicrobianos nas décadas de 30 e


40, iniciou-se o crescimento industrial no setor farmacêutico, levando assim a
mudanças na profissão.

Segundo Angonesi e colaboradores (2010), a produção artesanal do


medicamento foi gradualmente desaparecendo, sendo substituída pela
industrial, modificando o papel do farmacêutico e da farmácia, que se
transformou em pouco tempo em simples estabelecimento comercial.
13

Ainda segundo Angonesi (2010), no Brasil, houve uma migração de


profissionais para campos como as análises clínicas, bromatológicas e
toxicológicas, fora do contexto do medicamento.

O farmacêutico em meio a uma grave crise de identidade profissional deu


início nos anos 60 à prática da farmácia clínica (ZUBIOLI, 2001).

A farmácia clínica provocou mudanças tanto na educação como na


prática farmacêutica, resgatando a função social do profissional.

Segundo Gomes e colaboradores , (2010), as mudanças nas funções dos


farmacêuticos com ampliação das suas atribuições no cuidado aos pacientes e
integração na equipe de saúde são consideradas o futuro da farmácia e a
sobrevivência da profissão.

A ideia de expandir para outros profissionais, entre os quais o


farmacêutico, maior responsabilidade no manejo clínico dos pacientes,
intensificando o processo de cuidado, tem propiciado alterações nos marcos de
regulação em vários países (CFF, 2013).

O profissional farmacêutico executa um papel de extrema


importância no denominado “ciclo do medicamento” uma vez que está atuando
junto ao usuário do medicamento e, portanto, pode complementar, esclarecer e
acompanhar o processo de restabelecimento de saúde como parte das ações
inseridas no contexto da atenção em saúde (NICOLETTI, 2009).

Seguindo esta tendência, de uma maior participação do farmacêutico no


cuidado ao paciente, em vários sistemas de saúde , profissionais não médicos
como enfermeiro e farmacêutico estão autorizados a prescrever medicamentos .
O CFF regula e a prescrição farmacêutica com a resolução nº 586 de 29 de
agosto de 2013.

A resolução dispõe sobre a “prescrição de medicamentos pelo


farmacêutico legalmente habilitado e registrado no CRF de sua jurisdição. A
prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos
farmacêuticos , consultórios, serviços e níve is de atenção à saúde” (CFF , 2013).

Poderão ser prescritos medicamentos e outros produtos com finalidade


terapêutica cuja dispensação não exija prescrição médica, desde que o
14

profissional possua conhecimentos e habilidades clínicas que abranjam boas


práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal,
farmacologia clínica e terapêutica.

Já medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, o


profissional poderá prescrever desde que haja um diagnóstico prévio e apenas
quando previsto em programas, protocolos, diretrizes e normas técnicas,
aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da
formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições
de saúde.

Para este exercício o CRF de sua jurisdiç ão deverá exigir o


reconhecimento de título de especialista ou de especialista profissional na área
clínica e para medicamentos dinamizados o reconhecimento de título de
especialista em homeopatia ou antroposofia .

A prescrição deverá ser registrada em conf ormidade com a Denominação


Comum Brasileira (DCB) ou em sua falta, com a Denominação Comum
Internacional (DC I).

Segundo Nissen (2011), o termo prescrever refere -se a dar instruções


(oral ou escrito) para permitir a preparação e administração de um
medicamento para ser utilizado no tratamento de uma doença.

Tradicionalmente a prescrição tem sido limitada aos médicos e dentistas,


mas nos últimos anos, este direito tem sido estendido para enfermeiros,
nutricionistas, farmacêuticos e em algumas circunstâncias a outros
profissionais de saúde (ARONSON, 2006).

A prescrição de medicamentos no Brasil pelo enfermeiro é limitad a à


atenção primária à saúde no Programa de Saúde da Família (PSF) (OGUISSO et
al., 2007).

Já, segundo o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) 2013, o


profissional nutricionista poderá adotar a prescrição de plantas medicinais,
drogas vegetais, fitoterápicos e preparações ma gistrais para complementar a
sua prescrição dietética.
15

De acordo com o CFF (2013), a literatura internacional demonstra


benefícios da prescrição por farmacêuticos, segundo diferentes modelos,
realizada tanto de forma independente ou em colaboração com outros
profissionais da equipe de saúde . Esta resolução inova ao considerar a
prescrição como uma atribuição clinica do farmacêutico, definir sua natureza,
especificar a ampliar o seu escopo para além do produto, e descrever práticas,
estabelecendo seus limites e a necessidade de documentar e avaliar as
atividades de prescrição.

Políticas que dão aos farmacêuticos um papel maior na prescrição e


gestão de uso de medicamentos podem beneficiar a qualidade do tratamento,
melhorando a seleção dos produtos, dosagem, uso e monitoramento (LAW;
MA; SKETRIS, 2012).

2.2 O USO DE FITOTERÁP ICOS

A utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e


prevenção de doenças é uma das mais antigas formas de terapêutica utilizada
pelo homem, que foi sedimentando -se com o passar do tempo, sendo o
resultado do acumulo de conhecimentos empíri cos sobre a ação de espécies
vegetais por diversos grupos étnicos (PERFEITO, 2012).

O conhecimento sobre as plantas sempre tem acompanhado a evolução do


homem através dos tempos. As primitivas civilizações cedo se aperceberam da
existência, ao lado das pla ntas comestíveis, de outras dotadas de maior ou
menor toxicidade que, ao serem experimentadas no combate à doença,
revelaram, embora empiricamente, o seu potencial curativo. Toda essa
informação foi sendo, de início, transmitida oralmente às gerações poste riores,
para depois, com o aparecimento da escrita, passar a ser compilada e guardada
como um tesouro precioso (CUNHA, 2003).
16

Segundo Rates (2001), os vegetais podem originar recursos terapêuticos


em várias instâncias, podendo ser utilizados de diversas ma neiras, com
diferente propósito: in natura, drogas pulverizadas, extratos brutos ou frações
enriquecidas, tinturas, etc. e podem ser submetidos a sucessivos processos de
extração e purificação para isolamento das substâncias de interesse.

Assim, a utilização de planta medicinal e fitoterápica soma com os


medicamentos já comercializados, aumentando a escolha dos profissionais
prescritores.

Inegavelmente, as plantas medicinais e os fitoterápicos tem um papel


importante na terapêutica. Contudo, a ideia básica na indicação do uso de
fitoterápicos na medicina humana não é substituir medicamentos já registrados
e comercializados com eficácia comprovada, mas aumentar a opção terapêutica
dos profissionais de saúde, ofertando medicamentos equivalentes,
eventualmente (por que não?) com indicações complementares às existentes,
sempre com a estrita obediência éticos que regem o emprego de xenobióticos
na espécie humana (RATES, 2001).

A atenção dirigida pelas autoridades e administrações de saúde para o


uso de plantas me dicinais aumentou consideravelmente nos últimos anos, por
diferentes razões e em diferentes setores (SILVEIRA; BANDEIRA; ARRAIS,
2008).

Nos países desenvolvidos como alternativa mais saudável, o u menos


danosa, de tratamento e e m países em desenvolvimento, como resultante do não
acesso aos medicamentos farmoquímicos (FREITAS et al., 2007).

A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos , aprovada por


meio do Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006, estabelece diretrizes e
linhas prioritárias para o desenvolvimento de ações em torno de objetivos
comuns voltados à garantia do acesso seguro e uso racional de plantas
medicinais e fitoterápico no Brasil . Bem como ao desenvolvimento de
tecnologias e inovações, para o fortalecimento das cadeias e dos arra njos
produtivos ao uso sustentável da biodiversidade brasileira e ao
desenvolvimento do Complexo Produtivo da Saúde (BRAS IL, 2006 ).
17

2.3 INTERACÕES E REAÇÕES ADVERSAS A FITOTERÁPICOS E PLANTAS


MEDIC INAIS

2.3.1 Interações medicamentosas de fitoterápicos

Com base nos estudos científicos e na tradicionalidade de uso, podem-se


obter dados que indiquem a seguran ça e eficácia de alguns fitoterápicos e
plantas medicinais . Entretanto, muito ainda precis a ser feito para garantir
segurança no uso como produtos farmacêuticos.

Muitas interações entre medicamentos sintéticos e fitoterápicos já foram


relatadas e estudadas, levando a advertências e notificações por parte de órgãos
públicos do mundo todo.

