Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
TAIMY VANNI
INVESTIGAÇÃO JÁPASSEI
2
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
Nas provas para PEB I e Professor de Educação Infantil, de 2019 a 2022, a Regência Verbal e Nominal
esteve em todos os editais, e constou em todas as provas com pelo menos um exercício. Na análise
realizada para a Investigação JáPassei, verificou-se que a Regência verbal e nominal ocupa em média
1,1% da prova de Língua Portuguesa. A aplicação do acento indicativo de crase, que também é uma
forma de regência, ocupa também uma média de 1,1% da parte de Português das avaliações.
Com essa aula, pretende-se aumentar mais um ponto no seu resultado final, pois ao entender a
lógica da Regência, você poderá responder sem problemas qualquer questão sobre esse assunto, que
com certeza fará parte de sua prova.
Bons estudos!
3
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
O que é Regência
Para entender a Regência de forma prática, observe as palavras a seguir:
Gostar
Ser fiel
Concordar
Explicar
Ver
Medo
Amar
Gostar de você
Ser fiel a você
Concordar com você
Explicar para você
Ver você
Medo de você
Amar você
Perceba que cada substantivo/verbo/adjetivo ligou-se à palavra você de uma maneira diferente,
ora sem preposição, ora com a preposição de, ou com, para, a. Ou seja, a regência é a forma como as
palavras se ligam entre si para fazer sentido. Como pôde ver, essa ligação pode ser relativa a verbos e
complementos ou entre substantivos e adjetivos com seus complementos.
4
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
A regência nominal
Relaciona-se à forma como substantivos, adjetivos e advérbios se ligam a seus complementos.
Veja uma lista de palavras que merece atenção, com suas respectivas regências:
Amor (amor A, amor POR, amor DE)
Tenha amor a sua família.
Muito amor por meus filhos.
Ele é um amor de pessoa.
Ansioso (ansioso POR, ansioso PARA)
Vivo ansioso por novas aventuras.
Estou ansiosa para me arrumar.
Acessível (acessível A)
O local é acessível a todos.
Acostumado (acostumado A, acostumado COM)
Estou acostumado a essa vida
Estamos acostumados com nossos vizinhos.
Afável (afável COM)
Nem sempre sou afável com você.
Agradável (agradável A)
Essa torta está agradável a meus olhos.
Apto (apto A, apto PARA)
Já estou apta a esse cargo,
Estamos aptos para o trabalho.
Capaz (capaz de, capaz para)
Nós somos capazes de qualquer coisa.
Você se considera capaz para esse cargo?
Contrário (contrário A)
Sou contrária a essas políticas.
Curioso (curioso DE, curioso POR)
O bebê é curioso de tudo.
Sou curioso pela descoberta.
Descontente (descontente COM)
Estou muito descontente com você.
5
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
6
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
Transitividade verbal
Pensaremos na transitividade como um verdadeiro trânsito. Existem verbos que
obrigatoriamente precisam de complemento – por exemplo: não se pode chegar a um local e dizer “eu
adoro” ou “eu amo” sem complementar o verbo, pois ficará sem sentido. E a transitividade é justamente
o caminho que esse verbo percorre até o complemento.
Alguns verbos vão diretamente a seu complemento, outros precisam de uma preposição para isso.
Observe:
Verbos transitivos – são aqueles que precisarão de complemento, obrigatoriamente. Se você tiver que
perguntar ao verbo “o quê”, quer dizer que ele é transitivo.
Podem ser transitivos diretos: Quando se ligam ao complemento (objeto direto) sem preposição
alguma. Exemplos: Eu adoro bolinho. Nós comemos polenta.
Transitivos indiretos: Quando se ligam ao complemento com preposição (objeto indireto). Exemplos:
Eu gosto de você. Eu me referi a ela.
Transitivos diretos e indiretos: Quando dois complementos serão necessários, um sem preposição e
um com preposição. Exemplos: Eu dei uma flor para Mariana. Nós enviamos uma carta a ela.
Dica: Os verbos dar, mandar, enviar, receber são transitivos diretos e indiretos.
O verbo pode ser também intransitivo, quando não precisa de nenhum complemento obrigatório.
Nesse caso, perguntar “o quê” não terá sentido. Porém, você pode perguntar “quando?”, “como?”,
“onde?” a um verbo intransitivo – e esse “complemento” será um advérbio. Exemplos:
Eu cheguei cedo. Nós dormimos aqui.
Algumas observações:
Se houver artigo (o, a, os, as, um, umas, uns, umas) ou nada antes do objeto, ele será direto.
Se houve houver preposição (para, com, entre, a, ao, à, em, na, no, por, pela) antes do objeto ele
será indireto.
7
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
Quanto às preposições, lembre-se de que: quando se fala da preposição A, ela pode virar AO ou
À; quando se fala da preposição POR, ela pode virar PELA(S), PELO(S); quando se fala da
preposição EM, ela pode virar NA, NO, NAS NOS. Então, se for dito que o verbo/palavra aceita
a preposição por, quer dizer que também aceitará o pelo, pela. Exemplo:
Vou por esse caminho.
Vou pela rua mais clara.
Dúvidas sobre a preposição A e o artigo A? Simples, troque a palavra em frente ao A por uma
palavra masculina: Se A virar O, trata-se do artigo A. Se A virar AO ou ficar igual, trata-se da
preposição A.
