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DO MÉDIO DAOMÉ:
O REINO IORUBÁ DE KETU
(2ª PARTE)∗
Edouard Dunglas
CAPÍTULO 3
OS MINISTROS. ELEIÇÃO E ENTRONIZAÇÃO DO REI
– O EUNUCO ONI-OJA,
GUARDIÃO DO MERCADO PEQUENO
*
Tradução do francês de Claude Lépine. Edouard Dunglas publicou “Contribution à l’histoire
du Moyen Dahomey”, entre 1957 e 1958, nos números 19, 20 e 21 de Etudes Dahoméennes,
revista do IFAN (Instituto Francês da África Negra), editada em Porto Novo (atual República
do Benim). A historia do reino de Ketu consta de quatro capítulos, publicados no primeiro
número: “Contribution à l’histoire du Moyen Dahomey (royaumes d’Abomey, de Ketou et de
Ouidah)”, Etudes Dahoméennes, no 19 (1957), pp. 11-71. Na edição no 37 (2007), Afro-Ásia
publicou os dois primeiros capítulos da série e, nesta edição, publica os capítulos 3 e 4. Opta-
mos por respeitar o estilo original na citação de referências bibliográficas, mas adaptamos os
etnônimos, topônimos e títulos iorubás à grafia portuguesa e, quando necessário, introduzi-
mos notas adicionais, devidamente sinalizadas.
2
A respeito da data e dos detalhes da fundação de Abeokutá, ver mais adiante.
3
Trata-se do zunon Mèje, que exerceu suas funções em Porto Novo de 1905 a 1938.
Tradução
A falta de chuva fez sair Ia Mefu,
Minha mãe nunca sai.
4
No original “tirailleurs”, soldados autóctones, recrutados pelo exército colonial francês [nota
do editor].
Tradução
I A história que se passou sob as nossas vistas é fácil de narrar
II Na nossa primeira batalha nos os matamos todos
III Os fons, os guns gritaram: “Eh, camaradas!”
IV O dia em que a guerra entrou no banho
V Eles desmataram a floresta sagrada
VI Os fons morrerão e se arrebentarão mais de quinze vezes, mais de
quinze vezes.