Como exemplo pode ser citado o Guaraná (Paullinia cup ana H.B.K) que
tem como ação terapêutica a estimulação do Sistema Nervoso Central . Seu uso
pode potencializar a ação de analgésicos e diminuir/inibir a agregação
plaquetária, aumentando o risco de sangramentos. Já o Sene ( Senna
alexandrina Mill.), laxativo, também pode aumentar a perda de potássio e
potencializar os efeitos de glicosídeos cardiotônicos (digi tálicos) levando a
intoxicações (NICOLETTI et al, 2010)

2.3.2 Reações adversas a medicamentos

As reações adversas são consideradas as reações alérgicas,


hepatotoxicidade, desconforto gastrointestinais ocasionando náusea, vômitos,
dermatite de contato, etc, que podem aparecer com o uso de plantas medicinal
18

e fitoterápico devido à presença nos mesmos de substâncias como o enxofre,


salicilatos, antraquinonas , alcaloides e outras (VEIGA Jr et al, 2005).

São exemplos de plantas que causam reações o Alho ( Allium sativum)


que pode causar reação alérgica como dermatite de contato, Cascara Sagrada
(Ramnus purshiana) que causa distúrbios gastrointestinais e a Aloe ((Aloe
ferox), a Angélica ( Angelica archangelica ) e outras que por estimularem a
motilidade uterina podem provoc ar o aborto em caso de gravidez (VEIGA Jr et
al, 2005).

Segundo OLIVEIRA et al (2007), por ser um conhecimento que é


transmitido oralmente de geração em geração, os relatos sobre os seus
benefícios prevalecem, em relação aos malefícios. Já existe comprovação
cientifica que as plantas medicinais não são isentas de efeitos colaterais, o que
contraria o ditado popular “ Se não fizer bem, mal não fará”.

As plantas medicinais empregadas n a forma de chás também se


constituem em remédios caseiros populares e poderão interagir com outros
medicamentos administrados e, além disso, em algumas situações a planta
utilizada pode não ter sido objeto de estudo quanto à segurança em seu uso
(NICOLETTI, 2009) .

Assim deve-se sempre procurar conhecer possíveis interações e reações


de um simples chá como de um medicamento fitoterápico antes de sua opção de
escolha como uso terapêutico.

2.4 CONHECIMENTO DO FARMACÊUTICO


19

As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o ensino de graduação


em Farmácia estabelecido pelo Ministério da Educação (BRAS IL, 2002),
definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação
de farmacêuticos, estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do
Conselho Nacional de Educação, para aplicação em âmbito nacional na
organização, desenvolvimento e avaliação dos p rojetos pedagógicos dos cursos
de graduação em farmácia das instituições do sistema de ensino superior.

Ainda segundo a DCN o curso de graduação em farmácia tem como perfil


do formando egresso/profissional o farmacêutico, com formação generalista,
humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis da atenção à
saúde, com base no rigor científico e intelectual. Capacitado ao exercício de
atividades referentes aos fármacos e aos medic amentos, às análises clínicas,
toxicológicas, ao controle, produção e análise de alimentos, pautado em
princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica do
seu meio, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em benefício
da sociedade.

Segundo LORANDI (2006), o farmacêutico é o pr ofissional do


medicamento. Essa é uma proposta inconteste e o aluno deve atender as
características exaradas das Diretrizes Curriculares, bem como dos pareceres
das discussões que as instituições farmacêuticas tem feito.

O conhecimento formal e especializado é uma das dimensões que a


Sociologia destaca como fundamental para distinguir profissão de semi -
profissão. O controle sobre determinado campo do conhecimento é um recurso
de extrema importância no processo de profissio nalização (SILVA, 2002).

É fato que a falta do conhecimento leva qualquer profissional a ter


problemas em exercer seu papel e para o profissional farmacêutico isto não é
diferente, GALATO et al (2008) concluíram que as lacunas de conhecimento
contribuem pa ra que este profissional enc ontre dificuldades em prevenir,
identificar e resolver Problemas Relacionados à F armacoterapia (PRF) e,
consequentemente, exercer adequadame nte sua atividade. T ambém, segundo
SILVA et al (2004) quando o farmacêutico exerce sua função de prestar
20

serviços na farmácia, muitas vezes apresenta deficiências de conhecimento que


podem gerar distorções do seu verdadeiro papel.

Estudos comprovam que a falta de conhecimento sobre medicamentos


fitoterápicos levam farmacêuticos a não prescre verem os mesmos (HECKLER
et al, 2005;SHAH et al, 2005; LIN et al, 2010).

Em um estudo realizado por SHAH et al (2005) com estudantes do curso


de farmácia eles relataram que possuem pouco conhecimento sobre ervas e que
necessitam aprender mais sobre as mes mas.

Segundo HECKLER et al (2005), os farmacêuticos parecem ter uma visão


positiva sobre estes produtos (fitoterápicos) mas confundem alguns conceitos
como a diferença entre fitoterápico e planta medicinal.

É preciso que o profissional seja capaz, demonstrando conhecimento e


responsabilidade , de prescrever medicamentos, seja ele sintético, fitoterápico
ou planta medicinal, visando resultados terapêuticos e melhoria da qualidade
de vida do paciente.
21

3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

Analisar o contexto da profissão farmacêutica em Cuiabá em termos de


preparo profissional, particularmente do profissional farmacêutico responsável
técnico em farmácias e drogarias, com relação à Resolução nº 586 de 29 de
agosto de 2013 e a Resolução nº 546 de 21 de julho de 2011, ambas do CFF.

3.2 ESPEC ÍFICOS

a) Verificar a aptidão dos profissionais para o ato da prescrição


farmacêutica em geral e de fitoterápicos em particular

b) Avaliar conhecimento sobre indicações, casos clássicos de


interações medicamentosas ou rea ções adversas de medicamentos (RAMs)
como modelos para monitoramento do preparo profissional para a atividade
prescritiva.

c) Analisar a percepção dos coordenadores sobre o ensino da fitoterapia.


22

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 TIPO E LOCAL DO ESTUDO

Foi realizado um estudo transversal quantitativo e qualitativo de base


populacional, que analisou o conhecimento e atitude de farmacêuticos
responsáveis técnicos de farmácias e drogarias, registrados no município de
Cuiabá – Mato Grosso (MT) sobre prescriçã o farmacêutica de fitoterápicos, no
período de 15 de fevereiro a 15 de abril de 2015.

4.2 AMOSTRA

A amostra foi de 62 farmacêuticos registrados que trabalham em


farmácias e drogarias no m unicípio de Cuiabá foram contatados através de
listagem oficial fornecida pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF/MT).

4.3 FONTES DE COLETA DE DADOS

A pesquisa teve três fases, sendo a primeira o envio de um questionário


via correio (ANEX O 02) para coleta de dados que foi utilizado como
instrumento de inclusão/exclusão dos indivíduos para a segunda fase da
mesma, que ocorreu em forma de uma entrevista (ANEXO 03) com os
indivíduos escolhidos. A t erceira fase foi uma entrevista (ANEXO 06) com
coordenadores do curso de farmác ia das Universidades presentes em Cuiabá e
região. (R IBEIRO, 2009).
23

Para a coleta de dados e entrevista foram elaborados questionários com


questões abertas e fechadas baseado em estudos similares (BASTOS;
CAETANO, 2010; TOMASSI; R IBEIRO, 2012, CASTRO; SOAR ES, 2010,
HECKLER et al, 2004).

Devido à baixa participação dos farmacêuticos após o envio dos


questionários via correio, optou -se pela entrevista diretamente com os mesmos
no local de trabalho dos profissionais.

As visitas ocorreram no período de 16 de ma rço de 2015 a 08 de maio de


2015.

4.4 DESCR IÇÕES DAS VAR IÁVEIS

4.4.1 Variáveis independentes

As variáveis independentes selecionadas para este estudo são as


características do perfil do profissional que poderiam estar associadas a um
maior ou menor conhecimento do mesmo . São elas:

 Gênero;

 Faixa etária: foi caracterizado por idade em anos completos do


entrevistado;

 Tempo de formado;

 Tempo de atuação como responsável técnico em farmácia e


drogaria;

 Grau de formação: graduação, especializ ação, mestrado e


doutorado;

 Instituição formadora.
24

4.4.2 Variáveis dependentes

As variáveis dependentes foram duas: grau do conhecimento e atitudes


dos profissionais entrevistados na pesquisa com rel ação a medicamento
fitoterápico.

a) Conhecimento

Para avaliarmos o conhecimento dos participantes foi r ealizada uma


entrevista com oito questões aberta sobre fitoterápicos. Nesta avaliação as
questões tiveram peso 03 , sendo que número máxim o de acertos possíveis foi
de 24 pontos (S ILVA, 2002).