Vi a garota: Vi o garoto – artigo A.
Vou a sua casa: Vou ao seu sítio – preposição A.
8
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
Em geral, regências são bem intuitivas. Por exemplo, se você pensar no verbo “amar”, de cara já
percebe que ele se liga diretamente ao complemento, sem a necessidade de preposição: “Ele ama sua
vida”. Se pensar no verbo gostar, por outro lado, perceberá que ele precisa da preposição DE para
chegar ao complemento: “Ele gosta de você”.
Porém, alguns verbos possuem regências que não são aplicadas no dia-a-dia, outros, como
citado, possuem mais de uma forma de regência. Para isso, organizamos uma lista de verbos pertinentes
em provas de concursos pedagógicos:
1. Aspirar
Sentido de cheirar – nesse caso se usa sem preposição. “Aspirou o aroma delicioso da cozinha”.
Sentido de almejar, desejar – Precisa da preposição A. “Aspira a novas conquistas”.
2. Assistir
Sentido de ver – precisa da preposição A. “Ele assistiu a um filme”. “Ela assiste à novela”.
“Assistiremos ao espetáculo.”
Sentido de dar assistência – não precisa de preposição. “O médico assiste o paciente”.
Sentido de morar – precisa da preposição EM. “Ele assiste em Brasília”.
3. Chegar/Ir – Usa-se a preposição A (não em). “Já cheguei ao centro”. “Cheguei a Minas Gerais”. “Vou
ao cinema”.
4. Custar
Sentido de “ser custoso” ou “ser difícil” – usa-se com a preposição A: “Você custou a entender o
problema.”
Sentido de valor – usa-se sem preposição: “Isso custou os olhos da cara.”
5. Esquecer/lembrar
Se forem escritos com preposição DE, precisam de pronome: “Eu me lembrei de você”. “Ele se
esqueceu de você”.
Se forem escritos sem preposição, não se usa pronome: “Eu lembrei você”, “Ele esqueceu você”.
9
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
Não é gramaticalmente aceita a forma “Eu lembrei de você”, “Eu esqueci de você”.
6. Implicar
8. Obedecer/desobedecer - Usa-se com a preposição A: “Ele obedece ao pai”, “Você nem sempre
obedece à lei.
9. Preferir – Usa-se com dois complementos, um primeiro sem preposição e um segundo com a
preposição A: “Prefiro couve a repolho”, “Prefiro viajar a comprar”.
A gramática normativa considera errado reforçar esse verbo por meio de expressões como “prefiro
muito mais isso que aquilo”, “prefiro mil vezes isso que aquilo”.
Também é errado usar esse verbo com a preposição “do que”: “prefiro isso do que aquilo”.
10. Proceder
Com sentido de ter fundamento, usa-se sem complemento: “Suas reclamações não procedem”.
Com sentido de vir de algum lugar, usa-se com a preposição DE”: “Muitos dos nossos problemas
procedem da nossa falta de diálogo.”
Com sentido de dar início, usa-se com a preposição A: “Todos procederam à investigação”.
11. Visar
12. Pagar/perdoar
Se tiverem o nome de algo como complemento, não se usa preposição: “Manoela pagou a
conta”. “Ele perdoou a dívida”.
Se tiverem pessoa como complemento, será regido pela preposição A: “Manoela pagou à Carla”.
“Ele perdoou ao irmão”.
10
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
Mas claro que nem sempre a preposição será necessária, ela só vai aparecer se o verbo ou palavra
necessite de preposição para ser complementado. No exemplo “A mulher que conheci era sua prima”
não houve preposição junto ao “que”, já quem conhece, conhece alguém (objeto direto).
11
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96
LÍNGUA PORTUGUESA – REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
PROFESSORA TAIMY VANINI
Em geral, os pronomes oblíquos podem ser objetos diretos ou indiretos, sem nenhum problema.
Por exemplo, usando o ME, pode-se complementar o verbo “obedecer” que é transitivo indireto, e o
verbo “ver”, que é transitivo direto:
Ele obedeceu-me.
Ele viu-me.
No entanto, os verbos de terceira pessoa (o, a, lhe, os, as, lhes) têm seus usos específicos.
O- A-OS-AS só substituem objetos diretos.
LHE –LHES só substituem objetos indiretos.
Observe:
Eu vi João – Eu o vi. (Ver é verbo transitivo direto, O é objeto direto).
Eu obedeci ao João – Eu lhe obedeci. (Obedecer é verbo transitivo indireto, LHE é objeto indireto).
Para facilitar, lembre-se de que caberá LHE/LHES quando você puder trocá-los por “a ele/a eles”, “a
você/a vocês”: Eu lhe perguntei – Eu perguntei A ELE.
Finalizando: Como já dito, a Regência é bem intuitiva, e em questões sobre o assunto é fundamental
observar como as ligações entre palavras são feitas – se não fizer muito sentido, quer dizer que está
errado.
Fique de olho nos verbos assistir, aspirar, esquecer, lembrar, implicar e visar, pois eles aparecem
bastante nas questões.
É essencial entender bem a parte dos pronomes relativos, uma vez que os vemos tanto nas questões
de Regência quanto nas de Pronomes.
12
www.japasseieducacao.com.br
Gilmar Silva - gilmartj@hotmail.com - IP: 177.140.104.96