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MANUAL DO DESFRALDE

O desfralde diz respeito ao período em que a criança para de usar as fraldas por ser capaz de
controlar seus esfíncteres, como são chamados os músculos responsáveis por segurar e
liberar a saída da urina e do cocô. Entretanto, para além das questões biológicas, é
importante entender que o desfralde depende de outros aspectos, como o reconhecimento
do próprio corpo e da construção da independência. Para que a experiência seja positiva, a
participação da família é fundamental. Caso a criança seja apressada para sair das fraldas ou
se sinta prejudicada, lesada ou agredida, provavelmente o processo será muito mais
demorado e o pior, assumirá contornos traumáticos.

É importante que você saiba que mesmo que não haja idade exata para que aconteça o
desfralde, o seu filho dará alguns sinais de que já está apto a usar cuecas ou calcinhas.

Antes de mais nada, listaremos algumas orientações imprescindíveis durante esse processo:
 A compreensão, interação e dedicação dos pais ou responsáveis são primordiais;
 Comportamentos inapropriados (birra, choro) NÃO podem ser reforçados;
 Não agredir, não brigar, não forçar, não punir e não demonstrar decepção caso a
criança faça suas necessidades sem avisar, na roupa ou em ambientes inadequados;
 Começar a usar calcinha/cueca por cima da fralda. Ao tirar a fralda (mesmo que só
durante o dia) mantenha a roupa íntima. Por mais que a criança suje a roupa, é
NATURAL que haja escapes, afinal, essa discriminação é construída;
 Comemorar sempre! Independentemente do resultado final.

Amanda Vilela – Terapeuta Ocupacional


www.terapeutaamandavilela.com.br
Edifício Connect Park Business – Sala 1012/1013 – Av.T-12 com Rua T-37,
Qd. 123, Lts. 17/18 – Setor Bueno – Goiânia-GO
Telefone: (62) 98562-8482
QUAIS SÃO OS “SINAIS” QUE AUXILIAM NO PROCESSO DO DESFRALDE?

1. Começa a segurar o xixi na fralda


2. Apresenta interesse pelo banheiro
3. Observa os pais indo ao banheiro
4. Procura pelo vaso sanitário
5. Coloca as mãos nas partes intimas com o intuito de demonstrar a percepção de
discriminação de suas necessidades fisiológicas
6. Cruza as pernas para segurar o xixi
7. Verbalizações ou expressões ("fum!", tapar o nariz, “ixi”)
8. Fica atento aos sons produzidos ao fazer xixi ou cocô
9. Se sente incomodado(a) com a fralda cheia ou molhada
10. Quanto ao cocô: sentar, fazer força, pum, tentar se esconder

ORIENTAÇÕES FUNCIONAIS:
 Começar a levar a criança para o banheiro para que entenda que aquele é o local de
fazer xixi e cocô;
 Sentar a criança no vaso e fazer o barulho do xixi (mesmo que ela não faça, comemore
e parabenize esse comportamento);
 Coloque brinquedos do interesse da criança no banheiro (ela só poderá usa-los no
banheiro);
 Tenha dicas visuais (enviadas pelo(a) terapeuta);
 Use brinquedos (como bonecos) e até mesmo o modelo dos pais/irmãos, colegas como
incentivo e sobre como usar o banheiro de forma adequada.
Observação: O ambiente deve conter reforçadores (adesivos, brinquedos- não precisa ser
novo e sim do interesse da criança- parabéns, feição de alegria e orgulho)

Amanda Vilela – Terapeuta Ocupacional


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Apenas o fato de ir ao banheiro já deve ser comemorado e aos poucos ir aumentando a
demanda.

COMO RETIRAR A FRALDA?


 Retirar a fralda durante o dia e levar a criança de 20 em 20 minutos ao vaso;
 Mesmo que ela não faça xixi é importante reforçar o fato dela estar contribuindo com
o processo de aproximação com o banheiro;
 Colocar a fralda a noite depois que a criança dormir e retirar antes dela acordar;
 Ao acordar, leve a criança ao vaso;
 Sempre deixar a criança de calcinha/cueca, mesmo durante a noite por cima da fralda;
 Anotar o horário que a criança fez suas necessidades (na fralda ou não);
 Utilizar o vaso sanitário da forma mais confortável para a criança e para os pais. Ex:
Menino sentado ou de pé;
 Adaptações – Banquinho e acento, se necessário, troninho, escadinha e/ou mictório;
 Se necessário utilizar o troninho móvel (apenas se a criança resistir a proposta
tradicional).

MAS, E EM AMBIENTES EXTERNOS?


 Levar a criança ao banheiro sempre antes de sair de casa;
 Começar a levar a criança em banheiros dos ambientes públicos também. Ex: Escola,
shopping, igreja (nem que seja para lavar as mãos).

NÃO INTERROMPER O PRECESSO! BOA SORTE!

Amanda Vilela – Terapeuta Ocupacional


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