O grau de conhecimento foi classificado de acordo com o nível


alcançado pela soma das variáveis observadas em:

 Nível bom de conhecimento: escore igual o u maior do que 17


pontos;

 Nível regul ar de conhecimento: míni mo de 09 e máximo de 16


pontos;

 Nível insu ficiente de conhecimento: at é 08 pontos.

b) Atitudes

Estas variáveis dependentes são as atitudes do profissional frente à


prescrição de medicamentos fitoterápicos , orientação quanto à interação
medicamentosa e dificuldades de expressar qualquer informação sobre
medicamentos.

4.5 ANÁLISES DOS DADOS

Os dados foram avaliados estatisticamente de forma descritiva e


percentual, utilizando -se o programa Instat para avaliação paramé trica e não
paramétrica, com p≤ que 0,05, apresentados em tabelas e por último , discussão
25

dos resultados. O método estatístico utilizado foi o teste de independência


baseado na distribuição de qui -quadrado.

4.6 QUESTÕES ÉTICAS

Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos critérios da


Ética em Pesquisa com seres humanos conforme Resolução nº 466/20 12 do
Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade


Anhanguera de São Paulo (UNIAN – SP) conforme parecer de nº 893.667 deu-
se início a coleta de dados (ANEXO 01).
26

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 ENTREVISTA COM FARMACÊUTICOS

5.1.1 Perfil dos profissionais

Foram visitadas 80 farmácias e drogarias , destas, 03 profissionais (4%)


não quiseram participar da pesquisa , e em 15 (19%) o farmacêutico responsável
não se encontrava. A ausência foi caracterizada após terceira visita no mesmo
estabelecimento seguindo modelo apresentado por S ouza (2012).

Observou-se que 73% dos entrevistados eram mulheres, a idade


predominante, 56% ficou entre 20 a 31 anos e 87% formaram-se em
universidades privadas (Tabela 1).

Tabela 1. Dados pessoais dos farmacêuticos entrevistados, Cuiabá/ MT, 2015.

Gênero Frequência %
Feminino 45 73
Masculino 17 27
Idade Frequência %
20 – 31 35 56
32 – 40 14 23
>40 13 21
Instituição de Ensino Frequência %
Pública 08 13
Privada 54 87
Tempo de Formado (a) Frequência %
0 – 6 (anos) 35 56
7 – 15 (anos) 15 24
>15 (anos) 12 19
27

A predominância de mulheres atuando como farmacêuticas em farmácias


e drogarias é fato já revelado em outras pesquisas pelo Brasil como: 61% em
Natal (SOUZA, 2012) e 64% (S ILVA , 2002) em Ribeirão Preto.

A faixa etária predominante também é parecida com a apresentada em


outras pesquisas: 44 % (ALMEIDA, 2012) e 47% (S ILVA, 2002).

Observa-se também que a maioria são profissionais f ormados entre 0 a


06 anos (56%), predominância também observada em estudos ante riores: 67%
(SOUZA, 2012) e 53% (ALMEIDA, 2012).

Quanto à instituição formadora explica -se, talvez, a grande d iferença


entre particular (87 %) da pública (13%), seja pela presença em número maior
(10) de faculdades particulares no estado, sendo duas delas, na capital (Cuiabá)
e grande Cuiabá, já a única universidade pública que oferece o curso de
Farmácia encontra -se distante quase 500 quilômetros da capital, diferente do
estudo em Ribeirão Preto ( S ILVA, 2002) (44%) e em Natal (SOUZA, 2012)
(63%) e igual ao apresentado por T omassi et all (2012) quando pesquisa feita
no bairro Butantã (72%) na cidade de São Paulo.

A maioria dos entrevistados trabalha em drogarias (87%) e apenas 23%


possuem especialização (Tabela 2).
28

Tabela 2. Dados profissionais dos farmacêuticos entrevistados, Cuiabá/MT,


2015.

Tipo de Frequência %
Estabelecimento
Drogaria 54 87
Farmácia de Manipulação 08 13
Tempo que atua como Frequência %
farmacêutico em
farmácia ou drogaria
0 – 6 (anos) 37 60
7 -15 (anos) 15 24
>15 (anos) 10 16
Nível de formação Frequência %
Graduação 47 76
Especialização 14 23
Mestrado 01 02

O tempo em que atuam como farmacêutico s em drogaria ou farmácia foi


semelhante quando comparado a outras pesq uisas: 56 % (S ILVA, 2002) e 53 %
(ALMEIDA, 2012).

Já o nível de formação difere do perfil apresenta do por ALMEIDA


(2012) onde 53 % dos entrevistados possuíam especialização e 35 % eram
apenas graduados, e de SOUZA (2012) com 83% de especialistas e 46%
graduados.

Acredita-se que este resultado seja não apenas pela falta de cursos
oferecida, tanto em especialização como em pós -graduação, na região , mas
também pelo excesso de trabalho e baixa remuneração dos participantes.

5.1.2 Conhecimento e opinião sobre as resoluções CFF nº 546 e nº 586


29

A maioria dos entrevistados (68%) conhece a resolução nº 546 de 2011


que dispõe sobre a indicação de plantas medicinal e fitoterápica (Tabela 3) e
61% a consideram boa (Tabela 4). Quanto à resolução nº 586 de 2013 que
regula a prescrição farmacêutica , são conhecida por 53 dos entrevistados (85%)
e 48 dos entrevistados (77%) acham ela boa (Tabela 4).

Tabela 3. Distribuição do conhecimento das resoluções nº 546 e nº 586 pelos


farmacêuticos entrevistados, Cuiabá/MT, 2015.
Você conhece a Frequência %
resolução nº 546
Sim 42 68
Não 20 32
Você conhece a Frequência %
resolução nº 586
Sim 53 85
Não 09 15

Tabela 4. Distribuição das opiniões entre os farmacêuticos sobre as resoluções


nº 546 e nº 586, Cuiabá/MT, 2015.
Qual sua opinião sobre Frequência %
a resolução nº 546?
Boa 38 61
Ruim 0 0
Indiferente 11 18
Não respondeu 13 21
Qual sua opinião sobre Frequência %
a resolução nº 586?
Boa 48 77
Ruim 0 0
Indiferente 14 23
Não respondeu 0 0
30

Quando perguntados de como avaliam seu preparo para exercer as


atividades dispostas na resolução nº 546 os profissionais se considerar am bons
(39%), já 19 dos participantes (31%) avaliaram seu preparo como ruim (Tabela
5).

Tabela 5. Dados relacionados dos farmacêuticos para exercere m as atividades


dispostas nas resoluções nº 546 e nº 586, Cuiabá /MT, 2015.
Como avalia seu Frequência %
preparo para exercer a
atividade disposta na
res. nº 546
Boa 24 39
Razoável 13 21
Ruim 19 31
Não respondeu 06 10
Como avalia seu Frequência %
preparo para exercer a
atividade disposta na
res. nº 586
Boa 24 39
Razoável 12 19
Ruim 09 15
Não respondeu 17 27

5.1.3 Reconhecimento das reações adversas

Dos profissionais entrevistados, 44 (71 %) disseram -se capazes de


reconhecer uma RAM, já 24% disseram que não (Tabela 6), mas apenas 09
(14%) dos que se disseram capazes de reconhecer uma RAM citaram exemplos.
31

Tabela 6. Dados referentes ao reconhecimento de uma RAM pelos


entrevistados, Cuiabá/MT, 2015.
Você reconheceria uma Frequência %
RAM, sendo ela
causada por
medicamento alopático
ou fitoterápico?
Sim 44 71
Não 15 24
Não responderam 03 05

5.1.4 Fontes de informação sobre plantas medicinais e medicamento


fitoterápico

A tabela 7 mostra que a fonte mais citada pelos entrevistados como


busca para informação sobre plantas e medicamentos fitoterápicos é a Internet
(64% dos entrevistados ), perfil também encontrado por T omassi (2012), onde
93% dos entrevistados utilizavam a internet como fonte de informação . Livros,
bulas, artigos científicos, revistas, congresso e cursos também são citados
pelos participantes, similar ao estudo apresentado por Heckler et al (2005).
Dos entrevistados (14%) não responderam quais fontes utilizam para
informação sobre fitoterápicos e plantas medicinais .

Tabela 7. Fontes utilizadas para obtenção de informação sobre plantas


medicinais e medicamentos fitoterápicos, Cuiabá/MT, 2015.
Fontes de informação Total
Internet 40
Livros 33
Bulas 11
Artigos científicos 06
Revistas 03
Cursos, seminários, congressos 03
32

Quando questionados sobre em quais sites de busca eles procuravam a


informação muitos disseram que em sites de venda destes produtos, pois é mais
rápido e de leitura fácil . Apenas alguns citaram sites de confiança como Scielo.

Segundo FERREIRA (2001), a informação é um importante recurso para


subsidiar o processo de tomada de decisão de planejamento, de execução e de
avaliação das ações desencadeadas , assim, o profissional farmacêutico deve
compreender que ela é tão importante quanto o próprio medicamento e a
utilização de fontes inadequadas podem levar a erros desnecessários.

5.1.5 Atividades realizadas pelos farmacêuticos

As atividades aqui questionadas foram se os participantes prescreviam


medicamentos fitoterápicos ou alopáticos, segundo a RDC nº 586 e se
orientavam sobre interação medicamentosa.

Foi observado que alguns profissionais acreditam que estão


prescrevendo, quando na verdade estão apenas indicando medicamentos.

A indicação de medicamentos seria a recomendação pelo farmacêutico ao


paciente, de uma terapia medicamentosa isenta de prescrição, após análise das
informações obtidas.

A função de prescrever pelos farmacêuticos como esta preconizada na


RDC nº 586 possui etapas a serem seguidas, sendo uma delas a “redação da
prescrição” e “documentação do processo da prescrição”. Mesmo alguns dos
participantes (34 %) terem respondido que prescrevem medicam entos alopáticos
e 24 deles (39 %) que prescrevem medicamento fitoterápico percebeu -se que
esta prescrição não é registrada (Tabela 8 ).
33

Tabela 8. Dados relacionados à prescrição de medicamentos pelos


farmacêuticos entrevistados, Cuiabá/MT, 2015.
Prescreve medicamento Frequência %
alopático?
Sim 21 34
Não 33 53
Às vezes 08 13
Prescreve medicamento Frequência %
fitoterápico
Sim 24 39
Não 31 50
Às vezes 07 11

Quando questionados se orientam seus clientes sobre interação


medicamentos, 50% dos entrevistados disseram que às vezes e apenas 2% que
nunca (Tabela 9 ). Muitos alegaram que o próprio cliente , por estar com pressa ,
acaba não querendo orientação.

Tabela 9. Frequência dos dados referentes às orientações dadas pelos


farmacêuticos entrevistados, Cuiabá/MT, 2015.
Você orienta seu cliente Frequência %
sobre interação
medicamentosa ?
Sempre 30 48
Às vezes 31 50
Nunca 01 02

A orientação sobre o uso dos medicamentos é atribuição legal dos


farmacêuticos e uma ferramenta importante para a promoção do Uso Racional
dos Medicamentos (BRASIL, 2009).
34

Considera-se que o profissional s eja capaz de orientar e informar


corretamente a população sobre medicamentos, portanto devem ter
conhecimento para esta ação.

Quando questionados em relação a passar alguma informação sobre


medicamentos, a maioria dos farmacêuticos entrevistados (76 %) disse que às
vezes sentem dificuldade em expressar as mesmas, pois, segundo eles, há
sempre “novidades” n o mercado e eles acabam não tendo conhecimento
adequado sobre o produto (Tabela 10 ).

Tabela 10. Dados referentes à dificuldade em expressar informação sobre


medicamentos pelos farmacêuticos, Cuiabá/MT, 2015.
Sente dificuldade em Frequência %
expressar informação
sobre medicamentos?
Sempre 0 0
Às vezes 47 76
Nunca 15 24

5.1.6 Conhecimentos sobre fitoterápicos e suas interações medicamentosas.

Para avaliarmos o conhecimento dos participantes sobre indicações de


fitoterápicos e também suas interações a entrevista continha questões abertas
sobre os mesmos.

a. Você prescreveria ou indicaria Sene ( Senna alexandrina Mill)


com cardiotônicos?

Sim ( ) Não ( )

Caso não por quê?


35

O Sene é um laxante que pode diminuir o s níveis de potássio no


organismo, podendo aumentar assim os riscos de efeitos de cardiotônicos como
a digoxina (MEDLINE PLUS, 2015).

Dos farmacêuticos entrevistados , 65% disseram que não, 11 % que sim e


24% não responderam. Apesar de a maioria ter respondido que não
dispensariam Sene com cardiotônicos, apenas 23 (37 %) dos 62 entrevistados
responderam por que, destes, apenas 09 participantes (15 %) mostraram
conhecimento.

b. A espécie Ginko biloba, segundo estudos de mercado, é um dos


fitoterápicos mais consumidos pelo homem. Quais orientações você daria ao
seu cliente ao dispensá -lo?

Evidências clínicas demonstram que se deve ter cuidado com o uso de


ginko junto com antinflamatórios como ibuprofeno e antiplaquetários como o
ácido acetil salicílico, pois pode vir a ocorrer sangramentos. (WILLIAMSON,
2012)

Dos 62 participantes 28 (45%) não responderam, 28 (45 %) responderam


incorretamente e apenas 06 (10 %) deram respostas consideradas corretas.

c. Qual seu conhecimento sobre o hipérico ( Hipericum perforatum


L)?

Utilizado para depressão leve e moderada, mau humor, ansiedade e


insônia (W ILLIAMSON, 2012) .

Ainda segundo Williamson (2012), o hipérico é conhecido por interagir


com vários medicamentos devido à habilidade de induzir a atividade da
CYP3A4 e da glicoproteína –P, que estão envolvidas no metabolismo e na
distribuição da maioria dos fármacos.

Nesta questão apenas 16 (2 6%) dos participantes deram respostas


relativamente significativas quanto ao conhecimento sobre o fitoterápico, já 38
(61,%) não responderam e 08 (13%) responderam incorretamente.

d. Você recomendaria a valeriana ( Valeriana officinalis )


juntamente com benzodiazepínicos?
36

Sim ( ) Não ( )

Caso não, por quê?

A valeriana pode ter efeito aditivo se tomado com outros medicamentos


sedativos (NIH, 201 3).

Dos entrevistados 48 (77%) responderam que não, 02 (3 %) que sim e 12


(19%) deixaram de responder.

Dos que responderam não, quando questi onados por que, apenas 16
(33%) souberam responder corretamente, 24 (50 %) responderam incorretamente
e 08 (17%) não responderam.

e. Porque você recomendaria fitoterápico à base de isoflavona de


soja para reposição hormonal em alternativa ao hormônio sintético?

Por ter efeito estrogênico os suplementos à base de soja têm sido


investigado no tratamento dos sintomas da menopa usa (WILLIAMSON, 2012) e
segundo NAHÁS et all (2003) a isoflavona induz efeitos favoráveis sobre os
sintomas climatérios e o perfil lipídico, revelando -se opção interessante como
terapêutica alternativa para mulheres em menopausa.

Estudos epidemiológicos m ostram que uma ingestão elevada de


isoflavonas a partir de alimentos como a soja pode ser preventiva contra certos
cânceres como o câncer de mama, e também para doenças degenerativas
(WILLIAMSON, 2012).

Dos participantes 36 (58%) não responderam, 16 (26 %) responderam,


mas incorretamente e 10 (16 %) responderam corretamente.

f. Com a possibilidade de hepatotoxicidade induzida pela kava -


kava (Piper meth ysticum) quais cuidados você tomaria ao dispensá -la?

O uso do kava -kava não deve se prolongar por mais de três m eses,
sempre com acompanhamento, e deve -se ter cuidado com o uso concomitante
de paracetamol, anabolizantes e outros, pois o risco de causar toxicidade
hepática é aumentado (MEDLINE PLUS, 2015).
37

Apenas 15 (24%) dos entrevistados sabiam da hepatotoxicidade causada


pelo uso prolongado de kava -kava; já 05 (8 %) responderam incorretamente e
42 (68%) não responderam.

g. Qual seu conhecimento sobre ginseng ( Panax ginseng ) em altas


doses?

O uso em altas doses de ginseng pode causar taquicardia, mastalgia,


insônia e nervosismo (ALEXANDRE et all 2005).

Dos participantes 16 (26 %) souberam responder, 11 (18 %) responderam


incorretamente e 35 (56 %) não responderam.

h. Você conhece alguma interação causada pelo alho ( Allium


sativum L.) que seria prejudicial?

Sim ( ) Não ( )

Caso sim, quais?

O alho interage com a varfarina (anticoagulante e aines) podendo


aumentar o tempo de sangramento, pode também diminuir a eficácia de pílulas
anticoncepcionais e de medicamentos usados para HIV/AIDS (MEDLINE
PLUS, 2015).

Apenas 09 (15 %) dos entrevistados responderam que sim. Destes, 08


(89%) responderam corretamente e 01 (11%) errado. O restante dos
participantes , 53 (85%), colocou que não conheciam interação causada pelo
alho.
38

Tabela 11. Dados sobre o conhecimento dos farmacêuticos entrevistados sobre


medicamentos fitoterápicos e suas interações, Cuiabá/MT, 2015.
Pergunta Frequência (%)
Sim Não Por que não? Não
reponderam

Sene com 11 65 15 24
cardiotônicos
Valeriana 03 77 33 19
(Valeriana
officinalis)
Pergunta Correta Incorreta Não
responderam
Ginko (Ginko 10 45 45
biloba)
Hiperico 26 13 61
(Hipéricum
perforatum L.)
Isoflavona de 16 26 58
soja
Kava-kava 24 08 68
(Piper
methysticum)
Ginseng 26 18 56
(Panax
ginseng) Sim Não Quais?
Alho (Allium 15 85 89
sativum L.)

5.1.7 Conhecimentos – Escore Geral

Na avaliação dos conhecimentos, para cada questão foi dado peso 03,
Como foram realizadas 08, o número máximo de acertos possíveis foi de 24
39

pontos. O grau de conhecimento foi classificado de acordo com o nível


alcançado pela soma das variáveis observadas em:

 Nível bom de conhecimento: escore igual ou maior do que 17


pontos

 Nível regular de conhecimento: mínimo de 09 e máximo de 16


pontos

 Nível insu ficiente de conhecimento: até 08 pontos

Neste estudo, o nível do conhecimento entre os farmacêuticos


participantes , sobre fitoterápicos e suas interações , foi considerado
insuficiente para 76 % dos entrevistados, regular para 18% e considerado bom
para 6% dos participan tes (Tabela 12 ).

Tabela 12. Distribuição dos farmacêuticos segundo nível do conhecimento,


Cuiabá/MT, 2015.
Nível do Frequência %
conhecimento

Bom (≥17 pontos) 04 06


Regular (09 – 16 11 18
pontos)
Insuficiente (até 08 47 76
pontos)

5.2 ENTREVISTAS COM COORDENADORES


40

O curso de Farmácia é oferecido no estad o de Mato Grosso por dez


instituições de ensino (IES), sendo u ma pública (federal) (10%) e nove
particulares (90 %).

Para os coordenadores das IES que se encontram no interior do Estado,


optou-se pelo envio do questionário, juntamente com a carta convite e o termo
de consentimento livre e esclarecido (TCLE) por correio eletrônico (email), já
aos coordenadores que se encontram na capital optou -se pela visita in loco.

Os coordenadores aos q uais foram enviados email, oito no total, apenas


dois (25%) aceitaram participar, os o utros não se manifestaram (75 %).

Dos coordenadores visitados (2), um aceitou participar (50%), o outro,


após três tentativas de contato via telefone não foi localizado. Foi então
enviado um email da carta convite ao mesmo, mas mesmo assim não houve
resposta.

No total foram realizadas três entrevistas com coordenadore s do curso de


Farmácia (Tabela 13 ).

Tabela 13. Distribuição das IES, Cuiabá/MT, 2015.

Distribuição das IES Frequência %

Participante 03 30
Não participante 07 70

A distribuição dos dados referentes ao curso de Farmácia oferecido pelas


IES participantes está na tabela 10. O curso mais antigo é o da universidade C
e o mais recente da faculdade B. A carga horária maior oferecida foi de 4210
horas e a menor de 4050 horas. A carga horária dos cursos está dentro do
estabelecido pelo parecer 213 da Câmara de Educação Superior (CES)
41

(22/10/2008) que são de 4000 horas no mínimo para o curso de Farmácia, já a


maior carga horária para disciplinas que envolvem a fitoterapia e plantas
medicinais foi de 180 horas (Tabela 14 ).

Tabela 14. Distribuição dos dados das IES, Cuiabá/MT, 2015.

IES Ano da Carga horária Disciplinas que Carga horária total das
implementação total do curso envolvem a disciplinas que
do curso fitoterapia e envolvem fitoterapia e
plantas plantas medicinais
medicinais
A 2006 4210 01 90
B 2013 4050 02 100
C 1989 4000 03 180

Todos os cursos são de formação generalista como estabelecido pelas


Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2002 para o curso farmácia.

De acordo com as respostas foi possível observar que os coordenadores


entrevistados são favorável às RDCs nº 546 e nº 586 do CFF, conforme
declarações abaixo:

“reconhecimento do farmacê utico como conhecedor da área podendo


atuar como prescritor” (CA) ;

“interessante, mas é preciso que as faculdades cuidem para que o egresso


tenha a formação necessária” (CC);

“um grande avanço para a profissão demonstra a força e a importância


que este pro fissional tem para a melhoria da saúde da população” (CB) .

Ao pedirmos para avaliarem a formação dos acadêmicos atualmente para


estas competências o coordenador da IES A diz “avalio a formação dos
acadêmicos como apenas mais um reforço de suas responsabilidades após a
42

graduação e que já se faziam essas competências/habi lidades na formação dos


mesmos”. Já o coordenador da IES C comenta “acredito que se a carga horária
do curso for bem aproveitada da para forma r o perfil do egresso desejado”; por
outro lado o coordenador da IES B “vê a que a formação dos acadêmicos para
vislumbrar estas competências ainda é um pouco mediana, ele acredita que as
universidades e faculdades de farmác ia deverão reformular as grades
curriculares para desenvolver este perfil no egresso”.

Quando indagados sobre quais medidas vem sendo implantadas para que
o acadêmico tenha as competências dispostas nas RDCs, apenas um
coordenador mostrou que a IES da qual faz parte pensa em mudanças:

“no momento, no curso da instituição na qual estou locado como


coordenador, foi implantado a disciplina de semiologia farmacêutica no caráter
de optativa, mas a intenção é que está seja de caráter obrigatória, pensa -se
ainda, em uma possível reformulação e aumento da carga horária das
disciplinas de farmacologia e fitoterapia e até mesmo farmacobotânica” (CB ).

Já outro coordenador diz que “medidas como casos clínicos teóricos e


práticos, interações medicamentosas, acompanhamento do cliente/paciente,
disciplinas propostas para tal, aulas práticas, dentre o utras são ações voltadas
para uma melhor formação do acadêmico” (CA).

Por sua vez o coordenador da IES C diz que “fazendo com que
compreenda que ele é o único resp onsável por seu aprendizado e formação, que
ele tem que aprender e aprender, sempre” (CC).
43

6 ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS

As variáveis estudadas foram: sexo; tempo em que atua como


farmacêutico (a) em farmácia ou drogaria e nível de formação.

O teste utilizado para avaliar associação entre as variáveis foi o teste de


independência baseado na distribuição de qui-quadrado. Sendo a hipótese nula
(H0) e a independente (H1) dadas a seguir:

H0: ambas variáveis são independentes;

H1: ambas as variáveis são dependentes.

Para verificar se ambas variáveis são independentes ou não se comparou


o resultado com significância de 0,05; referente a 5% (valor crítico).

Se a significância fosse maior rejeitava -se Ho, caso contrário,


significância menor não rejeitava Ho.

x²>x²s = rejeita Ho

x²<x²s = não rejeita Ho

Os testes realizados são apresentados nas tabelas abaixo.

Nas tabelas 15, 16 e 17 é mostrada a relação entre o sexo; tempo em que


atua como farmacêutico (a) em farmácia ou drogaria e o nível de formação
quanto a indicação de medicamento fitoterápico , respectivamente .

Teste do qui -quadrado: GL = 2; x²t = 5,99; p = 1,36.

A relação entre a dificuldade em expressar inform ação sobre medicamentos e o


gênero dos participantes, o tempo em que atuam em farmácias ou drogarias e o
nível de formaçã o são apresentadas nas tabelas 15, 16 e 17 .
44

Tabela 15. Relação entre o gênero e a dificuldade em expressar informação


sobre medicamentos, Cuiabá/MT, 2015.

Gênero Sente dificuldade em expressar informação sobre


medicamentos?
Sempre Às vezes Nunca Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Feminino 35 34.12 10 10.89 45
Masculino 12 12.88 05 4.11 17
Total 47 15 62

Teste do qui -quadrado: GL = 2; x²t = 5,99; p = 0,35.

Tabela 16. Relação entre o tempo que atua em farmácia ou drogaria e a


dificuldade em expressar informação sobre medicamentos, Cuiabá/MT, 2015.

Tempo Sente dificuldade em expressar informação sobre


que atua medicamentos?
em Sempre Às vezes Nunca Total
farmácia
ou
drogaria
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
0 – 6 31 28.05 06 8.95 37
7 – 15 09 11.37 06 3.63 15
>15 07 7.58 03 2.42 10
Total 47 15 62

Teste do qui -quadrado: GL = 4; x²t = 9,49; p = 3,51.

Tabela 17. Relação entre o nível de formação e a dificuldade em expressar


informação sobre medicamentos, Cuiabá/MT, 2015.

Nível de Sente dificuldade em expressar informação sobre


formação medicamentos?
Sempre Às vezes Nunca Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Graduação 37 35.63 10 12.9 47
Especialização 08 10.16 06 3.84 14
Mestrado 01 0.27 01
Doutorado
Total 45 17 62
45

Teste do qui -quadrado: GL = 6; x²t = 12,6; p = 5,21.

Não foi encontrada associação entre dificuldade de expressar informação com


as variáveis independentes gênero, tempo em que atua em farmácia e drogaria e
nível de formação.

Nas tabelas 18, 19 e 20 é mostrada a distribuição entre orientação sobre


interação medicamentosa e o gênero , tempo em que atua como farmacêutico em
farmácia e drogaria e nível de formação.

Tabela 18. Relação entre o gênero e orientação sobre interação


medicamentosa, Cuiabá/MT, 2015.

Gênero Você orienta seu cliente sobre interação medicamentosa?


Sempre Às vezes Nunca Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Feminino 22 23.95 22 20.32 01 0.73 45
Masculino 11 9.05 06 7.68 17
Total 33 28 01 62

Teste do qui -quadrado: GL = 2; x²t = 5,99; p = 1,46.

Tabela 19. Relação entre o tempo que atua como farmacêutico em farmácia ou
drogaria e orientação sobre interação medicamentosa, Cuiabá/MT, 2015.

Tempo Você orienta seu cliente sobre interação medicamentosa?


que atua Sempre Às vezes Nunca Total
em
farmácia
ou
drogaria
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
0 – 6 16 19.70 20 16.71 01 0.6 37
7 – 15 11 8.00 04 6.77 15
>15 06 5.30 04 4.52 10
Total 33 28 01 62

Teste do qui -quadrado: GL = 4; x²t = 9,49; p = 4,44.


46

Tabela 20. Relação entre o nível de formação e orientação sobre interação


medicamentosa, Cuiabá/MT, 2015.

Nível de Você orienta seu cliente sobre interação


formação medicamentosa?
Sempre Às vezes Nunca Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Graduação 23 25.02 23 21.23 01 0.76 47
Especialização 09 7.45 05 6.32 14
Mestrado 01 0.53 01
Doutorado
Total 33 28 01 62

Teste do qui -quadrado: GL = 6; x²t = 12,6; p = 2,09.

Também não foi encontrada associação entre a orientação sobre interação


medicamentosa e as variáveis independentes analisadas.

A distribuição entre gênero , tempo em que atua em farmácia ou drogaria e


nível de formação em relação à prescrição do medicamento fitoteráp ico é
apresentada nas tabelas 21, 22 e 23 .

Tabela 21. Relação entre gênero e a prescrição de medicamento fitoterápico,


Cuiabá/MT, 2015.

Gênero Você prescreve medicamentos fitoterápicos?


Sim Não Às vezes Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Feminino 17 16.7 16 19.6 12 8.7 45
Masculino 06 6.3 11 7.4 17
Total 23 27 12 62

Teste do qui-quadrado: GL = 2; x²t = 5,99 ; p = 6,96.


47

Tabela 22. Relação entre o tempo que atua como farmacêutico em farmácia ou
drogaria e a prescrição de medicamento fitoterápico, Cuiabá/MT, 2015.

Tempo Você prescreve medicamentos fitoterápicos?


que atua Sim Não Às vezes Total
em
farmácia
ou
drogaria
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
0 – 6 14 14.32 21 17.90 03 4.77 37
7 – 15 05 5.80 06 7.25 03 1.93 15
>15 05 3.87 03 4.83 02 1.29 10
Total 24 30 08 62

Teste do qui -quadrado: GL = 4; x²t = 9,49; p = 3,47.

Tabela 23. Relação entre o nível de formação e a prescrição de medicamento


fitoterápico, Cuiabá/MT, 2015.

Nível de Você prescreve medicamentos fitoterápicos?


formação Sim Não Às vezes Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Graduação 17 18.2 25 22.74 05 6.06 47
Especialização 07 5.42 05 6.78 02 1.81 14
Mestrado 01 0.13 01
Doutorado
Total 24 30 62

Teste do qui -quadrado: GL = 6; x²t = 12,6; p = 8,19.

Apenas a variável gênero apresentou associação com a prescrição de


medicamentos fitoterápicos. Acredita-se que o gênero feminino por ser bem
superior ao masculino na pesquisa, neste caso, levou à associação.

Nas tabelas 24, 25 e 26 são apresentados o s resultados encontrados entre o


gênero, o tempo em que atua como farmacêutico em farmácia ou drogari a e o
nível de formação e o conhecimento.

Tabela 24. Relação entre gênero e o nível do conhecimento, Cuiabá/MT, 2015.


48

Gênero Nível do conhecimento


Bom Regular Insatisfatório Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Feminino 03 2.90 09 8.00 33 34.10 45
Masculino 01 1.10 02 3.00 14 12.90 17
Total 04 11 47 62

Teste do qui -quadrado: GL = 2; x²t = 5,99; p = 0,62.

Tabela 25. Relação entre tempo que atua como farmacêutico em farmácia ou
drogaria e o nível do conhecimento, Cuiabá/MT, 2015.

Tempo Nível do conhecimento


Bom Regular Insatisfatório Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
0 – 6 03 2.45 05 6.74 30 28.80 38
7 – 15 03 2.48 11 10.61 14
>15 01 0.65 03 1.77 06 7.58 10
Total 04 11 47 62

Teste do qui -quadrado: GL = 4; x²t = 9,49; p = 3,02.

Tabela 26. Relação entre o nível de formação e o nível do conhecimento,


Cuiabá/MT, 2015.

Formação Nível do conhecimento


Bom Regular Insatisfatório Total
Fo Fe Fo Fe Fo Fe
Graduação 03 3.0 06 8.16 37 34.90 46
Especialização 01 1.0 04 2.66 10 11.37 15
Mestrado 01 0.2 01
Doutorado
Total 04 11 47 62

Teste do qui -quadrado: GL = 6; x²t = 12,6; p = 6,18.

Não foi encontrada associação entre nível do conhecimento e as variáveis


independentes.
49

7 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos nesta pesquisa são semelhantes aos encontrados em


outros estudos (SOUZA, 2012; ALMEIDA, 2012 e SILVA, 2002) com
farmacêuticos na sua maioria mulheres (73%), jovens (56%) e recém-formados
(56%).

Dos entrevistados 46% possui apenas graduação, sendo este resultado diferente
dos obtidos nas pesquisas similares. Isto pode de alguma forma mostrar as
dificuldades ou a falta de perspectivas encontradas por estes profissionais .

Entre as variáveis analisadas a que apresentou associação com a prescrição de


fitoterápicos foi o gênero (feminino). Como 73% dos entrevistados eram
mulheres, é difícil fazer uma associação do gênero com nível de informação
sobre fitoterápicos.

Não foi encontrada associação entre as demais variáveis analisadas.

A prescrição de medicamentos pelo profissional farmacêutico é um desafio,


apesar de já ser uma realidade em muitos países. O mesmo deve compreender
sua importância e relevância para a sociedade, bem como as responsabilidades
inerentes.

Sabe-se que o uso de plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos é um


fato no Brasil e no mundo, assim é necessário também que este profissional
busque mais conhecimentos através de uma constante atualização sobre os
fitoterápicos, para que sua prescrição seja segura, com menos riscos e eficaz.

O presente estudo observou que os profissionais participantes possuem uma


visão positiva sobre a prescrição farmacêutica de fitoterápicos , podendo ser
positiva a atuação deste profissional, mas mostrou também que, os mesmos
apresentam pouco conhecimento s obre medicamentos fitoterápicos, daí a
50

importância de incentivo cada vez maior por parte de órgãos públicos na


utilização destes medicamentos de forma a incentivar a busca por informação
do uso de fitoterápicos por parte do profissional.

É relevante também que as instituições formadoras invistam em uma forma ção


adequada, fornecendo aos futuros profissionais competências e habilidades
para esta nova realidade. Uma formação mais voltada para o conhecimento dos
medicamentos e dos medicamentos fitoterápicos tornaria e ste profissional apto
a exercer este novo exercício da profissão farmacêutica plenamente.

O profissional farmacêutico deve entender que ele faz parte da promoção da


saúde da população, assim, ele tem muito há contribuir com um serviço
farmacêutico de quali dade nas farmácias e drogarias.
51

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55

ANEXOS

ANEXO 01

UNIVERSIDADE BANDEIRANTE ANHANGUERA

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador: Elaine Martins de Resende

Título da Pesquisa: Prescrição Farmacêutica em Fitoterapia: levantamento das


condições para sua implantação em Cuiabá - MT

Instituição Proponente: UNIBAN - UNIVERS IDADE BANDEIRANTE DE


SAO PAULO

Versão: 3

CAAE: 36203614.5.0000.5493

Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer: 893.667

Data do Relatório: 30/11/2014

DADOS DO PARECER
Trata-se de estudo transversal, quantitativo e qualitativo, a ser realizado no
município de Cuiabá. O pesquisador avaliará profissionais farm acêuticos
responsáveis técnicos de 230 farmácias e drogarias. A pesquisa será realizada
em três fases: 1) Envio de um questionário via correio, juntamente com
envelope e selo para o encaminhamento da resposta, a todos os farmacêuticos
responsáveis pelas farmácias e drogarias de Cuiabá. A avaliação das respostas
permitirá a seleção de profissionais para etapa seguinte; 2) Na segunda fase,
serão realizadas entrevistas com os profissionais selecionados; 3) Na terceira
fase serão realizadas entrevistas com os c oordenadores dos cursos de Farmácia
das Universidades presentes em Cuiabá e região, nos moldes do realizado por
Ribeiro em 2009. Para a coleta de dados e entrevista foram elaborados
questionários com questões abertas e fechadas baseadas em estudos similare s.

Apresentação do Projeto:
56

Objetivo Geral:
Analisar o contexto da profissão farmacêutica em Cuiabá em termos de preparo
profissional, particularmente do profissional farmacêutico responsável técnico
em farmácias e drogarias, com relação à Resolução nº 586 de 29 de agosto de
2013 do Conselho Federal de Farmácia, utilizando a fitoterapia como objeto
específico de avaliação.

Objetivo da Pesquisa:
Objetivos Secundários: a) Verificar a aptidão dos profissionais para o ato da
prescrição farmacêutica em geral e de fitoterápicos em particular; b) Avaliar
casos clássicos de interação medicamentosa ou efeitos adversos como modelos
para
monitoramento do p reparo profissional para a atividade prescritiva; c) Analisar
a formação destes profissionais em termos de conteúdo curricular atual ou em
planejamento para o futuro.
Essa pesquisa não envolve riscos físicos e emocionais. Os procedimentos
adotados na pesqu isa obedecem aos critérios da ética em pesquisa em seres
humanos, conforme a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
Nenhum dos procedimentos usados oferece riscos à dignidade e integridade
física e psíquica dos voluntários da pesquisa. Não haverá benefícios diretos ao
voluntário, todavia os autores esperam que o estudo traga informações
importantes sobre a formação do profissional farmacêutico e oriente medidas
educativas e de formação complementar.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:


O projeto é de interesse da comunidade científica. Os objetivos e justificativas
são pertinentes, apresentados com linguagem clara e objetiva. A metodologia e
a forma de análise dos dados estão adequadamente apresentadas.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa :


Os termos de apresentação obrigatória estão adequadamente apresentados. A
folha de rosto foi adequadamente preenchida e devidamente assinada. O TC LE
foi bem redigido, contendo as informações necessárias aos sujeitos da
pesquisa.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:


Recomendações:
O projeto de pesquisa encontra -se de acordo com a Resolução 466/12, não
havendo impedimentos éticos para sua aprovação.
Assim, de acordo com o compromisso assumido pelo pesquisador no ato de
submissão do p rojeto, fica estabelecido que o relatório final deverá ser
entregue, via Plataforma Brasil, em 29/09/2015.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:


57

Lembrando que é responsabilidade do pesquisador acompanhar todos os


trâmites de seu projeto na Plataforma Brasil, independente de qualquer
mensagem enviada pelo sistema.

Situação do Parecer: Aprovado

Necessita Apreci ação da CONEP: Não

Considerações Finais a critério do CEP:

SAO PAULO, 01 de Dezembro de 2014


Roberta Caroline Bruschi Alonso
(Coordenador)
58

ANEXO 02

Questionário para coleta de dados.

a. Nome completo___________________ Idade______

b. Qual instituição de ensino você se formou?____________________


Ano______

c. Há quanto tempo atua como farmacêutico em farmácia ou


drogaria?

d. Qual seu nível de formação:

Graduação ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( )

1. Questões de conhecimento:

a. Conhece a resolução CFF nº 546 de 2011 que dispõe sobre a


indicação farmacêutica de plantas medic inal e fitoterápica: Sim ( ) Não ( )

1. Qual sua opinião sobre ela? Boa ( ) Ruim ( ) Indiferente ( )


Opine se
quiser:____________________________________________________________
_________________________________________________________________
____________________________________________

2. Você indicaria medicamento fitoterápico? Sim ( ) Não ( )


Depende de
____________________________________________________________
________________________________________________________

3. Como avalia seu preparo para exercer esta atividade?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
____________________________________________

b. Conhece a resolução CFF nº 586 de 2013 que regula a presc rição


farmacêutica: Sim ( ) Não ( )

1. Qual sua opinião sobre ela? Boa ( ) Ruim ( ) Indiferente ( )


Opine se
quiser:____________________________________________________________
59

_________________________________________________________________
____________________________________________

2. Como avalia seu preparo para exercer esta atividade?

____________________________________________________________
_________________________________________________________________
_____________________________________________ ____

c. Você reconheceria uma reação adversa a medicamentos, sendo ele


fitoterápico ou alopático?

Sim ( ) Não ( ) Dê
exemplos:_________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________

d. Quais fontes você utiliza para obter informações sobre plantas


medicinais e fitoterápicas?

__________________________________________________________ __
_________________________________________________________________
__________________________________________________________

e. Você é a favor ou contra a implantação da prescrição/indicação


farmacêutica, especialmente de fitoterápicos?

Favor ( ) Contra ( )
60

ANEXO 03

Entrevista com o farmacêutico (a)

a. Você prescreve medicamentos alopáticos? Sim ( ) Não( ) As


vezes( )

Por quê? ___________________________________________________

b. Você prescreve medicamentos fitoterápi cos? Sim ( ) Não( )As


vezes( )

Por quê? ____________________________________________________

c. Você orienta seu cliente sobre interação medicamentosa?

Sempre ( ) As vezes ( ) Nunca ( )

Por quê? ____________________________________________________

d. Sente dificuldade em expressar uma informação sobre


medicamentos?

Sempre ( ) As vezes ( ) Nunca ( )

Por quê?
______________________________________________________

e. Você prescreveria ou indicaria S ene (Senna alexandrina Mill) com


cardiotônicos? Sim ( ) Não ( )

Caso não, por quê?


_____________________________________________

f. A espécie Ginkgo biloba, segundo estudos de mercado, é um dos


fitoterápicos mais consumidos pelo homem. Quais orientações você daria ao
seu cliente ao dispensá -lo?

_______________________ _____________________________________
g. Qual seu conhecimento sobre o hipérico ( Hipericum perforatum L)?

_____________________________ _______________________________
61

h.Você recomendaria a valeriana ( Valeriana officinalis ) juntamente com


benzodiazepínicos? Sim ( ) Não ( )

Caso não, por quê? ____________________________________________

i. Porque você recomendaria fitoterápico à base de isoflavona de soja


para reposição hormonal em alternativa ao hormônio sintético?

j. Com a possibilidade de hepatotoxicidade i nduzida pela kava -kava


(Piper methysticum ) quais cuidados você tomaria ao dispensá -la?

k. Qual seu conhecimento sobre o ginseng ( Panax ginseng ) em altas


doses?

l. Você conhece alguma interação causada pelo alho ( Allium sativum


L.) que seria prejudicial? Sim ( ) Não ( )

Caso sim, quais?


________________________________________________

1. Há outros casos de seu


conhecimento?_____________________________________________________
_________________________________________________________________
______
______________________________________________________________ ___
___

2. Comentários gerais de parte do entrevistado:


_________________________________________________________________
________________________________________ _________________________
______
62

ANEXO 04 – TCLE

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÂO PAULO - UNIAN – SP


Rua Maria Cândida, 1813 • Vila Guilherme • São Paulo (SP) • 02071 -013 •
(011) 2967-9000

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prescrição Farmacêutica em Fitoterapia : levantamento das condições


para sua implantação em Cuiabá - MT

Prezado(a) participante:

Eu, Elaine Martins de Resende, estudante do curso de mestrado da


Universidade Anhanguera, estou realizando uma pesquisa sob supervisão do
professor Dr. Luis Marques, cujo objetivo é analisar o contexto da profissão
farmacêutica em Cuiabá em termos de preparo profissional, particularmente da
profissional farmacêutico responsável técnico em farmácias e drogarias, com
relação à Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 do Conselho Federal de
Farmácia, utilizando a fitoterapia como objeto específico de avaliação.

Esta pesquisa justifica -se em vista a novidade da determinação da


prescrição farmacêutica no Brasil, os riscos associados a tal prá tica e a
crescente importância da fitoterapia na terapêutica, decidiu -se estudar o
contexto da profissão em termos de preparo para essa importante atividade.
Assim, pretende-se analisar a importância da resolução para o profissional
farmacêutico e seus imp actos para a sociedade.

Os procedimentos para coleta de dados serão da seguinte forma: primeiro


o envio de um questionário via correio juntamente com envelope e selo para o
encaminhamento da resposta a todos os farmacêuticos responsáveis pelas
farmácias e drogarias de Cuiabá, a segunda fase será em forma de uma
entrevista com os participantes selecionados e a terceira fase será uma
entrevista com coordenadores do curso de farmácia das Universidades
presentes em Cuiabá e região.

Para a coleta de dados e en trevista serão elaborados questionários com


questões abertas e fechadas baseado em estudos similares.
63

Por ser um estudo que emprega como método de pesquisa questionário e


entrevista, não havendo nenhuma intervenção ou modificação intencional nas
variáveis fisiológicas ou psicológicas e sociais do participante, a mesma possui
risco mínimo.

Como benefício, esperamos que este estudo trague informações


importantes sobre a formação do profissional farmacêutico.

Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedece m aos Critérios da


Ética em Pesquisa com seres humanos conforme Resolução nº 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde. UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÂO
PAULO - UNIAN – SP Rua Maria Cândida, 1813 • Vila Guilherme • São
Paulo (SP) • 02071 -013 • (011) 2967 -9000.

A participação nesse estudo é voluntária e se você decidir não participar


ou quiser desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade
de fazê-lo.

Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida


no mais rigoroso sig ilo. Serão omitidas todas as informações que permitam
identificá-lo (a).

Mesmo não tendo benefícios diretos em participar, indiretamente você


estará contribuindo para a compreensão do fenômeno estudado e para a
produção de conhecimento científico.

O(a) Senhor(a) não terá nenhuma despesa e também não receberá


nenhuma remuneração para participar da pesquisa.

O presente termo será emitido em duas vias.

Quaisquer dúvidas ou qualquer outra informação relativas à pesquisa


poderão ser esclarecidas pelo pesquis ador no endereço Rua das Seriemas,
quadra 17, lote 03, Cuiabá – MT, telefone (65) 36223147 ou (65) 84771297, e -
mail: elainemartinsderesende@hotmail.com ou pela entidade responsável –
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Anhanguera – Rua Maria
Cândida, 1813, Bloco G – 6º andar, Vila Guilherme – São Paulo – SP, Cep
02071-013, telefone (11) 2967 -9015, e-mail: comissão.cep@ig.com.br.
64

Atenciosamente

___________________ ____________

Elaine Martins de Resende Local e data

RG 18522312-6

MT- 2347

_____________________________________

Nome e assinatura do professor supervisor /orientador

Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma


cópia deste termo de consentimento.

___________________ __________________

Nome e assinatura do Local e data

Participante
65

ANEXO 05

CARTA DE ANUÊNCIA PARA AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA

Solicitamos autorização para realização da pesquisa intitulada


“Prescrição farmacêutica em fitoterapia: levantamento das condições para sua
implantação em Cuiabá – MT”, a ser realizada pela aluna de mestrado Elaine
Martins de Resen de sob orientação do Prof. Dr. Luis Marques, da Universidade
Anhanguera de São Paulo, com o objetivo de analisar o contexto da profissão
farmacêutica em Cuiabá em termos de preparo profissional, particularmente do
profissional farmacêutico responsável técn ico em farmácias e drogarias, com
relação à Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 do Conselho Federal de
Farmácia, utilizando a fitoterapia como objeto específico de avaliação.

Ressaltamos que os dados coletados serão mantidos em absoluto


sigilo de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS)
466/12 que trata da Pesquisa envolvendo Seres Humanos. Salientamos ainda
que tais dados sejam utilizados tão somente para realização deste estudo.

Na expectativa de contarmos com a colaboração e empenho desta


Diretoria, agradecemos antecipadamente a atenção, ficando à disposição para
quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessária.

Cuiabá, _______ de _____________ de ________.

________________________________

Pesquisadora Responsável do Projeto

( ) Concordamos com a ( ) Não concordamos com a


solicitação solicitação
66

ANEXO 06

Entrevista – Coordenador do curso de farmácia

1. Identificação

a. Nome

b. Formação acadêmica

c. Titulação

d. Tempo de coordenação

e. Tempo de docência

2. O curso

a. Data de implantação do curso de farmácia

b. Qual a carga horária do curso

c. A grade curricular oferece disciplina como fitoterapia,


farmacobotânica ou farmacognosia?

d. Qual é a carga horária da disciplina?

e. Como o estágio supervisionado em farmácia está inserido no


curso?

f. Em qual (is) semestre (s) acontece?

g. Qual a duração do estágio

h. Existem requisitos para a realização do estágio

i. Que atividades são desenvolvidas durante o estágio

j. Qual sua opinião sobre as RDCs nº 546 de 2011 e nº 586 de 2013


do CFF?

k. Como você avalia a formação dos aca dêmicos atualmente para


estas competências?

l. Quais medidas vêm sendo implantadas para que o acadêmico tenha


estas competências?
67

ANEXO 07

Carta de anuência ao diretor

Ilmo Senhor:

(Nome completo do diretor)

Solicitamos autorização institucional para realização da pesquisa


intitulada Prescrição farmacêutica em fitoterapia: levantamento das condições
para sua implantação em Cuiabá – MT, a ser realizada pela aluna de mestrado
Elaine Martins de Resende sob orientação do Prof. Dr. Luis Marques, com o
objetivo de analisar o contexto da profissão farmacêutica em Cuiabá em termos
de preparo profissional, particularmente do profissional farmacêutico
responsável técnico em farmácias e drogarias, com relação à Reso lução nº 586
de 29 de agosto de 2013 do Conselho Federal de Farmácia, utilizando a
fitoterapia como objeto específico de avaliação.

Ressaltamos que os dados coletados serão mantidos em


absoluto sigilo de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Sa úde
(CNS/MS) 466/12 que trata da Pesquisa envolvendo Seres Humanos.
Salientamos ainda que tais dados sejam utilizados tão somente para realização
deste estudo.

Na certeza de contarmos com sua colaboração agradecemos


antecipadamente a atenção, ficando à di sposição para quaisquer
esclarecimentos que se fizerem necessária.

Cuiabá, _______ de _____________ de ________.

________________________________

Pesquisadora Responsável do Projeto

( ) Concordamos com a ( ) Não concordamos com a


68

solicitação solicitação

____________________________

Nome completo

Diretoria da Instituição onde será realizada a pesquisa

(CARIMBO)
69

ANEXO 08

Carta convite para a pesquisa – Coordenador do curso de farmácia

Ao coordenador do curso de Farmácia

Prezado Professor
(a)..............................................................................

Estamos realizando uma pesquisa sobre “Prescrição farmacêutica em


fitoterapia: levantamento das condições para sua implantação em Cuiabá –
MT”, a sua participação e m muito contribuirá para o enriquecimento do estudo.
Suas respostas receberão tratamento científico e estarão sob sigilo, como é de
praxe em atividades de pesquisa, e a sua identidade e da sua instituição serão
preservadas. Agradecemos sua participação.

Atenciosamente.

Elaine Martins de Resende

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